20 de outubro de 2014

Confira lista dos 10 maiores assassinos em massa da História


Tema sugerido pela professora Valéria Rodrigues

Elaboramos abaixo uma lista com os 10 (dez) maiores massacres cometidos por pessoas ou por regimes políticos na história. As fontes, como todas, são questionáveis, geram controvérsias. Para tanto, elencamos três sites que trazem nomes diferentes. Alguns se repetem, mas não obedecem a mesma posição, seja, em números abosutos, seja de forma relativa.

O maior matador foi o ditador chinês Mao Tsé-tung, que eliminou nada menos que 77 milhões de compatriotas, conforme pontua o portal “forumouterspace”.

De forma relativa, o mesmo portal apregoa que o líder mais sanguinário foi o general Pol Pot, que exterminou “apenas” 2 milhões de pessoas – um terço da população do Camboja, país em que ele foi primeiro-ministro durante a segunda metade do século passado (1976 e 1979). 

No quadro montado por este professor/blogueiro aparece o extermínio de 15 milhões de indígenas, o Ditador Nazista Hitler,
o Papa Urbano II, Mao Tsé-Tung e Josep Stalin. 
È digno de registro que essa relação tem como critério básico o total de mortes causadas pela ação ou omissão de líderes com poderes ditatoriais. Isso inclui desde fuzilamentos no paredão até grandes fomes causadas por uma guerra civil, por exemplo.

Esse dados foram coletados pelo cientista político e historiador americano Rudolph J. Rummel, que escreveu quase duas dúzias de livros com informações sobre casos de “democídio” – o nome que Rummel dá ao assassinato de uma pessoa por um governo. Foram muitos, sobretudo nos últimos 100 anos. “Se enfileirarmos os cadáveres das vítimas de democídio no século 20, eles dariam 6 voltas em torno da Terra”, arguiu o historiador.

Passemos, então, a lista de acordo com o site mencionado acima.

Mao Tsé-tung: 77.000.000

Joseph Stalin: 43.000.000

Adolf Hitler: 21.000.000

Kublai Khan: 19.000.000

Imperatriz Cixi: 12.000.000

Leopoldo II: 10.000.000

Chiang Kai-shek: 10.000.000

Genghis Khan: 4.000.000 

Hideki Tojo: 4.000.000

Pol Pot: 2.000.000

Caminha no mesmo sentido e com os mesmos autores/assassinos, o site sobrenatural que trata da temática a partir do título “Os Ditadores mais Assassinos da História”. Não há nenhuma alteração, nesse espaço de informação, com o levantamento anterior.

Fomos ainda nos referenciar em sites que julgamos, pela série de publicações feitas, de cunho conservador, elitista e, em certo sentido retrógrado. O site da “vejaabril” enumerou nomes distintos dos já exposto.

No levantamento há o aparecimento em primeiro lugar o massacre de índios cometidos pelos “invasores/conquistadores” europeus da América. Aqui, estima-se que 15 milhões de índios tenham morrido nas mãos dos conquistadores europeus pós 1492. De norte a sul do continente americano, centenas de tribos - como a dos apalachees (EUA), dos araucanos (Argentina) e dos caetés (Brasil) - simplesmente desapareceram. Em quase todos os casos, as mortes começaram com a transmissão pelos brancos de doenças contra as quais os índios não tinham imunidade.

Na sequência, há o holocausto com cerca de 5,5 milhões de mortos. A palavra genocídio remete automaticamente ao Holocausto dos judeus durante a II Guerra Mundial. Foi para descrever o massacre conduzido pelo regime nazista de Adolf Hitler que o termo foi amplamente utilizado pela primeira vez. Durante a perseguição nazista, dois terços dos judeus que viviam na Europa foram mortos, principalmente em campos de concentração, como resultado do antissemitismo e da ideologia segundo a qual os judeus eram biologicamente inferiores e representavam uma ameaça aos arianos da Alemanha nazista.

