Para
associações de juízes, prisão do ex-presidente Lula
precisa ser revertida
imediatamente.
(FOTO: Ricardo Stuckert).
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A
Associação de Juízes para a Democracia (AJD) e a Associação Latinoamericana de
Juízes do Trabalho (ALJT) emitiram nota exigindo a soltura imediata do
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e a extinção dos processos originados
da Operação Lava Jato, devido às revelações do site The Intercept Brasil, em
reportagem publicada ontem (9), sobre a combinação de ações entre o procurador
federal Deltan Dallagnol e o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, quando era
juiz da operação. “As denúncias contidas
em tal reportagem revelam que quando ainda exercia função de Juiz na operação
Lava-Jato, o atual Ministro Sérgio Moro aconselhou, ordenou, e, em determinados
momentos, agiu como órgão acusador e investigador, num verdadeiro processo
inquisitorial”, diz a nota.
As
associações “exigem a imediata soltura do
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e de todas as vítimas do processo
ilícito relevado pelos diálogos que vieram a público na data de hoje, bem como
a exoneração do ministro Sérgio Moro e investigação dos integrantes do
Ministério Público Federal referidos na aludida reportagem, atos essenciais
para a retomada do Estado Democrático de Direito em nosso país, condição
para a superação da crise político-institucional em
curso e o retorno à normalidade democrática”.
Dentre
as conversas entre Moro e Dallagnol está a combinação de ações, cobranças sobre
a demora em realizar novas operações, orientações e dicas de como a Força
Tarefa da Lava Jato devia proceder. Além disso, o site revelou que o procurador
duvidava das provas contra Lula e de propina da Petrobras horas antes da
denúncia do tríplex e que a equipe de Ministério Público Federal atuou para
impedir a entrevista de Lula antes das eleições por medo de que ajudasse a
eleger o candidato do PT à presidência, Fernando Haddad.
As
associações de juízes ressaltam que os áudios tornam ainda mais evidente que os
processos desobedeceram normas sobre o andamento de processos, incoerência
entre a denúncia apresentada pela Lava Jato e a sentença não demonstrou prova
cabal de todos os elementos apresentados para condenação, levando a penas
incompatíveis. “As denúncias trazidas a
público na data de hoje confirmam isso, revelando uma relação promíscua e
ilícita entre integrante do Ministério Público e do Poder Judiciário”,
afirmam.
Os
magistrados consideram ainda que os fatos não foram negados na nota divulgada
por Moro ou Dallagnol. “É absolutamente
imprescindível e urgente, portanto, para o restabelecimento da plena democracia
e dos princípios constitucionais no Brasil, a declaração de inexistência de
todos os processos que se desenvolveram em razão da Operação Lava-Jato,
inclusive daqueles que determinaram as condenações e a prisão do ex-Presidente
Luís Inácio Lula da Silva, por flagrante violação ao artigo 254, IV, Código de
Processo Penal e à Constituição da República”, diz a nota.
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Com
informações da RBA. Clique aqui e confira íntegra da nota da Associação de
Juízes.
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