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Pesquisa revela que brasileiros estão entre os que gastam mais tempo nas redes sociais

 

As pessoas não acionam o botão de saída das plataformas digitais, acabam ficando de prontidão para estar aptos a responder. (FOTO | Geralt | Pixabay).

O avanço tecnológico e o uso das redes sociais trouxeram mudanças consideráveis para toda a sociedade. Novas formas de trabalho, estudo, obtenção de informação. Contudo, nos tornamos reféns, ficamos conectados o tempo todo, sempre aguardando mensagens e informações. Por vezes, sentimos ansiedade e obrigação de visualizar, comentar, responder e não perdermos contato com o mundo virtual. A esse processo dá-se o nome de “Folo” – fear of logging off –, ou, medo de ficar desconectado.

TSE e redes sociais firmam acordo para combater fake news nas eleições

 

(FOTO/ CC0/Domínio Público).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e plataformas de redes sociais assinaram, nesta terça-feira (15), acordo com para combater a disseminação de fake news durante as eleições de outubro. Participam do compromisso o Google, WhatsApp, Facebook, Instagram, YouTube, Twitter, TikTok e Kwai.

Os memorandos, que fazem parte do Programa de Enfrentamento à Desinformação, iniciativa instituída pelo Tribunal em 2019, listam as ações, medidas e projetos que serão desenvolvidos em conjunto pela Corte Eleitoral e por cada plataforma, conforme as respectivas características, funcionalidades e público-alvo. Por meio desse acordo, todas as plataformas se comprometem a priorizar informações oficiais como forma de mitigar o impacto nocivo das fake news ao processo eleitoral brasileiro.

As medidas, apesar de voltadas para o período eleitoral, devem valer até 31 de dezembro. O TSE informou que os termos de cooperação pactuados com as organizações não envolvem troca de recursos financeiros e não acarretam qualquer custo ao tribunal.

Nosso objetivo é desenvolver ações para coibir e também neutralizar a disseminação de notícias falsas nas redes sociais durante as eleições deste ano. Paz e segurança nas eleições de 2022. Por isso, juntos, mais uma vez, vamos realizar, como sempre temos feito, eleições limpas, livres e seguras”, afirmou o vice-presidente do TSE, ministro Edson Fachin.

Redes sociais e fake news

No evento on-line, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que parcerias firmadas não impedem que novas ferramentas sejam a ser agregadas no futuro. De acordo com ele, há uma preocupação em preservar um ambiente de “debate livre, amplo, robusto, mas que preserve regras mínimas de legalidade, e de civilidade”. “Portanto, estamos empenhados em combater o ódio, a criminalidade difundida online e teorias conspiratórias de ataque às democracias. É impossível exagerar no mundo contemporâneo a importância que assumiram as mídias digitais. E consequentemente é impossível exagerar a importância de uma parceria como esta que estamos aqui celebrando”, disse Barroso.

Nas medidas que serão entabuladas pelo WhatsApp, há a previsão de que o TSE tenha um canal direto para se comunicar com os eleitores, além de um canal de denúncias contra disparos em massa. “Com o WhatsApp, por exemplo, teremos um canal de comunicação para a denúncia de uma prática que queremos repelir, que são os disparos em massa ilegais vedados pela legislação. Nós conseguimos avançar com ferramentas que ajudam o TSE e as plataformas a servirem melhor à democracia brasileira”, detalhou o magistrado.

Após a fala de Barroso, representantes das redes sociais anunciaram algumas medidas que serão adotadas. Natália Paiva, líder de políticas públicas do Instagram, afirma que, para reduzir as desinformações, será aprofundada uma parceria com agências de checagem. “Além disso, vamos ter um canal de denúncia dedicado ao TSE, com parte do trabalho colaborativo. Os conteúdos serão analisados pela nossa equipe e, se violarem as políticas da plataforma, serão removidos”, acrescentou.

Wanderley Mariz, diretor do aplicativo de vídeos curtos Kwai, disse que a desinformação é “um risco aos valores da sociedade, além da democracia”. “A tentativa de desacreditar o processo eleitoral e o direito ao voto são exemplos disso. Por isso, fazemos questão de somar nesse processo e desenvolver um conjunto de ações. Esse enfrentamento precisa ser um esforço permanente das plataformas contra a disseminação de informações falsas. Nós protegemos a liberdade de expressão, mas não toleramos informações enganosas e que prejudicam a democracia”, alertou.

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Com informações da RBA.

Consciência Jurídica

 

Antônio Raimundo. (FOTO/ Arquivo Pessoal).

