Bolsonaro volta a ameaçar democracia em discurso transmitido para manifestação

(FOTO/ Reprodução).

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a ameaçar a democracia em vídeo transmitido para o ato deste domingo (1º) em Brasília em defesa do voto impresso. Ele afirmou que ele e seus seguidores não vão “esperar acontecer para tomar providências”. “Juntos nós faremos o que tiver que ser necessário para que, repito, haja contagem pública dos votos e tenhamos eleições democráticas no ano que vem”, disse.

Vocês estão aí, além de clamar pela garantia da nossa liberdade, buscando uma maneira que tenhamos eleições limpas e democráticas no ano que vem. Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição”, disse Bolsonaro, por vídeo, a manifestantes concentrados em frente ao Congresso Nacional.

Nós mais que exigimos, podem ter certeza, juntos porque vocês são de fato meu Exército —o nosso Exército— que a vontade popular seja expressada na contagem pública dos votos”, afirmou na mesma videochamada.

Numa referência a Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro também disse neste domingo que quem afirma que o sistema eleitoral brasileiro é auditável e seguro é “mentiroso”.

O poder é que está em jogo. Não estou aqui em hipótese alguma querendo impor a minha vontade, é a vontade de vocês. Se preciso for dar um último alerta àqueles que não tem respeito para conosco eu convidarei o povo de São Paulo, a maior capital do Brasil, para ir à [avenida] Paulista para que o som deles, a voz do povo, seja ouvido por aqueles que teimam em golpear a nossa democracia. Se o povo lá disser que voto tem que ser auditável e que a contagem tem que ser pública e que o voto tem que ser impresso”, afirmou.

Nossa união nos libertará da sombra do comunismo e do socialismo”, disse ainda.

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Com informações da Revista Fórum.

Rebeca Andrade conquista o ouro no salto na ginástica artística


Rebeca Andrade é a primeira mulher a ganhar duas medalhas na mesma edição dos jogos olímpicos. (FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

Rebeca Andrade deu mais um passo gigantesco na história da ginástica brasileira. Depois da conquista da medalha de prata que lhe consagrou como a primeira mulher medalhista na ginástica artística, agora ela chegou ao topo. Levou o ouro na prova de salto

Rebeca obteve a nota 15.083 após dois saltos e se tornou, novamente, a primeira medalhista olímpica de ouro nesta modalidade e deixando para trás MyKayla Skinner, norte-americana com uma nota de 14.916, e a sul-coreana Yeo Seo-jeong em terceiro com 14.733.

A brasileira ainda tem chances de levar na bagagem mais uma medalha, visto que disputará amanhã, 02/08, a prova de solo. Se isso ocorrer, Rebeca igualará o feito de Isaquias Queiroz e serão os únicos brasileiros a conquistar três medalhas olímpicas em uma mesma edição dos jogos.

Queimar a cultura para destruir o Brasil, por Benedita da Silva

 

Benedita da Silva. (FOTO/ Gustavo Bezerra).

O cinema brasileiro está de luto. Um incêndio atingiu o galpão onde estava a Cinemateca Brasileira, o maior acervo audiovisual da América Latina.

A extensão dos prejuízos ainda será avaliada, mas o fogo queimou a memória audiovisual brasileira, representando 100 anos de história do cinema nacional, com mais de 250 mil rolos de filmes.

Inimigo declarado da cultura, Bolsonaro não renovou o contrato de administração da Cinemateca, terminado em dezembro de 2019 e ainda demitiu todos os seus profissionais técnicos em agosto do ano passado. Também recusou ajuda da Prefeitura e do governo de São Paulo.

Deixou largado num galpão, com risco de incêndio, falta de vigilância, contas de luz, de água e salários atrasados, nosso precioso acervo audiovisual. Maior imagem de abandono, não há!

Assim, do mesmo modo como o incêndio do Museu Nacional em setembro de 2018, o incêndio da Cinemateca Brasileira não foi um acidente, mas um crime e, como vimos, um crime premeditado, cujos responsáveis maiores são Bolsonaro e seu Secretário Especial de Cultura, Mário Frias.

A destruição da memória e da cultura nacional não são atos isolados, mas parte de uma destruição maior, do desmonte dos direitos sociais, do Estado e da economia nacional, uma destruição começada pelo governo golpista de Temer, logo em seguida ao impeachment contra a presidenta Dilma.

