20 de junho de 2014

Câmara de vereadores de Altaneira fará última sessão antes do recesso


Os nove vereadores que compõem o Poder Legislativo de Altaneira se reúnem na tarde desta sexta-feira, 20/06, para a última sessão parlamentar antes do recesso referente a esse primeiro período de 2014.

Plenário da Câmara de Altaneira. Foto: Júnior Carvalho
O encontro deve, a exemplo, das últimas sessões, ser marcado pelo confronto entre a base governista e os que compõem o grupo oposicionista. O último alvo desse embate foi a Proposta de Emenda a Lei Orgânica de autoria da vereadora Zuleide Oliveira (PSDB). O texto que visava disciplinar o pagamento dos subsídios do (a) parlamentar licenciado (a) para assumir cargo de secretário (a), ficando sob a responsabilidade do executivo tal despesa, acabou dividindo os vereadores da situação, o que favoreceu a aprovação da matéria na reunião do dia 10 de junho.

A última sessão antes do recesso foi marcada pela presidenta da casa, Lélia de Oliveira (PCdoB) para esta sexta em virtude do segundo jogo do Brasil na copa do mundo contra o México realizado na capital cearense na terça-feira passada, 17. Pode ser alvo dos debates no tema livre a seção que o PCdoB local realizou no último domingo, 15, que definiu os delegados que representarão a agremiação em Fortaleza, assim como as angústias surgidas com a reportagem sobre o município pela equipe do canal ESPN.

Senadora do PCdoB se propõe a estudar barreiras para participação da mulher na política


A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora especial da Mulher do Senado, pediu informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última quarta-feira, 18, sobre mulheres candidatas desde 1994. A intenção é ouvir candidatas eleitas e derrotadas para estudar as dificuldades encontradas pelas mulheres para ocupar cargos públicos eletivos.

Gorete Pereira cobra empenho na formação política de
mulheres/ Vanessa Grazziotin critica tradição masculina
na política.
As mulheres compõem mais da metade do eleitorado brasileiro, mas são minoria nos Legislativos. Em 2010, menos de 9% dos parlamentares eleitos eram mulheres. No Senado, apenas nove das 81 vagas são preenchidas por senadoras. Segundo levantamento feito pela ONU Mulheres e União Interparlamentar, o Brasil ocupa a 156ª posição, entre 188 países, em ranking que mede a participação feminina nos parlamentos.

A lei das eleições (9.504/97) prevê que pelo menos 30% das candidaturas de um partido devem ser de mulheres. Porém, a maioria dos partidos cumpre apenas formalmente a exigência legal, pois, na prática, são usadas “laranjas” para cumprir a cota mínima: candidatas que não recebem recursos necessários para suas campanhas nem apoio efetivo do partido.

No dia 19 de março deste ano, o TSE lançou a campanha “Mulher na Política”. A campanha busca incentivar as mulheres a participar da política do país, candidatando-se aos cargos eletivos que estarão em disputa em outubro deste ano.

Obstáculos

Em entrevista ao O POVO, a senadora Vanessa Grazziotin disse que os partidos fecham as portas às mulheres devido a uma tradição masculina reinante na política. Ela elenca como problemas à candidatura de mulheres a discriminação sofrida por elas em casa, quando o pai ou marido não permitem suas candidaturas; a sobrecarga de trabalho, quando necessitam cuidar da família e da vida profissional não restando tempo para a política, e a própria masculinização da política partidária.

Segundo a senadora, “durante a discussão da minirreforma eleitoral no ano passado, nós transformamos em emendas vários projetos de lei que buscavam melhorar a presença da mulher na política. Nós da bancada feminina separamos uns quatro ou cinco projetos e fomos negociar com os partidos. O único contemplado foi esse que criou a campanha publicitária do TSE, que será realizada agora em todos os anos eleitorais”.

