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Fotógrafo registra impacto do Mais Médicos no interior do Brasil


(Crédito: Araquém Alcântara).

Araquém Alcântara, natural de Florianópolis, é um dos mais importantes fotógrafos brasileiros da atualidade. Autor de 47 livros e vencedor de 35 prêmios nacionais e internacionais, desde 1970 dedica-se à documentação do povo e da natureza do Brasil.

Em 2015, Araquém percorreu 38 cidades de 20 estados para testemunhar o papel do programa Mais Médicos nas comunidades do interior.

O resultado é o livro Mais Médicos, da editora Terrabrasil com mais de 100 fotos dos doutores - brasileiros e estrangeiros - e seus pacientes nos povoados onde vivem e atuam.

Nesse percurso deu para perceber a mudança de paradigma que esse programa trouxe ao Brasil. Principalmente aos desassistidos que começaram a sentir o apoio, a presença do Estado”, disse o fotógrafo em entrevista à Organização Mundial da Saúde em 2016. (Com informações do Conversa Afiada).









(Crédito das Imagens: Araquém Alcântara).

Quem tem medo de mulheres negras de jaleco branco?



Cintia Santos Cunha, estudante de Medicina em Cuba fala
sobre preconceito racial no Brasil.
Reproduzimos abaixo palavras de uma estudante de medicina em Cuba que traduz um sentimento cultural vergonhoso da grande maioria do povo brasileiro sobre o negro, sobre a negra. O artigo foi publicado em primeiro mão no Blog Negro Belchior. Republicado no Carta Maior e, agora, ganha espaço neste blog, o Informações em Foco.

Eu já desde muito nova queria fazer Medicina… só que Medicina é um curso impensável para as pessoas de onde eu venho, para as pessoas como eu sou, negra, mulher, pobre, Capão Redondo. Ninguém sonha ser médico lá. Eu insisti que queria fazer medicina.” – Cintia Santos Cunha.

                            

Em seu texto sobre a polêmica dos médicos cubanos no Brasil e a reação de uma jornalista potiguar que escandalizou as redes sociais ao dizer que médicos cubanos pareciam “empregadas domésticas”, e que precisariam ter “postura de médico”, o que não acontecia com os profissionais cubanos, o professor Dennis de Oliveira sintetizou:

“(…) ela expressou claramente o que pensa parte significativa dos segmentos sociais dominantes e médios do Brasil: para eles, negros e negras são tolerados desde que em serviços subalternos. Esta é a “tolerância” racial brasileira.” (Grifo do Informações em Foco).

Essa mentalidade racista que sempre pressupôs o lugar do negro em nossa sociedade, contaminou milhares de jovens estudantes nas últimas muitas gerações. Isso somado ao descaso com a qualidade da educação pública faz com que, em sua grande maioria, jovens negros e/ou pobres sequer sonhem com universidades ou profissões “diferentes” daquelas nas quais percebem seus iguais.

HERDEIROS DE NINA RODRIGUES

A classe médica (e média) que hoje não se constrange em manifestar seu preconceito racial é herdeira de Nina Rodrigues. Racista confesso, o renomado médico baiano tentava dar cientificidade à sua tese sobre as raças inferiores.

Acreditava ele que os negros tinham capacidade mental limitada e uma tendência natural à criminalidade.

No final do século XIX, Nina Rodrigues combatia a miscigenação por acreditar que qualquer mistura poderia degenerar a raça superior branca. Mais ainda, defendia a existência de dois códigos penais: uma para os brancos e outro para as raças inferiores. Esses e outros absurdos podem ser observados em seu livro “As Raças Humanas e a Responsabilidade Penal no Brasil’.

A população negra perfaz mais de 50% da população brasileira, mas entre os formados em medicina o percentual foi de 2,66% em 2010. Na USP, por exemplo, são comuns listas de aprovados nos vestibulares mais concorridos sem sequer um único auto-declarado negro, como foi o caso deste ano de 2013. Isso se repete na Bahia, onde mais 70% da população é negra. Simbólica e triste a foto ao lado,que traz a turma de 2011 da Universidade Federal da Bahia.

A DECLARAÇÃO DE CÍNTIA, DO CAPÃO

Cintia Santos Cunha foi uma exceção. E ao a ouvi-la falar, ao perceber a postura de dignidade que todo ser humano pode – se quiser, carregar, independente de sua profissão, é possível entender o porquê de tanta oposição por parte das classes dominantes em relação à presença dos doutores de pele preta: a descoberta de sua mediocridade.

Médicos, imprensa e Conselho Federal de Medicina corporativistas, reacionários, cínicos e racistas, é para vocês a grande lição deixada pela estudante de medicina em CUBA, Cíntia Santos Cunha, que retornou a Ilha para concluir o curso em Fevereiro de 2014.

