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(FOTO/ Reprodução/ CartaCapital). |
O
governo Bolsonaro sinalizou que a disciplina de Educação Moral e Cívica deve
retornar ao currículo escolar. Em live realizada nesta quinta-feira 20, o
ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner de Campos Rosário, afirmou que
cartilhas direcionadas aos primeiros anos do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano)
estão prontas e devem chegar às escolas em 2021.
“Estamos trabalhando a integridade da porta
pra fora do governo, passando noções de ética, cidadania, respeito ao
patrimônio público. É uma contribuição para a geração futura”, disse o
ministro. “Tenho certeza de que em breve
vamos ter jovens mais cientes do que é o recurso público, do valor que é o
pagamento de impostos e a aplicação de recursos do governo”, afirmou o
ministro.
Neste
momento, o presidente Bolsonaro o questionou: “Seria parecido com a volta da Educação Moral e Cívica?”.
Ao
que o ministro respondeu: “Mais ou menos
isso aí. Numa parceria com o Instituto Maurício de Souza, numa forma lúdica,
utilizando a turma da Mônica”, explicou.
Ainda
de acordo Rosário, o material para os estudantes dos anos finais do Ensino
Fundamental (6º ao 9º) está sendo trabalhado.
“Ainda vamos conversar com o ministro Milton
Ribeiro [da educação] para incluir as cartilhas no Plano Nacional do Livro
Didático (PNLD) e chegar às escolas”, afirmou.
Disciplina
saiu do currículo em 1993
A
disciplina foi extinta dos currículos das escolas brasileiras em 1993 pelo
então presidente Itamar Franco, por não considerá-la condizente com um regime
democrático.
A
Educação Moral e Cívica foi criada em setembro de 1969 como disciplina
obrigatória nas escolas de todas etapas e modalidades pelo presidente Arthur da
Costa e Silva (1967-69), criador do AI-5, durante a fase mais dura e brutal da
ditadura brasileira.
A
disciplina previa o culto à pátria, bem como aos seus símbolos, tradições e
instituições a fim de “aprimorar o caráter do aluno por meio de apoio moral e
dedicação tanto à família quanto à comunidade”. Tratava-se de uma maneira de
exaltar o nacionalismo presente na época da ditadura.
Com
o passar dos anos, o ensino da disciplina foi flexibilizado. Primeiro,
tornou-se obrigatório apenas para algumas séries. Em 1992, passou a ser
opcional; até ser extinto em 1993.
Escolas militarizadas
O
presidente Jair Bolsonaro voltou a abordar o compromisso de ampliar o número de
escolas militarizadas, para o total de 200 unidades, até o final da gestão em
2022. “Onde tem hierarquia e disciplina,
você vai pra frente, disse o presidente ao se referir à visita recente à uma
escola do modelo em Bagé, Rio Grande do Sul. “Se colar vai ser expulso”,
acrescentou, referindo-se à rigidez do modelo com os estudantes.
O
Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) prevê a implantação de
com 54 escolas militarizadas no País este ano.
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Com
informações de CartaCapital.
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