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Nicolau Neto discute importância das cotas raciais durante o I Fórum Interescolar: Direitos Humanos e Mediação de Conflitos da Escola Padre Luís Filgueiras, em Nova Olinda. (FOTO/Divulgação). |
O
debate das cotas raciais e sociais nas universidades públicas sempre foi
polêmico. Se por um lado, um grupo defende a discussão como modo de reparação
histórica pelo período escravocrata do país para tentar acabar com o mito da
democracia racial, por outro, uma parcela da sociedade critica a proposta por
defender a meritocracia.
Para
sanar algumas dúvidas e explicar a importância das cotas e da Lei de Cotas
(12.711), que estabeleceu regras únicas para a adoção de cotas raciais e
sociais pelas universidades e instituições federais, o Observatório do
Conhecimento lançou o “Pequeno Guia de Defesa de Cotas Sociais e Raciais”.
No
documento, o projeto explica o cenário de surgimento da discussão, discorre
didaticamente sobre o que é a Lei de Cotas, como ela funciona, qual o seu impacto
na sociedade, os mitos acerca da sua implementação e os processos racistas que
a envolveram e envolvem.
“Para além de conquista pessoal sonhada por
tantas famílias em todo o país, a entrada na universidade é oportunidade para o
estudante desenvolver a personalidade, expandir conhecimentos, descobrir outras
realidades e perspectivas e se preparar para o mercado de trabalho. As cotas
sociais e raciais são ferramentas valiosas para corrigir distorções no acesso
ao ensino superior público causadas por desigualdades estruturais na sociedade
brasileira, garantindo que um perfil cada vez mais diverso de pessoas possa
alcançar esse sonho”, diz trecho do manual.
O
lançamento do guia chega em um momento conturbado da conjuntura brasileira, com
a tentativa de diversas formas de desmantelar a Lei, entre elas, a
protagonizada pelo deputado Rodrigo Amorim (PSL), da Assembleia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que apresentou projeto de lei que pretende
abolir as cotas raciais para o ingresso nas instituições estaduais de ensino
superior.
Outros
projetos similares já foram apresentados em âmbito federal, como o projeto da
deputada federal Dayane Pimentel (PSL-BA), que pretendia revogar a Lei de Cotas
de 2012.
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Com informações
do Alma Preta.
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