5 de novembro de 2014
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Aécio abandona diálogo e encampa 'exército vigilante' por 'oposição ferrenha' a Dilma
O
senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência da República,
retornou às suas atividades no Senado hoje (5) com um discurso diferente do que
pregou ao reconhecer ter perdido a eleição, no último dia 26. Na ocasião, ele
falou na importância de se "unir o Brasil". Hoje, disse que seu
objetivo daqui por diante "é fazer uma oposição firme, sem adjetivos"
e retomou o tom utilizado contra Dilma Rousseff na campanha eleitoral, deixando
de lado a ideia de que foi derrotado no último dia 26 pela presidenta.
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Senador tucano foi recebido no Congresso com frases de incentivo. |
“Essa
recepção é tudo o que um político poderia querer de uma trajetória, que não se
encerra. Chego hoje ao Congresso para exercer o papel que me foi delegado por
grande maioria da população brasileira”, afirmou o senador.
Saudado
por 300 pessoas na chapelaria do Congresso aos gritos de “presidente” e “fora
PT” e em meio ao hino nacional, que também cantou, Aécio lembrou que é o
primeiro a reconhecer a representatividade da presidenta Dilma Rousseff, mas
que não se pode esquecer que recebeu mais de 51 milhões de votos. Disse que
está pronto para dialogar, mas em relação às "propostas que interessem aos
brasileiros". "Vamos cobrar
tudo o que o governo prometeu e não está cumprindo. Não me sinto derrotado, me
sinto um vitorioso, porque defendemos o que está vivo no coração dos
brasileiros", acentuou.
Se
de um lado Aécio afirmou ser contra os atos que pedem o impeachment de Dilma e
até mesmo uma intervenção militar, de outro se colocou a favor da iniciativa do
partido que preside de solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma
auditoria no resultado da disputa presidencial da qual saiu derrotado.
O
pedido foi feito com base em comentários de usuários de redes sociais, e
mereceu críticas de políticos da base aliada ao Palácio do Planalto e do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que chamou a medida de
“imprudência a toda prova” por parte do PSDB.
Enquanto
Janot considera que o pedido de revisão coloca em risco a credibilidade das
instituições democráticas, com grave risco de instabilidade, Aécio entende que
se trata de um "processo comum da democracia” e argumenta que a
solicitação não significa que ele tenha questionamentos sobre o resultado final
do pleito. “Quero lembrar que fui o
primeiro a telefonar para a presidenta Dilma, dar-lhe os parabéns e desejar-lhe
êxito. Sei que fiz minha parte para que a eleição fosse honrada”,
ressaltou.
Antes
da chegada ao Senado, Aécio já havia sido cobrado publicamente pelo líder do PT
na Casa, Humberto Costa (PE), para que os cabeças do PSDB se opusessem à
tentativa de difundir ideias golpistas e à ideia de contestar a confiabilidade
das instituições eleitorais. "Não
condenar esse tipo de golpismo é, evidentemente, ser conivente com ele. Não há
o lado do silêncio em um momento que a democracia está sob ataque. Ou se está
do lado dela ou se está contra ela. É imprescindível que lideranças da oposição
cumpram o dever cívico de defender o regime democrático e de reprovar, de
maneira contundente, qualquer flerte de seus seguidores com atitudes golpistas
e atentatórias às regras constitucionais", afirmou o senador.
Ataques de campanha
A
exemplo do que havia feito durante a campanha, Aécio retomou a ideia de se
mostrar como vítima do PT. “Fui atacado de forma sórdida em todo esse processo”,
disse. “Esse governo utilizou como pôde e
como não pôde a máquina pública, como os Correios, e ajudou a espalhar o
terrorismo eleitoral junto aos beneficiários dos programas sociais. Agiu assim,
primeiro, com Eduardo Campos, depois com Marina Silva e, por fim, comigo”,
completou.
O
ex-candidato apontou, entre o que precisa ser feito com prioridade pelo
governo, a necessidade de melhoria dos indicadores sociais e econômicos no país
e a investigação completa das denúncias de corrupção no Executivo. "O Brasil não concorda mais com os malfeitos.
