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Elisa Maia. (FOTO/ Alonso Júnior). |
O projeto foi filmado, em casa, pela própria artista amazonense que também assina composição e produção musical da faixa.
Dando
sequência a sua série de lançamentos previstos para esse ano, Elisa Maia
apresenta a inédita ‘Sol de Setembro’. Composta e produzida pela própria
artista, faixa reflete sobre a solidão da mulher negra, além de fazer uma
referência ao período conhecido como ‘alto verão na Amazônia’, época de poucas
chuvas e temperaturas em torno dos 38º.
De
um lado, a letra é responsável por mostrar as desconcertantes constatações nada
positivas contidas na composição. De outro, a melodia chega como um alento
marcado aos tons de reggae. Esse é o clima ardido e que, de fato, causa uma
falsa sensação de leveza ao falar de temas que expõem tanta vulnerabilidade.
Frederico
Paulus e Gabriel Pinto da Luz, respectivamente contra baixista e baterista da
banda Johnny Jack Mesclado, incorporam um groove hipnótico e poderoso ao
projeto que também traz camadas de teclados, backing vocals, modulação na
tonalidade, reverbs e delays. Rafael Senegal, do consagrado Leões de Israel,
soma ao time nos teclados.
Clássicos
como ‘Survival’, do Bob Marley e ‘I Don't Want: The Gold Fire Sessions’, da
americana Santigold, são algumas das inspirações.
“Acho
importante ressaltar que essa canção é, acima de tudo, sobre passar por
momentos de extrema dor em um contexto muitas vezes solar, onde não é possível
parar, mesmo que tudo que se queira é não levantar da cama. E isso também fala
muito sobre o que é ser uma mulher negra. Mas, ao mesmo tempo, ao viver e
refletir sobre tudo isso, sentir que é possível se tornar cada vez mais agente
da própria afetividade e encontrar toda água necessária para transbordar dentro
de si mesma”, destaca.
Para
a versão audiovisual, cenas que misturam nuances do cotidiano de quarentena,
altos e baixos, bastidores de uma live e um relacionamento poliamoroso virtual
Elisa Maia –
responsável por toda a filmagem feita diretamente de sua casa – também assina a
direção em parceria com Victor Kaleb. Ele, remotamente, norteou os trabalhos. O
roteiro foi construído coletivamente pela cantora, Victor Kaleb e Anália Nogueira,
durante reuniões virtuais. O single ainda tem parceria na produção musical com
Bruno Prestes e piano acústico por Ian Fonseca, da banda Supercolisor. Na
finalização Rafaela Prestes (mixagem) e Fernando Sanches (masterização, no
Estúdio El Rocha).
Mais sobre Elisa Maia:
Cantora,
compositora e produtora cultural, Elisa Maia, nascida em Manaus, capital do
Amazonas (Brasil), é toda feita de música.
Filha
de pais que cantavam na igreja, assim que pôde já reproduzia as canções com
eles em números especiais aos domingos. Aos 8 anos. iniciou seus aprendizados
no Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas - CAUA, onde durante 10
anos estudou piano, flauta e violão. Também participou desde criança de corais,
mais tarde sendo regente. Aos 21 anos, iniciou sua trajetória artística,
integrando a banda amazonense de reggae Johnny Jack Mesclado. Com o grupo,
circulou por diversos Estados brasileiros e gravou dois álbuns (‘Que Jah
Abençoe’ e ‘Luz de Raíz’). Ainda compondo o projeto, Elisa cursou a faculdade
de Arquitetura e Urbanismo, chegando a atuar na área. Mas, em 2010, deixou a
Arquitetura definitivamente e além de se dedicar à carreira musical, passou a
integrar o grupo Coletivo Difusão, com quem até hoje desenvolve projetos na
área da cultura como o Festival Até o Tucupi que há 14 anos acontece
ininterruptamente e o Festival Somas _ Parada Musical de Mulheres, que em 2018
e 2019 propôs um espaço de reflexão e difusão das artes, 100% protagonizado por
mulheres na cidade de Manaus/AM. Em 2013, já em seu trabalho solo, lançou o EP
‘Ser da Cidade’, com 05 músicas, todas compostas por ela, gravadas e produzidas
em Belém/PA, pelo inventivo produtor Leo Chermont (guitarrista do duo Strobo).
O EP também contou com mixagem e masterização por Alex Moreira (RJ), da banda
Bossacucanova. Ainda em 2013, Elisa Maia saiu em turnê apresentando seu ‘Ser da
Cidade’, numa circulação inédita, percorrendo 06 capitais da região norte -
Belém/PA, Macapá/AP, Porto Velho/RR, Rio Branco/AC, Boa Vista/RR e Manaus/AM -,
numa jornada de 10 dias e quase 15 mil quilômetros percorridos. Desde 2017 a
artista vem compondo e produzindo músicas novas que serão lançadas ainda em
2020.
Abaixo o clipe “Sol de Setembro”
Texto encaminhado a redação do Blog por Surabhi Dasa.
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