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Kayron, de Nova Olinda, é trans. Foi alvo de discurso transfóbico durante ato contra cortes de verbas na educação. (FOTO/Aglécio Dias). |
A
partir desta quinta-feira, 13, a LGBTfobia é crime no Brasil. Foi o que decidiu
o plenário do Supremo Tribunal Federal, que declarou a omissão do Congresso em
aprovar a matéria e determinou que o crime de racismo seja enquadrado nos casos
de agressões contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e
travestis) até que a norma seja aprovada pelo Parlamento.
Foram
julgadas duas ações: uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADO 26), enviada
à Corte em 2013 pelo PPS (Partido Popular Socialista), e o Mandado de Injunção
(MI 4733), que foi protocolado em 2012 pela Associação Brasileira de Gays,
Lésbicas e Transgêneros (ABGLT).
O
julgamento começou em fevereiro e foi retomado nesta tarde com as manifestações
da ministra Cármen Lúcia, que elogio o voto de seus colegas anteriores e já no
início anunciou que votaria a favor do relator. “O Estado brasileiro, por onde
anda? Cadê o Estado que é responsável por legislar?”, questionou a ministra.
Depois
votou Celso de Mello e Gilmar Mendes, que seguiram a maioria e
classificaram a LGBTfobia como crime de racismo, encerrando a votação
por 8votos a 3.
Agora é crime
A
partir de agora, crimes de ódio contra a população LGBT serão punidos na forma
do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível. A pena varia
entre um e cinco anos de reclusão, de acordo com a conduta.
A
decisão vem gerando críticas no ponto que trata sobre as religiões. O Senado e
a Câmara dos Deputados discutem criminalizar a LGBTfobia, mas com exceções para
discurso religioso. As duas Casas deram andamento a projetos sobre o tema e, se
aprovados, darão liberdade para religiosos atacarem pessoas LGBTs.
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As informações
são de Alexandre Putti, da CartaCapital.
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