Mas esse desmonte do Brasil não foi somente acelerado, mas atingiu requintes de crueldade no governo do neofascista Bolsonaro, quando a sua política genocida levou à morte por Covid mais de 555 mil pessoas.

O objetivo de Bolsonaro é reduzir o Brasil, de nação independente, ao um território de exploração do agronegócio e um “quintal” obediente à geopolítica norte-americana.

Contudo, a destruição de uma Nação e de um povo só se completa se a sua cultura e memória histórica forem também destruídas. E é isso o que Bolsonaro faz e manda fazer na política cultural, com a volta da censura, ao abandonar a maioria da classe artística durante a pandemia e no desmonte das instituições culturais, inclusive daquela criada para preservar a cultura e a memória do povo negro, que é a Fundação Cultural Palmares.

A defesa da nossa memória histórica, de nossa cultura, bem como do acesso democrático a todas as suas manifestações, expressa o interesse maior do povo brasileiro e por isso é parte vital da sua luta mais geral contra a barbárie bolsonarista.

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Texto publicado em sua Coluna no Brasil 247.

Benedita é Deputada federal pelo PT-RJ, ex-governadora do Rio de Janeiro e primeira senadora negra do Brasil.

“Cultura sofre um cala boca”, diz atriz Fernanda Montenegro sobre incêndio na Cinemateca

(FOTO/ Reprodução/ Instagram).

Um dos maiores nomes da dramaturgia nacional, Fernanda Montenegro se somou, nesta sexta-feira (30), ao coro de artistas que vêm denunciando o descaso do governo Bolsonaro com a cultura nacional e, em especial, com a Cinemateca Brasileira.

Um dos galpões da Cinemateca, em São Paulo, foi atingido por um incêndio nesta quinta-feira (29) que comprometeu mais de 500 obras.

O órgão é vinculado à secretaria de Cultura do governo federal, comandada por Mário Frias, e responsável preservar a memória do audiovisual no Brasil. Em seus galpões, armazena mais de 250 mil rolos de filmes e um milhão de documentos.

O incêndio na Cinemateca em São Paulo é uma tragédia anunciada. Toda a nossa cultura das artes sofre um cala boca”, disse Fernanda Montenegro em vídeo publicado nas redes sociais.

Mas vamos renascer, tenho certeza. Nós temos certeza. Das cinzas, vamos renascer. É segredo o eterno retorno, das artes, então? Um país não existe sem cultura ligada às artes”, prosseguiu a atriz.

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Com informações da Revista Fórum.

Brasil tá lascado: Guedes culpa 'termômetro' pela febre alta do desemprego

Ministro da Economia Paulo Guedes e presidente Jair Bolsonaro. (FOTO/ Mauro Pimentel/ AFP).

Copiando o comportamento do chefe, o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o "termômetro" que mede o desemprego está quebrado só porque o tamanho da febre é constrangedor para ele.

Ele criticou a metodologia de cálculo de desemprego do IBGE, nesta sexta (30), após o instituto divulgar que temos 14,8 milhões de pessoas procurando trabalho sem encontrar. Guedes disse que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística "está ainda na idade da pedra lascada".

Ironicamente, uma das principais características do período Paleolítico, que foi do surgimento dos primeiros hominídeos até uns 10 mil a.C., era que os seres humanos caminhavam o tempo todo em busca de sustento e abrigo. Mais ou menos como 14,6% da população brasileira, sob a sua gestão, neste momento.

O que nos leva a crer que não é o IBGE que ganhou ares de Idade da Pedra Lascada, mas, citando o economista Gil do Vigor, sob Guedes e Bolsonaro, o Brasil tá lascado.

O ministro reclamou que apesar do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontar um saldo positivo de 1,5 milhão de postos de trabalho no primeiro semestre deste ano, a Pesquisa Nacional por Amostra de domicílio (PNAD) Contínua, do IBGE, afirma que o país mantém 14,8 milhões de desempregados.

Diz que irá "rever" os procedimentos do instituto porque os métodos "não são os mais eficientes". E reclama de pesquisas realizadas por telefone durante a pandemia, por mais que o método tenha sido adotado pelas principais instituições em todo o mundo para evitar contaminação por covid-19.

O ministro não é burro, ele sabe que o Caged atua com empregos formais e a PNAD Contínua envolve a enorme massa de trabalhadores informais. Mas critica o indicador não por razões técnicas, mas políticas.