Na terceira posição aparece o regime comunista da União Soviética comandada por Joseph Stalin. Estima-se que na Ucrania houve nada mais, nada menos do que 4,2 milhões de mortos. Entre 1932 e 1933, o regime comunista da União Soviética, comandado pelo ditador Joseph Stalin, promoveu uma reestruturação na agricultura, criando fazendas coletivas pouco eficientes e modificando os ciclos produtivos. As medidas tiveram consequências trágicas na Ucrânia, onde milhões de pessoas morreram de fome. Conhecido como Holodomor, o massacre foi considerado não intencional por Stalin, mas os ucranianos afirmam que resultou de um ato deliberado do ditador. Cada vez mais, países consideram a fome ucraniana um crime contra a humanidade -  para 24 nações, entre elas Brasil, Estados Unidos, Espanha e Itália, o Holodomor foi um genocídio.

Em quarto aparece Bengalis - 1,5 milhão de mortos. Durante a guerra de independência de Bangladesh (na época Paquistão Oriental), o Exército do Paquistão Ocidental (atual Paquistão) cometeu, com apoio de políticos locais e milícias religiosas, o assassinato indiscriminado de civis e combatentes das forças rebeldes do leste.  Mais de 972.000 de armenianos foram mortos pelos turcos durante a I Guerra Mundial ( 5º lugar). Em abril de 1994, em Ruanda, o governo extremista controlado pela etnia hutu orquestrou um dos episódios mais sangrentos da história africana ao massacrar centenas de milhares de pessoas da minoria tutsi. Segundo cáuculos, cerca de 937.000 tutsis foram mortos, entrando, portanto, na 6º colocação. Mais uma vez Hitler entra em cena e propõe a morte de mais pessoas. Dessa vez os Ciganos. Cerca de meio milhão de ciganos, segundo uma média de cálculos existentes, foram mortos pela Alemanha durante a II Guerra Mundial. Os nazistas os consideravam criminosos congênitos e uma raça subumana, o que os levou a exterminá-los sistematicamente entre 1940 e 1945, em todo o território europeu dominado por Adolf Hitler, entrando na lista da “veja.abril” na 7ª colocação. Seguindo os traços aparece a morte de 350.000 tibetanos pelo governo chinês a partir dos anos 50 do século XX (8º lugar). 300.00 mil sérvios foram exterminados durante a invasão e conquista da antiga Iuguslávia durante a II Guera pela Alemanha Nazista. Este ocupa o 9º lugar. Fechando essa lista aparece a morte de 275.00 Assírios. Por influência alemã os turcos decidiram eliminar todos os grupos étnicos minoritários do seu território e iniciaram uma série de ataques a povoados assírios, do interior da Turquia às províncias otomanas no Oriente Médio.

Esses dados permite afirmar que Hitler e o regime nazista foi o maior propagador do ódio e da ideologia de uma raça superior e, que por assim se intitularem, levaram a morte de várias pessoas somente por serem diferentes, por pensarem e agirem diferente.

Fez parte ainda dessa análise a Revista “Aventuras na História – para viajar no tempo”. Nessa, em ordem descrecente, há uma lista intitulada “Os 10 maiores assassinos em massa”. 

Confira a abaixo.

Papa Urbano II (C. 1035-1099). Na conquista de Jerussalem, em 1099, 70 mil judeus e islâmicos foram massacrados. (3 milhões).

Pol Pot (1925-1998).  Quase um terço dos cambojanos pereceram. (3 milhões).

Horohito (1901-1989). Para permanecer no poder os imperadores japoneses eliminaram 11 milhões de compatriotas.

Hernan Cortés (1485-1597). Cerca de 19 milhões da população Asteca foram eliminadas.

Tamerlão (1336-1405). Durante o império Timúrida cerca de 20 milhões foram mortos.

Joseph Stalin (1878-1953). Estima-se que durante seu governo cerca de 20 milhões de soviéticos foram executados.

Nurhaci (1559-1626). No período da dinastia Ming os chineses foram perseguidos e segundo cáuculos 25 milhões tiveram suas vidas ceifadas.

Gêngis Khan (1162-1227). Aqui, cerca de 40 milhões de habitantes de Bagdá foram destruidos.

