13 de dezembro de 2021

Escola Menezes Pimentel tem projeto vencedor no Ceará Científico 2021

 

Kayke e Elizabeth durante a fase de produção de armadilhas. (Foto cedida ao Blog).

Por Nicolau Neto, editor

A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) divulgou na tarde desta segunda-feira, 13, o resultado dos trabalhos das escolas da rede estadual que foram vencedores da edição 2021 do Ceará Científico Digital.

A ação, segundo a Seduc, faz parte da política de popularização das ciências, cultura e tecnologia do Governo Estadual e tem como finalidade estimular a produção e a dinamização do conhecimento, no contexto da sala de aula, da comunidade e da sociedade, proporcionando a vivência do protagonismo estudantil.

Promovido pela Secretaria Estadual da Educação em parceria com a Seara da Ciência - órgão que está vinculada à Universidade Federal do Ceará (UFC) - o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), esta edição contou com mais de 140 trabalhos distribuídos em nove categorias.

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel, em Potengi, vinculado a 18ª Coordenadoria Regional de Educação (Crede 18) conseguiu o 1º lugar na categoria “Ciências e Engenharia” com o projeto “Armel: Armadilha Elétrica Contra Mosquitos”. O referido projeto teve como orientador o professor de Física, Rosemberg, e como orientandos/as os/as estudantes Francisco Kayki (2º Ano A) e Elizabeth Nunes (3º Ano A).

A pesquisa visou produzir armadilhas para atrair e matar mosquitos. Um dos artifícios utilizados foi o circuito metálico da raquete. Clique aqui e saiba mais detalhes sobre o projeto.

Indagado pelo Blog Negro Nicolau sobre como se sentiu ao receber o resultado, o estudante Kayki afirmou que foi um “misto de emoções. Mas acima de tudo muitíssimo feliz e grato.” O Blog também perguntou se o resultado já era esperado. “Sim”, disse ele. “Principalmente ao vermos a repercussão que o nosso projeto ganhou após as nossas primeiras apresentações”, complementou.

Contribuiu de diversas formas, principalmente incentivando-me a adentrar nesse universo de pesquisa, nesse mundo científico”, pontuou Kayki ao responder o Blog sobre as contribuições que o projeto trouxe para sua trajetória educacional.

Kayke que acompanhou a transmissão do resultado na tarde de sexta-feira (10) na escola junto ao professor Rosemberg, sua parceira de pesquisa Elizabeth e a coordenadora Aila Simão, é um dos 30 estudantes selecionados para receber uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Abaixo outras fotos:




Em comemoração aos 5 anos da ACICA, Blog de Altaneira publica relação dos 60 Melhores ciclistas

 

Em comemoração aos 5 anos da ACICA, Blog de Altaneira publica relação dos 60 melhores ciclistas. (FOTO/ Reprodução).

Por Nicolau Neto, editor

No último dia 03 do mês em curso a Associação dos Ciclistas de Altaneira (ACICA), entidade responsável pela idealização, organização e realização das principais competições de ciclismo no município,  caracterizado pelo MTB, completou 5 anos.

Para celebrar o feito, o Blog de Altaneira publicou uma relação contendo os 60 melhores tempos durante as competições no Desafio 3 Horas MTB. Segundo o Blog, foi considerado como marco temporal apenas o Circuito Antigo e o Circuito 3 da Trilha Sítio Poças.

Mais de 500 atletas participaram das competições na Trilha Sítio Poças e quase 300 chegaram a participar no Desafio 3 Horas MTB Altaneira. A última edição foi realizada em 28 de novembro deste ano.

