Professora Zuleide teve sua pré-candidatura a deputada federal neste sábado, 09, na sede do GRUNEC em Crato. (Foto: Reprodução/Fanpage "Resistência"). |
Na
tarde do último sábado, 09, na sede do Grupo de Valorização Negra do Cariri
(Grunec), foi lançada a pré-candidatura a deputada federal da professora universitária
ligada ao Departamento de Educação da Universidade Regional do Cariri (URCA),
Zuleide Queiroz, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
De
forte ativismo e presença nos movimentos sociais, como no próprio Grunec e na
Frente de Mulheres do Cariri, Zuleide já disputou outros cargos eletivos como
ao executivo municipal de Crato e a reitora da instituição em que leciona.
Segundo ela, a pré-candidatura representa uma construção coletiva em busca de
romper com a política como ora se apresenta em que mulheres, negros e a
comunidade LGBT não são representadas e não estão ocupando os espaços de poder.
Ela afirmou que se não estivesse nessa disputa outros estariam e frisou que a
presença dos movimentos sociais no evento lhe fortalece.
“Há mais de vinte anos mora aqui no cariri e acompanho a situação vivida pelas mulheres na região, em situação de violência, muito mais acrescida nesses últimos anos, com a juventude e com o recorte muito forte na juventude negra. Esse contexto que a gente vive de participação efetiva nos movimentos sociais nos leva a ter que tomar uma decisão muito importante na nossa vida”, disse ela em entrevista ao Jornal do Cariri e completou “queremos iniciar essa discussão partindo da pauta dos movimentos de mulheres, LGBT, da juventude e da educação, com as greves que se constituem nos municípios, e a saúde que é um dos principais problemas”.
Também
em entrevista ao referido periódico, Valéria Carvalho, representante do Grunec,
afirmou que Zuleide é uma delas e que o congresso precisa passar por mudanças.
“Como ela é uma de nós, não tem como não
estarmos juntas, não existe essa possibilidade”, pontuou. O mesmo sentimento foi partilhado por
Verônica Isidório, da Frente de Mulheres do Cariri, que completou arguindo que
“o mundo que está ai, construído pelas
mãos do capital e do machismo, não serve para nós, e vamos ter que desconstruir
muita coisa para termos novas conquistas”.
Na
fanpage “Resistência” criada para divulgar o nome de Zuleide consta que o
evento contou com muitas falas de apoio e o lançamento marca a construção
coletiva de uma alternativa negra, feminista e socialista para o Cariri e
Ceará.
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