Seremos um exército vigilante formado por 51 milhões de pessoas para cobrar o
atual governo. E esse número vai aumentar. As pessoas achavam que o fim das
eleições iriam desmobilizar o eleitorado, mas não é o que vemos ao longo dos
últimos dias”,
salientou.
Encontro do PSDB
Os
apoiadores de Aécio buscaram causar furor com o retorno do tucano ao Congresso,
nove dias após a derrota para Dilma. Inicialmente ele iria fazer um discurso no
plenário do Senado, mas desistiu. Segundo assessores, a ideia é garantir que
sua fala na reunião nacional do PSDB, programada para amanhã (5), no auditório
Nereu Ramos, fique marcada como seu primeiro pronunciamento após as eleições.
O
evento tem como objetivo definir os rumos da legenda, agradecer aos
parlamentares pelos votos e traçar a estratégia da oposição daqui por diante.
Está programada a realização de um balanço da campanha pelo partido.
Não
é surpresa a informação de bastidores de que em seu primeiro discurso Aécio
deverá criticar Dilma. As denúncias de corrupção na Petrobras fazem parte da
lista de temas que prometem ser abordados por ele, segundo parlamentares
tucanos, novamente retomando o tom da campanha eleitoral.
Via
Rede Brasil Atual

4 de novembro de 2014
O Nordeste é a mais bela poesia do Brasil - O “doutor” e o “rei”: jogando por música
Eis
que, passeando a esmo pelos canais mais recônditos da tevê, até a mais cética
das criaturas pode ser convidada a acreditar na força providencial das
coincidências. O acaso revelador aconteceu nesta noite de segunda-feira no
improvável Curta! (canal 56, na NET) quando este desavisado escrevinhador
surpreendeu a si mesmo estacionando diante de um documentário brasileiro
enigmaticamente intitulado O Homem que Engarrafava Nuvens.
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O "doutor" e o "rei": jogando por música. |
O
dito engarrafador de nuvens é Humberto Teixeira, “o doutor do baião”, na
homenagem de seu parceiro Luiz Gonzaga – Humberto, o inspirado letrista que, em
Asa Branca, escreveu o mais belo verso da MPB, aquele que fala: Quando o verde
dos teus olhos/Se espalhar na plantação/Eu te asseguro não chore não, viu?/Que
eu voltarei, viu?/Meu coração.
A
direção de Lírio Ferreira, aquele de Baile Perfumado, de 1997 (o encontro do
mascate Benjamin Abrahão com o dândi Lampião), e a fotografia de Walter
Carvalho já teriam credenciado suficientemente o filme, que é de 2009, cuja
narrativa segue o fio da dolorosa romaria da filha de Humberto na paisagem
geográfica e humana que esclarece seu múltiplo talento e sua controvertida
personalidade. A filha é a atriz Denise Dumont.
Assistir
à celebração do ritmo – o baião – que irriga nossas raízes musicais por figuras
que vão de David Byrne a Silvana Mangano (cantora de cabaré em Anna, de Alberto
Lattuada) serviu de terno contraponto pós-eleitoral aos desatinados de ódio,
aos golpistas de papel, ao preconceito obstinado contra esses nordestinos
capazes no entanto de resistir, com bravura e com poesia, a coisas muito piores
do que a cara feia das loiras platinadas do Leblon e dos Jardins.
Via
Carta Capital
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3 de novembro de 2014
Mídia enfatiza dificuldades de Dilma, mas minimiza crise da direita brasileira
Desde
que se modernizou com a adoção do neoliberalismo como ideário e com os tucanos
assumindo seu eixo aglutinador, a direita teve, inicialmente, o sucesso do
governo Fernando Henrique Cardoso e, depois, com o seu fracasso, nunca mais
conseguiu triunfar. Ao contrário, sofre a quarta derrota consecutiva, vive um
momento de declínio, prenunciando um futuro em que seguirá perdendo expressão
em nível nacional e diminuindo cada vez mais as possibilidades de voltar a
triunfar na disputa presidencial. Mas, ao mesmo tempo, tem muitas dificuldades
para mudar de fisionomia.