Pela relação que está disponível abaixo, é possível constatar os cinco campeões do Desafio (em negrito):

1 - Ruan Jacinto Martins - 10 voltas - 03:12:08 (2014);

2 - José Alberto Nunes Feitosa (Beto Santa Cruz) - 10 voltas - 3:12:58 (2017);

3 - Vanderlei Calista de Melo - 10 voltas - 03:13:10 (2014);

4 - Anderson Barros de Souza - 10 voltas - 3:13:30 (2017);

5. Dhiogo José Correia - Master B1 - 03:16:29 - 10 voltas (2021);

6 - Cicero Carlos da Costa - 9 voltas - 03:05:20 (2014);

7 - Yasser Carlos Silvestre G. Borges - 9 voltas - 03:01:24 (2014);

8 - Kelvyn Kleber Silva do Nascimento - 9 voltas - 03:05:34 (2014);

9 - Armando Antonio - 9 voltas - 03:06:49 (2014);

10 - Gilberto de Sousa Silva - 8 voltas - 03:08:18 (2021);

11 - Wallace Santos Brito - 9 voltas - 03:08:08 (2014);

12 - Luiz Felipe Possiano - 9 voltas - 03:08:40 (2014);

13 - Adenauer Augusto de Alencar - 9 voltas - 03:09:09 (2014);

14 - João Batista Saraiva Lopes Filho - 9 voltas - 3:12:16 (2017);

15 - Cicero Custodio da Silva - 9 voltas - 03:16:24 (2021);

16 - Genilson Mota - 9 voltas - 03:17:32 (2014);

17 - Thiago Oliveira Cavalcanti - 9 voltas - 03:18:29 (2014);

18 - Lucas Ferreira Costa - 9 voltas - 03:19:19 (2021);

19 - Jose Ivanildo de Souza Silva - 9 voltas - 3:19:23 (2017);

20 - Iarbim Souza Andrade - 9 voltas - 3:20:53 (2017);

21 - Francisco Ricardo Rodrigues (Curió) - 9 voltas - 03:20:41 (2014);

22 - Geraldo Feitosa Moraes - 9 voltas - 03:22:54 (2014);

23 - Leonardo Pereira Feitosa - 8 voltas - 02:57:57 (2021);

24 - Jose Alves (Maxixe) - 8 voltas - 02:59:38 (2021);

25 - Antonio Francisco Gomes de Oliveira (Higor) - 8 voltas - 03:00:00 (2021);

26 - Alenio Gomes dos Santos - 8 voltas - 03:00:00 (2014);

27 - Lucas de Brito Moreira - 8 voltas - 3:00:03 (2017);

28 - Leonardo Ademilton dos Santos - 8 voltas - 3:00:08 (2017);

29 - Allef Elias Lopes de Melo - 8 voltas - 3:00:16 (2017);

30 - João Mateus Nunes da Silva - 8 voltas - 3:02:39 (2017);

31 - Marco Melo - 8 voltas - 03:02:53 (2014);

32 - Eduardo Moura - 8 voltas - 03:03:03 (2021);

33 - Antonio Cardoso de Meneses - 8 voltas - 03:03:49 (2014);

34 - Willamy de Sousa Brito - 8 voltas - 03:03:52 (2014);

35 - Rafael Soares Araripe Bispo - 8 voltas - 03:04:12 (2014);

36 - Wellder Adriano Araújo Freitas - 8 voltas - 3:04:39 (2017);

37 - Thiago Oliveira Cavalcanti - 8 voltas - 3:06:31 (2017);

38 - Arnaldo Ferreira Lima - 8 voltas - 03:07:15 (2021);

39 - Evandro Marciel Vieira - 8 voltas - 03:07:22 (2021);

40 - Jose Alves Moreno dos Santos - 8 voltas - 03:07:30 (2021);

41 - Edinaldo Cesar Silva Filho Sub. - 8 voltas - 03:07:41;

42 - João Vidal Saraiva - 8 voltas - 03:08:48 (2017);

43.  Antonio Azevedo de Lucena Neto - 8 voltas - 03:09:06 (2021);

44 - Kelfre Pereira de Santana - 8 voltas - 3:09:49 (2017);

45 - Gustavo Macedo Araújo - 8 voltas - 03:10:24 (2017);

46 - Nardélio Moreira - 8 voltas - 03:13:19 (2014);

47 - Jobson Junior - 8 voltas - 03:13:04.186 (2021);