A deputada federal Gorete Pereira (PR), única deputada cearense na Câmara, afirma que o problema está no financiamento de candidaturas femininas e na formação política dos setores de mulheres dos partidos. “Segundo a lei, cinco por cento do fundo partidário deve ser gasto por cada partido na formação política de mulheres visando estimular candidaturas femininas. Porém, esse fundo deveria ser dirigido pelo setor de mulheres de cada partido, que deveria ter um CNPJ específico diferente daquele do partido, para que possuíssemos maior independência na formulação das nossas políticas”, defende a deputada.

Via O Povo

19 de junho de 2014

Por que a direita anda mais raivosa do que nunca?


Faz tempo que as campanhas eleitorais são espetáculos dantescos, movidos por baixarias sem limites. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral fica muitas vezes cuidando da perfumaria, os dinossauros reinam.
Mas há algo de novo nesta campanha.

A começar do fato de que boa parte da perversidade de campanha seguia, antes, o seguinte roteiro: denúncias na imprensa, primeiro em jornais e revistas, que depois se propagavam na tevê e no rádio e, finalmente, ganhavam a rua pela ação dos cabos eleitorais.

Agora, o roteiro é: denúncias pela imprensa, mas divulgadas primeiro via internet; propagação pelas redes sociais; repetição pela tevê e pelo rádio e, por último, sua consolidação  pelo colunismo e editorialismo da imprensa tradicional.

Embora essa imprensa ainda seja, normalmente, a dona da informação, seu impacto é cada vez menos medido pela audiência do próprio meio - que anda em declínio em praticamente todos os veículos tradicionais - e mais pela sua capacidade de propagação pela internet - blogs, redes sociais e canais de vídeo, principalmente pelo Youtube. E a versão que se propaga da notícia acaba sendo tão ou mais importante do que a notícia em si.

Antes, as pesquisas de opinião calibravam os rumos das campanhas. Nesta eleição, a internet é quem tende a ditar o ritmo. As pesquisas vão servir para aferir, tardiamente, o impacto de alguns assuntos que ganharam peso na guerrilha virtual.

Antes, o trabalho de amaldiçoar pra valer os adversários políticos era feito pelos cabos eleitorais que batiam de porta em porta. Agora, os cabos eleitorais que caçam votos perambulam pelos portais de internet, pelos canais de vídeo e entram nos endereços dos eleitores pelas redes sociais.

Uma outra diferença, talvez tão decisiva quanto essa, é que a direita resolveu aparecer. Antes, o discurso da direita era de que não existia mais esse negócio de "direita x esquerda".

A direita, finalmente, saiu do armário e anda mais raivosa do que nunca. Em parte, a raiva vem do medo de que, talvez, ela tenha perdido o jeito de ganhar eleições e de influenciar os partidos.

Por outro lado, a direita imagina que a atual campanha petista está mais vulnerável que em outras épocas. A raiva é explicada, nesse aspecto, pelo espírito de "é agora ou nunca".

Os bombardeios midiáticos raivosos têm assumido feições mais pronunciadamente ideológicas.

Ao contrário de outras eleições, os ataques têm não só mentiras, xingamentos e destemperos verbais de todos os tipos. Têm uma cara de pensamento de direita.

Querem não apenas desbancar adversários. Querem demarcar um campo.

Não é só raiva contra um partido. É ódio de classe contra tudo e contra todos os que se beneficiam (e nem tanto quanto deveriam) de algumas das políticas governamentais.

É ódio contra sindicatos de trabalhadores, organizações comunitárias, movimentos de excluídos (Sem Terra, Sem Teto), grupos em defesa de minorias e de direitos humanos que priorizam a crítica a privilégios sociais e aos desníveis socioeconômicos mais profundos.

A mídia direitista tem desempenhado um papel central. Sua principal missão é orientar os ataques para que eles tenham consequência política e ideológica no seio da sociedade brasileira.

Como sempre, a mídia é diretamente responsável por articular atores dispersos e colocá-los em evidência, conforme uma pauta predeterminada.

Embora seja uma característica recorrente, no Brasil, a mídia tradicional comportar-se como partido de oposição, nos últimos anos ela parece seguir uma nova estratégia.

Os barões das grandes corporações midiáticas brasileiras, com a ajuda de seus ideólogos, perceberam que, para haver uma oposição de direita forte, é preciso formar uma ampla opinião pública direitista.
Antes mesmo de cobrar que os partidos se comportem e assumam o viés de direita, é preciso haver uma base social que os obrigue a agir enquanto tal.