Mao Tsé-Tung (1893-1976).  Dos 40 milhões, estima-se que 30 vieram a morrer de fome. Os outros morreram durante a Revolução Cultural.

Adolf Hitler (1889-1945).  O ditador carrega nas costas a morte de 5 milhões de judeus, ciganos, homossexuais. Durante a II Guerra cerca de 42 milhões tiveram suas vidas ceifadas. Ao todo, 50 milhões de mortos são atribuidas a ele e ao nazismo. 

Penúltimo debate presidencial tem tom menos agressivo e repetição de temas


O penúltimo debate entre os candidatos à presidência da República marcou uma inflexão no tom utilizado por Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Se no encontro do SBT, realizado na quinta-feira, ambos apostaram na agressividade, o evento organizado pela Record teve um retorno à discussão de propostas. A mudança não necessariamente abriu espaço a discussões novas: no centro da pauta estiveram as comparações entre gestões tucanas e petistas e o tema da corrupção.

Dilma e Aécio no estúdio da TV Record para o debate presidencial: penúltimo confronto direto
A escolha de Dilma para a primeira pergunta, a respeito do microempreendedor individual, sinalizou que o debate seria marcado por uma diminuição de tom. Na resposta, Aécio elogiou a escolha da adversária e repetiu uma tática que vem adotando desde o começo das eleições, dizendo que as principais iniciativas do PT são heranças do PSDB. "Agradeço a qualidade da sua primeira pergunta e aproveito para dizer que é isso mesmo: governar é aprimorar as boas ideias", provocou.

Sem a agressividade em jogo, a comparação entre os governos Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, e Lula e Dilma, do PT, voltou a ganhar espaço, repetindo o que ocorrera no encontro realizado pela Band. A presidenta recordou a tentativa da gestão tucana de votar no Legislativo, em 2001, um projeto que transformava direitos trabalhistas em questões a serem debatidas diretamente na relação entre patrão e funcionário. "Este projeto, no entanto, o presidente Lula foi eleito e enterrou este projeto. Vocês naquele momento conseguiram um recorde nacional e internacional: 11 milhões e 500 mil trabalhadores desempregados no Brasil".

Aécio respondeu que tem um histórico de respeito aos direitos trabalhistas e voltou a repetir que vai discutir uma alternativa ao fator previdenciário, criado em 1999 pelo governo FHC, do qual foi deputado e presidente da Câmara. "Mais uma vez eu a convido: vamos debater o presente, vamos apontar caminhos para o futuro", afirmou. "O que seu governo vai fazer para que o Brasil volte a crescer, saia da lanterna do crescimento na região? As pessoas estão extremamente preocupadas com o futuro".

As considerações finais marcaram também uma diferença clara entre o que buscam Dilma e Aécio para vencer uma eleição tão acirrada. “Dois projetos de Brasil estarão em jogo. Um que garantiu avanços e conquistas para todos. Outro que condenou o povo brasileiro ao desemprego e ao arrocho salarial. O Brasil que eu represento é um Brasil que quer que todos cresçam”, afirmou a petista, que claramente escolheu mandar uma mensagem aos eleitores que enxergam na ascensão social uma conquista individual: “Ninguém é uma ilha nem ninguém consegue crescer sozinho. Você cresceu porque o Brasil mudou. Pra vida mudar foi preciso governar olhando para todos os brasileiros.”

Também na busca por uma mudança de rumos que desequilibre a balança, Aécio chegou a mirar o voto do Nordeste, região na qual sofre sua pior derrota para o PT, acusando o governo de atrasar obras importantes para os nordestinos. Nas considerações finais, novamente evocou a ideia de que a má gestão é o traço central do governo da adversária. “Temos, sim, dois projetos para o país. Um representado pela candidata oficial, que se contenta em comparar o presente com o passado, talvez sem ter muito a apresentar para o futuro.”

A disputa na seara econômica teve tema batido com a retomada, por Aécio, da questão da inflação, que vem pautando sua campanha desde o início. O candidatou voltou a criticar a afirmação da adversária de que os preços estão sob controle, comparando o Brasil aos casos de Chile e México.

