![]() |
Com uma onda de conquistas em 2018, as mulheres finalmente irão brilhar nas transmissões televisivas / Foto: Divulgação - Reprodução. |
É difícil imaginar o Brasil sem o
futebol. Da mesma maneira, parece ser difícil as pessoas e a mídia valorizarem
o futebol feminino como o masculino. É comum ligarmos a TV e vermos inúmeros
campeonatos, mas é raro ligar o aparelho e vermos o bate bola feminino sendo
transmitido ou comentado nos programas esportivos. Entretanto, a luta por esse
reconhecimento e espaço na modalidade é pertinente e podemos dizer que aos
poucos está sendo conquistado.
Diante de tanto preconceito e machismo,
o ano de 2018 foi um ano de vitorias. As mulheres começaram a ganhar espaço
fora e dentro de campo no mundo esportivo.
E neste ano, pela primeira vez, a Copa
do Mundo Feminina terá transmissão ao vivo. Essa conquista foi fruto do título
de heptacampeã da Copa América, conquistado pela equipe de futebol feminino
brasileira, em abril.
A excelente temporada também
classificou o Brasil para os Jogos Olímpicos de 2020, no Japão. Além disso, o
ano passado ficou marcado pela primeira transmissão 100% feminina do Campeonato
Paulista de futebol feminino, uma parceria da ESPN com a Federação Paulista de
Futebol (FPF).
Historicamente, a primeira narração
feminina de um jogo da Copa do Mundo aconteceu ano passado. A jornalista Isabelly
Morais, de 20 anos, narrou o jogo da Rússia x Arábia Saudita, no canal Fox
Sports, e registrou esse marco histórico para as mulheres no futebol e no
jornalismo esportivo.
Tivemos também um marco na história do
futebol brasileiro: pela primeira vez o Prêmio Brasileirão 2018 compartilhou o
palco para reconhecer jogadores mulheres e homens.
Para o futebol feminino, mais uma vez,
foi uma noite histórica, pois a premiação destacou 11 melhores atletas e
encerrou a noite de gala com a homenagem da CBF à Rainha Marta.
Se formos falar de representatividade
feminina no futebol, iremos falar de Marta. Um grande ícone, a atacante, aos 33
anos, entrou para a história após ser eleita 6 vezes a melhor jogadora do mundo
pela FIFA, a estrela colocou os pés em molde que ficará exposto aos visitantes
em espaço exclusivo da Rainha na calçada da fama, no Maracanã, assim como têm
Pelé e Garrincha.
Mas diante dessas conquistas, vale
relembrar o desabafo de Marta feito nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro
em 2017, quando compartilhou o sentimento de impotência refletido pelas pessoas
no potencial do futebol feminino.
Naquele dia, a melhor jogadora do mundo
reativou a campanha pelo apoio à modalidade no país e trocou as comemorações do
pódio por protestos e lamentações de descaso que as atletas são tratadas.
Com declarações, lagrimas e
entrevistas, a rainha gritou por visibilidade do futebol feminino. Mas para a
CBF, a situação é cômoda, com pouco investimento e sem compromisso do governo,
confederações, federações e clubes, o símbolo feminino vem lutando para
alcançar representatividade e reconhecimento feminino nas telas.
Para deixar 2019 ainda mais
entusiasmado, depois de uma longa batalha a CBF decidiu investir o calendário
de competições femininas neste ano. E com isso, passou a exigir que os times da
série A investissem na formação dos times femininos. O São Paulo deu o pontapé
inicial e fez um excelente investimento na atacante Cristiane.
A luta do futebol feminino é grande,
mas o invisível promete brilhar muito nas telas este ano. E cada vez mais essa
batalha mostra que o potencial feminino vai muito além dos prestígios não
vistos, pois o brilho está no pé e logo estará nos holofotes. (Com informações
de CartaCapital).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!