A mídia tradicional entendeu que os partidos oposicionistas são erráticos em seus programas e na sua linha política não por falta de conservadorismo de suas principais lideranças, mas pela ausência de apelo social em sua pregação.

Em função disso, coisas como o Instituto Millenium se tornaram de grande importância. O Millenium tem, entre seus mantenedores e parceiros, a Abert (controlada pelas organizações Globo) e os grupos Abril, RBS e Estadão. O instituto é também sustentado por outras grandes empresas, como a Gerdau, a Suzano e o Bank of America.

O Millenium tenta fazer o amálgama entre mídia, partidos e especialistas conservadores para gerar um programa direitista consistente, politicamente atraente e socialmente aderente.

O colunismo midiático, em todas as suas frentes, é outro espaço feito sob medida para juntar jornalistas, especialistas e lideranças partidárias dedicadas a reforçar alguns interesses contrariados por algumas políticas públicas criadas nos últimos 12 anos.

A estratégia midiática de reinvenção da direita brasileira representa, no fundo, uma tentativa desesperada e consciente dessa mesma mídia de reposicionar-se nas relações de poder, diante da ameaça de novos canais de comunicação e de novos atores que ganharam grande repercussão na opinião pública.

Com seu declínio econômico e o fim da aura de fonte primordial da informação, o veneno em seus anéis tornou-se talvez seu último trunfo no jogo político.


A análise é de Antonio Lassance e foi publicado originalmente no Carta Maior

Prefeito de Altaneira assina convênios no valor de 1 milhão de reais com o Estado


O prefeito do município de Altaneira, Delvamberto Soares (Pros) assinou nesta quarta-feira, 18, na capital cearense, três convênios com o governo estadual no valor de 1 (hum) milhão de reais.

O valor será distribuído para a construção do Estádio Municipal, da Pavimentação do novo Bairro denominado de Zé Rael, assim como para complementação de pavimentações em vários logradouros. 

A construção do estádio é uma antiga reivindicação de jogadores e ex- atletas e principalmente do atual presidente da Associação Esportiva Altaneirense – AEA, Humberto Batista. A área que será construída essa obra se dará na proximidade do Parque de Eventos João de Almeida Braga, localizada no bairro Cruzeiro. O acesso ao Estádio será facilitado pela continuação das ruas João Barbosa de Oliveira e José Pio de Oliveira.

Ao compartilhar fotos na rede social facebook que ilustra esse artigo Delvamberto frisou “desde que assumi o governo coloquei como metas criar estruturas melhores para o nosso povo, a cada mês vejo essas ações se tornar realidades como Ginásios Esportivos em todas nossas localidades, dando aos nossos jovens e crianças a oportunidade das práticas esportivas em um local adequado”.

O convênio foi fruto de diálogos com os deputados estaduais Sineval Roque e Camilo Santana. 

Reportagem do ESPN sobre Altaneira contradiz explicações e não fala de cultura


Com o título “Seleção altaneira: região castigada do Ceará contrasta com riqueza da Copa” o canal por assinatura exibiu ontem (19/06) reportagem no programa Sporcenters 2ª edição onde mostrou Altaneira como a cidade mais pobre do Ceará em contraste com a Capital do Estado que recebeu grandes recursos para as obras da Copa do Mundo.

Imagem capturada do Portal ESPN por Raimundo
Soares Filho.
O repórter Roberto Salim, visitou nossa cidade, buscando exatamente esses contrastes visitou várias pessoas, cita várias pessoas, mas o enfoque maior foi nos problemas como moradia e saúde.

Além do equívoco de apontar Altaneira como a cidade mais pobre do Ceará a reportagem ainda cita que o Cariri é a região mais castigada do Ceará e ainda confundem a região com o município na legenda do vídeo no portal do canal.

