12 de outubro de 2014

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Zózimo Bulbul


Ele é um dos ícones negro dos anos 60 por suas interpretações na tevê e no cinema. Na telinha, foi o primeiro protagonista negro de uma novela brasileira, fazendo par romântico com Leila Diniz em Vidas em Conflito. Além disso, foi também o primeiro manequim negro masculino de uma grife de alta costura. Além de todo o pioneirismo que envolve seu nome, Zózimo foi um dos principais atores dos filmes produzidos no movimento do Cinema Novo. Como ator, iniciou a carreira em produções teatrais do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, passando por participações importantes em clássicos do Cinema Novo de diretores como Glauber Rocha, Cacá Diegues e Leon Hirzman. Um dos destaques na carreira cinematográfica foi em Compasso de Espera. Ele fazia par romântico com uma branca rica, interpretada pela atriz Renèe de Vielmond. O personagem era um poeta negro que convivia com problemas existenciais por causa do preconceito do qual era constante vítima. Além de ator, Zózimo já realizou trabalhos como diretor e roteirista. Seu mais famoso filme como diretor, Abolição, marcou o centenário da Abolição da Escravatura no Brasil, descrevendo várias situações enfrentadas pelos afrodescedentes brasileiros até hoje.

' Ele foi pioneiro ao registrar no cinema a temática de seu povo
JOEL ZITO '

Aos 70 anos, Zózimo Bulbul é, infelizmente, mais conhecido no exterior do que dentro de seu país. Em dezembro passado, o cineasta lançou Obras Raras do Cinema Negro na Década de 70. As raridades são cinco obras com a a temática afrodescendente, abordada por diretores negros e não negros. Como ator, não se deixou levar pela vaidade, ao ser eleito, nos idos de 70, “o negro mais bonito no Brasil”. Preferiu se pautar pela coerência e pela valorização do negro na nossa sociedade. Rejeitou tanto o estereótipo da marginalidade, como o do escravo preguiçoso ou do negro bandido. Foi assim no cinema, na tevê e no teatro. Como realizador cinematográfico, não foi diferente. Já com a câmera nas mãos, começou com o emblemático e censurado Alma no Olho, seguido de Aniceto do Império e do longa Abolição. Retomou o olhar de diretor na virada do século fazendo Pequena África, Samba no Trem e República Tiradentes. Seu mais recente trabalho, o média-metragem Zona Carioca do Porto foca a importância da zona portuária na história do Rio de Janeiro, onde a cidade começou a surgir. Com a participação da Cia dos Comuns e recheado de entrevistas e projetos que estão revitalizando a área, o filme mostra a importância do negro na formação do povo carioca. A câmera sobe o Morro da Providência, focaliza imensas áreas onde o abandono é voz comum, visita os barracões das escolas de samba e evoca a ancestralidade e resistência do lugar. Com oito filmes lançados, Bulbul passa a ocupar a posição de cineasta negro que mais realizou. “Ele foi pioneiro ao registrar no cinema a temática de seu povo”, diz o cineasta Joel Zito.


11 de outubro de 2014

Na semana do professor, Informações em Foco lança a série “Educadores que Mudaram a Educação”


Não resta dúvida de que a Educação é a mola propulsora de desenvolvimento de toda sociedade. Claro que não devemos jogar o avanço econômico, social, político e cultural de um país somente nas mãos do processo educativo. Essa visão é vazia e não corresponde a realidade. Por outro lado, nenhum espaço social se desenvolve, nenhuma nação extirpa do seu meio a desigualdade social sem a educação, sem o processo ensino-aprendizagem. 

No quadro montado por este blogueiro aparecem nomes como o de  Paulo Freire, Jean Piaget, Lev Vygotsky, Darci Ribeiro e Anísio Teixeira. (Da esquerda para a direita). 
Como já nos alertava Paulo Freire “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. E exatamente por entender a importância dessa área como o alicerce para a construção de uma sociedade sem as amarras do dogmatismo, do eurocentrismo e das diversas formas de preconceitos, sendo o caminho mais curto para o desenvolvimento humano que o Blog Informações em Foco estará lançando entre os dias 13 e 17, na Semana do Professor, a Série “Educadores que Mudaram a Educação”.  

Nesse espaço, você encontrará informações sobre alguns dos grandes educadores  que marcaram a história da educação no Brasil e no Mundo. É digno de registro que os nomes que aqui passarão foram, claro, fruto de escolha e afinidades ideológicas, sem falar da luta histórica que travaram pela mudança de paradigma nesse setor. É, portanto, um espaço inacabado e que estará em contínua construção, porque a luta em favor da educação produziu e irá produzir, por tempo indeterminado, um grande número de lideranças que precisarão ser resgatadas.  

