Lula venceria Bolsonaro por 51% a 32% se eleição fosse hoje, mostra pesquisa divulgada nesta 4ª

 

Lula venceria também Ciro Gomes (PDT) em eventual segundo turno com o ex-governador do Ceará. (FOTO/  Miguel Schincariol/AFP).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria Jair Bolsonaro (sem partido) no segundo turno se as eleições de 2022 fossem hoje. É o que aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira (28), realizada pela Futura Inteligência em parceria com a Modalmais. O levantamento colheu as intenções de voto de 2.006 pessoas das cinco regiões do país entre os dias 23 e 26 de julho.

De acordo com a pesquisa, Lula teria 51,3% dos votos no segundo turno para as eleições à presidência, enquanto o atual presidente teria 32,9%.

Já se o segundo turno fosse entre Lula e Ciro Gomes (PDT), o petista teria 45,5% de preferência, contra 25,4% do ex-governador do Ceará. A pesquisa simulou ainda um terceiro cenário, entre Ciro e Bolsonaro, com vantagem para o primeiro, de 46,6% a 33,1%.

O levantamento divulgado nesta quarta segue na linha de todos os que foram realizados ao longo dos últimos três meses. A última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, por exemplo, há 20 dias, Lula aparecia com 58% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra Bolsonaro. O atual presidente teria 31%.

Já em pesquisa CNT/TDMA divulgada no início deste mês, em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente teria 52,6%, ante 33,3% do atual ocupante do Palácio do Planalto. Neste cenário, 11,5% votariam branco ou nulo.

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Com informações do Brasil de Fato.

Renato Janine, novo presidente da SBPC, destacou que prioridade é recompor o orçamento da pesquisa

 

"Há cortes de verbas em praticamente todas as áreas", denuncia novo presidente da SBPC. (FOTO/ Rovena Rosa/ Agência Brasil).

O filósofo, professor e ex-ministro Renato Janine Ribeiro, que assumiu na última sexta-feira (23) a presidência da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirmou que a prioridade da sua gestão será lutar para recompor o orçamento das áreas de pesquisa científica no Brasil. Ele alertou que os sucessivos cortes de verbas destinadas a instituições de fomento – como CNPq, Capes e Finep –, que vêm ocorrendo desde 2016, estão produzindo uma inédita “fuga de cérebros” no país.

A prioridade da comunidade acadêmica, que tem na SBPC uma das suas principais organizações representativas, é manter e recompor os orçamentos”, disse Janine, em entrevista a Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (28).

De acordo com Janine, as bolsas de mestrado e doutorado estão sendo constantemente reduzidas. Além disso, seus valores não foram reajustados nos últimos anos. Um bolsista do mestrado, por exemplo, recebe R$ 1.100 por mês, em média.

O resultado é que os talentos estão migrando. Tem gente que está deixando o Brasil, numa proporção que não havia antes. O brasileiro não faz brain drain (fuga de cérebros). Não tínhamos essa evasão, se comparado com a Índia ou a Argentina, por exemplo. O brasileiro dificilmente deixa o país. Isso ocorria numa proporção bem menor”, ressaltou Janine.

Apagão do Lattes e do Tupã

O apagão da plataforma lattes e outros serviços do CNPq também é resultado do sucateamento vivido pela pesquisa no Brasil, segundo Janine. De acordo com o órgão, a pane deveu-se à queima de uma placa de um dos servidores. “Esperamos que não tenha afetado a base de dados. Há um corte de verbas, promovido basicamente pelo ministério da Economia, em todas as áreas.”

Janine também citou o caso do supercomputador Tupã, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Por falta de verbas para arcar com o consumo energético – cerca de R$ 5 milhões ao ano –, o órgão chegou a cogitar desligá-lo. Com capacidade de executar cerca de 30 mil cálculos por segundo, o Tupã desempenha função crucial na meteorologia. A falta de uma previsão do tempo acurada pode causar perdas incalculáveis para setores como o agronegócio e o turismo, pontuou o presidente da SBPC.

Inclusão e pesquisa

De acordo com Janine, apenas 30% dos brasileiros têm condições básicas de saúde, educação e moradia para desenvolverem suas potencialidades. O compromisso de qualquer governo, segundo ele, deveria ser elevar paulatinamente esses números. “Se, com 30%, chegamos a ser a sétima economia do mundo, o 11º país em produção científica qualificada, imagina se a gente subir a produção para 60% ou 90%.”