48 - Damiao Rolim da Silva - 8 voltas - 03:15:11 (2021);

49 - Luiz Felipe Almeida da Silva - 8 voltas - 03:15:59 (2021);

50 - Jose Robério Cardoso Brito - 8 voltas - 3:16:06 (2017);

51 - Paulo Robson Leite de Oliveira - 8 voltas - 03:16:17 (2021);

52 - Alexandre Pereira da Silva - 8 voltas - 3:16:25 (2015);

53 - Vicente Deoclecio de Souza- 8 voltas - 03:16:31 (2014);

54 - James Macedo de Sousa - 8 voltas - 3:16:50 (2015);

55 - Francisco Adeilton da Silva - 8 voltas - 03:17:33 (2021);

56 - Damião de Lima - 8 voltas - 03:18:14 (2014);

57 - Leon Denizart Pinheiro Malaquias - 8 voltas - 3:21:36 (2017);

58 - Jonata Mota - 8 voltas - 03:22:02 (2014);

59 - Agenor Candido de Araújo Junior - 8 voltas - 3:23:35 (2017);

60 - Francisco Diogo Martins Rolim - 8 voltas - 03:25:51 (2014).

Campeonato Brasileiro terá a 2ª divisão mais pesada do planeta em 2022

 

Diego Souza, do Grêmio. (FOTO/ Reprodução).

No próximo ano, a Série B do Campeonato Brasileiro será a segunda divisão de uma liga nacional de qualquer parte do planeta com maior presença de clubes que já se sagraram campeões continentais.

Com o rebaixamento do Grêmio, selado na semana passada, a próxima edição da divisão de acesso do futebol pentacampeão mundial levará a campo nada menos que seis títulos da Libertadores.

Só a equipe do Rio Grande do Sul já foi a melhor da América do Sul em três oportunidades: 1983, 1995 e 2017. Esse último troféu, aliás, foi o último conquistado por um treinador brasileiro (Renato Gaúcho) na competição que reúne as maiores potências da Conmebol.

Outros dois participantes da Série B-2022 também venceram a Libertadores. O Cruzeiro ganhou o torneio em 1976 e repetiu a dose em 1997. E o Vasco levou o troféu para a casa em 1998 -os cariocas também foram campeões sul-americanos em 1948, feito reconhecido pela entidade que gerencia o futebol no continente, mas que nunca foi oficialmente equiparado à competição atual.

Tanto os cruzeirenses quanto os vascaínos já estavam na "segundona" nacional na recém-encerrada temporada.

O time cruzmaltino até chegou a sonhar com o acesso, mas perdeu fôlego na reta final e terminou na décima posição. O clube de Belo Horizonte, por outro lado, passou um sufoco danado para não ser rebaixado para a Série C e sobreviveu na segunda divisão por apenas cinco pontos.

Além do Brasil, somente outros seis países entrarão em 2022 com clubes de sua segunda divisão (ou ligas equivalentes à Série B, onde não há sistema de acesso e rebaixamento) que já tiveram a honra de ser o melhor de um continente.
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Com informações do Uol Esportes.

12 de dezembro de 2021

‘Corra!’ é eleito o melhor roteiro de cinema do século XXI

 

Filme Corra! (FOTO/ Reprodução).

 Corra!”, filme de terror de Jordan Peele lançado em 2017 e vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado em 2018, foi eleito o melhor roteiro de cinema do século XXI. A lista foi feita pelo Sindicato dos Roteiristas americanos e compilou 101 obras.

Em segundo lugar ficou o “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, de Charlie Kaufman, que também levou o Oscar de roteiro original em 2005. “A rede social”, de “Aaron Sorkin”, levou a medalha de bronze – outro premiado com Oscar de roteiro adaptado, em 2011.

Confira abaixo os dez primeiros lugares da lista.

