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Reino de Kush. (FOTO/ Reprodução). |
Desconhecidos pela maioria das pessoas, inúmeros reinos floresceram no continente africano durante a Antiguidade e Idade Média, controlando rotas comerciais e o poder local.
Conheça
alguns desses Impérios, que produziram grandes monumentos e marcaram o
território até os dias atuais.
1. Reino de Gana
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Capital Kumbi Saleh. (FOTO/ Hypeness). |
O
antigo Império de Gana, que teve seu apogeu entre os anos de 700 e 1200 da Era
Cristã, ficava próximo a uma imensa mina de ouro na África Ocidental e era tão
rico que até seus cães usavam coleiras de metal precioso. Com planejamento
estratégico, líderes poderosos e uma abundância em recursos naturais, Gana logo
se tornou uma grande influência no território africano.
Negociando
com europeus e norte-africanos, Gana importava livros, tecidos e cavalos em
troca de ouro e marfim, e comerciantes árabes passavam meses viajando em busca
de negociações. O antigo império controlava o comércio de todo o ouro e sal da
região, e uma boa proporção do então recém-descoberto elemento ferro, que
aumentou sua influência e poder. Sendo um entreposto comercial, Gana controlava
o comércio entre produtos árabes ao norte e ouro e marfim ao sul.
Apesar de ter detido muitas invasões, Gana acabou por desmoronar em 1240. Isolado do comércio e enfraquecido pelos seus rivais, o reino foi absorvido pelo crescente Império do Mali.
2. Império do Mali
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Império do Mali. (FOTO/ Reprodução). |
Embora
o Rei Leão tenha sido um governante impressionante, o império prosperou sob o
governo de Mansa Musa, que detém o título de homem mais rico da história, com
fortuna equivalente a US$ 400 bilhões. Musa também fez de Timbuktu, a capital
do Mali, um dos principais centros de educação e cultura na África, permitindo
que estudiosos de todo o continente viessem se aprimorar.
Como
Benim, o Mali teve sucesso no comércio devido à sua localização no rio Níger.
No entanto, foi saqueada por invasores do Marrocos em 1593, o que enfraqueceu o
império e o fez deixar de ser esta importante entidade política.
3.
Reino de Kush
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Reino de Kush. (FOTO/ Wikimedia Commons). |
Relativamente
desconhecido fora da África, o antigo reino de Kush dominava uma região na
época chamada Núbia, e que hoje faz parte do Sudão. A princípio colônia do
Egito, Kush mais tarde veio a dominar boa parte do vale do rio Nilo, e sua
civilização mesclava cultura egípcia com a de outros povos africanos. Esse
reino teve seu equivalente aos faraós, realizando a mumificação de mortos,
construção de pirâmides e adoração a deuses. No entanto, existiam diferenças
fundamentais entre os Kuchitas e os Egípcios.
Economicamente,
o ferro havia se tornado um enorme recurso para Kush, enquanto os egípcios
ainda estavam a descobrir as maravilhas desse metal. Socialmente, as mulheres
tinham papel de maior relevância política, e as rainhas muitas vezes sucediam
os reis no papel de governante. Exemplo disso é que uma das maiores pirâmides
de Kush foi construída para homenagear uma governante feminina.
Kush
também era famoso por seus arqueiros, frequentemente retratados em obras de
arte. Teoriza-se que sua cultura declinou após ser invadida, por volta do ano
350 da era cristã, pelo Império de Axum, o que deu origem a uma nova sociedade
denominada Ballana.
4. Império de Songhai
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Império de Songhai. (FOTO/ Reprodução/ Aula Zen). |
Tal
como outros reinos africanos, Songhai derivou a maior parte de sua riqueza do
comércio, que era extremamente seguro devido ao exército de 200.000 pessoas
localizado ao longo de suas fronteiras. O império submetia milhares de etnias,
mantidas juntas por uma burocracia governamental centralizada.
As
dificuldades no controle do Império, que atingia enormes proporções, foram a
causa de sua queda. Songhai entrou em conflitos internos que, em fins do século
16, levaram ao seu desmembramento em grupos menores.
5. Reino de Axum
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Reino de Axum. (FOTO/ Reprodução). |
Enquanto
uma revolução cristã ocorria na Europa, um poderoso reino emergia no continente
africano. Na atual Etiópia, o Império Axum tornou-se um dos maiores mercados do
nordeste da África, com grande poder comercial e naval, dominando a costa do
Mar Vermelho durante séculos. Os vestígios deste reino datam de 5 a.C., mas seu
apogeu se deu por volta de meados do século 4 d.C., quando os Axumitas levaram
o reino Kush, seu rival, à ruína.
Influenciando
outras superpotências na África, Europa e Ásia, esse império contava com uma
multidão de visitantes estrangeiros. Um escritor persa saudou Axum como “uma
das quatro maiores potências do mundo”. Ainda assim, pouco se sabe sobre essa
impressionante civilização africana.
O
reino de Axum continuou imponente até o século 11 d.C., época em que o
islamismo já havia se expandido pela Península Arábica e conquistado boa parte
dos territórios do reino. A população do Império foi forçada ao isolamento
político, o que levou seu declínio comercial e cultural.
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