Ele citou, ainda, que são crescentes os desafios vividos pela humanidade. Portanto, investimentos cada vez maiores em pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico serão demandados. Além do aquecimento global, o presidente da SBPC destacou as interações entre florestas e ambientes urbanos, abrindo brechas para o surgimento de novas doenças, como a pandemia do novo coronavírus.

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Com informações da RBA.

Simone Biles não irá disputar final geral para priorizar saúde mental

 

(FOTO/ Reprodução).

A ginasta americana Simone Biles não disputará a final do individual geral da ginástica nesta quinta-feira (29). A atleta que não foi bem na competição por grupo e foi substituída após falha no salto sobre o cavalo, confirmou a desistência da disputa para priorizar sua saúde mental.

Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira (27), a Associação de Ginástica dos Estados Unidos informou que, após avaliação médica, a atleta optou por não competir na final do individual geral e priorizar o bem estar mental. “Simone continuará a ser avaliada diariamente para determinar se participará ou não na próxima semana das finais de eventos individuais. Jade Carey, que teve a nona maior pontuação nas qualificações, participará em seu lugar no geral. Apoiamos de todo o coração a decisão de Simone e aplaudimos sua bravura em priorizar seu bem-estar. Sua coragem mostra, mais uma vez, por que ela é um modelo para tantos” concluiu a instituição.

Simone, que é campeã mundial e olímpica desde a olimpíada do Rio 2016, era a grande favorita para o ouro novamente. Um dia antes da final por grupo, em seu Instagram, Biles postou que disputar a Olimpíada não é brincadeira e às vezes sente como se estivesse “carregando o peso do mundo nas costas”. Apesar de não disputar a final na quinta-feira, a ginasta pode competir pelos aparelhos individuais.

Assim como Simone Biles, a tenista Naomi Osaka também não disputou uma competição para se concentrar na saúde mental. No Brasil, em 2019, foi divulgado a cartilha Óbitos por Suicídio entre Adolescentes e Jovens Negros. Nela, consta que, 45% dos suicídios, foram de negros com faixa etária entre 10 a 29 anos.

Com a saída da competição do individual geral da atleta americana, as ginastas brasileiras Rebeca Andrade e Flávia Saraiva, aumentam as chances na disputa por medalhas. Nas classificatórias para a final do solo, Rebeca ficou com a segunda maior nota do aparelho, atrás apenas da Simone, e também na classificação final esteve em segundo lugar e Biles liderando. Com isso, Rebeca Andrade se torna a favorita para ganhar a medalha de ouro no individual geral. Sem a não confirmação de Simone Biles na final por aparelhos, Flávia Saraiva, tem maior chance de ganhar medalha na trave.
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Com informações do Notícia Preta.

Blog Negro Nicolau é o escolhido do público como o melhor do ano em votação na rede social

 

(FOTO/ Reprodução/ Instagram).

Por Nicolau Neto, editor

O Blog Negro Nicolau foi o melhor do ano em pesquisa de opinião pública na categoria “Site/Blog”, promovida pela empresa Nova Ideia Consultoria e Marqueting, de Brejo Santo-Ce.

A votação ocorreu por meio da Rede Social Instagram da empresa que já afirmou que irá entregar aos vencedores e vencedoras das diversas outras categorias as placas em evento marcado para o próximo dia 20 de agosto em horário e local a ser posteriormente divulgado.

A equipe do Blog Negro Nicolau que conta com oito colunistas e 08 parceiros/as agradece ao público que escolheu essa mídia como a melhor do ano na categoria Site/Blog.

Sentimo-nos honrados com a escolha e reforçamos nosso compromisso de continuar fazendo esse papel diferenciado, principalmente em que pese a Comunicação Antirracista.

Em 2018 e 2019 o Blog também foi escolhido em pesquisa realizada pela empresa JR Mídia (relembre clicando aqui), de Juazeiro do Norte- Ce.