Os habitantes da pequena Cariri, no Ceará, podem se considerar vencedores. Vivendo em uma das regiões mais castigadas do país, eles coexistem com muitos problemas sociais. Próximo a eles está o estádio do Castelão, que recebeu a visita da seleção brasileira no segundo jogo da Copa do Mundo, o que apenas ressaltou as diferenças entre a riqueza do mundial e as dificuldades do povo de Cariri.”

Com certeza a reportagem não foi nada da expectativa criada pelo Garoto Beleza João Alves, pois se esperava a belas histórias esportivas, principalmente a entrevista do atleta Zezinho Batista e os investimentos nos equipamentos esportivos nos últimos anos.


A análise é de Raimundo Soares Filho e foi publicado originalmente no Blog de Altaneira

18 de junho de 2014

Qual é a graça?: Professor faz lista com 360 termos racistas


O professor de biologia Luiz Henrique Rosa – da Escola Municipal Herbert Moses, no Jardim América, Zona Norte do Rio –, incomodado com a quantidade de palavras preconceituosas utilizadas por seus alunos, pediu para que cada um deles fizesse uma lista de todos os termos pejorativos que eles usavam. O resultado foi uma lista com mais de 600 palavras, sendo 360 delas de cunho racista. Segundo o professor, que consultou 11 turmas com média de 40 alunos cada, a maior parte dos estudantes da escola é afrodescendente.

"Eles colocaram no papel vários apelidos e eu fui sistematizar as palavras que eles escreveram. Só quando botei no papel é que tive a noção da quantidade de termos racistas que eles usavam", diz. "O mais comum entre os alunos era 'macaco', em seguida aparecem termos relacionados à inferioridade intelectual, aos traços físicos e comportamentais, como 'cabelo duro' e 'negro safado'", explicou Rosa em reportagem para o UOL.

Após o levantamento o professor e os alunos montaram um painel com todas as expressões, para discutir em sala de aula o uso dos termos racistas. Dessa experiência surgiu, no fim de 2009, o projeto "Qual é a graça", que visa também ensinar sobre escravidão no Brasil, a Revolta das Vassouras (uma rebelião de escravos ocorrida em 1838) e o seu principal protagonista, Manuel Congo, até então um desconhecido dos alunos.

O projeto "Qual é a graça" transformou o quintal da escola em uma homenagem aos 200 escravos que pertenciam ao mesmo dono de Congo – que morreu enforcado na cidade de Vassouras (RJ) durante a rebelião dos negros. Os nomes dos personagens da revolta foram gravados em pequenos pedaços de mármore, e cada um deles foi "apadrinhado" por um aluno. Há outras 40 pedras com a inscrição "Deus sabe o nome", em referência aos escravos não identificados.

"Também criamos o 'canteiro navio', onde os alunos plantam e acompanham as espécies por 60 ou 90 dias, que era o tempo que dois navios negreiros demoravam para chegar ao Brasil e em que os escravos permaneciam acorrentados", diz o professor. O jardim, antes abandonado, tem hoje mais de 300 espécies vegetais e é visitado por 20 espécies de borboletas. 

Há plantas relacionadas à história, como a pau-brasil, e à literatura, como a laranja-lima. Após mais de quatro anos de projeto, o professor diz que o resultado é perceptível na comunidade escolar: houve redução do bullying e das brigas entre alunos. "'O Qual é a graça' vai além da questão racial, busca o bom convívio e o combate ao preconceito de todas as formas", afirma Rosa.

O projeto "Qual é a graça" atende à lei 10.639/03, que trata da inclusão do ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo escolar.

Professor carioca cria projeto interdisciplinar contra o preconceito racial

        



Via Brasil247

Levante Popular da Juventude lança nota de Repúdio ao programa Casos de Família do SBT


No dia 16 de junho deste ano, no programa Casos de Família, exibido pela Rede de Televisão SBT (Sistema Brasileiro de Televisão.), sob o comando da apresentadora Christina Rocha, foi montado um palco para que homens que agridem mulheres falassem abertamente que “mulher que não gosta de apanhar, e tem que se comportar”.