Dilma afirmou que é descabida a comparação entre um país do tamanho do Brasil e alguns de seus vizinhos, e recordou que empregos foram mantidos, mesmo em um cenário de crise internacional. A respeito da inflação, ela voltou a demarcar diferença com a proposta do eventual ministro da Fazenda de Aécio, Armínio Fraga, que promete uma taxa de 3% ao ano até o final do mandato - atualmente a meta vai de 2,5% a 6,5%, mais frequentemente próxima do topo do limite.

"Considero muito grave a taxa de 3% de inflação porque vai repetir a velha história de desemprego. Porque para ter 3% vocês vão triplicar o desemprego, ele vai a 15%, vocês vão aumentar a taxa de juros", acusou, recusando a ideia de Aécio de que não se deve debater o passado. Ela considera preocupante que a figura central da economia num eventual governo tucano seja Armínio Fraga, presidente do Banco Central no governo FHC e que nos últimos anos se dedica a ser consultor de bancos e de investidores do mercado financeiro. "Vocês sempre gostaram de plantar inflação para colher juros. Essa sempre foi a sua política. E vocês governaram, sim, o Brasil. O governo Fernando Henrique Cardoso, você foi liderança. Não lave suas mãos. Você tem responsabilidade e tem de responder por elas."

Corrupção

A questão da corrupção novamente apareceu como um dos temas centrais do debate. Também sem novidades no tom do discurso. De um lado Aécio evocou denúncias contra a Petrobras para dizer que há um problema grave de gestão e que o PT elevou os desvios na administração pública a níveis inéditos. De outro, Dilma recordou escândalos envolvendo quadros do PSDB que acabaram engavetados e afirmou que em sua gestão as instituições têm autonomia para investigar.

Por que ao longo de todos esses anos não se tomou nenhuma providência para impedir que essas ações continuassem?”, indagou o tucano, citando especificamente se Dilma confia no tesoureiro do PT. João Vaccari Neto foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como intermediário de pagamento de propinas.

A petista recordou que o mesmo delator citou o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra como distribuidor de pagamentos no Congresso para esvaziar uma CPI ocorrida em 2009. Dilma afirmou ainda que Aécio disse que não se pode confiar na palavra de um criminoso sob acordo de delação premiada quando os desvios envolviam políticos do PSDB no esquema do Metrô de São Paulo, mas agora parece dar confiança a tudo que diz Costa. Ela prometeu tomar providências quando as investigações forem concluídas, sem se precipitar em julgamentos que depois de mostrem equivocados.

Agora, a minha diferença pra você é que mandei investigar quando soube que tinha essas características”, afirmou. “Nunca impedi a investigação. Nunca impedi que falassem, que olhassem ou que verificassem o que estava acontecendo.”

Em nova pergunta sobre a Petrobras, Aécio buscou demonstrar que a má gestão prejudicou trabalhadores que decidiram investir em ações da empresa por estímulo do governo Lula. “Acho estarrecedor”, respondeu Dilma. Ela recordou a mudança de nome, de Petrobras para Petrobrax, como um caminho para a privatização, e declarações dadas por Aécio no final do governo FHC no sentido de transferir rapidamente o controle da empresa. “Vocês venderam 30% da Petrobras a preço de banana. Na época a Petrobras valia R$ 15,5 bilhões. Hoje a Petrobras passou do patamar de R$ 100 bilhões. Vocês não têm a menor moral de falar de valor da Petrobras.”

O tucano prometeu melhorar a maior estatal brasileira com “profissionalização” da gestão, mesmo argumento de que se valeria no debate sobre o papel dos bancos públicos. Aécio afirmou haver um “grande terrorismo” em relação ao que se fará com essas instituições em seu eventual mandato. “Fizemos as privatizações que precisavam ser feitas, e os bancos públicos vão ser fortalecidos no nosso governo”, defendeu.

Na resposta, Dilma novamente recordou declarações dadas recentemente por Armínio Fraga, que, em debate com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicitou seu desejo de diminuir o papel dos bancos públicos. “Terrorismo é o que faz seu candidato a ministro da Fazenda. Quando alguém diz que no fim não sabe o que vai sobrar dos bancos públicos, eu se fosse funcionário do BB, da Caixa ou do BNDES ficava com as três pulgas atrás da orelha.”