CNPq desconhece gravidade da pane que derrubou sistemas há quatro dias, dizem servidores

 
Agência de fomento à pesquisa científica está sob ataques desde Michel Temer.  (FOTO/ Herivelto Batista / ASCOM-MCTIC).

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou nesta terça-feira (27) nota sobre o apagão nos sistemas do órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Na última sexta (23), instabilidades tiraram do ar duas plataformas essenciais para o andamento da pesquisa científica nacional.

As plataformas prejudicadas são a Lattes, que abriga o Currículo Lattes (de cientistas brasileiros e estrangeiros que recebem auxílio financeiro da agência), o Diretório de Grupos de Pesquisa e o Diretório de Instituições. Além dela, também a Carlos Chagas, que reúne dados sobre bolsas, auxílios, encaminhamento de projetos e pedidos de bolsas, andamento dos processos, emissão de pareceres, assinaturas de termos de concessão, relatórios técnicos e de prestação de contas, entre outras facilidades, para pesquisadores brasileiros e estrangeiros. A plataforma oferece um ambiente personalizado para o seu usuário acesse todas as informações operacionais disponíveis na Agência.

De acordo com a nota do CNPq, o problema que derrubou os sistemas já foi diagnosticado – em parceria com empresas contratadas – e os procedimentos para sua reparação foram iniciados. O órgão informa ainda que há cópias de conteúdos e que estão monitorando o restabelecimento dos sistemas. E ressalta: “Não há perda de dados da Plataforma Lattes”.

Situação crítica

O conselho afirma ainda que o pagamento das bolsas implementadas não será afetado e “que os prazos de ações relacionadas ao fomento do CNPq, incluindo a Prestação de Contas,  estão suspensos e, de ofício, serão prorrogados”.

Para o Sindicato Nacional dos Gestores Públicos em C&T (SindGCT), porém, a situação não parece assim tão sob controle. E tampouco há a transparência necessária no tratamento do caso.

De concreto, ainda não há informações oficiais sobre a extensão dos danos nem prazo para sua solução”, afirmou a entidade, em nota pública divulgada em sua página oficial.

Segundo a nota, o SindGCT acompanha com preocupação o situação do CNPq e de seus sistemas. “Acreditamos que tal problema não é conjuntural, isolado e fortuito. Trata-se do resultado do descaso e desmonte que o CNPq vem sendo submetido desde o governo Temer e que se aprofundou agora no governo Bolsonaro”, diz trecho da nota.

A falta de recursos não tem atingido apenas os orçamentos para financiamento de bolsas e projetos de pesquisa. Ele tem prejudicado enormemente a infraestrutura do CNPq e de seu quadro de pessoal. Os sistemas, por falta de investimentos, atualização e de visão estratégica dos dirigentes têm se tornado um verdadeiro gargalo para a realização das ações do órgão.”

O CNPq é patrimônio do povo brasileiro. É fundamental para o desenvolvimento do país. Não podemos permitir que este descaso e desmonte continue ocorrendo.

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Com informações da RBA.

ACB retoma atividades presenciais da Feirinha orgânica nesta sexta-feira (30)

 

ACB retoma atividades presenciais da Feirinha orgânica nesta sexta-feira (30). (FOTO/ Divulgação). 

A partir de sexta (30/07), a Feira Agroecológica de Crato (Feirinha orgânica da ACB) retoma as atividades presenciais na Rua dos Cariris, 61, Centro (em frente a sede da ACB). A feira é uma realização da Associação Cristã de Base (ACB) e conta com a autorização do Governo do Ceará e Prefeitura Municipal do Crato para a retomada, desde que obedeça todas as orientações necessárias de combate à pandemia da Covid 19.  

Feirantes e consumidoras/es, por exemplo, são obrigados a utilizarem máscaras de proteção e os clientes serão atendidos individualmente, respeitando o distanciamento de 1,5 m. Além disso, é importante limpar as mãos com álcool em gel antes e depois de tocar nos produto e também realizar a higienização das sacolas e produtos assim que chegar em casa. Caso o consumidor apresente algum sintoma da Covid, a orientação é permanecer em casa e barrar a propagação do vírus.

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Por Nelzilane Oliveira, comunicadora popular da ACB.