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Dilma em campanha em Porto Alegre. À direita sobra apoio da mídia tradicional, mas falta apoio popular ao seu projeto de governo. |
A
votação de Aécio Neves, que finalmente terminou sendo expressiva depois de ter
passado pelo pior pesadelo – perder em Minas e viver o risco de nem chegar ao
segundo turno –, pode dar a impressão de que a direita saiu fortalecida das
eleições. Uma falsa impressão, ainda mais que em dois momentos da campanha ela
esteve na frente nas pesquisas e alimentou – aqui e fora daqui – a expectativa
de que era favorita para ganhar.
Qual
é a situação da oposição depois da campanha? Em primeiro lugar, sofreu a quarta
derrota consecutiva, confirmando que a confrontação entre os governos dos
tucanos e os do PT é altamente favorável a estes. Foram as políticas sociais
dos governos Lula e Dilma os fatores fundamentais da vitória em 2014, ao lado
das ameaças a essas políticas por parte de Armínio Fraga, um ex-membro do
governo FHC, que tornava totalmente infrutíferas as promessas de Aécio de que
manteria os programas sociais do PT. Como, se o diagnóstico do freio ao
crescimento era um salário mínimo alto? Como, se um certo nível de desemprego
seria saudável? Como manter políticas sociais, se sobraria muito pouco dos
bancos públicos?
O mecanismo de confrontação dos dois modelos – o neoliberal e o antineoliberal –, que já havia comandado as campanhas presidenciais anteriores, voltou a se impor e mostra que é caminho de derrota para os tucanos. José Serra – tanto em 2002, como em 2010 – tentou distanciar-se do governo de FHC, mas teve de voltar ao seu lugar de oposição de direita e de continuidade com o neoliberalismo. Aécio tentou resgatar abertamente o governo FHC e deixou um flanco totalmente aberto, que foi bem explorado pelo PT.
Assim,
a projeção de candidaturas presidenciais da oposição é difícil. Aécio está
enfraquecido, apesar de sua votação, porque perdeu em Minas Gerais, não contará
mais com o governo e uma suposta base de apoio no seu estado natal. Sua alta
votação se deve, em grande parte, aos tucanos paulistas, enquanto a máquina
tucana mineira fracassou.
Alckmin
volta assim a ser o nome da vez, nesse revezamento terrível dos tucanos – já
foram duas vezes Serra, seriam duas vezes Alckmin, e têm a derrota do que
deveria ser a renovação e a superação desses dois nomes, com Aécio. Mesmo com
uma votação impressionante em São Paulo – tanto para o governo do Estado, como
para a Presidência da República – Alckmin é um candidato fraco, como ficou
patente na campanha de 2006, ainda mais se tiver pela frente Lula.
Minas
era, junto com São Paulo, o eixo fundamental dos tucanos, que agora dependerão
muito mais de São Paulo – onde já perderam a capital – e do Paraná. Um declínio
claro ao longo dos governos do PT, que pode se acentuar a partir de 2018.
Por
outro lado, antes da morte de Eduardo Campos, tanto o então candidato como
Marina, sua vice, encaravam suas candidaturas para um recall em 2018. O que
conseguissem em 2014 seria lucro. Com a morte dele, ela se viu projetada como
alternativa possível e, como se viu depois, deixou de ser e se queimou com o
apoio direto a Aécio. A própria Rede que a Marina estava construindo com grandes
dificuldades se rompeu e é duvidoso que ela possa recolocar seu projeto em pé e
ser uma candidata com impulso em 2018.
Os
dilemas da oposição são difíceis: resta-lhe Alckmin como candidato, um
candidato fraco, sem carisma, representando o mesmo projeto já derrotado quatro
vezes. Enquanto o PT coloca a agenda nacional – democratização social, com
inclusão da massa da população –, os tucanos ficam deslocados.
Apelaram
para o denuncismo, que teve seu efeito, mas dificilmente pode se estender ao
longo dos próximos quatro anos. No debate econômico, terminaram perdendo,
conforme o horário na TV mostrou à grande maioria que o caminho projetado pelo
PT é o correto, pois inflação e emprego estão sob controle.