É do povo que vocês tem medo! E devem mesmo ter medo! Toda sua riqueza não é suficiente para compensar os mais de 500 anos de opressão.

Assistam e assustem-se!


Médicos Cubanos Chegam a Altaneira



O Município de Altaneira foi contemplado na segunda etapa do Programa mais Médicos, do Governo Federal.  O Secretário de Administração e Finanças Ariovaldo Soares recepcionou dois médicos em Fortaleza e na noite desde domingo, 08, os dois profissionais da medicina oriundos de Cuba, a saber, Dr. Pablo Ricardo Hechavarria e a Dra. Yaqueline Teutor Veranes chegaram a Altaneira.

Médicos cubanos em visita a Câmara de Altaneira. Foto: Júnior Carvalho.
Pablo Ricardo e Yaqueline Teutor estiveram na manhã desta segunda-feira, 09, visitando o Legislativo Municipal. O encontro se deu na sala das comissões e contou a presença dos vereadores Antonio Leite e Edezyo Jalled, ambos do SDD, professor Adeilton (PP), além dos titulares das pastas da Educação (Deza Soares) e Administração e Finanças (Ariovaldo Soares).

Ariovaldo ressaltou que é obrigatória a residência dos mesmos nos municípios que vierem a desempenhar suas funções e que a atuação dos cubanos se dará na atenção básica dos programas de saúde da família. Ele arguiu que “os profissionais que estão em Altaneira, estão conhecendo as estruturas básicas do Município e só devem atuar a partir da próxima semana, porque ainda aguardam a liberação de seus registros provisórios pelo Conselho Regional de Medicina do Ceara”. 

Pablo Ricardo Hechavarria e Yaqueline Teutor Veranes.
A chegada dos cubanos já gerou boas expectativas nos munícipes e a estimativa é de que os mais de 6.800 (seis mil e oitocentos) altaneirenses passem a ter mais acessos a atendimento básico de saúde após essa nova etapa. 

O educador da Rede de Educação Cidadã – RECID, Cícero Chagas tão logo tomou contato com a informação frisou “a vinda dos médicos Cubanos trará um salto para medicina preventiva de Altaneira haja visto que são especialistas nesta área”. No ensejo ele lembrou os atos de racismo pelos qual os profissionais cubanos vêm passando desde que desembarcaram no Brasil e, de forma específica no estado do Ceará e concluiu “espero que os Altaneirenses não repitam os atos discriminatório que alguns cearenses proferiram”.

No último dia 28 (vinte e oito) de novembro foram abertas as inscrições para a terceira etapa do programa. O endereço eletrônico para serem efetivadas as inscrições é o Mais Médico. Para formados no Brasil, a inscrição vai até o dia 9 deste mês. Os Secretários municipais de saúde também precisam atualizar os dados dos municípios, além de aproveitar para se inscrever até essa data.

Com a liderança de Tasso médica que humilhou e proferiu discurso racista agora é do PSDB




Tasso Jereissati, ontem, presidiu a filiação de dois médicos cearenses ao PSDB, um deles a Dra. Mayra Pinheiro, uma das que vaiou e tentou humilhar seus colegas cubanos aos gritos de “escravo”.

Boa sorte à Dra. Mayra. É assim que se faz política, filiado aos partidos e disputando eleições. Não vaiando e tentando humilhar pessoas, ainda mais gente que não podia reagir. Que a senhora possa fazer, como candidata, aquilo que não quer fazer como médica: ir à periferia, às favelas de Fortaleza, que são mais de 500. E que ali aperte a mão das pessoas pobres, pergunte como elas vão, ouça o que precisam para serem assistidas. Ouça elas dizerem que não têm um médico no posto de saúde quando um de seus filhos passa mal, como esperam horas, dias, meses, para que alguém de branco se digne a ouvir ou ver o que lhes aflige. Quem sabe a senhora explique a eles que é preciso alta especialização para ver as perebas que tomam conta da perna do menino, ou a tosse comprida que angustia a senhora idosa? Talvez aí a senhora compreenda que eles precisam de um médico, de um médico como a senhora e outros não querem ser, porque aquelas pessoas não são bem…clientes, são apenas seres humanos. Pobres, miseráveis, escravos do isolamento e da desatenção das elites. Pode ser uma grande experiência, Dra. Mayra. Quem sabe assim a senhora possa ser gentil e atenciosa com um pobre, um negro, um desvalido. Quem sabe até, finalmente, vá lhe dar um sorriso, trocar algumas palavras. Quem sabe chegue mesmo a tocar nele. E sem luvas, imagine!