Sônia Guajajara e Douglas Belchior podem deixar o PSOL para se filiarem ao PT

 

Sônia Guajajara (FOTO/ Flickr/ Mídia Ninja) e Douglas Belchior (FOTO/ Arquivo Pessoal). Montagem/ Blog Negro Nicolau).

Por Nicolau Neto, editor

Um das principais lideranças indígenas do país, Sônia Guajajara, pode trocar o PSOL - partido que concorreu a vice-presidenta na chapa que tinha Guilheme Boulos em 2018 -  pelo PT.

O objetivo de quem a corteja é, segundo apurou CartaCapital, fazer com que ela saia candidata a Deputada Federal pelo Maranhão, seu Estado. Mas havendo o aceite, pode ser que ela saia candidata por São Paulo ou Rio de Janeiro.

O PT também sondou outro importante nome do PSOL. Trata-se do historiador, ativista do movimento negro, fundador da Uneafro e membro da Coalizão Negra por Direitos, Douglas Belchior. Belchior foi candidato a deputado federal por São Paulo em 2018.

Geralmente o PSOL é o partido que recebe, inclusive do PT. Essas lideranças se aceitarem o convite podem fazer o caminho inverso, assim como Freixo e Dino que se filiaram ao PSB recentemente.

Guajajara e Belchior ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a caso.

Bolsonaro veta projeto que facilitaria acesso a remédios orais contra câncer

Bolsonaro veta projeto que facilitaria acesso a remédios orais contra câncer. (FOTO/ Reprodução).

O presidente Jair Bolsonaro vetou um projeto que facilitaria o acesso a remédios orais contra câncer por meio dos planos de saúde. A informação foi confirmada pela Secretaria-Geral da Presidência, nesta segunda-feira (26).

A proposta, que chegou a ser aprovada pelo Congresso Nacional, tinha por objetivo reduzir as exigências para que os planos de saúde fossem obrigados a custear tratamentos orais contra o câncer.

Vetos presidenciais a projetos ou a trechos de projetos aprovados pelo Poder Legislativo precisam ser analisados pelos parlamentares, que podem mantê-los ou derrubá-los.

Em julho, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto por 388 votos a 10. No Senado, a proposta do senador Reguffe (Podemos-DF) foi aprovada em 2020 de forma unânime pelos 74 senadores presentes à sessão.

Segundo o governo, o texto do projeto poderia comprometer o mercado dos planos de saúde por não observar aspectos como “previsibilidade”, “transparência” e “segurança jurídica”.

A regra atualmente em vigor prevê que, para o tratamento domiciliar, o medicamento só deve ser pago pelo plano de saúde se for aprovado:

pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regula todas as medicações em uso no país;

pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos e seguros médicos.

A ANS, porém, demora mais de um ano para rever a lista dos remédios que os planos são obrigados a pagar – o que, segundo defensores do projeto, é um tempo muito longo.

Se Bolsonaro sancionasse o texto, ficaria retirada a exigência da inclusão do medicamento nos protocolos da ANS, e o plano de saúde teria que fornecer o tratamento a partir do registro da Anvisa.

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Com informações do Notícia Preta.

Encontro de Bolsonaro com neta de ministro nazista mostra ‘compromisso com o fracasso’, diz professor

Foto do encontro de Bolsonaro e Beatrix von Storch foi compartilhada pela alemã nas redes sociais. (FOTO/ Arquivo Pessoal/ Reprodução).

A aparição do presidente Jair Bolsonaro com a deputada alemã Beatrix von Storch, vice-líder do partido AfD (Alternativa para Alemanha), de extrema direita, causou indignação. “Esse encontro é muito simbólico, mas também mostra o compromisso de Bolsonaro com o fracasso”, diz Thomas Heye, professor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF). A realidade tem mostrado que líderes ultradireitistas não têm conseguido dar sequência a seus projetos de continuidade, mas o “líder” brasileiro parece acreditar na companhia desses personagens em queda.  A parlamentar alemã é neta de Johann Ludwig Schwerin von Krosigk, que foi ministro das Finanças de Adolf Hitler no regime nazista.