Não
são bons os augúrios para a direita brasileira nos próximos anos. Até quando
vão contar com o monopólio dos meios de comunicação e com o financiamento
privado das campanhas eleitorais? Disso depende, em grande parte, que a direita
possa pelo menos manter na agenda política nacional um denuncismo suficiente
para alimentar a oposição, mas insuficiente para triunfar.
Via
Rede Brasil Atual
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Quão “cordial” é o povo brasileiro?, Por Leonardo Boff
Dizer
que o brasileiro é um “homem cordial” vem do escritor Ribeiro Couto, expressão generalizada por Sérgio Buarque de
Holanda em seu conhecido livro: “Raízes do Brasil” de 1936 que lhe
dedica o inteiro capítulo V. Mas esclarece, contrariando Cassiano Ricardo que
entendia a “cordialidade”como bondade e a polidez, que “nossa forma ordinária de convívio social é no fundo, justamente o
contrário da polidez”(da 21ª edição de 1989 p. 107). Sergio Buarque assume
a cordialidade no sentido estritamente etimológico: vem de coração. O
brasileiro se orienta muito mais pelo coração do que pela razão. Do coração
podem provir o amor e o ódio. Bem diz o autor: “a inimizade bem pode ser tão cordial como a amizade, visto que uma e
outra nascem do coração”(p.107).Escrevo tudo isso para entender os
sentimentos “cordiais” que irromperam na campanha presidencial de 2014. Houve
por uma parte declarações de entusiasmo e de amor até ao fanatismo para os dois
candidatos e por outra, de ódios profundos, expressões chulas por parte de
ambas as partes do eleitorado. Verificou-se o que Buarque de Holanda escreveu:
a falta de polidez no nosso convívio social.
Talvez
em nenhuma campanha anterior se expressaram os gestos “cordiais” dos
brasileiros no sentido de amor e ódio contidos nesta palavra. Quem seguiu as redes sociais, se deu conta
dos níveis baixíssimos de polidez, de desrespeito mútuo e até falta de sentido democrático como
convivência com as diferenças. Essa falta de respeito repercutiu também nos
debates entre os candidatos, transmitidos pela TV. Por exemplo, que um dos
candidatos chame a Presidenta do país de “leviana e mentirosa” se inscreve
dentro desta lógica “cordial”, embora revele grande falta de respeito diante da
dignidade do mais alto cargo da nação.
Para
entender melhor esta nossa “cordialidade” cabe referir duas heranças que oneram
nossa cidadania: a colonização e a escravidão. A colonização produziu em nós o
sentimento de submissão, tendo que assumir as formas políticas, a língua, a
religião e os hábitos do colonizador português. Em consequência criou-se a Casa
Grande e a Senzala. Como bem o mostrou Gilberto Freyre não se trata de instituições
sociais exteriores. Elas foram internalizadas na forma de um dualismo perverso:
de um lado os senhor que tudo possui e manda e do outro o servo que pouco tem e
obedece ou também a hierarquização social que se revela pela divisão entre
ricos e pobres. Essa estrutura subsiste na cabeça das pessoas e se tornou um
código de interpretação da realidade.
Outra
tradição muito perversa foi a escravidão. Cabe recordar que houve uma época,
entre 1817-1818, em que mais da metade do Brasil era composta de escravos (50,6%).
Hoje cerca de 60% possui algo em seu sangue de escravos afro-descendentes. O
catecismo que os padres ensinavam aos escravos era “paciência, resignação e
obediência”; aos escravocratas se ensinava “moderação e benevolência” coisa
que, de fato, pouco se praticava. A escravidão foi internalizada na forma de
discriminação e preconceito contra o negro que devia sempre servir. Pagar o
salário é entendido por muitos ainda como
uma caridade e não um dever, porque os escravos antes faziam tudo de
graça e, imaginam que devem continuar
assim. Pois desta forma se tratam, em muitos casos, os empregados e empregadas
domésticas ou os peões de fazendas.