Via Rede Brasil Atual

19 de outubro de 2014

Ebola: ex-presidente cubano oferece ajuda aos Estados Unidos para combater doença


Tema sugerido pela professora Valéria Rodrigues

Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, esquecendo as rivalidades do passado e àquelas do presente como resquícios das de outrora veio a público oferecer ajuda aos Estados Unidos com o propósito de combater o ebola e evitar que esta doença se propague pela a América Latina.

Temos prazer em cooperar com os americanos nessa tarefa; e não na busca da paz entre dois Estados que têm sido adversários durante tantos anos, mas pela paz no mundo, um objetivo que podemos e devemos alcançar”, arguiu o ex-presidente cubano em artigo publicado no sábado, 18 de outubro, no jornal oficial Granma.

No artigo que recebeu o título “A hora do dever”, ele discorre que ao cooperar com o país vizinho, com quem Cuba teve relações diplomáticas rompidas desde 1961, se evita que o ebola se espalhe, além de proteger a população cubana e de toda a América Latina.

Segundo informações do Diário do Centro do Mundo e do portal BBC, os norte-americanos foram, depois da Espanha, o segundo país que não se encontra no continente africano onde se verificou contágio desta doença em seu próprio território.

É digno de registro ainda que duas enfermeiras americanas foram contaminadas com o vírus ebola em um hospital do Texas, ao tratarem de um paciente que contraiu a doença na Libéria e acabou morrendo nos EUA.

Ainda em conformidade com os portais supracitados o ebola já matou mais de 4.500 pessoas, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa. A Organização Mundial de Saúde - OMS estima que haja, nesses três países, mais de 9 mil pessoas infectadas pelo vírus, que mata em 70% dos casos.

Note-se também que em outro desdobramento trágico, a Organização das Nações Unidas - ONU informou que o ebola já deixou ao menos 3,7 mil crianças órfãos nos três países que vem sendo assolados pela doença, sendo que muitas delas perderam tanto o pai como a mãe em face da epidemia.





Marilena Chaui classifica preconceitos de médicos e de FHC a nordestinos como “fascismo”


A filósofa Marilena Chauí, professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, considera abominável o que o grupo de médicos e estudantes de medicina anti-PT pregam na internet. De castração química a holocausto aos nordestinos que votaram na candidata Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições presidenciais. Uma violência fascista, segundo a filósofa.

Marilena: "Preconceito dos sulistas contra nordestinos é histórico, faz parte da violência institucional da sociedade brasileira". 
O que caracteriza a violência fascista é não suportar a diferença, a alteridade, e partir para a eliminação. Você elimina o diferente, você elimina o outro. O primeiro aspecto abominável disso é o fato de que o que se propõe é, pura e simplesmente, genocídio dos nordestinos. O que é uma coisa inominável, inacreditável, inaceitável", desabafa, em entrevista à Rádio Brasil Atual, acrescentando: "A segunda coisa que é terrível é que isso exprime uma certa direção tomada por uma certa classe média reacionária e conservadora, que vive no sul do país, e que é capaz dessas afirmações e propostas de um grau extremo de violência".

Incapacidade em lidar com ideias, concepções e visões da política diferentes, ao ponto de fazer com que essa diferença seja destruída com a morte do outro é uma coisa que a professora nunca tinha visto no Brasil. É a primeira vez que ela vê um grupo propor o extermínio de uma parte da população brasileira.

Essa posição – mesmo que não seja a do candidato oposicionista, tenho certeza que ele próprio jamais diria uma coisa dessas – exprime uma parte do eleitorado dele, portanto, a violência social que isso pode acarretar. Estou muito preocupada porque eu nunca tinha visto coisa igual no Brasil. Nem na ditadura, nem em 69, quando foi editado o AI-5, que se proclamou a existência de um inimigo interno que precisaria ser excluído, nem lá houve esse grau de violência, porque a ideia era estar num combate, numa guerra civil, a ideia de que haveria mortes e uma guerra. Agora não, não chega nem aos pés do que a ditadura propunha.”

