Único posto de combustível de Altaneira completa seis dias com estoque zerado. (Foto: João Alves). |
A
paralisação dos caminhoneiros parece que chegou ao fim. Não sem o Temer,
presidente ilegítimo do pais, usar do que ele tem de melhor. Ora usou a força
quando baixou decreto autorizativo de forças armadas para atuarem contra as
manifestações e desobstruir as estradas, fato que não surtiu o efeito esperado.
Tanto que os manifestantes continuaram por mais uns dias na luta.
Ora
usou a tática que mais tem lhe marcado desde que usurpou o poder mediante um
golpe jurídico-parlamentar-midiático. Retirou dos cofres público e de áreas
essenciais (não que a econômica não seja) para baratear o diesel para os
caminhoneiros. Isso, repito, não é algo novo. A sua permanência no poder, mesmo
rodeado de denúncias graves, é prova disso. Parlamentares garantiram e estão
garantido sua estada no palácio do planalto.
O
preço do diesel baixou. Isso foi fruto da greve dos caminhoneiros. A gasolina e
o gás de cozinha não. Mas para baixar o diesel, Temer teve que encontrar
alternativas para compensar essa retirada. Educação e Saúde foram as duas áreas
(não se pode esquecer da PEC do Teto que limitou investimentos em várias áreas,
inclusive nestas) escolhidas. Consta que irão ser retirados montante
equivalente a R$ 200 milhões de universidades (já sucateadas) e do Sistema
Único de Saúde - SUS (já a beira da falência).
Essa
é a política do (des)governo Temer. Corta em Saúde e em Educação, mas se recusa
a enfrentar o problema como se deve. Não rompeu com a prática e os interesses
financeiros daqueles que estão à frente da Petrobras.
Mas
a paralisação revelou um outro lado. Enquanto caminhoneiros/as estavam em ato
para que o diesel fosse barateado, o preço da gasolina continuava nas alturas.
O preço do gás de cozinha continuava a um preço exorbitante para os padrões de
vida do brasileiro. Muitos, inclusive, e testemunhei caso em Altaneira, tiveram
que voltar a cozinhar unicamente a carvão porque o botijão não mais cabia no
orçamento.
Enquanto
a maioria dos altaneirenses tinham que optar por comprar o botijão ou a alimentação,
proprietários e proprietárias de veículos pareciam não entender o quão grave
era a situação ou se entendiam ignorava. Filas e mais filas no único posto de
combustível do município para abastecer, não importando o preço. Há relatos de
que o preço do litro da gasolina chegou a quase R$ 5,00.
O
importante era abastecer. O preço era secundário. A procura foi intensa por
dois dias seguidos e no último sábado, 26, o estoque zerou. Já são seis dias
que não há combustível no posto, fazendo com que as pessoas se desloquem até
Nova Olinda quando há informações de que lá tem gasolina.
O
importante era abastecer. O preço era secundário. Vale repetir. Essa política
da oferta e da procura parece que caiu como uma luva e o jeitinho malandro
emergiu com toda força em Altaneira das “desgraças” alheia. Sem gasolina nos
postos e precisando abastecer seu veículo, proprietários/as se veem obrigados a
abastecer pelo preço de revendedores/as. Algumas pessoas chegaram a mencionar
que quem conseguiu comprar combustível em excesso está revendendo a preço de R$
10,00 e até de R$ 12,00.
O
brasileiro e em especial o altaneirense conseguiu se superar e demonstrou que a
solidariedade e o sentimento de classe inexistiram com a greve e conseguiu nesses
dias comprar todo o estoque de um produto por um preço mais caro da história.
Não contente, ainda compraram de revendedores por preços mais caros ainda. O
único sentimento que se percebeu foi o da ganância, do eu sozinho. Talvez um "malandro é malandro e mané é mané", como bem cantou o Bezerra da Silva sirva para o momento.
Saiba mais sobre a repercussão da
greve dos caminhoneiros em Altaneira nos links abaixo:
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