Flup 10 anos: a palavra falada é celebrada no evento

 

Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzales foram as homenageadas da Flup 2020 – Foto: Reprodução.

Completando 10 anos em 2021, a Festa Literária das Periferias (FLUP), que será realizada entre os dias 30 de outubro e 8 de novembro, de forma virtual, celebra a palavra falada e os povos originários e indígenas em edição especial, que contará com a presença de grandes nomes, como Emicida e Djamila Ribeiro.

Segundo a organização do evento, em 2021 o Festival finca sua bandeira na temática indígena e apresenta o Slam Coalkan, o primeiro slam indígena mundial, reunindo poetas das três Américas. “O mundo jamais mudará enquanto não ouvirmos as vozes dos povos originários, particularmente sua longa e rica tradição oral”, afirma Julio Ludemir, curador e um dos criadores da Flup.

Ainda de acordo com Julio, não é à toa a Flup 10 anos está reunindo poetas indígenas da América do Norte e da América do Sul, justamente no ano em que se homenageia a palavra falada, reconhecendo-a e enaltecendo-a como a mais inclusiva das plataformas de formação de autores e leitores. “A Flup sempre foi o espaço da escuta radical, em que corpos negros, LGBTQIA+ e agora indígenas sempre falaram por intermédio de suas próprias vozes, sem a mediação que tanto tem inibido a fala dos lugares. Se a maior preocupação do mundo em relação ao Brasil é o modo como tratamos nossas florestas, temos que ouvir aqueles que de fato sabem cuidar delas”, afirma.

Julio lembra que, no encontro online entre Boaventura de Sousa Santos e Emicida debaterão a Diáspora Lusófona a partir do hip hop. “Eu acredito que não só a música rap, mas a cultura hip-hop como um todo, ela funciona como um grande telefone que conecta todas as ramificações da Diáspora africana a esse sentimento de que é necessário se construir um sentimento de solidariedade que nos conecte com uma raiz comum”, comenta Emicida.

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Com informações do Notícia Preta.

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