Por Antônio Raimundo, colunista do Blog

Em crítica às novas tecnologias e a disseminação de informação pela rede mundial de computadores, o grande escritor e filósofo Umberto Eco[1], em meados da década passada, afirmou que as redes sociais dão o direito a palavra a uma “legião de imbecis”. Segundo o escritor, a internet ampliou o alcance daquelas conversas de bar após uma taça de vinho, antes inofensivas pelo alcance e agora, com a disseminação, trazendo sérios prejuízos à sociedade. Segundo o filósofo, “os internautas, agora, acham-se no mesmo direito à palavra de um ‘Prêmio Nobel’”. A expressão, em tradução literal, é muito forte. Mas, quando são consideradas muitas situações que acontecem nas redes sociais, a internet tornou-se um ambiente hostil, criando-se um verdadeiro “tribunal da web”; a busca de “justiça” valendo-se da vingança privada ao extremo. Um caso bem estarrecedor e exemplar e que aconteceu em meados de 2014, no Guarujá, litoral de São Paulo em que uma mulher foi morta após uma página social postar acusações contra ela sobre sequestro e bruxaria, com rituais de “magia negra” com crianças. O vídeo divulgado mostrava a senhora sendo interrogada e, após a condenação, foi arrastada pelos cabeços até o local de sua morte. Ao final das investigações do caso, apurou-se que a mulher, vítima de uma brutalidade fatal, era inocente. Ainda que fosse culpada, não merecia a crueldade praticada. Esse comportamento mediévico ou dos tempos do Código de Hamurabi, baseado nas Leis de Talião (“olho por olho, dente por dente”), destoa de como deve se comportar a sociedade civilizada dos tempos modernos. Estamos em um país que vigora o estado democrático de direito, em que prevalece o devido processo legal entre outros direitos fundamentais assegurados na Constituição Federal, estabelecendo uma verdadeira muralha contra a barbárie. O exercício da vingança privada, de se fazer justiça com as próprias mãos (exercício arbitrário das próprias razões), com pouquíssimas exceções está superado há tempos, a partir do momento que o Estado avocou para si o direito de punir quem pratica ilegalidades; é a racionalização do processo pelo Estado-Juiz.

ONU: ‘Combater discurso de ódio nas redes sociais é grande desafio para a humanidade’

 

(FOTO/ Creative Commons).

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório especial sobre discurso de ódio e redes sociais. O tema foi considerado como um “grande desafio para a dignidade humana” e um dos temas que precisam ser tratados nos próximos anos. De acordo com o documento, o ódio nas redes “pode até levar a limpeza étnica e genocídio”.

Antagonismos: redes sociais e realidade




Atencioso(a) nas redes sociais, indiferente na vida real;

Solidário(a) nas redes sociais, egoísta na vida real;

Defensor(a) dos mais humildes nas redes sociais, extremamente voltado(a) às elites na vida real;

Defende e tem um discurso fantástico contra a homofobia nas redes sociais, é homofóbico(a) de carteirinha na vida real;

Dar lição de moral quase todos os dias nas redes sociais, pois é contra o racismo, mas na realidade é um(a) racista.

É contra todo tipo de corrupção nas redes sociais, mas fura fila de banco, não dá assento aos mais velhos, joga papel de bala no meio da rua e outras atrocidades mais nos dia-a-dia.

Publica nas redes sociais que ama a deus, mas na vida real não é capaz de dar uma moeda a quem precisa.....

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E assim caminha a humanidade de ré e com falsos moralismos!!!

As Redes Sociais e as disputas de narrativas pelas chamadas minorias brasileiras


Por Stephanie Ribeiro, do Confeitaria


As redes sociais hoje são um campo de disputa de narrativas pelas chamadas minorias brasileiras, aqueles grupos que, mesmo sendo a maioria quantitativa, no que diz respeito à qualidade de vida, dignidade e aos direitos garantidos, tornam-se marginalizados socialmente.



Quando nós usamos as redes para dar visibilidade para nossas dores e nossas lutas, queremos chamar atenção para fatos que foram naturalizados por uma sociedade que segue regras opressoras.

Primeiro vieram os filtros para fotos de perfis (o mais popular foi o da bandeira LGBT). Depois as hashtags #meuprimeiroassédio, #agoraéquesãoelas, #meuamigosecreto, que foram invadindo a rede e mostrando a força e a importância do protagonismo das mulheres no feminismo.

Agora o novo protesto nas redes é a hashtag #seráqueéracismo. A sua criação foi motivada após o assassinato de cinco garotos negros: Roberto, Carlos, Cleiton, Wilton e Wesley levaram exatamente 111 tiros da polícia. Assim como muitos jovens de sua faixa etária (entre 15 e 20 anos), eles estavam comemorando o primeiro emprego de um deles.

