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Funkeiro destrói música “Asa Branca” de Luiz Gonzaga. Família do “Rei do Baião” reage


A família de Luiz Gonzaga acionará a Justiça contra MC Yuri por conta da música “Festa Junina da Putaria”, que leva a melodia de Asa branca.

Luiz Gonzaga conhecido como Rei do Baião. Foto: Divulgação, em 24/08/1988.

Do O Povo - “Tu vai sentar, tu vai quicar por cima do meu peru / MC Yuri, manda pra tu / Vem novinha, senta, quica, trava, arrasta com a x*** no meu peru”, diz um trecho da música. Após a repercussão negativa, o video foi retirado do canal “Detona Funk”, no YouTube, mas permanece disponível em outras contas.

Em entrevista ao Viver, do Diário de Pernambuco, a filha de Gonzagão, Rosinha Gonzaga, afirma que a “obra Asa Branca é um hino nacional”.

Segundo a publicação, a responsável por administrar os direitos autorais e uso de imagem do músico pernambucano, Editora Moleque, estuda junto a advogados a maneira correta de mover a Justiça para punir o funkeiro.

Na tural de São José do Rio Preto, em São Paulo, MC Yuri tem 19 anos. O seu empresário, identificado como Ademir, afirmou ao Viver que a intenção da música nunca foi ofender o público pernambucano. Além disso, revelou que um advogado está de prontidão para cuidar do caso. Segundo ele, os palavrões contidos na música pertencem ao funk. “É o gênero dele. O funkeiro não vai fazer uma música gospel”, justificou.

Confira o Vídeo


           

Personalidades Negras que Mudaram o Mundo: Luiz Gonzaga



O portal Palmares divulgou na última sexta-feira, 11, uma minibiografia de Luiz Gonzaga, o rei do baião. O artigo é uma alusão ao dia 13 de dezembro, data de nascimento de Luiz e é considerado o dia nacional do forró.

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Segundo filho de Ana Batista de Jesus e oitavo de Januário José dos Santos. Foi um dos principais representantes da música popular brasileira, devido as suas obras que valorizavam os ritmos nordestinos, levando o baião, o xote e o xaxado para todo o país.

O Rei do Baião, como ficou conhecido no Brasil, retratava em suas canções a pobreza e as injustiças no Sertão Nordestino. Em 1920, com apenas 8 anos, Gonzaga foi convidado para substituir um sanfoneiro em uma festa tradicional, e partir desse episódio recebeu diversos convites para tocar em eventos da época.

Em 1929, em consequência de um namoro proibido, Luiz foge para cidade de Crato/CE, e em 1930 vai para Fortaleza/CE, servir ao exército. A partir de 1939, já na cidade do Rio de Janeiro, Gonzaga passa a dedicar-se à música e começa a tocar nos mangues, no cais, em bares, nas ruas e nos cabarés da Lapa. Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, apresentou uma música sua, “Vira e mexe”, e ficou em primeiro lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas radiofônicos, inclusive gravando discos como sanfoneiro para outros artistas, até ser convidado para gravar como solista, em 1941. Daí em diante, o talento do Rei do Baião começa a ser reconhecido.

Continuou fazendo programas de rádio e gravando solos de sanfona. A partir de 1943, Luiz Gonzaga passa a utilizar os trajes típicos de cangaceiro, posteriormente irá os substituir pelo de vaqueiro, para as suas apresentações. Nesse mesmo ano, suas músicas passaram a ser letradas por Miguel Lima; a parceria deu certo e várias canções fizeram sucesso: “Dança, Mariquinha” e “Cortando Pano”, “Penerô Xerém” e “Dezessete e Setecentos”, agora gravadas pelo sanfoneiro e, também cantor, Luiz Gonzaga. No mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto Teixeira, com quem sedimentou o ritmo do baião, com músicas que tematizavam a cultura e os costumes nordestinos. Seus sucessos eram quase anuais: “Baião” e “Meu Pé de Serra” (1946), “Asa Branca” (1947), “Juazeiro” e “Mangaratiba” (1948) e “Paraíba” e “Baião de Dois” (1950).