1. Corra! (2017)

de Jordan Peele

2. Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004)

de Charlie Kaufman

3. A rede social (2010)

de Aaron Sorkin

4. Parasita (2019)

de Bong Joon Ho e Han Jin Won

5. Onde os fracos não tem vez (2007)

de Joel Coen & Ethan Coen

6. Moonlight (2016)

de Barry Jenkins

7. Sangue negro (2007)

de Paul Thomas Anderson

8. Bastardos inglórios (2009)

de Quentin Tarantino

9. Quase famosos (2000)

de Cameron Crowe

10. Amnésia (2000)

de Christopher Nolan

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Com informações do O Globo.



11 de dezembro de 2021

Brasileiro avalia que a pandemia acaba com 75% da população vacinada

 

(FOTO/ Reprodução).

Quando a pandemia vai acabar? Essa é a pergunta mais realizada nos últimos meses e a mesma que foi feita para a composição da pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, entre os dias 22 de outubro e 5 de novembro, e publicada nesta sexta-feira (10). O estudo mostrou que 24% dos entrevistados acredita que a pandemia chega ao fim quando 3/4 da população estiver vacinada.

Em outros 33 países pesquisados, também prevaleceu a casa dos 20% de pessoas que acreditam no mesmo percentual de vacinação para o fim da pandemia. Os entrevistaram receberam oito opções para responder a pergunta “Quais indicadores você pensa ser os melhores para mostrar que a pandemia da covid está terminando e as principais restrições podem ser suspensas no seu país?”.

O consenso é que não há uma unanimidade sobre o fim da pandemia. A resposta mais bem vista de que a pandemia está no fim com 75% da população vacinada também foi a escolha de 37% dos entrevistados no Peru, 35% na Turquia, 32% na Suíça, 31% na Colômbia, 31% na Romênia, 29% na Argentina e 28% na Índia.

O interrompimento completo da transmissão do coronavírus é o segundo maior indicador entre a maioria dos entrevistados. No Brasil, 24% da população concorda com a afirmação, já na China, são 30% dos entrevistados e na Itália, 27%.

Por outro lado, 14% dos entrevistados não souberam dizer qual o melhor indicador para vencer a pandemia. Em cinco países, os números de quem não sabe como a pandemia será vencida, são elevados. França (28%), EUA (23%), Alemanha (22%), Grã-Bretanha (22%) e Canadá (24%). Em três desses, Alemanha, EUA e França, o número diário de novos casos têm aumentado gradativamente.

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Com informações do Notícia Preta.

Forró, patrimônio imaterial, traduz a sonoridade brasileira

O Dia Nacional do Forró é comemorado em 13 de dezembro, dia em que nasceu Luiz Gonzaga. Na imagem, o Prof. Nicolau no Museu do Gonzagão (Exu -PE) durante aula de campo com a turma de Pedagogia em Araripe - CE.

O forró é filho do coco e da embolada, primo do aboio, do martelo e da toada, parente dos poetas cantadores e da literatura de cordel”, diz Alceu Valença. “Suas matrizes foram desenvolvidas no mais profundo sertão nordestino, resultado da herança ancestral mourisca, lusitana, africana, com aquele balanço que só o brasileiro tem. Por isso eu digo que o forró é meu canto, que canta meu povo e os segredos da vida.

A celebração do cantor e compositor pernambucano nas redes sociais ocorre porque, ontem (9), o forró foi declarado patrimônio imaterial do Brasil. A decisão, unânime, foi do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), atendendo pedido feito 10 anos atrás pela Associação Cultural Balaio Nordeste, da Paraíba. Para a presidenta da entidade, Joana Alves, foi o “batismo” das matrizes desse gênero, símbolo do imaginário nordestino, que reuniu nomes como Gonzagão, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Carmélia Alves e tantos outros.

Super gênero

Daqui a três dias, por sinal, se comemora o Dia Nacional do Forró. A data foi escolhida em homenagem a Luiz Gonzaga, que nasceu em 13 de dezembro, e tornou-se lei em 2005 (11.176), assinada pelo então presidente, o pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Cultura, o baiano Juca Ferreira. A partir de projeto da deputada Luiza Erundina, paraibana.

