24 de junho de 2025

Comissão de Educação da Câmara aprova educação financeira nas escolas

 

Professores de todo o país já passaram por aulas de educação financeira. (FOTO | Reprodução | TV Brasil)

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei que torna obrigatória a educação financeira nos currículos do ensino fundamental e médio, nas redes públicas e privadas do país. O texto seguiu para análise nas comissões de Finanças e Constituição e Justiça antes de ser votado em Plenário.

O projeto foi proposto pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e quer proporcionar aos estudantes a oportunidade de adquirir uma base sólida de conhecimentos financeiros na escola.

O texto do senador ressalta que a educação financeira abrange uma série de habilidades e conhecimentos fundamentais para o “sucesso financeiro” por englobar conceitos básicos como a importância de planejar, poupar e até gerenciar o dinheiro de forma eficaz, com investimentos, empréstimos e decisões financeiras e também lidar com dívidas.

A proposta, que ainda está aberta para receber emendas, será avaliada pela Comissão de Educação e Cultura em caráter conclusivo. Isso significa que, caso seja aprovada e não haja pedido para que seja votada no Plenário do Senado, seguirá diretamente para a análise da Câmara dos Deputados.

Brasileiros endividados

Levantamentos recentes apontam uma situação preocupante no cenário financeiro das famílias brasileiras. De acordo com dados divulgados pela CNDL/SPC Brasil em abril de 2025, mais de 68 milhões de brasileiros estão inadimplentes, aproximadamente 40% da população adulta. Já segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice de endividamento atinge 78,5% das famílias no país.

Além disso, informações disponibilizadas pelo portal do Senado Federal indicam que 12% da população não tem condições financeiras de quitar suas dívidas, o que evidencia um quadro de superendividamento no Brasil.

A popularização dos jogos de azar também são um dos fatores principais de endividamento da população. A facilidade de acesso a apostas digitais, muitas vezes sem regulamentação clara, tem atraído principalmente jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade, ampliando o risco de ciclos de dívidas difíceis de quebrar. A inclusão da educação financeira nas escolas surge como uma medida essencial para prevenir esses impactos desde a base.

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