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CUT estima 45 milhões de trabalhadores envolvidos contra a reforma da Previdência. (FOTO/Mídia Ninja). |
As
ruas responderam com um retumbante “não” à proposta de reforma da Previdência e
aos retrocessos promovidos pelo governo Jair Bolsonaro (PSL). Durante todo o
dia, os atos convocados por 12 centrais sindicais e pelas frentes Brasil
Popular e Povo Sem Medo reuniram milhares de pessoas em 380 cidades de norte a
sul do país, de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), responsável
pela produção do mapa abaixo (clique aqui para acessar o mapa interativo) com o
levantamento dos atos que marcaram a Greve Geral em todo o Brasil.
Nas
capitais, a adesão dos setores de transportes, ônibus, metrôs e trens
contribuiu para grande número de pessoas que foram engajadas na discussão dos
temas que pautam a Greve Geral.
Na
internet, a #GreveGeral liderou a lista de “assuntos do momento” do Brasil na
rede social Twitter. Entre 17h e 17h20, aconteceu uma mobilização virtual –
“twittaço” – contra a reforma da Previdência, com a hashtag #BrasilBarraReforma.
A
Greve Geral desta sexta-feira (14) é um desdobramento da luta unitária das
centrais sindicais, movimentos populares e setores progressistas pela educação
pública e contra a reforma da Previdência. Os protestos dos dias 1º, 15 e 30 de
maio também foram construídos a partir da união de forças democráticas.
Atos de rua mobilizaram as principais
cidades do país
Na
capital paulista, 50 mil pessoas se reuniram em frente à Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e seguiram até a Praça da República,
onde o ato foi o encerrado. Na concentração, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT)
comentou os dois episódios que marcaram a semana de Bolsonaro.
“Qual é a moral de um presidente que se
aposentou aos 33 anos tem para impor goela abaixo uma reforma da Previdência
como essa?”, perguntou durante o ato, que também pediu a renúncia do
ministro Sérgio Moro. “Ele já era
partidário quando era juiz, imagine agora que é político. Ele descumpriu a lei
e prendeu quem deveria estar no lugar do Bolsonaro.”
O
coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme
Boulos, discursou sobre o êxito da Greve Geral. "Várias categorias cruzaram os braços e pararam. A turma do lado de lá
estava com saudade das manifestações”. Para o líder do movimento, mesmo
após a modificação no texto da reforma, ainda há a necessidade de debater
outros pontos. "É positivo ter
tirado a capitalização e o ataque à aposentadoria rural, mas nós queremos que
tire a redução da aposentadoria por invalidez e o aumento da idade mínima para
aposentadoria”, argumentou.
Laurent
Matalia, professor da rede municipal de São Paulo (SP), participou da
manifestação na Avenida Paulista e diz que foi à manifestação porque a
Previdência é garantia de uma velhice minimamente digna. "Tento convencer muitos colegas que não
compreenderam ainda que isso é uma bomba-relógio que vai estourar depois. O
Brasil bem ou mal dá alguma dignidade para quem trabalhou toda uma vida, e eles
estão querendo destruir isso", explicou o professor que não foi
trabalhar nesta sexta (14).
A
ex-metalúrgica Antônia Tiossi diz que foi à manifestação defender seu país.
"O Brasil está muito triste.
Primeiro fizeram uma campanha de ódio, agora uma campanha de tristeza com essa
reforma que não é uma reforma é acabar com a Previdência. Os mais prejudicados
serão os mais jovens e os menos favorecidos", afirmou.
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As informações são do Brasil de Fato. Clique aqui e confira íntegra da matéria.
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