21 de dezembro de 2023

Você que comemora o Natal: já ouviu falar do Kwanzaa?

 

Kwanzaa é uma festa tradicional da comunidade negra, que ocorre durante sete dias no fim de ano. (FOTO | Reprodução | Alma Preta).

O período de festas é especial no Brasil, com celebrações e momentos de descanso para a maioria das pessoas. O Natal e o Ano Novo são as principais comemorações no calendário nacional, mas não são as únicas. O Kwanzaa é uma delas, com início marcado para o dia 26 de dezembro e celebrado por 7 dias. O encerramento, no dia 1º de janeiro, conta com uma grande festa.

20 de dezembro de 2023

Feriado nacional no dia da Consciência Negra foi uma das propostas defendidas por Nicolau Neto em Nova Olinda-CE

 

Nicolau Neto e equipe durante debate das propostas na Conferência Municipal de Educação de Nova Olinda-CE. (FOTO | Seduc| Nova Olinda).

Por Valéria Rodrigues, Colunista

No final de novembro do ano curso a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que transformou o 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, em feriado nacional.

Comunidade Quilombola do Sítio Arruda é um das primeiras a receber posse definitiva no Ceará

 

Representantes do GRUNEC e do Terceiro das Pretas na Comunidade Quilombola Sítio Arruda. (FOTO |Reprodução | Instagram).

Após 10 anos com processo parado, duas terras quilombolas do Ceará foram as primeiras a receber a titulação de posse definitiva, conforme o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ao todo, 101 famílias com autodeclaração de ancestralidade negra foram beneficiadas pela iniciativa.

19 de dezembro de 2023

Justiça Federal determina que site retire do ar postagens mentirosas sobre vacinas

 

(FOTO | Reprodução).

A 20ª Vara Federal do Rio de Janeiro atendeu pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e concedeu liminar, para determinar a remoção de publicação do site Tribuna Nacional de notícia mentirosa sobre vacinas contra covid-19. A decisão vale para o canal no Telegram do veículo direitista. A publicação negacionista associa os imunizantes a doença que não existe, que o site chama de “síndrome de imunodeficiência adquirida por vacina”, ou “VAIDS”. A decisão é da última sexta-feira (15), mas foi divulgada pela AGU, em seu site, nesta segunda (18).

18 de dezembro de 2023

Blog Negro Nicolau fara encontro celebrativo de 13 anos em atividade

Nicolau Neto. (FOTO | Acervo Pessoal).

Por Nicolau Neto, editor 

blog Negro Nicolau (BNN) foi lançado em 27 de abril de 2011 originalmente alcunhado de “Altaneira Infoco” e posteriormente “Informações em Foco” até chegar a esta denominação. Ja são 12 anos de atuação em defesa da construção de uma sociedade menos desigual e menos intolerante, com equidade racial e de gênero.

17 de dezembro de 2023

Escolas ganham manual para avaliação de práticas antirracistas em sala de aula

(FOTO | Juca Varella | Agência Brasil).

Na última terça-feira (12), foi lançada em Brasília (DF) uma edição atualizada dos “Indicadores de Qualidade na Educação — Relações Raciais na Escola — Antirracismo em Movimento”. A publicação é voltada às escolas que desejam fazer uma autoavaliação sobre as práticas antirracistas adotadas ou não pela instituição.

15 de dezembro de 2023

Blog Negro Nicolau é tema de dissertação de mestrado em História na UECE

 

Thiago (a esquerda) ao lado de Cícera Nunes e outros dois professores da banca). (FOTO | Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

O blog Negro Nicolau, mídia preta criada em 2011, é uma das poucas com foco na luta antirracista do Ceará e do nordeste, foi tema de dissertação de mestrado do professor da rede estadual de ensino em Maranguape, Thiago Medeiros.

14 de dezembro de 2023

Uma política pública de cultura para classe trabalhadora

 

Alexandre Lucas (FOTO | Acervo Pessoal).

