“Um governo formado por um partido que se
elegeu defendendo a ética e se mostrou o mais corrupto da história. Um governo
incompetente. Uma presidente que mentiu para se reeleger”, ataca senador
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil. |
O
senador Cristovam Buarque (PPS-DF) confirmou, nesta quinta-feira (14), que
apoia o impeachment da presidente Dilma Rousseff e qualificou o governo do PT,
seu ex-partido, como “o mais corrupto da história”. “Eu vejo uma manifestação clara contrária a um governo que deixou
esgotar o modelo que tínhamos adotado no Brasil. Um governo formado por um
partido que se elegeu defendendo a ética e se mostrou o mais corrupto da
história. Um governo incompetente. Uma presidente que mentiu para se reeleger e
no dia seguinte fez tudo diferente do que havia prometido”, afirmou o
senador, por meio de nota divulgada pelo PPS.
Segundo
ele, o impeachment não é golpe e resulta de “uma grande insatisfação da nação”
com a corrupção mostrada pela Operação Lava Jato e da manifestação do Tribunal
de Contas da União (TCU) de que houve crime de responsabilidade por parte da
presidente com as chamadas pedaladas fiscais e a abertura de crédito
orçamentário sem autorização do Congresso Nacional.
De
acordo com o jornal O Globo, 44 senadores já declararam ser favoráveis à
continuidade do processo contra Dilma, e apenas 18 se dissera contrários. A
votação na Câmara está prevista para este domingo. O senador era considerado
indeciso até o momento.
Cristovam
também sinalizou apoio à realização de novas eleições. “Não tem golpe. Está previsto na Constituição. Porém, o que pesa nos
formadores de opinião da esquerda tradicional, que em grande parte estão nas
universidades e nos meios artísticos, é a necessidade de uma nova eleição. Não
estou me referindo aqui aos docentes que dependem de cargos do governo ou de
petistas que estão cegos e não veem nada de errado. Falo daqueles que de fato
estão descontentes com este governo”, sustentou.
Para
o senador, há uma desconfiança generalizada da sociedade com os políticos, o
que reforça a insegurança em relação a uma possível saída de Dilma da
Presidência. A solução, segundo ele, passa pela capacidade do vice-presidente
Michel Temer, de retomar a credibilidade. “E
aí vai depender de quem ele nomeia como ministro. As medidas que tomará do
ponto de vista do ajuste fiscal. As primeiras medidas de longo prazo, porque
mesmo sendo apenas dois anos, não se pode de deixar de pensar na educação,
saúde e na inovação tecnológica. Se ele não conseguir administrar o caos
instalado na área de saúde, por exemplo, já terá fracassado”, afirmou.
Pelo
PT, Cristovam foi governador do Distrito Federal e chegou ao Senado. Primeiro
ministro da Educação de Lula, Cristovam rompeu com o partido após ser demitido
por telefone pelo ex-presidente um ano depois de ter assumido o cargo. Em 2006,
disputou a Presidência da República pelo PDT. No começo deste ano, ele se
filiou ao PPS, alegando divergências com a decisão do comando pedetista de
integrar o governo Dilma.
A
petista poderá ser afastada do mandato por até 180 dias caso o parecer da
comissão do impeachment seja aprovado por dois terços dos deputados (342 dos
513), no próximo domingo (17), e passe com maioria absoluta no Senado (ou seja,
com o apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores) nas semanas seguintes. Nesse
caso, Temer assumirá o comando do governo e Dilma será submetida a um julgamento
que determinará sua saída definitiva do cargo ou não. Para essa votação final,
conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), são exigidos pelo
menos 54 votos.
Traidor, canalha e pseudo-intelectual. Usou a UNB e o PT para fins pessoais. Negar o golpe significa estupidez. Colaborar com ele, traição. Cristóvão (Cunha, Aecio, Anastasia, Marta, Álvaro, Temer, Regule, Globo, Moro, Janet, ...) golpista e traidor. Junta-se a verdugos como Bolsonaro e Caiado.
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