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Zuleide Queiroz e Coletivo Sementes. (FOTOS/ Reprodução/ Redes Sociais). |
É
preciso votar em mulheres negras! Por isso o Crato tem opção.
De forma secular as mulheres negras foram impedidas de adentrarem a esfera política, por diversas questões advindas de um período colonial, escravagista, racista e machista. As mulheres negras foram as primeiras a adentrarem na luta por direitos e as primeiras a pautar a questão do abolicionismo penal, por saberem que essa forma perversa de aprisionamento só encarcera os seus.
Trazendo
para a dura realidade brasileira e a falsa democracia que está posta após o ano
de 1988, onde um papel afirmava e colocava por escrito que “todos teriam as
mesmas oportunidades e viveriam com igualdade” (...) tudo mentira. Enxergamos que com Racismo não há democracia.
O racismo no nosso país sempre foi o mesmo e a cada dia sentimos mais ainda na
pele e no bolso que essa democracia nada mais tá do que fascista, racista,
LGBTfóbica, xenófoba e machista.
Sabemos
que a composição nas esferas de poder são hereditárias e quem ocupa esses
espaços hoje são os netos e bisnetos
daqueles que um dia nos mantiveram trancafiadas em suas casas grandes. Sabemos
também que temos cadeiras o suficiente nas bancadas legislativas que deverão e
precisarão ser ocupadas por mulheres negras. Não queremos parceria com nenhum
governo para que eles tratem de nossas demandas, nós queremos tomar nossas
próprias decisões.
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Maria Raiane. (FOTO/ Reprodução/ Facebook). |
Nós
mulheres negras e nossas famílias são as mais afetadas pelo subemprego,
desemprego, todos os tipos de violências e índices de mortalidades. Sabemos
falar sobre tudo além do racismo que nos atravessa, assim como sabemos falar de
economia e de outras esferas que, primeiramente, passam por nós e nos afetam.
Somos nós quem pautamos a saúde integral para toda a população, quem tem
projeto pedagógico para uma educação de qualidade, quem se preocupa com a
assistência social que a população necessita, que pensa um fomento a cultura; esporte;
lazer, que discute sobre o combate as violências, como também o direito a
transporte público e mobilidade urbana.
Acreditamos
que a política institucional só terá futuro com mulheres negras ocupando cargos
de decisão em todos os âmbitos, inclusive, nas câmaras municipais.
É
diante desse exposto que nós do Grupo de Valorização Negra do Cariri
demonstramos a público todo o nosso apoio ao Coletivo Sementes- composto por
Verônica Isidório, Jessica Lorenna, Valéria Carvalho, Ivaneide Serevo e Luana
Ricarto- coletiva candidata a vereança na cidade de Crato e a candidatura da
professora Zuleide Queiroz a prefeitura também da cidade de Crato-CE.
Todas
essas mulheres são de luta e referências nos movimentos sociais na região do
Cariri e precisamos dar o nosso voto de confiança para que as coisas possam
florescer. E nunca esqueçamos, que “quando as coisas ficarem boas para as
mulheres negras, as coisas ficam boas pra todo mundo”.
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Maria Raiane Felix Bezerra é vice-presidente do Grupo de Valorização Negra do Cariri- GRUNEC.
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