Alexandre Lucas. (FOTO/ Reprodução). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
A
geladeira estava em dia raro, quase sua porta não fecha, entupida. Frutas,
doces, uma jarra com suco de limão com leite, água em abundância e um pote de
sorvete, tinha também leite condensado, arroz para requentar, carne congelada e
um chá de maracujá numa garrafa de vinho.
Enquanto
olhava para geladeira aberta, a conta de energia fazia cambalhotas. Os olhos
vasculharam aquele retângulo gelado, tentando despistar os pensamentos que nada
tinham a ver com a geladeira.
Uma
cadeira foi posta diante da geladeira, a qual ficou aberta por horas, parecia
que tudo tinha desaparecido e um filme passava ali por dentro. Descompunha
naquele instante a palavra geladeira: gel, gela, ela, ladeira, eira, ira.
Porta
fechada. Afinal, amor não se tira da geladeira.
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