Você também pode participar nos enviando sugestões de nomes.

Veja, abaixo, a listagem de alguns (mas) deles/as

Álvaro Vieira Pinto
Anísio Teixeira
Darcy Ribeiro
Jean Piaget
Lev Vygotsky
Paulo Freire

10 de outubro de 2014

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Vovô do Ilê


Fundador do primeiro bloco afro da Bahia, o Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos, conhecido como Vovô, tem como principal preocupação resgatar e divulgar a cultura negra e lutar pelo combate ao preconceito. Desde a criação do bloco em 1981 dedica-se exclusivamente a sua administração.

Antes, fez cursos técnicos de Patologia Clínica e, depois, de Engenharia Eletromecânica. Entre 1976 e 1981, trabalhou no Polo Petroquímico da Bahia. Hoje, é responsável pelo Projeto de Extensão Pedagógica e pela Escola Profissionalizante do Ilê, que desenvolve ações comunitárias e pedagógicas no bairro da Liberdade, onde está concentrada a maior parte da população negra de Salvador.

Com o Ilê Aiyê teve a oportunidade de conhecer diversos países, levando a cultura afro-baiana para muitos lugares do mundo. Contudo Vovô, apelido que lhe foi dado desde os 9 anos de idade, revela-se um homem simples, batalhador, determinado em suas convicções e bastante apegado às suas origens. A prova está no carnaval onde o bloco se destaca por suas cores, trajes que relembram os ancestrais africanos, contando através das músicas e danças a história de um povo forte, guerreiro.

Filho de Mãe Hilda, Vovô se mostra sempre como um mestre de garra, otimismo e determinação. Em seu discurso, ressalta que é necessária atenção quanto as formas atuais de discriminação. “Antes criticava-se o cabelo de trança, a roupa, a atitude. Hoje os afrodescendentes tem dificuldade de encontrar emprego, porque algumas empresa querem pessoas de “boa aparência”, uma forma branda de preconceito.


9 de outubro de 2014

EEEP Wellington Belém promove debate sobre impactos tecnológicos no estilo de vida


A Escola de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo, a partir da Disciplina de Educação Física, ministrada pelo Professor Jhon Wille, promoveu entre os dias 20 e 26 de setembro debate junto aos alunos que compõem os cursos técnicos em Redes de Computadores, Finanças, Agronegócio e Edificações.

Desde o despontar do século XXI, nossa sociedade tem e vem vivendo um aumento considerável dos avanços tecnológicos, acarretando em mudanças significativas na forma como nos comportamos e agimos. Note-se que são essas tecnologias que permite que tenhamos novas relações sociais, muitas vezes ensejando o afastamento das pessoas e desabrochando a formação em cada um, de um mundo particular, um isolamento social. São essas mesmas Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC que afetou e vem afetando nosso estilo de vida de várias maneiras e sob diversos ângulos”, destacou Jhon.

Ainda de acordo com o professor, a educação também é alvo desses avanços, na medida que as aulas tradicionais estão aos poucos coexistindo com a presença de datashows, notebook e demais adereços. “Sem falar do despontar da educação on-line”, argumentou ele. “Por isso julgamos salutar inserir os alunos nesse debate. Acreditamos, outrossim, que é a partir da promoção de debate sobre temas importantes e poucos discutíveis que contribuiremos na educação de alunos e alunas que possam se tornar, de fato e de direito cidadãos formadores de opinião, sendo capazes de intervir de forma positiva no meio em que convivem”, frisou.

Alunos do curso de Redes de Computadores em roda de
conversa antes do debate.
O debate foi estruturado em forma de assembleias onde havia os mediadores, os que defendiam que os avanços tecnológicos influenciam de forma positiva na sociedade, assim como também aqueles que argumentaram sobre o poder de destruição e dependência (se não bem usado) das TICs.

A interdisciplinaridade marcou o debate, na medida em que a cada argumento do alunado se percebia que eles perpassaram por conceitos históricos, sociológicos, filosóficos, geográficos, biológicos, matemáticos e até mesmo na área da saúde. A área proporcionadora do debate foi contemplada além de outros fatores como aqueles que coloca em xeque os efeitos positivos e negativos da tecnologia nas atividades físicas.