Por Alexandre Lucas, Colunista

Faz-se necessário se posicionar sobre qual perspectiva de política pública para cultura  se alinha  aos  interesses da classe trabalhadora. O Brasil  enfrenta  um cenário de reconstrução nacional,   numa conjuntura que apresenta  uma composição  de disputa no governo federal,tanto pelas forças da esquerda como também pela própria direita, a qual  até pouco tempo   balançava as bandeiras do bolsonarismo e do  fascismo. O oportunismo da direita não saiu do plantão. Do outro  lado,  continuam acesas e em movimento as forças que representam os interesses das elites econômicas e do conservadorismo com forte capilaridade popular. A direita amplia a presença de seus militantes e intelectuais  orgânicos no chão das periferias brasileiras, nos  centros urbanos, nos aldeamentos e quilombos. 

No âmbito dos movimentos sociais, da gestão e do parlamento é preciso criar uma frente de unidade que congregue  as diversas forças democráticas e populares,  reforce a necessidade de unificar os movimentos identitários em torno de um projeto civilizatório de nação e que ao mesmo tempo garanta a autonomia, identidade e peculiaridades destes movimentos.

A política pública para cultura não deve ser percebida neutra e desvinculada dos interesses ideológicos, pelo contrário esses são elementos centrais para repensar um projeto civilizatório para a cultura que se  vincule à construção de um novo tipo de sociedade baseada na democracia radical da produção simbólica e  da economia para partilha da justiça social e da solidariedade humana. 

A cultura deve estar no centro do debate e da ação política, como política de estado estruturante e compreendida pelo seu caráter transversal. A gestão da política cultural não pode ser uma caixa fechada, resumida exclusivamente ao Ministério, às secretarias estaduais e às municipais de cultura.  A gestão da cultura deve ser estruturada numa dimensão intersetorial para se criar uma nova cultura política e reposicionar novos agentes políticos comprometidos com a classe trabalhadora. As escolas públicas,  por exemplo  devem ser compreendidas como principais equipamentos de difusão cultural do país. Investir na arquitetura das escolas para abarcar espaços de circulação e fruição estética e garantir que os professores e professoras  das áreas de linguagens artísticas tenham formação na área é subverter a ordem posta na maioria das escolas brasileiras. 

É preciso também sair do discurso do popular para classe trabalhadora, isso é um risco que  pode negar a ciência e reduzir o acesso da produção historicamente produzida pela humanidade para as camadas populares. A produção erudita negada à classe trabalhadora deve se tornar  popular para conjunto da sociedade.  O Popular não deve ser negado, mas servir  como ponto de partida para ampliar a visão social de mundo e apropriação da ciência,  da qual fomos excluídos, explorados e oprimidos.

A descentralização de recursos públicos deve fomentar novas culturas políticas de articulação em rede, ampliação da acessibilidade e desmontagem  do caráter excludente e elitizada dos circuitos das artes, fomentar novos   repertórios e a luta pelo direito à cidade,  reposicionar  político e socialmente e  atentar para reparação histórica à classe trabalhadora. 

A política de editais ainda carrega uma lógica excludente e  ligada a uma visão de mercado. Os recursos ainda se concentram nas mãos de poucos  e  fortalecem um circuito restrito baseado "de artista para artista". 

A defesa da Política Nacional do Cultura Viva continua na ordem do dia. O Cultura Viva que ficou conhecido pelos Pontos de Cultura precisa ser fortalecido e entrar no centro do debate político como política pública e movimento (duas questões distintas  que se entrelaçam) marcada por uma perspectiva política de radicalização da democracia cultural e por conseguinte de descentralização de recursos para classe trabalhadora produzir e sobreviver. 

Os trabalhadores e trabalhadoras da cultura representam  é outra questão que tem ganhado força no debate das políticas públicas. Está na hora de lutar por uma legislação que  garanta a seguridade e proteção social para esse segmento da sociedade. 

Reconstruir uma política nacional passa por consolidar o Sistema Nacional de Cultura em conjunto com os estados e municípios e garantir um   percentual mínimo de recursos de forma permanente  para execução dos  planos de cultura, nas  esferas municipais, estaduais e federal.

Outra cultura política é possível e a classe trabalhadora que lute!