(Foto: Reprodução/RBA). |
Aberta
a temporada de convenções partidárias, que definirão até 5 de agosto os nomes
dos candidatos às eleições de outubro, cinco partidos já indicaram seus
postulantes à Presidência. Na sexta-feira (20), o PDT confirmou ex-governador
do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes como candidato, o PSC anunciou o
ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro e o PSTU, a sindicalista Vera
Lúcia. No sábado (21), o Psol reiterou o nome do coordenador nacional do
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. E o PSL
ratificou neste domingo o deputado Jair Bolsonaro para a disputa.
No
Rio de Janeiro, o lançamento da candidatura Bolsonaro acentuou o isolamento do
deputado no cenário de disputa. Depois de ver recusadas duas indicações para
compor sua chapa, mais uma vez o nome de seu vice ficou em aberto. Convidada, a
advogada Janaína Paschoal, coautora do pedido de impeachment da ex-presidenta
Dilma Rousseff, disse apreciar a indicação mas afirmou que apoiadores de
Bolsonaro têm "uma ânsia de ouvir um discurso inteiramente
uniformizado" e não confirmou presença na chapa.
O
senador Magno Malta (PR-ES) e o general reformado Augusto Heleno (PRB), que
chegaram a ser cotados, estiveram no evento. Em sua fala, Bolsonaro defendeu
ideias genéricas, como corte e fusão de ministérios, não aumentar impostos e
atender a "todas" as demandas da sociedade, além de "pegar
pesado" na segurança pública.
Um
dia antes, Bolsonaro havia criticado o pré-candidato tucano Geraldo Alckmin
pelo pré-acordo firmado com partidos de direita, como DEM, PP, SD e PR, que a
mídia tradicional convencionou chamar de centrão. "Ele (Alckmin) juntou a
alta nata de tudo que não presta no Brasil ao lado dele", disse Bolsonaro,
que lutou para ter ao seu lado esse mesmo bloco de partidos.
Boulos
O
candidato do Psol criticou o governo Temer e anunciou como prioridade revogar
as medidas "desse governo corrupto". Ao lado da candidata a vice,
Sônia Guajajara – do mesmo partido – Boulos também defendeu a liberdade para o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Temos um Judiciário que quer
decidir no tapetão as eleições de 2018. Nós condenamos a prisão política do
ex-presidente Lula, que tem o objetivo de retirá-lo das eleições."
Boulos
também cobrou justiça para a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de
Janeiro em março. "Enquanto não houver justiça, nossa democracia estará
manchada", afirmou o candidato, no evento de lançamento, em São Paulo. Ele
disse ainda não negociar "nenhum dos nossos princípios" nem fugir de
nenhum tema durante a campanha eleitoral.
Ciro
Em
evento em Brasília na última sexta-feira (20) o candidato do PDT conclamou à
mudança àqueles que não aceitam "colocar
uma pedra no peito no lugar do coração". Após flerte fracassado com
partidos de direita, que acabaram fechando apoio ao tucano Geraldo Alckmin,
Ciro voltou a atacar "plutocratas e agiotas" do mercado financeiro.
Ainda
sem um nome como vice, o pedetista atacou Bolsonaro, ao falar de políticos que
propõem a solução de problemas complexos com
"golpes a frases feitas",
e disse também segurança pública não se resolve com "cultura de ódio e mais violência".
PCdoB
A
direção do PCdoB se reuniu neste fim de semana e defendeu que a estratégia
eleitoral para derrotar a direita nas eleições de outubro é a unidade dos
campos progressistas em torno de uma candidatura única. O partido reafirma a
luta pelo "restabelecimento da normalidade democrática", pela
liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu direito de
candidatar-se à Presidência da República.
Em
nota, a legenda, que tem a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila como
pré-candidata ao Planalto, conclama “o
PT, PDT, PSB, PSOL e demais forças progressistas a construírem a unidade, já no
primeiro turno, para vencer as eleições, derrotar a agenda neoliberal e
neocolonial de Alckmin, Temer e Bolsonaro, retirar o Brasil da crise e
encaminhá-lo a um novo ciclo de desenvolvimento soberano com geração de
empregos, distribuição de renda e direitos”, conforme informa o portal
Vermelho.
Em
suas páginas nas redes sociais, a deputada federal e dirigente nacional do
partido Jandira Feghali (RJ) elogiou a pré-candidatura de Manuela, por pautar a
discussão sobre a construção “da unidade
das forças políticas para que a gente possa chegar no segundo turno e ganhar as
eleições”, afirmou.
PSTU
Vera
Lúcia, que substitui José Maria de Almeida após quatro eleições, afirmou que,
se eleita, vai estatizar empresas públicas que foram privatizadas, expropriar
as 100 maiores e nacionalizar os bancos. Ela ainda se opôs ao pagamento da
dívida pública e ao envio de remessas de lucro ao exterior pelas empresas
multinacionais. O professor da rede pública Hertz Dias será o candidato a vice.
PSC
O
economista Paulo Rabello prometeu um novo sistema de aposentadorias que vai
"distribuir din din" à
população. Ele também afirmou defender o capitalismo de livre mercado, mas não
da maneira que vigora atualmente no Brasil. "Este
capitalismo, que é mais do que selvagem, é espúrio, de corporações, de juro
alto e imposto escandaloso, isso vai acabar." (Com informações da
RBA).
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