As
consequências destas duas tradições estão no inconsciente coletivo brasileiro em
termos, não tanto de conflito de classe (que também existe) mas antes de conflitos de status social. Diz-se
que o negro é preguiçoso quando sabemos que foi ele quem construiu quase tudo que temos em nossas
cidades. O nordestino é ignorante, porque vive no semi-árido sob pesados constrangimentos
ambientais, quando é um povo altamente criativo, desperto e trabalhador. Do
nordeste nos vêm grandes escritores, poetas, atores e atrizes. No Brasil de
hoje é região que mais cresce economicamente na ordem de 2-3%, portanto, acima da média nacional. Mas
os preconceitos os castigam à inferioridade.
Todas
essas contradições de nossa “cordialidade” apareceram nos twitters, facebooks e
outras redes sociais. Somos seres contraditórios em demasia.
Acrescento
ainda um argumento de ordem antropológica para compreender a irrupção dos
amores e ódios nesta campanha eleitoral. Trata-se da ambiguidade fontal da
condição humana. Cada um possui a sua dimensão de luz e de sombra, de
sim-bólica (que une) e de dia-bólica (que divide). Os modernos falam que somos
simultaneamente dementes e sapientes (Morin), quer dizer, pessoas de
racionalidade e bondade e ao mesmo tempo de irracionalidade e maldade. A
tradição cristã fala que somos simultaneamente
santos e pecadores. Na feliz expressão de Santo Agostinho: cada um é
Adão, cada um é Cristo, vale dizer, cada um é cheio de limitações e vícios e ao
mesmo tempo é portador de virtudes e de uma dimensão divina. Esta situação não é um defeito mas uma
característica da condition humaine. Cada um deve saber equilibrar estas duas
forças e na melhor das hipóteses, dar primazia às dimensões de luz sobre as de
sombras, as de Cristo sobre as do velho Adão.
Nestes
meses de campanha eleitoral se mostrou quem somos por dentro, “cordiais” mas no
duplo sentido: cheios de raiva e de
indignação e ao mesmo tempo de exaltação positiva e de militância séria e auto-controlada.
Não
devemos nem rir nem chorar, mas procurar entender. Mas não é suficiente
entender; urge buscar formas civilizadas da “cordialidade” na qual predomine a
vontade de cooperação em vista do bem comum, se respeite o legítimo espaço de
uma oposição inteligente e se acolham as diferentes opções políticas. O Brasil
precisa se unir para que todos juntos enfrentemos os graves problemas internos
e externos (guerras de grande devastação e a grave crise no sistema-Terra e no
sistema-vida), num projeto por todos assumido para que se crie o que se chamou
de o Brasil como a “Terra da boa Esperança”(Ignacy Sachs).
Com
Jornal do Brasil/Geledes
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2 de novembro de 2014
Se prepare para o ENEM 2014: Simulados Online de História Geral e do Brasil
Alunos da EEEP Wellington Belém de Figueiredo, em Nova Olinda. |
Faltando
cinco dias para o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, o site do História Online publicou neste domingo, 02 de novembro, uma lista de exercícios e provas
dos principais vestibulares do Brasil que permitirão aos mais de 8,7 milhões de
candidatos realizarem uma boa prova de história nos dias 07 e 08, sábado e
domingo próximos.
O
simulado online conta com 30 (trinta) questões de exames anteriores da
disciplina de História, divididas em História Geral e História do Brasil.
A
você que está buscando uma vaga em instituições de ensino superior públicas,
como universidades e institutos federais, se prepare bem.
Para
ter acesso ao simulado clique aqui
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Simulado do Enem 2014

Reforma Política: Entenda a Diferença entre Plebiscito e Referendo
Para
que a presidente reeleita, Dilma Rousseff, tenha êxito em sua principal
proposta para seu segundo mandato, a aprovação de uma reforma política, ela
terá de se entender com o Congresso quanto à melhor forma de consultar a
sociedade no processo.
A
proposta original de Dilma é pela convocação de um plebiscito para tratar do
tema. Já os dirigentes da Câmara e do Senado preferem que os eleitores
participem da reforma por meio de um referendo. A posição do Congresso nesse
tema é crucial, já que cabe ao órgão decidir qual modelo será adotado.
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Dilma travará árdua batalha com o Congresso Nacional para conseguir realizar a Reforma Política. Duas vias são plebiscito e Referendo. (Divulgação) |
Os
pontos de vista distintos já provocam atritos entre as autoridades. Na
terça-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que “o
Congresso pagará caro pela omissão” se autorizar a convocação de um plebiscito,
delegando aos eleitores o poder de definir os rumos da reforma.
