No dia do Mundial do Meio Ambiente, altaneirense Orlando Viera escreve a poesia “Terra”


Orlando Vieira. (FOTO/ Reprodução/ Facebook).

O 5 de junho  foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Mundial do Meio Ambiente. Desde de 1972 quando essa dada foi definida na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, que entidades sociais, professores/as, ativistas do meio ambiente e demais esferas da população se voltam de forma mais específicas em que pese a cobranças e reivindicações para a resolução de problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados, por muitos, inesgotáveis.

Nesta sexta-feira, 05 de junho, o Blog está dando visibilidade a poesia (ver abaixo) do altaneirense Orlando Viera:

Eu nasci linda e azul

Há muito tempo atrás

Sou a casa soberana

Das plantas e dos animais

Veio o homem e me feriu

Até não poder mais.

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Devastou minhas Florestas

Meus animais assassinou

Poluio  minhas nascentes

Meu espírito violou

Eu já fui um paraíso

Agora sou um horror

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Meus animais foram extintos

O meu gelo derreteu

Minhas abelhas agonizam

Meu oceano adoeceu

Minhas nuvens perderam a cor

E meu sonho azul morreu.

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E agora o que resta Deus !

Que tudo de mim se esconde

Se choro não tenho lágrimas

Se fujo não tem pra onde.

Estou sozinha no universo

Se grito ninguém responde.

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Por isso vou criar um vírus

Pra poder me defender

Vou soltar ele no ar

E muitos vão logo morrer

Vou defender os inocentes

E os culpados vão sofrer.

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Depois não venham chorar

Quando a fome bater na porta

Quando o rio não der peixe

E o fruto não crescer na horta

Pois será tarde demais

E eu á muito estarei morta.

x

 

Por que eu sou uma barca

Que cruza o oceano sideral

E carrego comigo o homem

Embora ele seja mau

O homem quebra o meu leme

Naufragando a minha nau

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Como é tolo esse primata

Não ver que é um animal?

Destruindo a sua casa.

Meu vírus será letal

Vai morrer junto comigo

Se naufragar minha Nau.

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E o meu coronaVírus

Será o meu vingador

Se não aprendem por bem

Vão aprender pela dor

Quem semeia ódio e rancor

Não pode colher amor

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Estou Farta de seu Plastico

Do seu lixo radiativo

Do seu egoísmo torto

 Do seu orgulho excessivo

A sua extinção não me choca

Pra mim vai ser um alívio

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Eu sou a mulher do sol

A lua é minha filha

As folhas são meus cabelos

Meu coração é uma ilha

Não me atirem ao lobos

Pois sou líder da matilha

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Eu sou a ararinha azul

Que construiu o seu ninho

Na árvore alta do bosque

O céu é o meu caminho

Veio o homem e queimou tudo

Deixando o pássaro sozinho.

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Eu sou a india da mata

A neblina sobre a serra

O canto do passarinho

O bezerrinho que berra

Eu sou sua única casa

Prazer o meu nome é Terra.

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Poesia escrita pelo altaneirense Francisco Orlando Veira de Lima e encaminhada a redação do Blog. Orlando reside no sítio Taboquinha, município de Altaneira e a escreveu em 1º de junho de 2020.

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