(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil). |
Fórum
fez uma lista de dez motivos, baseados em fatos reais, para que você possa
enviar para o seu amigo que está pensando em votar no Bolsonaro. O diálogo e o
convencimento são os temperos principais da democracia. Xingar só interessa a
quem não tem argumento.
Homofobia
Jair
Bolsonaro já deu inúmeras demonstrações de homofobia. Uma delas, em 2015,
rendeu ao deputado a obrigatoriedade de pagar uma indenização de R$ 150 mil por
danos morais ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD), criado pelo
Ministério da Justiça. A ação foi ajuizada pelos grupos Diversidade Niterói,
Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Arco-Íris de
Conscientização.
Durante
o programa CQC, na época exibido pela TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que
nunca passou pela sua cabeça ter um filho gay, porque seus filhos tiveram uma “boa educação”, com um pai presente, e
que não participaria de um desfile gay porque não promoveria “maus costumes”, pois acredita em Deus e
na preservação da família. Em outra oportunidade, o deputado deu uma declaração
dizendo que não contrataria um motorista gay para levar seu filho na escola.
Outra frase reveladora do deputado: “Ter
filho gay é falta de porrada”.
Golpe militar
Em
2014, o deputado federal ingressou com um pedido para realizar uma sessão de
homenagem ao golpe militar de 1964. Porém, o presidente da Câmara dos Deputados
da época, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), derrubou o pedido do parlamentar. A
decisão foi tomada após uma discussão com os líderes dos partidos, que chegaram
à conclusão de que tal homenagem iria causar desgaste à Casa.
Quando
votou pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016, ele justificou
sua decisão favorável ao afastamento homenageando o coronel Carlos Alberto
Brilhante Ustra, ex-chefe do Destacamento de Operações de Informação-Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), que foi torturador de Dilma.
Misoginia
Bolsonaro
ganhou destaque no tradicional jornal francês “Le Monde” em 2014, por conta de seu ataque à deputada Maria do
Rosário (PT-RS). Durante uma discussão, ele disse que só não a estupraria
porque ela “não merece”, o que lhe
rendeu um processo. O “Le Monde” o chamou de “misógino, homofóbico, racista e atrevido”. É dele, também, a
seguinte frase: “Eu tenho cinco filhos.
Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”.
Parlamentar inoperante
A
Câmara dos Deputados aprovou no dia 16 de junho de 2015, por 433 votos a favor
e 7 contra, uma emenda à proposta de reforma política, que previa que as urnas
eletrônicas passassem a emitir um “recibo”
para que os votos nas eleições pudessem ser conferidos pelos eleitores. A
emenda foi de autoria de Bolsonaro. O detalhe é que foi a primeira vez, em 25
anos ininterruptos de legislatura, que ele conseguiu aprovar uma proposta no
Congresso Nacional.
Direitos humanos
Em
2016, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, Bolsonaro se mostrou
contrário à atuação de Organizações
Não-Governamentais (ONGs) ligadas aos direitos humanos. “Eu cortaria todos os
recursos para ONGs de direitos humanos. Esse pessoal vive da violência e vive
dentro do governo. Nós arquivamos um projeto, que daqui a pouco será
desarquivado, que é o Estatuto do Encarcerado. Se você lê aquilo, você pensa em
ser bandido, porque o documento busca garantir diversas vantagens ao
presidiário, tais como o direito de visitar familiares doentes e a uma cela
individual”, disse ele.
Racismo
Bolsonaro
também não esconde posturas racistas. Durante uma palestra no clube Hebraica,
no Rio de Janeiro, em 2017, prometeu acabar com todas as reservas indígenas e
comunidades quilombolas do Brasil, caso seja eleito. Em sua opinião, as
reservas indígenas e quilombolas atrapalham a economia. “Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que
mudar isso daí”, destacou. “Eu fui
num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem
nada! Eu acho que nem pra procriador ele serve mais”, soltou.
Tortura
O
show de horrores protagonizado por Bolsonaro começou há muitos anos. Em
entrevista ao programa Câmera Aberta, da TV Bandeirantes, datada de 1999,
Bolsonaro foi explícito: “Sou a favor da tortura. Através do voto, você não
muda nada no país. Fazendo o trabalho que o regime militar não fez, matando uns
30 mil, começando com o (então presidente) FHC. Não deixar pra fora, não,
matando. Se ‘vai’ morrer alguns inocentes, tudo bem, tudo quanto é guerra morre
inocente”, declarou.
Auxílio-moradia
Mesmo
tendo um imóvel em Brasília, Bolsonaro e um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro,
recebem dos cofres públicos R$ 6.167 por mês de auxílio-moradia. Ambos são
deputados federais. O apartamento de dois quartos (69 m²), em nome do Bolsonaro
pai, foi comprado no fim dos anos 90, quando ele já recebia o benefício
público, mas ficou pronto no início de 2000.
O
deputado recebe da Câmara o auxílio-moradia desde outubro de 1995,
ininterruptamente. Seu filho Eduardo, desde fevereiro de 2015, quando tomou
posse em seu primeiro mandato como deputado. Ao todo, pai e filho embolsaram,
até dezembro de 2017, R$ 730 mil, já descontado o Imposto de Renda.
Amazônia
Em
maio deste ano, Bolsonaro concedeu entrevista ao El País onde deixou bem claro
que pode simplesmente vender a Amazônia para empresários internacionais, caso
seja eleito presidente. “A Amazônia não é nossa. Aquilo é vital para o mundo. A
Amazônia não é nossa e é com muita tristeza que eu digo isso, mas é uma
realidade e temos como explorar em parcerias essa região”, ressaltou.
Denúncia
Em
janeiro deste ano, a Folha de S.Paulo divulgou uma ampla reportagem, na qual
revela o crescimento vertiginoso do patrimônio da família Bolsonaro. Segundo a
matéria, quando entrou na política, em 1988, Bolsonaro declarava ter apenas um
Fiat Panorama, uma moto e dois lotes de pequeno valor em Resende, no interior
no Rio de Janeiro, valendo pouco mais de R$ 10 mil em dinheiro atual.
Hoje,
ainda de acordo com a Folha, o presidenciável e seus três filhos, que também
exercem mandato, são donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$
15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como
Copacabana, Barra da Tijuca e Urca. Os bens dos Bolsonaro incluem, também,
carros que vão de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras,
em um total de R$ 1,7 milhão, conforme consta na Justiça Eleitoral e em
cartórios. (Com informações da Revista Fórum).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!