Marilena Chaui vê fascismo em ataques a nordestinos.
Foto: Divulgação.
"É preciso averiguar esse grupo de supostos médicos", diz a filósofa, porque com base na Constituição brasileira, estamos diante de um crime horrendo. Fere a constituição, os direitos humanos, a dignidade humana, portanto, é uma ação criminosa, uma ilegalidade que a justiça brasileira precisa investigar.

Marilena explica que o preconceito dos sulistas contra os nordestinos é histórico, faz parte da violência institucional da sociedade brasileira, que é autoritária, violenta, hierárquica, minada por preconceitos de todo tipo e, para ela, há um agravamento dessa posição pela grande mídia, que reforça esse ódio.

A CartaCapital (revista) fez um quadro comparando o que acontece de agressão na mídia à Dilma, à Marina e ao Aécio. Para a Marina, quase nada. Para o Aécio, muito pouco. E para Dilma, uma página inteira de agressões cotidianas, que ela recebe pelo rádio, pela televisão, e pelos jornais e pelas redes. Então, há um ódio que foi afinado pela grande mídia. E agora, nós estamos colhendo um dos frutos desse ódio, que é a retomada do preconceito com os nordestinos na forma de violência de tipo fascista.”

A professora titular do Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Cynthia Sarti considera surpreendente a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, logo após o primeiro turno das eleições. Ela não esperava que um cientista social pudesse afirmar que os votos que Dilma ganhou nos estados do Norte e Nordeste do país foi dos mais pobres, pessoas desinformadas. "Isso é preconceito", afirma a antropóloga.

Por que quem vota no PT é desinformado? Porque não lhe ocorre que essas pessoas votaram no PT porque a vida delas está melhor com o governo do PT. Essa hipótese, ninguém fez uma pesquisa ainda sobre o voto nessas eleições, mas é evidente, há um indício que as pessoas votaram porque elas fizeram uma escolha. Então dizer que elas votaram porque têm menos informação, são desinformadas, é uma maneira de desqualificar o voto", protesta a antropóloga.

Para ela, é uma afirmação muito grave partindo de um cientista social. "Tem uma arrogância nessa maneira de tratar populações pobres, associar à desinformação e desqualificar o voto. Elas fizeram uma escolha. Votaram no PT porque fizeram uma escolha, não porque são desinformadas. Ao contrário, fizeram uma escolha e, talvez, ele não gostou dessa escolha. É uma maneira muito arrogante de tratar o voto contrário ao que ele esperava.”

A atitude de FHC fez lembrar à antropóloga o que ocorreu com a deputada federal Luiza Erundina, do PSB, quando foi eleita, em 1988, prefeita de São Paulo pelo PT. "É o mesmo tipo de preconceito", afirma Cynthia. "Existia um setor da cidade que protestava contra Erundina e uma das coisas que se dizia na época é que ela era nordestina."

Quando você tem uma oposição política, você desqualifica pela condição social, criando um estigma, assim como é a região Nordeste, com os negros, gays. São várias formas de desqualificar a pessoa porque ela tem uma posição política que é diferente da sua. Eu acho isso muito grave, e as pessoas criam um clima de eleição muito perigoso, porque vai havendo animosidade e um tipo de ‘regra do jogo’ muito complicada", denuncia a antropóloga.

Segundo Cynthia, esse posicionamento pode ter repercussões muito ruins na campanha porque é uma maneira de desqualificar o voto contrário. "É muito desqualificador, por isso que eu chamo de arrogante, porque a arrogância é exatamente isso, a desqualificação do outro. A arrogância é muito violenta. É lamentável, uma pena, essa maneira de lidar com o voto contrário àquilo que o PSDB espera. O suposto Sudeste avançado está se revelando muito retrógrado.”