Os discentes foram norteados por intermédio dos eixos temáticos “Doenças da Modernidade”, “Impactos das Novas Tecnologias no Meio Ambiente” e “Atividades Física e o Estilo de Vida”. 




























Carta para Marina Poema, Marina Má


Marina,

sei que fui rude , disse coisas no calor da emoção, te acusei de não ter personalidade própria e peguei pesado.

Justo com você, tão magrinha, tão frágil, delicada, com aquela voz que vai sumindo antes do fim da frase, que meio que irrita, que meio que vai dando uma angústia, que meio que desaparece no vento…

Sei que antes, antigamente, no século passado da última semana, eu não queria te ver nem pintada de verde.

Só que o mundo da voltas. Pelo menos duas. E nesta segunda volta, eu te quero do meu lado.

Fica comigo, Marina.

Que besta que eu era.

Aonde eu tava com a cabeça quando disse aquelas besteiras sobre você? Qual o problema de ter uma amiga banqueira? Nenhum! (Aliás, me apresenta…) Se suas convicções religiosas são ultrapassadas? Jamais! Quem disse? Se for alguém que trabalha comigo, demito amanhã.

Como diria minha vó, religião, futebol, casamento gay e independência do Banco Central são assuntos que a gente não deve discutir. Pra quê? Bobeira, né…

Eu mudei, Marina. Acredite em mim! Sabe aquelas discordâncias todas, aquelas diferenças que eu insistia em jogar na sua cara? Lembra? Hahaha! Não existem mais. Me aproximei muito das suas ideias e ideais desde domingo a noite. Sei lá, me deu um estalo, caiu a ficha, amadureci, me apaixonei.

Vamos fazer uma aliança. Vamos dançar uma dança Pataxó. Sobe no meu palanque, me dá a sua mão, vamos caminhar juntos, lado a lado, até o ponto mais alto do palácio. Na esplanada, o pôr-do-sol é lindo, Marina.

A partir de agora, eu estou 100% fechado com você. Se eu quero algo em troca? Nada. Não acredito em relações que começam a assim. Não sou pelo tomá lá da cá. Agora, se de coração aberto, você vier com 15, 10% da sua força, já me dou por satisfeito, já vai ser um privilégio.

Eu sei, eu sei, você precisa me conhecer melhor. Posso te mandar o meu programa? Eu tenho um - e foi impresso com papel reciclado, viu. Sempre fui uma pessoa sustentável, ecologicamente correta e tenho sangue índio correndo nestas veias europeias.
Má…

Posso te chamar de Má, não é?

O que passou é passado. Disse o que disse da boca pra fora. Foi influência do pessoal do marketing, do pessoal que só pensa em ganhar, ganhar e ganhar. Cansei disso, Má. Só quero sua amizade, ouvir seus conselhos e te dar um ministério importante e vistoso.

Acho até que os meus ataques contra você tinham um fundo psicológico. É que você me lembra muito uma professorinha que eu tive no primário, uma que sofreu pra me ensinar matemática e me colocava de castigo dia sim, dia não. Eu olhava pra você e voltava, imediatamente, para os meus dias de criança. Coisa louca, né…

Vou te contar um segredo: meus amigos te adoram. E eu, eu, me desculpe a ousadia, mas eu te amo! Sempre te amei!

Preciso do seu apoio, do seu carinho, da sua Rede Sustentabilidade balançando na minha varanda.

Sem essa de ficar neutra. Neutralidade é para os fracos. E você, Marina, Marina Morena, Marina Poema, Marina Maravilha, Marina Razão da Minha Vida, Marina Simplesmente Silva, você é uma força da natureza.

A gente não tem muito o que pensar. Outubro passa voando. Diz que está do meu lado, diz agora, diz que aceita o meu pedido de desculpas, diz que gosta de mim, pede para os que gostam de você, gostarem de mim também. Diz agora, diz agora pra não se arrepender por quatro anos.

Má, nem pense em olhar para o outro lado.

Te peço de joelhos.

A outra turma só quer o seu corpo. O povo de lá não liga no dia seguinte. Não sabem nada do amor. Mais amor, por favor!

Marina, você é o meu número. E o meu número você sabe qual é, não é?

Via Yahoo.com.blog

Grupo de Oposição em Altaneira ainda não se manifestou sobre resultado das eleições


O prefeito de Altaneira, Delvamberto Soares (Pros) lançou na última segunda-feira, 06 de outubro em seu perfil da rede social facebook nota em que agradece aos altaneirenses pelo resultado positivo de seus candidatos nessa eleição.

