Foto: UNEAFRO. |
O
ano de 2018 foi muito intenso. Seja nos aspectos culturais, sociais ou, principalmente,
políticos, foi possível observar acontecimentos de grandes impactos para o
Brasil e o mundo. A Intervenção Federal no Rio de Janeiro, os documentos da CIA
sobre a ditadura brasileira, o assassinato de Marielle Franco, o incêndio no
Museu Nacional, o atentado no Irã, a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) à
presidência e tantos outros episódios marcantes tornaram-se lembranças
dolorosas.
Contudo,
as lutas pedem espaço. É preciso encarar tais acontecimentos, construir
resiliências e novas narrativas. É necessário relembrar também os incontáveis
momentos bons que 2018 trouxe e observá-los sob uma perspectiva esperançosa.
Por isso, relembre agora algumas dessas conquistas.
Jean-Michel Basquiat no Centro
Cultural Banco do Brasil
Aberta
no dia 25 de janeiro, a exposição “Jean-Michel Basquiat — Obras da Coleção
Mugrabi”, no Centro Cultural Banco do Brasil, fez uma retrospectiva das obras e
trajetória de vida de Basquiat, reunindo mais de 80 quadros e gravuras. O
público teve contato com a emblemática personalidade artística do nova-iorquino
que viveu durante as décadas de 70 e 80.
A
mostra ficará disponível até o dia 07 no Rio de Janeiro.
Pantera Negra lota as salas de
cinema
Com
seu elenco completamente negro, o filme Pantera Negra, lançado em 15 de
fevereiro, conquistou uma série de prêmios e indicações em diversas celebrações
importantes no mundo do Cinema, chegando a tornar-se o primeiro filme de
super-herói a concorrer na categoria “Melhor Filme” no Globo de Ouro. Além de
explorar elementos da Fantasia, Aventura e Ação, o longa-metragem retrata
consequências da colonização europeia na África e diversos aspectos históricos,
mitológicos, políticos e culturais do continente.
Jamaica, Jamaica
Contrariando
o forte esteriótipo em que a cultura jamaicana está submetida, a exposição
“Jamaica, Jamaica”, inaugurada em 15 de março no Sesc 21 de Maio, quebrou
preconceitos retratando a pluralidade e diversidade do país, sobretudo no
âmbito musical. Fotos, áudios, documentos, instrumentos musicais e outros
importantes materiais da história da música jamaicana foram expostos,
acompanhados de uma vasta programação que incluía cursos, palestras, encontros
e oficinas.
1º Prêmio Marielle Franco
Um
mês após o assassinato da quinta vereadora mais votada nas eleições municipais
de 2016 do Rio de Janeiro, a rede de núcleos estudantis UNEAFRO realizou o 1º
Prêmio Marielle Franco, prestigiando pessoas, instituições e organizações que
lutam pelos Direitos Humanos. O evento foi realizado em 14 de abril, no
auditório de Geografia da Universidade de São Paulo e premiou nomes como Regina
Militão, Milton Barbosa, Maria José Menezes, Jupiara Castros, Núcleo de
Consciência Negra, e Sueli Carneiro.
Seydou Keïta
A
exposição “Seydou Keïta” foi inaugurada em 17 de abril, no Instituto Moreira
Salles (IMS), para apresentar 130 obras do fotógrafo que é considerado um dos
precursores dos retratos de estúdio na África. A mostra ainda estará disponível
no Rio de Janeiro até o dia 27 do próximo mês.
Memorial sobre escravidão é
inaugurado nos Estados Unidos
O
Memorial Nacional pela Paz e Justiça, inaugurado dia 26 de abril, no Alabama,
foi projetado para homenagear os negros estadunidenses que foram linchados pela
supremacia racial branca nos Estados Unidos durante e após a chamada “Era Jim
Crow”, período em que a segregação étnica no sul do país foi
institucionalizada. Entre 1877 e 1950 mais de 4 mil negros foram enforcados,
queimados vivos, abatidos, afogados e espancados até a morte por multidões
brancas, sob uma campanha de terror apoiada pelo Estado.
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