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Bancada do PCdoB. (FOTO | Richard Silva | PCdoB na Câmara). |
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Bancada do PCdoB. (FOTO | Richard Silva | PCdoB na Câmara). |
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O Brasil está muito aquém na implementação de uma educação antirracista. (FOTO | Reprodução). |
A Lei Federal 10.639 promulgada em 2003 como consequência das lutas do movimento negro, tornou obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira e de África, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, nas escolas públicas e particulares. Assim sendo, o conteúdo programático inclui o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro na área social, econômica e política pertinentes à história do Brasil.
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Projeto Xadrez nas Escolas de Altaneira. (FOTO | Divulgação). |
A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados vai debater na próxima segunda-feira (7) a crise institucional da Fundação Cultural Palmares.
Por Alexandre Lucas, Colunista
O ato genocida de acolher a Copa América no Brasil demonstra o caráter operante e estratégico do Governo Bolsonaro. A estratégia da morte assumida no discurso de minimização da disseminação da Covid, do negacionismo da ciência e a defesa do mercado em contraposição as vidas tem sido o receituário e a narrativa que tem colocado a população desnorteada, polarizada e morta.
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Professor Henrique Cunha Junior. (FOTO/ Danny Abensur). |
Por Henrique Cunha Junior*
Vivemos num mundo de aparente muita informação, no entanto é desinformado. Estamos em universidades que refletem a opinião de uma mínima minoria da sociedade e orientada e controlada por outra minoria ávida de poder, econômico, cultural, social e político e utiliza as universidades a formação e informação universitária para sua estrutura de poder. Minoria que sempre proclama a democracia do conhecimento científico e, no entanto não democratiza em nada nem as bibliografias, os temas de pesquisa e principalmente os atores e autores das pesquisas. Minoria que é regida pelo pensamento ocidental eurocêntrico, em escala global, branconcentrico em escala brasileira e sulistas em escala regionais. Controle que mesmo o que é lido e estudado nos grupos ditos revolucionários, anti colonialistas, e anti sexistas, não passam de leituras e estudos de um novo eurocentrismo e de um novo sul – sul controlado com as mesmas bases dos grupos hegemônicos passados e disputando as mesmas hegemonias, com um novo detalhe, falando sobre as populações negras e as mulheres negras, apenas em discursos em nenhuma pratica efetiva. A maioria da humanidade se encontra no hemisfério norte, o sul-sul é um pensamento despreparado da geografia, ao sul do equador esta apenas metade da America do Sul, metade da África e a Oceania. Muitos dos autores e atores do sul-sul são homens brancos e morando ao norte do equador e propondo uma postura desinformada da realidade da humanidade, postura de mascara progressista, sedutora, de palavras bem articuladas e de práticas nada renovadoras e em nada democráticas e devendo partidos políticos pouco interessados concretamente pela realidade da população negra. Grupos desinteressados que nos da população negra gostaríamos mesmo assim de negociar uma real mudança, que seria bom para todos e, no entanto reduziria o poder que criou outra hegemonia dentro da hegemonia eurocêntrica e brancocentrica. Branconcentrica no Brasil que fala de mestiçagem, que diz da construção das três raças, mas que conserva e protege em torno de si todos os privilégios e faz discursos que não pratica nem em casa. Tratam as domesticas da casa como da família sem fazerem estas parte da herança e dos planos de saúde, como dos benefícios gerais da família. Muitos da democracia discursiva não leram mais dois autores negros. Não colocaram nas suas disciplinas temas de interesse da população negra. Não perguntaram para o movimento social negro quais são os interesses a serem renovados.