Na nota o prefeito afirma que o fato de seus candidatos a deputados, senador, governador e presidente terem tirado uma “expressiva votação” demonstra que o trabalho desenvolvido frente o município está sendo bem visto pelos munícipes. “Mais uma vez venho agradecer a todos os altaneirenses por mais essa expressiva votação que obtemos em nosso município com vitória de todos os nossos candidatos, isso vem mostrar que estamos no caminho certo, que o povo sabe reconhecer o trabalho de toda essa equipe que faz o Governo Municipal”, disse.


Delvamberto ainda usou a nota para alfinetar o grupo que ora faz oposição ao governo, frisando que não necessita se utilizar de falsas promessas, pregar calúnias ou mudar de postura para atingir os objetivos.  E disse ainda “passou à fase dos demagogos, falsos, caluniadores e dos profissionais que querem fazer da política uma profissão, estamos dando uma cara nova ao nosso município como também criando e dando a oportunidade de surgir novas lideranças, e isso com toda transparência, verdade e mais, realizando uma grande gestão voltada totalmente aos interesses do coletivo...”

Vereadores Zuleide, Adeilton e Genival ao lodo do postulante
ao palácio da abolição Eunício Oliveira (PMDB).
Foto recolhida no facebook.
Até o fechamento desse artigo o grupo de oposição ainda não havia se posicionado sobre as palavras do prefeito e tão pouco se manifestado sobre o resultado das eleições no município.  Esperava-se que isso viesse a ocorrer na terça-feira, 07, quando se deu a realização da sessão ordinária. Mas nada foi publicado no portal da câmara sobre o fato supracitado e, se quer, ouve o tradicional "tema livre", segundo o jurista Raimundo Soares Filho.

Dos candidatos apoiados pelo grupo oposicionista liderado pelo ex-prefeito Antonio Dorival e pelos edis professor Adeilton, Gilson Cruz, Zuleide Ferreira e Genival Ponciano apenas o Júlio Cesar se saiu vitorioso dentre das dependências municipal. 

8 de outubro de 2014

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Ubirajara Fidalgo


Ubirajara Fidalgo da Silva, (São Pedro, Caxias, Maranhão), (22 de Julho de 1949) – Rio de Janeiro, (3 de Julho de 1986), foi um ator, dramaturgo, produtor, empresário, apresentador de TV e diretor de teatro brasileiro.

Foi uma das grandes figuras emblemáticas do Movimento Negro no Brasil nas décadas de 1970 e 1980 e fundador do Teatro Profissional do Negro, o TEPRON, ao lado de sua companheira, Alzira Fidalgo, que aliou a montagem de textos teatrais tradicionais às questões relevantes ao racismo e discriminação no Brasil contemporâneo. Foi pioneiro ao levar aos palcos debates políticos de cunho social com a participação e interatividade do público além de ter sido precursor na inclusão de atores de periferias e favelas em uma cia de teatro profissional, através da promoção de oficinas e workshops profissionalizantes. 

Teatro Profissional do Negro

No ano de 1968 aos 18 anos muda-se para o Rio de Janeiro e no ano de 1970 encena no Teatro Thereza Rachel o espetáculo Otelo de William Shakespeare como diretor e ator principal. Otelo foi a primeira montagem do TEPRON, Teatro Profissional do Negro, cujas encenações posteriores foram os espetáculos "A Boneca da Lapa", a peça infantil Os Gazeteiros, entre outros. A filosofia do TEPRON era a encenação de textos de Fidalgo relacionados às questões políticas e sociais e principalmente à problemática e os conflitos do negro na sociedade brasileira. O TEPRON passa a realizar oficinas de interpretação itinerantes buscando formar uma unidade como grupo pautada na questão social, atuando principalmente com alunos de comunidades carentes e periferias junto com um elenco de atores profissionais. O conceito era profissionalizar pessoas dessas camadas sociais e inseri-las no contexto artístico e político das peças da companhia. No início dos anos 1980, com a primeira montagem do monólogo "Desfulga", Fidalgo amplia ainda mais o leque político de suas encenações ao oferecer, após cada espetáculo, um debate entre ele, ilustres convidados e o público, debates esses que visavam um questionamento mais profundo acerca de assuntos sueridos pelos textos de Fidalgo o que logo chamou a atenção de políticos, artistas, pesquisadores, ativistas sociais e estudantes além de vários grupos do Movimento Negro e de outros grupos minoritários. O racísmo, o preconceito, a homofobia, a misoginia,a desigualde social e a então ditadura militar eram assuntos amplamente abordados nos debates pós-peça que percorreu teatros e ocupações da cidade. Com o TEPRON Fidalgo chegou a encenar ao mesmo tempo três peças, ("Desfulga", "Fala Pra Eles Elisabete" e a infantil "Os Gazeteiros") que ficaram três anos em cartaz.