Via Rede Brasil Atual

18 de outubro de 2014

Professor Tolovi propõe realização de audiência pública para debater falta de água em Altaneira


O Professor universitário Carlos Alberto Tolovi, que leciona filosofia na Universidade Regional do Cariri – URCA e, que ora encontra-se afastado de suas atividades docentes em face de estar cursando doutorado em São Paulo, abordou na manhã deste sábado, 18 de outubro, no seu programa “Esperança do Sertão”, na Rádio Comunitária Altaneira FM, o problema constante que pelos quais os altaneirenses passam, a saber, a falta de água.

Durante toda a semana passada, entre os dias 13 e 17 do mês em curso, a imagem que se via era a de famílias correndo contra o tempo em busca de água para suprir as mínimas necessidades diárias – para lavar roupas, louças, tomar banho e, claro, para beber. A falta de água é uma constante em Altaneira. Vire e mexe há um cano quebrado ou algo semelhante. O problema, em algumas oportunidades foi levado à única emissora radiofônica do município onde os moradores reclamavam do serviço ineficiente da companhia responsável pelo abastecimento de água, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE). 

No programa “Esperança do Sertão” que vai ao ar a partir da 08h00 da manhã, no quadro “Local”, o professor Tolovi afirmou que uma das saidas para a solução do problema é a realização de uma audiência pública com a promotoria com a finalidade de discutir a responsabilidade da CAGECE, para que ela se sinta pressionada a dar um fim a falta de água no município. O professor ressaltou que em São Paulo há falta de água porque não se tem de onde tirar, uma vez que os reservatórios estão secos. Toda via, disse ele, não se percebe o mesmo em Altaneira. Há reservas de água. O que falta é a CAGECE respeitar o consumidor e procurar resolver a falta de infraestrutura. Não há como justificar a falta de água por tantos dias. Não há justificativa para que haja apenas um cano bombeador.

Segundo Tolovi a realização de uma audiência precisa ser assumida pelos poderes executivo e legislativo. Mas afirmou que caso não venha nenhuma iniciativa por parte deles, o terceiro setor – Fundação ARCA e a Associação Beneficente de Altaneira (ABA), órgão responsável pela manutenção da rádio, deve assumir essa responsabilidade envolvendo toda a comunidade.

É digno de registro que somente na madrugada da sexta para o sábado a água caiu nas torneiras das famílias altaneirenses.





17 de outubro de 2014

I Mostra de Ciência e Cultura move alunos e comunidade na EEEP Wellington Belém


A Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo que atende em forma de consórcio alunos e alunas dos municípios de Nova Olinda (sede da escola), Altaneira e Santana do Cariri, todos localizados na região do cariri, recebeu durante todo o dia de sexta-feira, 17 de outubro, em suas dependências, gestores, professores, pais de alunos e discentes de outros municípios para a realização da I Mostra de Ciência e Cultura.

Alunos e alunas dos cursos de Redes e Edificações por ocasião da I Mostra de Ciência e Cultura da EEEP Wellington Belém de Figueiredo. Foto: Professor José Nicolau.
As edições da I Mostra integram as atividades da VII Feira Regional de Ciências e Cultura: Do Senso Comum à Ciência: Desenvolvimento Sustentável e Solidário, edição 2014, organizada pela 18º Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação – CREDE 18, em parceria com as Secretarias Municipais de Educação – SMEs e, que nesta oportunidade, envolveu projetos construidos por discentes da instituição supracitada sob a orientação de professores subsidiadas nas categorias Linguagem, Ciências da Natureza e Matemática, Ciências Humanas, Ciências Ambientais, Robótica Educacional e Iniciação Científica – Ensino Fundamental.


Alunas do curso de Agronegócio em apresentação durante
a I Mostra de Ciência e Cultura. Foto: Prof. José Nicolau.
Com a temática “Desenvolvimento Sustentável, Científico, socioeconômico e cultural”, a mostra teve vários projetos que atendiam a proposta científica, com Recortes da Literatura Nordestina, Empreendedorismo, Plantando com Ciência (Horta Orgânica), Do Senço Comum ao Lúdico, Reeleitura do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna e encenação de passagens da obra, Unidade Técnica de Demonstração (UTD): Desenvolvimento das Potencialidades Regionais e Fortalecimento da Agricultura Familiar, além de ensaios voltados as áreas técnicas, referenciadas pelos cursos de Redes de Computadores, Finanças, Agronegócio e Edificações e, claro, daqueles que mexem com a ética na internet.