Segue assim os passos de Bolsonaro que, diante de altas taxas de desemprego, tem atacado não as suas causas, mas o IBGE, que informa o tamanho do problema. Voltando à metáfora do termômetro, é como se um médico, diante de uma febre, blasfemasse contra o aparelho ao invés de ministrar o remédio correto - médico que, aliás, deixou que o quadro do paciente chegasse a um estado crítico por sua omissão e negligência.

"Estamos criando empregos formais, e bastante, mês a mês, mas tem aumentado o desemprego por causa dessa metodologia do IBGE, que atendia ao governo da época. Esse tipo de metodologia, no meu entender é o tipo errado. Vou sofrer críticas do IBGE, mas eles podem mudar a metodologia", afirmou, em entrevista à CNN, no dia 8 de abril.

Para Guedes e Bolsonaro, a metodologia, que segue padrões internacionais, é errada porque não favorece o seu discurso. E, portanto, precisa ser mudada. Tal como Jair acusou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de mentir sobre o desmatamento na Amazônia porque as imagens de satélite não corroboravam as mentiras que ele contava.

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Por Leonardo Sakamoto, em seu Blog. Leia a íntegra do texto clicando aqui.

Petição pública propõe substituição da estátua de Borba Gato por uma de Tereza de Benguela

(FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

Um abaixo-assinado organizado pela vereadora Luana (PSOL-SP) propõe a substituição da estátua de Borba Gato que foi queimada durante a manifestação pelo "Fora Bolsonaro" no último dia 24 de julho, em São Paulo, por uma da líder quilombola Tereza de Benguela.

Na descrição do documento, há a justificativa de que a estátua do colono, bandeirante e escravagista é uma homenagem absurda e desde então os “movimentos sociais, negros e indígenas, à técnicos de preservação do patrimônio, juristas, historiadores e outros profissionais defendem que a história deve ser contada como ela realmente foi, e não com homenagens em praça pública aos algozes do povo brasileiro” e que por isso a defesa da substituição se faz necessária.

Rainha Tereza foi uma mulher negra escravizada que se tornou líder quilombola. No século XVIII, enfrentou os genocidas e escravocratas para acolher e defender negros e indígenas perseguidos e escravizados, até ser morta pelo Exército Colonial em 1770. O Quilombo do Piolho (também conhecido como Quariterê), abrigava mais de 100 pessoas, sendo este apenas uma das diversas experiências de resistência afro-indígena do nosso país”, diz o abaixo-assinado. “Tereza de Benguela ficou eternizada como símbolo da força das mulheres deste território, relembrada nacional e internacionalmente no dia 25 de julho, dia das mulheres negras, latinas e caribenhas”, complementa.

Na petição que está disponível para assinatura (clique aqui para assinar), tem ainda a defesa do debate que é “falar da vida do povo trabalhador que construiu esse país nas costas e não aceitar mais que os assassinos do nosso povo sejam homenageados em praça pública.”

Saiba mais sobre Borba Gato clicando aqui.

‘Live’ de Bolsonaro repercute mal e pode ter enterrado as chances do voto impresso

 

Presidente voltou a atacar instituições e não apresentou provas de supostas 'fraudes'. (FOTO/ Marcelo Camargo/Agência Brasil).

Depois do tumulto da última sessão antes do recesso, a comissão especial da Câmara que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135, do voto impresso, voltará a se reunir na próxima quinta-feira (5), às 14h. Embora os governistas tenham conseguido tempo, a avaliação é de que as chances de emplacar o projeto diminuíram consideravelmente depois da live de Jair Bolsonaro de ontem (29) à noite, que começou com aproximadamente 100 mil expectadores no Facebook e terminou com menos de 50 mil.

Como vem falando desde 2019, o presidente anunciou que apresentaria provas de fraudes eleitorais, para justificar sua defesa do voto impresso. Requentou acusações e admitiu não ter provas. O tom agressivo irritou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em outras ocasiões, o presidente da República já havia ofendido o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, além de colocar em dúvida a própria realização das eleições.

Duas semanas atrás, a PEC 135 esteve prestes a ser derrubada na comissão especial. Mas o presidente do colegiado, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), encerrou subitamente a sessão, sem que a matéria fosse votada, sob protestos da oposição.