Na chamada do programa, a pergunta inicial é: “As mulheres devem suportar tudo por amor?”. Em nenhum momento se questiona qual é a responsabilidade dos homens nessas agressões; pelo contrário, naturaliza-se o tema como problema das mulheres, sugerindo que tudo é questão de haver mulheres que se submetem a violência.

Não bastasse o absurdo de culpabilizar a mulher pela agressões, os homens convidados assumiram que batiam nas mulheres e ninguém, nem a apresentadora, nem os produtores e platéia, denunciaram os casos de agressão.

Já não basta todas as propagandas que nos objetificam e de novelas que exibem estupros inadequados para a faixa etária indicativa da programação, ainda sobra espaço para programas sensacionalistas que promovem o famoso “barraco” na tentativa desesperada de ganhar audiência?

Nós mulheres exigimos um ação efetiva do Ministério Público e da Procuradoria das Mulheres para que os agressores sejam punidos, as vitimas protegidas e o SBT faça uma retratação pública.

Além disso, convocamos todas as mulheres e todos os mulheres a ligarem para o 180 e denunciarem esses cara pela agressões que cometeram a essas mulheres, afinal, por causa das atualizações feitas na Lei Maria da Penha, hoje qualquer pessoa pode denunciar a violência doméstica e a causa não depende mais da vontade da mulher agredida para correr na justiça.

A nota foi publicada pela página Levante Popular da Juventude



Internet, redes sociais, curtidas, comentários, comunicação e falsos moralistas


Estamos a um só tempo conectado. Há quem passe o dia inteiro navegando. Pesquisando, estudando, trabalhando e até praticando o ócio. O mundo da tecnologia propiciou e propicia essa diversidade, essa variedade de ações a se fazer cotidianamente. Mas, com ela veio, ou melhor, foram incorporado ações e atitudes que antes só víamos nas ruas, nos bares, nas calçadas de casas e estabelecimentos comerciais (demagogias, falsos moralistas e rivalidades política-partidária. Esta última longe de fomentar um dialogo). Ao contrário, protagonizam a cultura do eu, o desenvolvimento do falar para o meu grupo. Longe ainda de protagonizar a arte democrática, do respeito ao outro, a opinião do outro.

Some-se a isso o fato de que vira e mexe aparecem os “brincantes” da comunicação. Aqueles que não conhecem sequer o bom senso. Que fazem delas a arte do informar somente quando vai atingir ou reforçar seu ego e do “seu grupo”, não se importante com o zelo de que deve ter um bom comunicador – o respeito pelo leitor e, principalmente, por aqueles que por n razões pensam diferente. Muitos pensam que comunicar, informar é ter como norte e foco principal o (a) gestor (a). Outros ainda têm a audácia de pensar que ela é feita tão somente quando surge fatos que coloque em xeque uma administração e outros ainda (os brincantes e os aprendizes que não querem aprender) pensam que não necessita dar satisfação. 

É ainda aqui, proporcionado inclusive por essa “pedagogia do meu grupo” – ciclo de pessoas que partilham das mesmas ideias, a grande maioria delas ligadas ao polo político - que testemunhamos as curtidas, os comentários e, quando muito, os compartilhamentos – para nos expressar na linguagem facebookiana. Essas chegam até a nos deixar desnorteados. Por exemplo, se um personagem ligado a elite dominante atualizar seus status afirmando que (sei lá – risos) está prestes a tomar banho em poucos minutos iremos perceber várias curtidas e comentários (nem que seja simplesmente para um “kkkk”). No contraponto, se qualquer outro cidadão escrever algo mais sério não irá ter a mesma atenção.

Na mesma linha de raciocínio temos (e em grande número) os curtidores e compartilhadores daqueles que ocupam cargos do alto escalão. Mais notável ainda é quando uma pessoa simples atualiza o status e não há curtidas, nem comentários. Porém, se alguém do centro do poder compartilhar esse status antes ignorado, haverá curtidas pelos que ignoraram.

Finalmente, mas não menos importante, devemos afirmar que há um reforço, com as redes sociais de falsos moralistas, de demagogos, da “pedagogia do meu grupo” e uma volta da política dos “olhos e ouvidos do rei”, o que chamamos carinhosamente de “os corujas das redes sociais".