Da mesma maneira que Donald Trump perdeu, Viktor Orbán vai perder na Hungria, a Polônia cada vez mais esvaziada, Marine Le Pen em queda na França…”, continua Heye. Além disso, Bolsonaro mais uma vez manifesta sua preferência político-partidária, e ideológica, em uma eleição importante no mundo. No ano passado, contra o bom senso e a diplomacia, ele apoiou o republicano Donald Trump à reeleição, derrotado pelo democrata Joe Biden. O presidente brasileiro foi o último chefe de Estado da América Latina a reconhecer a vitória de Biden. A poderosa Angela Merkel não disputará a eleição, mas certamente a continuidade de sua política não passa pela extrema direita que Bolsonaro abraça.

No final do mês passado, o partido da líder da extrema direita da França, Marine Le Pen, era considerado como tendo boas chances nas eleições regionais, mas fracassou. O húngaro Orbán está sendo muito pressionado pela União Europeia depois de anunciar referendo sobre uma lei contra a comunidade LGBT, que a Comissão Europeia considera contrária aos direitos humanos.

Atrocidades

Já Bolsonaro provocou protestos de entidades no Brasil ao posar com Beatrix. “A Conib lamenta a recepção dada à representante do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) em Brasília. Trata-se de partido extremista, xenófobo, cujos líderes minimizam as atrocidades nazistas e o Holocausto”, diz nota da Confederação Israelita do Brasil (Conib), uma das que se manifestaram. “O Brasil é um país diverso, pluralista, que tem tradição de acolhimento a imigrantes”, acrescenta a Conib, para a qual tolerância, a diversidade e a pluralidade são “valores estranhos” ao AfD de Beatrix von Storch.

“Recepção amistosa“        

Em post publicado em redes sociais, a deputada extremista agradeceu a Bolsonaro “pela amistosa recepção” e disse que o brasileiro tem “clara compreensão dos problemas da Europa e dos desafios políticos do nosso tempo” (sic). A ultradireitista alemã Beatrix também se encontrou com os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).

O Alternativa para Alemanha, nome do partido fascista deles de agora, é um movimento à extrema-direita que essa deputada representa, e ressuscita fantasmas do passado que a sociedade alemã como um todo queria apagar”, diz Thomas Heye.

Na semana passada, o Museu do Holocausto, em Curitiba, declarou que a AfD é “um partido de extrema-direita com tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e com um forte discurso anti-imigração”.

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Com informações da RBA.

Professora alfabetiza crianças a partir de rodas de conversa e educação antirracista

 

Albari Rosa/ Gazeta do Povo/ Arquivo). 

Quando as crianças do primeiro ano do Ensino Fundamental chegam à sala de aula da professora Ana Paula Venâncio, no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj), uma escola pública da rede Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), a primeira coisa que fazem é sentar em roda e conversar. Nada de cartilhas pontilhadas, ditados e tarefas de copiar a lousa. Na prática da educadora, as crianças aprendem a ler e escrever quase como consequência de um processo maior de alfabetização.

Nesses diálogos em roda, o estudante vai cultivando o hábito de narrar sobre o mundo, suas vidas e quem são, de escutar o outro e suas experiências. Daqui e dali surgem histórias de racismo ou falas que reproduzem essa violência, inevitavelmente, uma vez que no Brasil a questão é estrutural e permeia todos os espaços e interações, desde muito cedo. A própria professora também traz o assunto diretamente e se interessa por saber o que as crianças entendem por racismo. 

Esses fios que despontam nas rodas de conversa, a professora puxa e amarra com outros fios narrativos, como os da valorização das histórias, culturas e identidades negras e afro-brasileiras, passadas e presentes, e os de compreender o que é o racismo e suas manifestações na escola e em outros espaços.

Essas amarrações todas parecem intrigar as crianças e despertar nelas várias curiosidades. É para perseguir o desejo de saber mais que começam a se interessar e efetivamente a ler e escrever, ainda que a alfabetização tenha começado muito antes, fazendo leituras de si próprias, das relações e do mundo. “Não se trata de escolarizar a conversa, os desejos, as curiosidades que as crianças trazem, mas de tornar isso um estudo”, diz a educadora.

Em entrevista ao Centro de Referências Em Educação Integral, a professora Ana Paula Venâncio contou sobre a trajetória que a levou a construir a prática de alfabetização na perspectiva antirracista e como ela acontece em sala de aula. 

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Com informações do Geledés. Clique aqui e confira os principais trechos da conversa.