Militância: 1975 – 1982

Em 1975, Ubirajara Fidalgo, junto com outros, é um dos principais articuladores da fundação, no Rio de Janeiro, do Instituto de Pesquisa e Cultura Negra (IPCN), organização de relevância no quadro do movimento social negro e cuja manutenção devia-se à contribuição de centenas de sócios. Uma das poucas entidades do gênero a ter sede própria, passou a enfrentar problemas financeiros no fim dos anos 1980, tendo de fechar as portas subsequentemente. Posteriormente ao lado do professor, jornalista e pesquisador das raízes históricas brasileiras, Joel Rufino dos Santos, se engaja na criação da ACAAN (Associação Cultural de Apoio as Artes Negras).

Última encenação

Seu último trabalho em vida foi no ano de 1985 com a encenação da peça "Tuti", no Teatro Calouste Gulbenkian, hoje Centro de Artes Calouste Gulbenkian. A peça ficou um ano em cartaz e Fidalgo assumiu as funções de diretor e coprodutor. A peça foi reencenada 13 anos mais tarde no Teatro Sesc Copacabana com os atores Déo Garcez,Jorge Maya, Jalusa Barcellos e Carla Costa e direção de Cyrano Rosalém, tendo sido um dos primeiros projetos culturais a percorrer o circuito das Lonas Culturais no estado do Rio de Janeiro.

Filosofia do Tepron

A filosofia do T.E.P.R.O.N era a encenação de textos relacionados às questões políticas e sociais e principalmente à problemática e os conflitos do negro na sociedade brasileira. O TEPRON foi a primeira companhia teatral afro-brasileira do Rio de Janeiro e a segunda do Brasil, depois do Teatro Experimental do Negro (TEN) fundada por Abdias do Nascimento.

Morte

Ubirajara Fidalgo faleceu aos 37 anos na manhã do dia 3 de julho, no hospital São Lucas, no Rio de Janeiro, poucos meses após ter recebido um transplante de rins. Vitima de um acidente de carro da infância Fidalgo sofria desde então de insuficiência renal.

Peças de Teatro
1975 - A Boneca da Lapa
1977 - A Superexcitação
1979 - Desfulga
1982 - Os Gazeteiros
1983 - Fala Pra Eles Elisabete
1985 - Tuti
1986 - Bambi's Son


7 de outubro de 2014

Revista Fórum Lança Série de Reportagens Sobre Importância do Nordeste para o país


Em 2010, as manifestações preconceituosas e racistas de Mayara Petruso nas redes sociais chocaram parte da sociedade brasileira. Embora não tenha sido a única a exercer o ódio, ela tornou-se um símbolo de como uma campanha presidencial de baixo nível, baseada mais na desqualificação do outro do que em propostas concretas, pode fazer com que as pessoas se sintam à vontade para expor pensamentos discriminatórios.


À época, as ofensas a nordestinos mobilizaram diversos segmentos sociais. Hoje, mais uma vez o obscurantismo parece retornar. Com a vitória de Dilma Rousseff no Nordeste, uma nova onda de manifestações preconceituosas toma conta das redes. E assusta como figuras políticas importantes, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, engrossam o coro e estimulam esse tipo de pensamento.

Quando um ex-presidente da República diz que um adversário tem votos porque seus eleitores são “menos informados” ou “se apoiam em grotões” presta um desserviço à democracia e ao debate político. Mostra que, mais do que fomentar uma discussão em nível elevado, Fernando Henrique busca apenas a vitória pura e simples de seu colega de partido, não importando que para isso desqualifique quem votou em outra pessoa ou mesmo que acabe incentivando o preconceito em um contexto que já favorece esse tipo de atitude.

Em função desse cenário, lançamos a campanha #MenosODIOmaisNordeste e durante toda a semana traremos reportagens e artigos mostrando o quanto a região significa para o Brasil e como é importante celebrarmos nossa diversidade cultural, ao contrário do que pensam os mercadores do ódio e do preconceito. Acompanhe, participe e divulgue.

Via Revista Fórum