Todos os projetos tiveram como protagonistas o corpo discente e ocuparam salas de aula. Aqui, receberam visitas da comunidade escolar, de familiares e gestores de instituições de ensino dos três municípios contemplados. Os intentos foram, durante todo o processo de apresentação, avaliados por professores convidados.

O evento foi oficialmente declarado aberto as 13h00 da tarde no auditório pela professora/diretora Lucia Santana e pela professora/coordenadora Ana Maria que arguiram sobre a importância de se promover ações como essa, uma vez que permite que se instigue no alunado o gosto pela pesquisa. Segundo elas, o evento objetivava estimular a investigação e a busca de conhecimento de forma cotidiana e integrada com toda a comunidade escolar, conduzida e desenvolvida pelos estudantes, além de promover o intercâmbio artístico, cultural e científico entre os visitantes e participantes da mostra.

Confira outras fotos do evento


































Educadores que Mudaram a Educação: Paulo Freire


Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.

Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.



16 de outubro de 2014

Compare: Artistas e intelectuais declaram apoio a Dilma e Aécio


Diversos famosos declararam apoio às campanhas de Aécio Neves (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2014. Antes mesmo do primeiro turno, o ator José de Abreu e os cantores Otto e Beth Carvalho levaram ao público o voto na petista.

Diversos famosos declararam votos nos candidatos à Presidência da República em 2014 (Imagem: Conrada Dallago/Pragmatismo Político).

Dilma Rousseff

Em setembro, vários artistas e intelectuais assinaram um manifesto em apoio à reeleição de Dilma. Entre eles, Chico Buarque, que é conhecido por suas fortes convicções políticas e que ainda não havia se manifestado sobre as eleições de 2014 até então. Assim como Chico, diversos outros artistas assinaram o texto, como o cantor Chico César e o ator Paulo Betti.

Marieta Severo, Matheus Nachtergaele e Zezé Motta também assinaram o manifesto pela reeleição de Dilma. Apareceram na lista ainda nomes como Alcione, Angela Vieira, Chico Diaz, Leci Brandão, Leonardo Boff, Nelson Sargento e Tuca Moraes. O ator José de Abreu e os cantores Otto e Beth Carvalho também levaram ao público o voto na petista.

Eu apoio as mulheres, os negros, os pobres. Portanto apoio Dilma, tamo junto!”, declarou o rapper Rappin’ Hood em suas redes sociais, ao divulgar apoio a Dilma. Outro rapper que declarou voto na petista foi Mano Brown, líder do grupo Racionais Mcs.

Outro que está do lado de Dilma é o cartunista Ziraldo, além do ator veterano Antonio Pitanga e a sua filha, Camila Pitanga. Também estão com Dilma os atores Osmar Prado e Henri Castelli, e os escritores Luis Fernando Verissimo e Fernando Morais.

Aécio Neves

Aécio Neves não recebeu manifesto assinado por famosos, mas também tem o apoio de diversos artistas. O apresentador Luciano Huck, o ex-jogador de futebol Ronaldo e o técnico de vôlei Bernardinho se mobilizaram em prol do tucano. O ator pornô Alexandre Frota também já declarou voto em Aécio.

O cantor Zezé di Camargo e a filha Wanessa apoiam o candidato tucano e chegaram a participar de propaganda política de Aécio. Chitãozinho e Xororó também participaram de propaganda política de Aécio. Outra dupla sertaneja, Gian e Giovanni, declarou apoio ao presidenciável tucano.

O casal de atores Rosamaria Murtinho e Mauro Mendonça fazem parte do time do tucano, assim como o ator e político Stepan Nercessian.

O vocalista do grupo Jota Quest, Rogério Flausino, está no time pró-Aécio. Henrique Portugal, do grupo Skank, também apoia a candidatura do tucano, assim como o cantor Raimundo Fagner. O músico conservador Lobão é outro que declarou nesta semana voto no candidato do PSDB.

Via pragmatismo Político