Em carta lida por Gleisi, Lula convoca população a lutar pelo restabelecimento do Estado de Direito no país. (Foto: Reprodução). |
Em
solenidade curta, em função das várias agendas programadas para esta
terça-feira (3) no Congresso, integrantes do PT na Câmara e no Senado se
reuniram, no início da tarde, para a divulgação de um manifesto escrito pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lido pela presidente nacional do PT,
senadora Gleisi Hoffmann (PR), a iniciativa foi vista não apenas como uma
denúncia de Lula contra as injustiças que vem sofrendo em relação ao julgamento
dos recursos apresentados por sua defesa nos últimos dias, como também uma
reafirmação da sua candidatura à Presidência pelos vários líderes e petistas
presentes.
No
documento lido por Gleisi o ex-presidente destacou que não vê razões para
acreditar que ele tenha justiça, diante do comportamento público de ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF) e das várias manobras para atrasar os
julgamentos das peças jurídicas apresentadas por sua defesa.
Mas
ele lembrou que não está "pedindo
favor, e sim justiça" e que não cometeu nenhum crime. E assegurou que,
por isso, é sim candidato à Presidência da República.
Na
última semana, Gleisi já tinha afirmado que a executiva nacional do PT entrou
com ações para garantir junto à Justiça eleitoral que Lula possa participar da
campanha, fazer pronunciamentos e dar entrevistas. "Lula não está com os direitos políticos suspensos. Vamos confirmar sua
candidatura, o prazo eleitoral é 15 de agosto. Não pensamos em plano B",
destacou a presidenta do partido.
A
senadora também disse que, nas eleições de 2016, 145 prefeitos disputaram o
pleito na mesma condição de Lula, motivo pelo qual a legenda quer que o STF se
pronuncie a respeito.
‘Manobras orquestradas’
Já
o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), reiterou que estão sendo
observadas "manobras orquestradas"
contra Lula. O senador foi outro a reafirmar a candidatura do ex-presidente e
chamou de "escandalosos" os
últimos atos do STF, nos quais o ministro Edson Fachin jogou recurso
apresentado pela defesa do ex-presidente para julgamento por parte do colegiado
do tribunal, em vez da Segunda Turma.
"É escandaloso o que está acontecendo.
Estamos vendo várias manobras contra Lula e o PT, mas no dia determinado pela
Justiça Eleitoral, registraremos a candidatura", afirmou ainda o líder
do partido na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS). Ele criticou o Judiciário
que, a seu ver, tem adotado medidas "com
o claro intuito de manter Lula como preso político, impedido de disputar
eleições".
As
declarações dos petistas fizeram o conteúdo de entrevista concedida na semana
passada pelo ex-chanceler Celso Amorim, na Argentina, ser lembrado por muitos
dos presentes. Na entrevista, Amorim disse que Lula ser impedido de
candidatar-se seria "eticamente
discutível e um grande erro político" para o país. (Com informações da RBA).
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