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Heloisa Bitu (a esq.)/FOTO/Reprodução/Facebook. Bárbara de Alencar (a dir)/ FOTO/Biblioteca Nacional. Montagem/Blog Negro Nicolau. |
Texto | Nicolau Neto
Os
restos mortais de Bárbara de Alencar, a pernambucana que teve praticamente todo
seu ativismo político no Ceará, será exumado por uma equipe constituída de
pesquisadores.
O
corpo de Bárbara foi enterrado na Capela de Nossa Senhora do Rosário, no
distrito de Itaguá, a 17 quilômetros da sede do Município de Campos Sales.
Segundo informações colhidas junto ao Diário do Nordeste, a equipe que é
composta também por fotógrafo, advogado realizou na manhã desta quinta-feira,
25, uma visita ao município com o propósito de fazer o reconhecimento dos
restos mortais daquele que é tida a primeira presa política do Brasil.
A
ideia partiu do Instituto Cultural do Ceará (ICC) e visa ainda exumar seu corpo
para fazer uma reconstituição gráfica do rosto. A arqueóloga altaneirense
Heloisa Bitu e que atualmente desempenha seu trabalho na Fundação Casa Grande –
Memorial Homem do Kariri, com sede em Nova Olinda, integra a equipe. Heloisa já
lecionou Química na Escola Estadual Santa Tereza (Altaneira) e se desligou da
docência para cursar o mestrado em Arte Rupestre pela Universidade Federal do
Piaui (UFPI).
A
cobertura jornalística da exumação dos restos mortais de Bárbara de Alencar será
feita pelo repórter da Rede Globo, Francisco José. Pelas redes Heloisa comentou
sua participação no processo e falou sobre o repórter. “Eu integrei a equipe tbm! O Chico é um repórter muito simpático”
(SIC).
Bárbara
teve forte participação na Revolução Pernambucana no Ceará (1817) que lutava
pela separação do Brasil de Portugal e sete anos depois na Confederação do
Equador (1824), movimento separatista e republicano que proclamou a
independência de algumas províncias nordestinas do restante do país. A sua
participação do primeiro movimento lhe redeu a prisão e tortura.
Apesar
de ser pernambucana, foi em Crato (CE) que ela construiu toda a sua base
econômica e política. Ela é mãe de José Martiniano Pereira de Alencar e Tristão
Gonçalves e avó do escritor José de Alencar.
Que trabalho interessante, parabéns a todos os envolvidos.
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