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'A temática negra não é muito bem aceita', diz escritora, cujo primeiro livro levou 20 anos para ser publicado. (FOTO/Joyce Fonseca/ Reprodução/BBC). |
A
escritora Conceição Evaristo mal se lembra de ter referências masculinas ao seu
redor em seus anos de formação, crescendo cercada de mulheres negras que
trabalhavam como cozinheiras, lavadeiras e empregadas, profissões tão humildes
como a casa pobre em que vivia com a mãe e os nove irmãos e irmãs na favela do
Pendura Saia, em Belo Horizonte.
Foi
com essas mulheres, que completaram a alfabetização junto com a nova geração de
filhos e sobrinhos que chegava, que ela teve sua formação - e aprendeu a lição
de fortaleza.
Não
a fortaleza folclórica que por vezes se atribui a "um povo negro que não sente
dor, que está sempre a cantar, que tem uma alegria já por herança",
critica, e sim a fortaleza da resiliência "que nos agrega" e
"que nos salva".
A
escritora mineira, que hoje vive em Macaé (RJ), está prestes e embarcar para
Paris, onde vai lançar a edição francesa do livro Insubmissas Lágrimas de
Mulheres e participar de mesas literárias no Salão do Livro de Paris.
Em
conversa com a BBC Brasil, Conceição questiona as dinâmicas que tornam a
ascensão social e profissional tão difícil para mulheres e para negros no
Brasil.
Leia
os principais trechos da entrevista clicando aqui.
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