15 de janeiro de 2021

Chegamos ao limite e é preciso que Bolsonaro seja impedido para que paremos de morrer, diz Renato Roseno

 

Renato Roseno. (FOTO/ Reprodução/ Facebook).

Eu leio as mensagens das redes de apoio a Bolsonaro. Não são todos robôs. São pessoas que moram perto de mim, de você. Pegamos a mesma fila na padaria. Pode ser aquele seu vizinho -  comum, banal, de aparência inofensiva até, mas capaz de transformar-se num sujeito autoconfiante disseminador do máximo de agressões, ignorâncias, teorias conspiratórias. Sente-se soldado de uma batalha final. Por óbvio, tenho uma ira profunda pela falta de sensibilidade expressa em cada palavra. Raiva da postura que demonstra uma enorme empáfia a partir da ideia estapafúrdia de que estariam numa cruzada de salvação de teorias conspiratórias. Os terraplanistas acham mesmo que são detentores de uma verdade que somente eles acessam. Acreditam verdadeiramente  numa missão messiânica de restabelecimento de valores que teriam sido conspurcados por uma articulação "globalista" que juntaria numa aliança impossível  desde as corporações midiáticas às correntes políticas da esquerda radical. Isso dá muita autoconfiança e ativa o desejo de se colocar em movimento. São mesmo guerreiros de uma autoproclamada guerra cultural. Desconsideram a tessitura da história de uma sociedade escravista e violenta em que a elite econômica e política sempre foram contrárias a qualquer ideia de distribuir poder, riqueza ou saber. Desprezam a realidade dos corpos mortos pela incompetência na crise pandêmica, da fome ocasionada pelo modelo econômico suicida, da violência armada misógina e racista autorizada cotidianamente pelo seu líder maior.

Definidos integrantes da Comissão Permanente da Câmara de Altaneira

 

Por Nicolau Neto, editor-chefe

Circulou no Diário Oficial dos Municípios do Ceará na edição desta sexta-feira, 15/01, a Portaria sob o Nº 06/2021, da presidência da Câmara de Altaneira, que nomeia integrantes que farão parte da Comissão Permanente da casa.

Para juristas, Brasil precisa tirar Bolsonaro do poder para combater tragédia sanitária

 

Em Manaus a situação é catastrófica e ainda mais grave do que em meados do ano. (FOTO/ Marcio James/Semcom).

A tragédia e o colapso do sistema de saúde do Amazonas e a pandemia de covid-19 se agravando em todo o país, sob o olhar cínico de Jair Bolsonaro. Secretários estaduais da área afirmando que Eduardo Pazuello, o ministro do Dia D e da hora H, enviou dados errados sobre seringas e agulhas ao STF. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária transforma o processo de autorização das vacinas de Oxford-Fiocruz e Sinovac-Butantã numa peça político-burocrática com direito a espetáculo ao vivo na TV.

14 de janeiro de 2021

Jogo digital criado na periferia de Fortaleza explora universo de personalidades negras e de povos indígenas

 

Jogo digital criado na periferia de Fortaleza explora universo de personalidades negras e de povos indígenas. (FOTO/ Reprodução/ O Povo).

Um jogo digital criado na periferia de Fortaleza explora universo de personalidades negras e de povos indígenas. O lançamento ocorreu na quarta-feira, 13 de janeiro, às 15h30min, em uma ação na Página do Facebook do Livro Livre Curió. A ação teve a participação de PH Ferreira, Cícera Barbosa e Talles Azigon. O jogo da memória, chamado VISADXS, tem criação do designer Daniel Firmino e da Biblioteca Comunitária Livro Livre Curió.

Por que Rodrigo Maia critica Bolsonaro, mas não aceita os pedidos de impeachment?

Os presidentes do Senado Davi Alcolumbre, à esquerda, e da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia à direita de Bolsonaro. (FOTO/ Marcos Brandão/ Senado Federal).

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) vem criticando publicamente o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da pandemia de covid-19, enquanto chefe de Estado. Nas últimas semanas, afirmou que não é mais possível aceitar um “presidente irresponsável”.

13 de janeiro de 2021

75% da assessoria da Câmara de Altaneira é formada por mulheres


Assessoria da Câmara de Altaneira ao lado do presidente Deza Soares (PT). (FOTO/ Divulgação).

Por Nicolau Neto, editor-chefe

Na manhã desta terça-feira, 12/01, foi realizada de forma presencial a sessão de abertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Altaneira, o que acabou gerando questionamentos do vereador Ariovaldo Soares (PDT) e do jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho. Ambos sustentaram que o fato desrespeitou uma resolução da própria casa que preza pela realização das reuniões virtualmente, assim como não obedeceu as regras de distanciamento social.

5 livros para entender o Brasil, por autores negros

 

(FOTO/ Arquivo Pessoal).

O professor de sociologia da Unicamp Mário Medeiros faz uma seleção de 5 autores negros contemporâneos que, à sua maneira, explicam o Brasil

Como todas as listas, essa é igualmente difícil e problemática. Trata-se de uma seleção em que a dificuldade maior foi selecionar excelentes trabalhos para ficarem de fora. Livros de intelectuais negras e negros que tratem do Brasil existem há muito tempo em nossa história social e literária, mesmo que ignorados sistematicamente ou conhecidos apenas de um público especializado. Assim, selecionei trabalhos de intelectuais negras e negros contemporâneos, fáceis de encontrar em livrarias ou sebos, que se encontram em atividade de pesquisa e/ou que produziram há poucos anos resultados de pesquisas que eu considero como referências importantes para compreender aspectos da história social do Brasil, rever temas sobre o múltiplo mundo negro no Brasil e no exterior, que permitam revisitar trabalhos clássicos de autores negros e não negros, que avancem nas e tensionem criticamente as interpretações sobre o Brasil e sobre os negros em nosso país.

12 de janeiro de 2021

Quando a palavra não faz parte da política, por Alexandre Lucas*

 

Alexandre Lucas. (FOTO/ Reprodução/ Facebook).

Estabelecer caminhos de apropriação, circulação e ampliação dos percursos da palavra é essencial para ocupação dos espaços políticos e a emancipação humana. A construção de uma política estruturante de democratização das leituras, literaturas e do livro e do estabelecimento de uma cultura leitora não é algo novo, mas que continua sendo uma pauta atual e necessária para a classe trabalhadora.

A palavra exclui e ao mesmo tempo que inclui no modo de produção, em que a produção dos bens é coletiva e apropriação privada, o que gera um mapa desigual na economia, na espacialidade urbana e no processo de decodificação e apropriação da palavra e das leituras no seu aspecto mais amplo.