O
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reforçou a posição de
Renan e culpou o PT pela não aprovação de uma proposta de reforma no ano
passado.
Também
na terça, Dilma flexibilizou sua posição ao dizer em entrevista que “não
interessa muito se é referendo ou plebiscito”. A BBC Brasil formulou perguntas
sobre o que muda caso cada processo seja adotado.
Qual a diferença entre referendo e
plebiscito?
A
principal distinção é que um plebiscito é convocado antes da elaboração de um
ato legislativo ou administrativo que trate do assunto em questão. Já um
referendo é convocado posteriormente, para que a população aprove ou rejeite a
proposta já elaborada.
De que maneira essas diferenças
influenciariam na reforma política?
Pela
proposta de Dilma, um plebiscito sobre a reforma política permitiria aos
brasileiros posicionar-se sobre vários temas. Eles poderiam, por exemplo,
decidir se o financiamento das campanhas deve ser público, privado ou misto; se
o voto deve ser nos partidos, em listas fechadas, ou em candidatos; se deve ser
criada uma cláusula de barreira para impedir que partidos pequenos assumem
lugares na Câmara; e se a reeleição deve ser proibida.
Caberia
ao Congresso decidir quais perguntas serão feitas e elaborar uma proposta que
respeitasse os resultados da consulta. Esse modelo daria aos eleitores maior
poder na elaboração da proposta.
No
caso de um referendo, o Congresso elaboraria uma proposta de reforma, e os
eleitores teriam apenas o poder de chancelar ou vetar o projeto como um todo,
sem poder modificá-lo. Esse modelo daria ao Congresso mais poder na elaboração
da proposta.
Quais os argumentos favoráveis e
contrários aos dois modelos?
Defensores
do plebiscito dizem que, se a elaboração da reforma ficar a cargo do Congresso,
dificilmente serão aprovadas medidas que descontentem deputados e senadores. A
reforma, dizem eles, provavelmente seria tímida.
Eles
afirmam que um plebiscito atenderia os anseios dos manifestantes que foram às
ruas em junho de 2013 e pediram maior participação da sociedade nas decisões do
Estado.
Já
os defensores do referendo dizem que um plebiscito teria perguntas muito
específicas e que dificilmente os eleitores estarão informados o suficiente
para respondê-las. Afirmam, ainda, que as opções dos eleitores poderiam
produzir uma proposta “frankenstein”, difícil de pôr em prática.
Eles
dizem que o Congresso é o órgão mais capacitado para a tarefa e detém a
legitimidade para executá-la, por ser composto por deputados e senadores eleitos
pelo povo. Afirmam, ainda, que a realização de um plebiscito reduziria a
importância do Legislativo, afetando o equilíbrio entre os Três Poderes.
Quais foram os últimos plebiscitos
no Brasil?
O
último plebiscito estadual ocorreu em 2011, no Pará, quando os eleitores do
Estado decidiram se as regiões de Carajás e Tapajós deveriam se tornar Estados
autônomos. A maioria dos paraenses rejeitou a divisão.
O
último plebiscito nacional ocorreu em 1993, quando os brasileiros puderam optar
qual regime de governo vigoraria no país: se monarquia ou república e se
parlamentarismo ou presidencialismo. Venceu a proposta por uma república
presidencialista, regime que já vigorava.
Quais foram os últimos referendos?
No
último referendo estadual, em 2010, os eleitores do Acre decidiram se o fuso
horário no Estado deveria ser voltar a ser de duas horas a menos que Brasília,
após ter sido alterado para uma hora a menos. A maioria aprovou a mudança para
o horário antigo.
O
último referendo nacional ocorreu em 2005, quando a população foi consultada
sobre a proibição do comércio de armas de fogo no país.
A
proibição estava prevista em artigo do Estatuto do Desarmamento, que havia sido
aprovado em 2003. Os brasileiros, porém, rejeitaram a mudança.
Com
BBC/Pragmatismo Político
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Reforma Política

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