Via Tijolaço

Jornalista que criticou "cara de empregada" de cubanas é processada




Depois de postar o comentário acima, Michele excluiu seus
perfis das redes sociais e se desculpou
Com base em uma ação movida por uma ex-empregada doméstica, a jornalista potiguar Micheline Borges vai responder a um processo por danos morais na Justiça em razão das críticas postadas no Facebook à aparência das médicas cubanas contratadas para atuar no interior do País por meio do programa Mais Médicos. Em sua página da rede social, Borges manifestou receio sobre a capacidade das profissionais estrangeiras porque, segundo ela, teriam “cara de empregada doméstica”. No post, publicado em 28 de agosto, após a chegada dos médicos estrangeiros ao País, a jornalista disse que não gostaria de ser tratada por pessoas “descabeladas, de chinelos e sem lavar a cara”; segundo ela, o médico deveria ter “cara de médico” e “se impor pela aparência”.

Quem assina a ação é a presidente do Sindicato das Empregadas e Trabalhadores Domésticos (Sindidoméstica) da Grande São Paulo, Eliana Gomes de Menezes, que diz representar “todas as empregadas domésticas do Brasil, haja visto ter sido empregada doméstica e faxineira, conhecedora de todos os rótulos e preconceitos contra esta classe trabalhadora”. Segundo ela, “Micheline Borges menospreza a potencialidade das médicas cubanas e trata com desprezo e discriminação as nossas empregadas domésticas”.

O valor da indenização requerida é de 27 mil reais. O processo foi distribuído na 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Vergueiro, na capital paulista.

A ação tem a assessoria jurídica da Federação das Empregadas e Trabalhadores Domésticos do Estado de São Paulo, da qual o sindicato é afiliado. No documento, a dirigente cita um artigo do jurista Luiz Flávio Gomes, segundo quem “a declaração foi feita com base na ‘cara’ das médicas, caras negras ou pardas escuras, caras essas que os arianos (como Hitler) discriminam como feias ou malvadas”.

“A Federação das Empregadas e Trabalhadores Domésticos do Estado de São Paulo e sindicatos filiados não admitem que preconceitos, discriminações, descasos, maus tratos, injustiças, continuem tão arraigadas na mentalidade dos cidadãos brasileiros”, escreveu. “É imprescindível absorver as mudanças e notar que o Brasil não é feito de brancos, negros, amarelos, vermelhos, mas sim, da miscigenação de todos esses povos. O país desenvolveu em tantos aspectos desde seu descobrimento, mas a sociedade não conseguiu acompanhar esses avanços.”

Segundo Camila Ferrari, assistente jurídica da federação, ainda não foi definido se a jornalista será ouvida em São Paulo ou se o processo será encaminhado para o Rio Grande do Norte, onde foi postada a ofensa.

A repercussão do comentário levou a jornalista excluiu o seu perfil das redes sociais e se desculpou. "Foi um comentário infeliz, foi mal interpretado, era para ser uma brincadeira, por isso peço desculpa para as empregadas domésticas”, escreveu Micheline.


Via Carta Capital

Médicas cubanas têm cara de empregada doméstica; será que são médicas mesmo? Pergunta jornalista




Jornalista brasileira causa revolta ao lamentar chegada de profissionais de Cuba ao Brasil: “médicas cubanas têm cara de empregada doméstica; será que são médicas mesmo? Coitada da nossa população”

Jornalista Michelne Borges diz que médicas cubanas parece empregadas
domésticas. Ela deletou sua conta no facebook após as declarações
preconceituosas. (Reprodução).
A chegada de profissionais de saúde cubanos no Brasil revela a face mais hipócrita, egoísta e retrógrada de parte da sociedade brasileira, provocando reações que causam constrangimento em qualquer brasileiro com o mínimo de bom senso.

No Ceará, médicas brasileiras hostilizaram sem nenhum pudor médicos cubanos que participavam do primeiro dia de curso. Em Minas Gerais, o presidente do Conselho Regional de Medicina, João Batista Gomes Soares, afirmou que orientará seus médicos para não socorrerem pacientes que sejam vítimas de “possíveis erros” de cubanos. A declaração do presidente do CRM/MG deflagra um claro estímulo ao crime de omissão de socorro.

Nas redes sociais os posicionamentos não são menos desastrosos. O mais recente foi o da jornalista potiguar Micheline Borges, que afirmou que as médicas cubanas “têm cara de empregadas domésticas”, questionando se as profissionais da ilha caribenha são realmente formadas em medicina.

Em outro trecho, ela reitera sua reclamação a respeito da imagem dos profissionais cubanos. “Médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõe a partir da aparência”.
Após a repercussão, Micheline Borges deletou sua conta do Facebook. (via Pragmatismo Político)

Vamos Nós

Esse é o país em que só os hipócritas acreditam no mito da Democracia Racial. Toda nossa solidariedade aos médicos cubanos, os (as) negros (as) de forma especial.