Desmoralização

Em rede social, ainda ontem, o deputado Fábio Trad (PSD-MS) ironizou a performance presidencial diante das câmeras. “Como membro titular da Comissão Especial da PEC do voto impresso, devo admitir – por uma questão de lealdade a vocês – que, antes da live de hoje do Presidente Bolsonaro, eu estava convencido a votar não à PEC, mas depois da live fiquei mais convencido ainda”, escreveu. (…) A estratégia é simples: desmoralizar a urna eletrônica para que não vejam a desmoralização do próprio governo. E tem gente que insiste em não ver.”

Também integrante da comissão, Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que “a loucura” do presidente tem como objetivo “insuflar atos radicais conra as eleições e a democracia”. “Quer coagir o Congresso, mas vai perder”, emendou.

A comissão pode votar parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), bolsonarista-raiz, assim como a autora da PEC, Bia Kicis (PSL-DF). Foram apresentados quatro votos em separado, de Arlindo Chinaglia (PT-SP), Fernanda Melchionna (Psol-RS), Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Paulo Ganime (Novo-RJ).

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Com informações da RBA.

Bolsonaro admite não ter prova de fraudes em eleições. TSE rebate mentiras em tempo real

 

Depois de anos levantando suspeitas, Bolsonaro confessa que vem mentindo há tempos sobre fraude eleitoral: “não temos prova”. (FOTO/ Reprodução).


Após quase três anos afirmando que fraudes impediram sua vitória ainda no primeiro turno das eleições de 2018, Jair Bolsonaro realizou nova live nas redes sociais nesta quinta-feira (29) com o anúncio de que apresentaria as provas das suas denúncias. No entanto, ele apenas repetiu teorias que circulam há anos na internet e que já foram desmentidas anteriormente para justificar sua defesa da mudança do atual sistema eleitoral brasileiro para o voto impresso, com uma proposta de emenda em discussão na Câmara.

Além disso, Bolsonaro mudou o discurso e finalmente admitiu que não pode comprovar se as eleições foram ou não fraudadas. “Não temos prova”, disse o presidente. O voto impresso virou a principal bandeira do atual governo, principalmente desde a libertação e o restabelecimento dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possivelmente seu adversário nas eleições do ano que vem.

Na transmissão de hoje, Bolsonaro exibiu apenas o que chamou de “indícios” de que teriam sido cometidas fraudes contra o sistema eleitoral brasileiro seria fraudulento. “Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas. São indícios. Crime se desvenda com vários indícios”, defendeu. Porém, enquanto expunha mais uma vez suas suposições e mentiras, o conteúdo apresentado foi rebatido simultaneamente pelo Tribunal Superior Eleitoral, também nas redes sociais.

Desmentido em público

Inicialmente, Bolsonaro disse que a apuração do TSE é feita de forma secreta e deveria ser pública. A Corte Eleitoral desmentiu, explicando que a própria urna eletrônica faz a apuração automática, em processo público e auditável. E que os dados, criptografados, são transmitidos ao TSE para checagem de autenticidade.

O TSE também rebateu o presidente de que somente Brasil, Bangladesh e Butão realizam eleições apenas com urnas eletrônicas, sem a impressão posterior do voto. O tribunal informou que, na verdade, 46 países usam urnas eletrônicas em suas eleições e, desses, 16 adotam máquinas de votação eletrônica de gravação direta, sem qualquer interação com cédulas de papel.

Em seguida, Bolsonaro apresentou um vídeo em que um homem, apresentado como programador, afirma que é possível fraudar a contagem da urna eletrônica com facilidade. Para isso, bastaria inserir padrões de registro de voto no código-fonte a cada intervalo determinado de votos. Esse homem disse que é possível, por exemplo, que o voto em um candidato seja contado para outro ou contabilizado como nulo. Também alega que é possível programar a urna para exibir a foto de um candidato que se deseje favorecer com a digitação de apenas um número.

O TSE respondeu que não reconhece o simulador utilizado no vídeo e informa que as acusações já foram desmentidas. Segundo o tribunal, a urna não tem possibilidade de “autocompletar” o voto, nem creditar a um o voto que iria para outro.

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Com informações da RBA. Leia o texto completo aqui.

Conheça a trajetória de Rebeca Andrade, primeira ginasta brasileira medalhista olímpica

 

(FOTO/ Reprodução).

