Alexandre Lucas, Colunista. (FOTO/ Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
Óleo, terra, besouros, mijo e muita raiva! Sabia exatamente o horário
que a professora passava para dar aula durante à noite. Duas latas prontas para
o ataque surpresa.
Era jogar e sair correndo! Isso foi feito, muito bem feito. Suja e
fedorenta, fez o percurso de um quarteirão até chegar na escola. A aula estava
perdida. Seria impossível entrar na sala naquele estado.
Deve ter tremido de ira, medo e dúvida. Quem poderia atacar uma
professora, logo uma professora?
A situação estava fedida e sem respostas, mas bastou um banho de duas
horas e uma roupa limpa para seguir entrando nas salas de aula, durante anos,
cheirosa e seguindo os padrões da moda.
Óleo, terra, besouros e mijo nunca mais encontraram o caminho da
professora. Enquanto isso, ela nunca deixou de jogar latadas de palavras nas
suas aulas, mais sujas e fedorentas, do que aquelas que marcaram apenas um dia
de sua vida.
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