O problema dessa história triste é que, infelizmente, não se trata de um acontecimento isolado. No Brasil, são mortos em média 82 jovens por dia. Isso significa quase 30 mil jovens mortos a cada ano. E destes jovens, 77% são negros. Com isso, são aproximadamente 23.100 jovens negros mortos por ano. Temos claramente uma situação de genocídio. Entretanto, as pessoas negam que a motivação desses números seja racial.

É mais fácil dizer que é questão de classe, é mais fácil dizer que é falta de sorte do que assumir que estamos num país racista, que a democracia racial é inexistente, e que não, não somos todos “negros”. Quem tem a marca negra sabe o que isso significa. Afinal, o racismo no Brasil não dá trégua. Ele é institucionalizado — machuca, cala e destrói vidas.

Independente da sua classe, gênero, orientação sexual, sofrer racismo é o que une os não privilegiados socialmente pela branquitude. E quando falamos de privilégios, estamos falando de inúmeros fatores que colocam alguém em uma condição favorável socialmente. Num país como o nosso, em que muitos não têm rede de esgoto, se a sua casa possui, é um privilégio. Saber ler, escrever, ter uma alimentação balanceada, poder fazer universidade, ter água na torneira são mais exemplos de privilégio.

Posso passar o dia listando, entretanto prefiro te surpreender dizendo que conseguir pegar um táxi sendo uma pessoa branca é um privilégio:

#‎SeráQueÉRacismo quando passo vários minutos com minha filha no colo tentando pegar um táxi e nenhum deles para, apenas quando um branco se ‘solidariza’ e dá sinal pra mim?  — post de Thayná Trindade

Aí você pode achar que é um caso isolado. Só que não, não é.

Quatro pretos tentaram pegar um táxi, mais de dez passaram, nenhum parou… #‎seráqueéracismo? Mas é só um táxi. É um táxi que não para, pois no Brasil a imagem do negro está associada à criminalidade. Um exemplo é o tratamento hostil dado por seguranças a pessoas como eu. — post de Jessyca Liris

‪#‎Seráqueéracismo quando eu e minha companheira preta, estamos numa loja e somos seguidas por um segurança branco, e quando perguntamos o pq dele estar nos seguindo, responde “só to fazendo meu trabalho. #‎éRACISMOsim — post de Jéssica Ipólito

‪#Seráqueéracismo você estar com um grupo de amigos brancos e ser o único revistado na entrada da balada?” — post de Eliane Oliveira

O negro associado ao marginal criminoso se estende a situações como essa:

Mesma sala de aula, dois alunos que fazem uso e abuso de drogas. Um branco, outro preto. O primeiro é tratado como coitadinho, tão esforçado, “a gente tinha que fazer alguma coisa”; o segundo é tratado como marginal, nem deveria estar na escola…#‎seráqueéracismo? — post de Eduarda Lamanes

As prisões brasileiras seguem essa tática de criminalizar atos para negros e liberá-los para brancos. Um simples cigarro de maconha na mão de um menino negro  pode arruinar sua vida e coloca-lo numa sela superlotada caso ele seja pego pela polícia. O mesmo cigarro na mão de um jovem branco é apenas uma “fase”. Se nossos atos nos criminalizam, nossa estética nos limita espaços:

‪#‎SeráQueÉRacismo a mulher falar que pra ser advogada eu vou ter que alisar meu cabelo pra parecer mais profissional????????????? — post de Fernanda Marcellino

‪#‎Seráqueéracismo Quando fui proibida de entrar na instituição de ensino que estudo pois, segundo a coordenação disciplinar, meu cabelo era volumoso demais para os “padrões” do colégio. — post de Ellen Roots

Nossa sexualidade é brutalizada:

#‎Seráqueéracismo quando o cara diz que com as negras tem vontade de transar brutalmente enquanto que com as “branquinhas” tem vontade de ser delicado na hora do sexo? — post de Beatriz Anarka

‪#‎Seráqueéracismo “sempre quis transar com um pretinho” — post de Ibu Lucas

Pois nosso corpo negro é tratado como bom para o trabalho e para o sexo, desde quando éramos escravizados. O brasileiro ainda segue a mesma mentalidade de senhores de engenho, mesmo que estejamos falando de meros cidadãos comuns.

