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Justiça Federal determina que site retire do ar postagens mentirosas sobre vacinas

 

(FOTO | Reprodução).

A 20ª Vara Federal do Rio de Janeiro atendeu pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e concedeu liminar, para determinar a remoção de publicação do site Tribuna Nacional de notícia mentirosa sobre vacinas contra covid-19. A decisão vale para o canal no Telegram do veículo direitista. A publicação negacionista associa os imunizantes a doença que não existe, que o site chama de “síndrome de imunodeficiência adquirida por vacina”, ou “VAIDS”. A decisão é da última sexta-feira (15), mas foi divulgada pela AGU, em seu site, nesta segunda (18).

Estudo conclui que vacinação contra covid salvou 20 milhões de vidas, 1 milhão só no Brasil

 

Neusa e João, pai deste blogueiro, vacinados. (FOTOS/ Daiane Nicolau/ Montagem/ Nicolau Neto).

Um estudo divulgado nesta semana concluiu que a vacinação contra a covid-19 salvou quase 20 milhões de vidas durante o primeiro ano. Os pesquisadores se basearam em dados de 185 países para construir um modelo matemático, segundo o qual evitaram-se 4,2 milhões de óbitos na Índia, 1,9 milhão nos Estados Unidos, 1 milhão do Brasil, 631 mil na França e 507 mil no Reino Unido.

Referindo-se à situação se não houvesse vacinas disponíveis para combater o novo coronavírus, Oliver Watson, do Imperial College London, que coordenou a pesquisa, comentou: "'Catastrófica' é a primeira palavra que vem à mente."

Os achados, publicados na revista especializada The Lancet Infectious Diseases, "quantificam quão pior a pandemia poderia ter sido": apesar de prejudicado por desigualdades persistentes, o esforço da indústria farmacêutica teria "evitado mortes numa escala inimaginável", afirma o cientista.

Em 8 de dezembro de 2020 um funcionário de loja aposentado da Inglaterra recebeu a primeira dose do que seria uma campanha global de imunização. Nos 12 meses seguintes, mais de 4,3 bilhões tomaram uma das diversas vacinas contra a covid-19.

A simulação matemática dos cientistas de Londres indicou, ainda, que outras 600 mil vidas poderiam ter sido salvas, caso se tivesse cumprido a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de inocular 40% da população mundial contra a covid-19 até o fim de 2021.

Acertos e falhas da campanha de vacinação

O estudo foi financiado por diversas entidades, incluindo a OMS, o Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, a aliança de vacinas Gavi e a Fundação Bill e Melinda Gates.

Sua principal conclusão, de que se impediram 19,8 milhões de mortes na pandemia, baseou-se em quantas mortes excederam a taxa usual de mortalidade durante o período. Com base apenas nas vítimas confirmadas da doença, o mesmo modelo indica que 14,4 milhões de óbitos foram evitados.

A análise publicada pela Lancet não incluiu a China, devido a sua enorme população e à incerteza quanto ao efeito da pandemia sobre o total de óbitos no país. Há ainda outras limitações: os pesquisadores não levaram em consideração como teriam sido as mutações do vírus na ausência de vacinas. Tampouco se pesou o efeito da presença das vacinas sobre os confinamentos e o uso de máscaras.

Partindo de uma outra abordagem, um grupo do Institute for Health Metrics and Evaluation, de Seattle, EUA, chegou a 16,3 milhões de óbitos por covid evitados. Esse trabalho ainda não foi publicado.

Um de seus participantes, Ali Mokdad, lembra que a tendência de usar máscaras é mais forte quando ocorrem mais casos. Além disso, sem as vacinas, a onda da variante delta do coronavírus, em 2021, teria suscitado medidas oficiais mais fortes. Mesmo assim: "Podemos discordar dos números, enquanto cientistas, mas todos concordamos que as vacinas contra a covid salvaram muitas vidas."

Para Adam Finn, da Bristol Medical School, na Inglaterra, que não esteve envolvido em nenhum dos estudos, os achados evidenciam tanto as conquistas quanto as deficiências da campanha de vacinação; "Embora tenhamos nos saído bastante bem desta vez – salvamos milhões e milhões de vidas –, poderíamos ter ido melhor, e devemos nos sair melhor no futuro."

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Com informação do Brasil de Fato.