No ano de 1947, já casado com Helena das Neves e tendo assumido a paternidade de Gonzaguinha, conhece Zé Dantas, que passou a ser seu parceiro, assumindo o posto deixado por Teixeira, que se afastara da música devido à vida política. Juntos compuseram outros clássicos (“O xote das meninas”, “Vem Morena”, “A volta da Asa Branca”, “Riacho do Navio” etc.) e Luiz Gonzaga se firmou como o Rei do Baião.

Nos anos 1960, o sucesso da Bossa Nova, do rock e do Ieieiê ofuscaram o brilho de Lua (apelido dado por Paulo Gracindo). Porém, dada sua genialidade, era admirado por inúmeros artistas, incluindo os da nova geração, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Raul Seixas, para quem, Luiz Gonzaga, era o personagem mais “elvispresliano” da música brasileira.

Além de nunca ter parado de compor Entre as décadas de 1970 e 1980, regravações, homenagens e parcerias foram estabelecidas com as/os novas/os cantoras/es, formando um espécie de séquito ao redor de Gonzagão: Fagner, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Dominguinhos, seu grande discípulo.

Nessa época também se reaproximou de seu filho, Gonzaguinha, saindo numa bem sucedida turnê pelo país, o que concedeu novo fôlego à sua carreira devido a músicas como “Vida de viajante” e “Pense n’eu”. Em 1984, recebeu o primeiro disco de ouro com “Danado de Bom”. Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir as biografias sobre o homem simples e inventivo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.

O Rei do Baião morreu, em Recife, em 2 de agosto de 1989. Se vivo, completaria 103 anos. Devido a sua genialidade musical da canção Asa Branca, que se tornou Hino do Nordeste Brasileiro, Luiz Gonzaga foi o artista que mais vendeu discos no Brasil de 1946 a 1955. Seu legado é homenageado até hoje. Em 2012, Gonzaga foi tema do carnaval da Unidos da Tijuca, fazendo com que a escola ganhasse o título deste respectivo ano. A história do rei do baião também é contada no filme “Gonzaga, de pai para filho”, de Patrícia Andrade. Em 2005, a data de seu nascimento foi tornada Dia Nacional do Forró.

Por tudo isso, sempre é hora de saudar Luiz Gonzaga! Viva!!!

O Nordeste é a mais bela poesia do Brasil - O “doutor” e o “rei”: jogando por música


Eis que, passeando a esmo pelos canais mais recônditos da tevê, até a mais cética das criaturas pode ser convidada a acreditar na força providencial das coincidências. O acaso revelador aconteceu nesta noite de segunda-feira no improvável Curta! (canal 56, na NET) quando este desavisado escrevinhador surpreendeu a si mesmo estacionando diante de um documentário brasileiro enigmaticamente intitulado O Homem que Engarrafava Nuvens.

O "doutor" e o "rei": jogando por música.
O dito engarrafador de nuvens é Humberto Teixeira, “o doutor do baião”, na homenagem de seu parceiro Luiz Gonzaga – Humberto, o inspirado letrista que, em Asa Branca, escreveu o mais belo verso da MPB, aquele que fala: Quando o verde dos teus olhos/Se espalhar na plantação/Eu te asseguro não chore não, viu?/Que eu voltarei, viu?/Meu coração.

A direção de Lírio Ferreira, aquele de Baile Perfumado, de 1997 (o encontro do mascate Benjamin Abrahão com o dândi Lampião), e a fotografia de Walter Carvalho já teriam credenciado suficientemente o filme, que é de 2009, cuja narrativa segue o fio da dolorosa romaria da filha de Humberto na paisagem geográfica e humana que esclarece seu múltiplo talento e sua controvertida personalidade. A filha é a atriz Denise Dumont.

Assistir à celebração do ritmo – o baião – que irriga nossas raízes musicais por figuras que vão de David Byrne a Silvana Mangano (cantora de cabaré em Anna, de Alberto Lattuada) serviu de terno contraponto pós-eleitoral aos desatinados de ódio, aos golpistas de papel, ao preconceito obstinado contra esses nordestinos capazes no entanto de resistir, com bravura e com poesia, a coisas muito piores do que a cara feia das loiras platinadas do Leblon e dos Jardins.


Via Carta Capital

Quem disse que o forró com letra morreu? Confira o vídeo.