‪#‎Seráqueéracismo: se você olhar em volta e perceber que não existem negros presentes pode ter certeza de que existe algum mecanismo de exclusão operando em algum ponto de acesso, não importa qual seja o lugar – grupo de amigos, universidade, trabalho, boteco, cinema…Olhe em volta agora, ‪#‎éracismosim! — post de Marcio Black

Entretanto muitas pessoas vão negar mesmo que:De 555 colunistas e blogueiros de veículos como Folha, R7, O Globo, O Estado de São Paulo, Época, Veja, G1, Uol,apenas seis são negros. Dos 18.400 professores universitários nas principais universidades do país (UFRGS, USP, UFRJ, Unicamp, UNB, UFSCAR e UFMG), só 70 são negros. Os números apontam que 60% da mortalidade materna acontecer entre mulheres negras. Entre 16 e 24 anos, as mulheres negras têm três vezes mais probabilidade de ser estupradas do que mulheres de outras etnias. 67% das crianças à espera de adoção são negras, mas 58% das famílias não aceitam crianças que não sejam brancas. E, finalizando, o número de homicídios de mulheres negras aumentou 54% no país, enquanto o de mulheres brancas diminui.

Se estes dados somados a todos os relatos do movimento #seráqueéracismo não te fizerem acreditar que SIM, É RACISMO, não posso fazer mais nada a não ser dizer que o seu privilégio te cega e te impede de ter empatia. E empatia e conhecimento sobre como o racismo age no país é o que pessoas brancas precisam ter. Afinal, não podemos lembrar que o racismo existe apenas quando negros desaparecem, como aconteceu com Amarildo, ou quando são arrastados por 350 metros, como ocorreu com Cláudia. Precisamos nos lembrar disso também quando nós negros ainda estamos vivos, em um país onde isso é também, infelizmente, um privilégio.

Como disse Aline Cardoso, a hashtag #‎seráqueéracismo é tão dolorosa quanto ‪#‎meuamigosecreto, porém necessária.

* Ilustração de Duds Saldanha

Internet, redes sociais, curtidas, comentários, comunicação e falsos moralistas


Estamos a um só tempo conectado. Há quem passe o dia inteiro navegando. Pesquisando, estudando, trabalhando e até praticando o ócio. O mundo da tecnologia propiciou e propicia essa diversidade, essa variedade de ações a se fazer cotidianamente. Mas, com ela veio, ou melhor, foram incorporado ações e atitudes que antes só víamos nas ruas, nos bares, nas calçadas de casas e estabelecimentos comerciais (demagogias, falsos moralistas e rivalidades política-partidária. Esta última longe de fomentar um dialogo). Ao contrário, protagonizam a cultura do eu, o desenvolvimento do falar para o meu grupo. Longe ainda de protagonizar a arte democrática, do respeito ao outro, a opinião do outro.

Some-se a isso o fato de que vira e mexe aparecem os “brincantes” da comunicação. Aqueles que não conhecem sequer o bom senso. Que fazem delas a arte do informar somente quando vai atingir ou reforçar seu ego e do “seu grupo”, não se importante com o zelo de que deve ter um bom comunicador – o respeito pelo leitor e, principalmente, por aqueles que por n razões pensam diferente. Muitos pensam que comunicar, informar é ter como norte e foco principal o (a) gestor (a). Outros ainda têm a audácia de pensar que ela é feita tão somente quando surge fatos que coloque em xeque uma administração e outros ainda (os brincantes e os aprendizes que não querem aprender) pensam que não necessita dar satisfação. 

É ainda aqui, proporcionado inclusive por essa “pedagogia do meu grupo” – ciclo de pessoas que partilham das mesmas ideias, a grande maioria delas ligadas ao polo político - que testemunhamos as curtidas, os comentários e, quando muito, os compartilhamentos – para nos expressar na linguagem facebookiana. Essas chegam até a nos deixar desnorteados. Por exemplo, se um personagem ligado a elite dominante atualizar seus status afirmando que (sei lá – risos) está prestes a tomar banho em poucos minutos iremos perceber várias curtidas e comentários (nem que seja simplesmente para um “kkkk”). No contraponto, se qualquer outro cidadão escrever algo mais sério não irá ter a mesma atenção.

Na mesma linha de raciocínio temos (e em grande número) os curtidores e compartilhadores daqueles que ocupam cargos do alto escalão. Mais notável ainda é quando uma pessoa simples atualiza o status e não há curtidas, nem comentários. Porém, se alguém do centro do poder compartilhar esse status antes ignorado, haverá curtidas pelos que ignoraram.

Finalmente, mas não menos importante, devemos afirmar que há um reforço, com as redes sociais de falsos moralistas, de demagogos, da “pedagogia do meu grupo” e uma volta da política dos “olhos e ouvidos do rei”, o que chamamos carinhosamente de “os corujas das redes sociais".