Vacinas protegem contra a covid longa e resfriados, segundo estudos

Mesmo que alguém vacinado se infecte após tomar vacina, a progressão da enfermidade é muito mais branda - ©Evaristo Sa / AFP

Os vacinados correm risco menor de desenvolver sintomas de covid longa após a infecção do que os não vacinados. A conclusão é de um novo estudo preliminar por médicos da Universidade Bar-Ilan em Safed, em Israel, submetido à revista científica Nature na terça-feira (25/01).

Os casos estudados foram da fase inicial da campanha de vacinação, a partir de março de 2021. Os pesquisadores perguntaram a mais de 3 mil cidadãos testados por PCR sobre possíveis sintomas de covid-19 no longo prazo. Entre eles, 951 haviam tido uma infecção comprovada.

O resultado sugere que a vacinação ajuda a enfrentar melhor uma eventual infecção, que ocorra apesar da imunização. "É outro motivo para se vacinar", segundo Michael Edelstein, epidemiologista da universidade.

Fundamentalmente, as vacinas protegem já pelo fato de ajudarem a prevenir infecções. Mas, mesmo que alguém vacinado se infecte, a progressão da enfermidade é muito mais branda.

Isso também se reflete nos efeitos de longo prazo: os vacinados tinham 54% menos probabilidade de ter dores de cabeça; os sintomas de fadiga eram até 64% menos prováveis; e as dores musculares, 68% menos prováveis.

A intensidade dos sintomas observados correspondia aos valores que também haviam sido relatados pelos participantes do estudo que ainda não haviam sido infectados pela novo coronavírus.

Covid longa é difícil de determinar

Costuma ser difícil para os clínicos gerais diagnosticar com precisão a covid longa. Os pacientes muitas vezes sentem que não são levados a sério, quando reclamam.

Sintomas típicos como fadiga, cansaço, tonturas, falta de concentração ou dor muscular raramente são inequivocamente atribuíveis a uma infecção passada. Um estudo publicado na PlosMedicine em 28 de setembro de 2021, para o qual os pesquisadores analisaram os dados de 273.618 portadores de covid-19, confirmou essa dificuldade.

O estudo concluiu que quase 60% dos infectados ainda apresentavam sintomas após seis meses. A situação é semelhante à da gripe comum, em que 40% dos recuperados reclamam de sintomas similares aos da covid longa após seis meses.

No entanto, as estimativas da frequência de covid longa variam muito, dependendo da definição dos sintomas típicos. A Sociedade Helmholtz, por exemplo, a estima em menos de 10%, mas é possível que se tenham considerado apenas os casos graves como diagnósticos confirmados.

Vacinas também ajudariam contra resfriado

Pesquisadores das universidades de Ulm e Amsterdã apontaram outra razão para se vacinar: os imunizantes contra a covid-19 no mercado também ofereceriam alguma proteção contra outros coronavírus (hCoV), que geralmente causam resfriados. Além disso, seriam eficazes contra os patógenos do primeiro vírus da síndrome aguda respiratória grave (SARS-CoV-1).

A equipe liderada por Frank Kirchhoff, do Instituto de Virologia Molecular da Universidade de Ulm, afirma, num estudo publicado em 25 de janeiro na revista Clinical Infectious Diseases, que "a vacinação leva à neutralização cruzada eficiente da SARS-CoV-1, mas não da MERS-CoV. Em média, a vacinação aumenta significativamente a atividade neutralizadora contra [os vírus de resfriado] hCoV-OC43, -NL63 e -229E."

Cada vez mais recuperados contraem a ômicron

Enquanto isso, um grande estudo de saúde britânico mostrou que quase um terço dos que contraíram o coronavírus de 5 a 20 de janeiro de 2022 já haviam tido covid-19 antes. A variante altamente contagiosa ômicron é atualmente a dominante no Reino Unido.

O estudo, que integra o programa de pesquisa REACT sobre o coronavírus, consultou 100.500 indivíduos que haviam se submetido a testes rápidos de antígenos no período. Um a cada 23 participantes (4,41%) testara positivo. Foi o maior número de infectados, desde que o REACT começou, em maio de 2020. Em dezembro, a taxa fora de 1,4%.

Agora, 64,6% dos comprovadamente contagiados informaram já ter tido covid-19 no passado. Entretanto, como os dados se baseiam em notificações próprias, os números devem ser avaliados com cautela.

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Com informações do Brasil de Fato.