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Professores de todo o país já passaram por aulas de educação financeira. (FOTO | Reprodução | TV Brasil) |
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei que torna obrigatória a educação financeira nos currículos do ensino fundamental e médio, nas redes públicas e privadas do país. O texto seguiu para análise nas comissões de Finanças e Constituição e Justiça antes de ser votado em Plenário.
O
projeto foi proposto pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e altera a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e quer proporcionar aos estudantes a
oportunidade de adquirir uma base sólida de conhecimentos financeiros na
escola.
O
texto do senador ressalta que a educação financeira abrange uma série de
habilidades e conhecimentos fundamentais para o “sucesso financeiro” por
englobar conceitos básicos como a importância de planejar, poupar e até
gerenciar o dinheiro de forma eficaz, com investimentos, empréstimos e decisões
financeiras e também lidar com dívidas.
A
proposta, que ainda está aberta para receber emendas, será avaliada pela
Comissão de Educação e Cultura em caráter conclusivo. Isso significa que, caso
seja aprovada e não haja pedido para que seja votada no Plenário do Senado,
seguirá diretamente para a análise da Câmara dos Deputados.
Brasileiros endividados
Levantamentos
recentes apontam uma situação preocupante no cenário financeiro das famílias
brasileiras. De acordo com dados divulgados pela CNDL/SPC Brasil em abril de
2025, mais de 68 milhões de brasileiros estão inadimplentes, aproximadamente
40% da população adulta. Já segundo a Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice de endividamento atinge 78,5% das
famílias no país.
Além
disso, informações disponibilizadas pelo portal do Senado Federal indicam que
12% da população não tem condições financeiras de quitar suas dívidas, o que
evidencia um quadro de superendividamento no Brasil.
A popularização dos jogos de azar também são um dos fatores principais de endividamento da população. A facilidade de acesso a apostas digitais, muitas vezes sem regulamentação clara, tem atraído principalmente jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade, ampliando o risco de ciclos de dívidas difíceis de quebrar. A inclusão da educação financeira nas escolas surge como uma medida essencial para prevenir esses impactos desde a base.
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