Cristian, sete anos dá um show com sanfona.
Imagem capturada. 
Cristian, garoto pernambucano de sete anos demonstra que o futuro do forró ainda pode ser desenhado com maestria. Um resgate de grandes músicas do rei do baião, Luiz Gonzaga, que falam do sertão nordestino.

O evento foi durante um show de Cláudia Leite no município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco.

Confira o vídeo.

        

Legado musical de Luiz Gonzaga é lembrado com museu em Recife


Um grande juazeiro transplantado da Caatinga acolhe os visitantes na entrada do Museu Cais do Sertão e antecipa a personalidade ali homenageada. Era também à sombra de uma dessas árvores que Luiz Gonzaga lamentava a perda do amor e cantava ai juazeiro/ela nunca mais voltou/diz, juazeiro/onde anda meu amor. O compositor e instrumentista pernambucano, morto em 1989, aos 76 anos, seria velado na cidade de Juazeiro do Norte antes de partir para a sua Exu natal. Seu legado musical é relembrado no espaço inaugurado no Recife, em mostra que permanecerá por cinco anos, quando outro artista deve tomar o local.

Adaptado a um antigo armazém portuário, ao custo de 97 milhões de reais, o Cais do Sertão é um projeto multimídia em que a tecnologia se alia a obras e instalações específicas, sob a idealização de Isa Grinspum Ferraz, uma das responsáveis pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. No caso da mostra a Gonzaga, o espaço expositivo de 2 mil metros quadrados soma objetos pessoais, como trajes e sanfonas, alguns são réplicas, seus roteiros de programas de rádio, gravações, imagens e documentos.

Em torno do mandacaru de Luis Hermano se espraia e
universo de Gonzaga.
A herança pessoal, porém, se amplia ao universo do Sertão, com maquetes, cenários que replicam residências típicas, ferramentas de trabalho e obras de técnicas artísticas tradicionais. É o caso das xilogravuras de J. Borges, um dos mestres do folclore nacional também no cordel, cerâmicas de Mestre Vitalino, fotos de Miguel Rio Branco e uma árvore de alumínio de Luis Hermano, desta vez um mandacaru.

O material audiovisual contextualiza a cultura sertaneja desde o filme do pernambucano Marcelo Gomes que dá início ao percurso. Como ele, outros realizadores locais registraram o cotidiano daquele ambiente, caso de Lírio Ferreira, Paulo Caldas, Kleber Mendonça Filho e Camilo Cavalcanti. A percepção do Sul na influência de Gonzaga e seu entorno se qualifica nos filmes de Leandro Lima, com a contribuição de José Miguel Wisnik, Carlos Nader, Sérgio Rozemblit, entre outros. O Cais do Sertão ainda será ampliado em mais 5,5 mil metros quadrado com salas para exposições temporárias, auditório e restaurante. (Via Carta Maior)

Confira a música que inspirou a criação desse espaço

                        

Luiz Gonzaga faria 101 anos nesta sexta-feira - 13/12/13

Esta sexta-feira (13) é dia de celebrar o Rei do Baião. Luiz Gonzaga completaria 101 anos hoje e para comemorar a data de aniversário do Mestre Lua, Santanna e Daniel Bueno fazem shows gratuitos no evento Parabéns pra Gonzagão, no Pátio de São Pedro, no Recife.

Coordenador do evento que vem sendo realizado há sete anos, Daniel Bueno abre a noite, às 20h. Novamente, o Memorial Luiz Gonzaga, também localizado no pátio, ficará aberto ao público no horário das apresentações. Daniel concede também autógrafos de seu livro Glossário gonzaguiano, lançado este ano. Santanna, “o cantador”, rende sua homenagem a Gonzagão às 22h. Tanto ele quanto Daniel selecionaram músicas que mais marcaram a vida de Luiz Gonzaga.

Na terra natal do mestre, em Exu, as comemorações contam com Anjos do Forró, Joquinha Gonzaga, Joãozinho de Exu, Targino Gondim e Nando Cordel hoje, na festa Viva Gonzagão, aberta ao público. Amanhã, também a partir das 21h, é a vez de Jaiminho do Exu, Marina Elali, Daniel Gonzaga, Waldonys e Flávio Leandro no Parque Asa Branca. O evento integra a programação do Festival Pernambuco Nação Cultural.

Com Informações do Jornal do Comercio