Rebeca Andrade, a jovem de 22 anos, marcou a história da ginástica olímpica nesta quinta-feira (29), ao receber medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio. Sua classificação só ficou atrás da americana Sunisa Lee.

Essa medalha não é só minha, é de todo mundo. Todos sabem da minha trajetória, o que eu passei. Não desistam, acreditem no sonho de vocês e sigam firmes. Dificuldade sempre teremos, mas temos que ser fortes suficientes para passar por dia. Tive pessoas maravilhosas que me ajudaram a passar por esse processo, espero que vocês tenham pessoas incríveis para ajudar a chegar no topo assim como cheguei. Eu sou muito grata. Mando todo meu amor para todas as ginastas que passaram por aqui, que estão felizes com meu sucesso", disse logo após ganhar a medalha.

O Baile de Favela, de Mc João, foi a trilha sonora da conquista. Rebeca foi destaque na categoria feminina individual geral e é a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica dos Jogos Olímpicos. E o ouro não veio por pouco, a ginasta fez 57,298 pontos, enquanto Sunisa Lee fez 57,433 pontos.

Durante muito tempo disseram que as pessoas negras não poderiam fazer alguns esportes e a primeira medalha olímpica da ginástica feminina é de uma mulher negra. Tem uma representatividade muito grande por trás de tudo isso”, disse a ex-ginasta Daiane do Santos, durante a transmissão da Rede Globo.

Uma menina que veio de uma origem muito humilde, foi criada por uma mãe solo porque o pai da Rebeca é vivo, mas não é presente na vida dela. Aguentou tudo o que ela aguentou, todas as lesões e está aí para ser a segunda maior atleta do mundo. Uma brasileira”, concluiu.

Daniele Hypolito foi a primeira brasileira a ganhar medalha em mundiais, uma prata no solo em 2001; Daiane dos Santos foi a primeira campeã mundial; e Rebeca Andrade, a primeira medalhista olímpica.

A carreira da jovem começou no projeto social Iniciação Esportiva no Ginásio Bonifácio Cardoso, da Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo. Desde cedo, seu esforço e determinação foram notados. A jovem caminhava uma hora a pé para frequentar os treinos. Ela também já passou por três cirurgias no joelho direito, entre os anos de 2015 a 2019, e por esse motivo ficou muito tempo afastada dos treinos. A atleta ficou conhecida como ‘Daianinha de Guarulhos’, em homenagem à Daiane dos Santos, vencedora de nove medalhas de ouro em campeonatos mundiais no solo, em 2003 e 2006.

A estrela da ginástica americana Simone Biles, que esteve na arquibancada, se emocionou com a vitória de Rebeca. Biles não competiu desta vez para cuidar de sua saúde mental. Rebeca está entre os nomes de mais duas finais nas Olimpíadas de Tóquio: domingo (1) no salto e segunda-feira (2) no solo.

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Com informações do Alma Preta.


Rebeca Andrade ganha medalha de prata e entra para história da ginástica brasileira

(FOTO/ Reprodução).

A ginasta brasileira Rebeca Andrade ganha medalha de prata na Olimpíada de Tóquio 2020 na prova do individual geral. Ela entra para história como a primeira ginasta feminina brasileira a ganhar uma medalha em jogos olímpicos.

A atleta fez 57.198, ficando na 2° colocação. No último domingo (25), Rebeca se classificou para as finais em segundo lugar, com 57,399, e na quinta-feira (29) fez 15.300 no salto, 13.566 no solo, 13.566 na trave e 14.666 na barra assimétrica.

A atleta ganhou medalha de ouro no individual geral no pan americano, em junho deste ano, no Rio de Janeiro, viralizando com a sua performance embalada pelo funk “Baile de Favela”. Além da medalha de ouro nas barras assimétricas da Copa do Mundo em Doha.

A atleta, aos 13 anos de idade, venceu ginastas mundialmente conhecidas, como Jade Barbosa e Daniele Hypólito, no Troféu Brasil de Ginástica Artística. Rebeca Andrade ainda disputará os aparelhos individuais do salto e solo, com também grandes chances de medalhas, junto a Flávia Saraiva que vai competir na barra assimétrica.

Rebeca já havia feito história quando se classificou para as Olimpíadas de Tóquio ao som de “Baile de Favela”. Pela primeira vez, uma ginasta colocou o funk brasileiro em uma edição dos jogos olímpicos.

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Com informações do Notícia Preta.