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan considerou o forró um “super gênero”. Isso porque reúne vários ritmos, como baião, xote, xaxado, chamego e quadrilha, entre outros. O instituto iniciou uma pesquisa em 2019, nos nove estados do Nordeste, além de Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Bens culturais de natureza imaterial, diz o Iphan, são aqueles que dizem respeito a práticas e domínios da vida social que se manifestam em “saberes, ofícios e modos de fazer”. Além de celebrações, formas de expressão “cênicas, plásticas, musicais e lúdicas” e lugares.

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Com informações da RBA.


10 de dezembro de 2021

Escravizada por 38 anos, Madalena Gordiano comemora 1 ano de liberdade

Madalena foi resgatada em Minas Gerais. (FOTO/ Reprodução).

Nessa quinta-feira (9/12), a empregada doméstica que viveu em situação análoga à escravidão por 38 anos em Patos de Minas, Madalena Gordiano, comemorou um ano de liberdade.

A festa aconteceu em um bar com amigos, cerca de duas semanas após a data simbólica, 27 de novembro. Em uma das imagens compartilhadas por Madalena nas redes, aparece um balão com a frase: “Obrigada universo por sorrir para mim! Estou de braços abertos para o mundo, curiosa e atenta. 1 ano de liberdade”.

Entre os convidados estavam amigos, a prefeita de Uberaba, Elisa Araújo (Solidariedade), representantes da instituição que a acolheu e auditores fiscais que ajudaram no resgate.

Madalena passou 38 anos mantida em situação análoga à escravidão pela família Milagres Rigueira. Sem nunca ter recebido salário, férias e direitos trabalhistas, atuou como doméstica, sofreu abusos, maus-tratos, humilhações, agressões, e viveu em condição desumana desde os 8 anos.

A história de Madalena acabou ganhando repercussão em novembro de 2020, quando, já aos 46 anos, ela foi resgatada por fiscais do trabalho e pela Polícia Federal na casa do professor Dalton Milagres Rigueira, filho de Maria das Graças.
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Com informações do Metrópole.

Escola sem (com) partido: Receituário da classe dominante

 

Manifestantes protestaram na Câmara, em novembro, contra o projeto conhecido como Escola sem Partido. (FOTO/ Cleia Viana/Câmara dos Deputados).

Por Alexandre Lucas, Colunista

A escola pública é espaço de disputa e contradições pedagógicas, a luta de classes sociais se apresenta a partir das veias ideológicas, prevalecendo a hegemonia dos valores da classe dominante.  O que torna inviável falar de educação imparcial ou de educação de qualidade sem definir para quem se destina e qual sua finalidade enquanto projeto de sociedade, no sentido de manutenção ou superação das estruturas de poder.  

Avaliações, premiações, competições, acolhimentos desiguais e excludentes fazem parte do cotidiano da escola e vão circulando como artérias de pulverização ideológica, a partir de uma engrenagem institucional, articulada em rede, o que fortalece a reprodução de concepções legitimadas desta sociedade individualista e competitiva que se apresentam como fatores espontâneos e inevitáveis.

Se o processo educativo não é espontâneo, mas construído a partir das relações sócio-históricas, logo, as internalizações e a reprodução dos valores ideológicos hegemônicos não ocorrem de forma natural ou espontaneísta pelo contrário existe uma intencionalidade sistematizada e contínua, que ora aparece de forma camuflada e em outros momentos sem pudores. 

A escola tem partido! A escola sem partido faz parte do arroto ideológico da elite econômica e dos setores conservadores e reacionários para manter a dominação cultural no âmbito educacional e combater as perspectivas pedagógicas progressistas e de emancipação humana, alinhadas a classe trabalhadora e que coloca desnuda as relações de opressão e exploração do modo de produção capitalista.

Se a escola é um desses aparelhos ideológicos do Estado, deve ser percebida também como espaço da luta de classes sociais e por conseguinte   de disputa de concepções pedagógicas antagônicas.   A escola tem papel essencial enquanto instrumento de luta da classe trabalhadora, ela é parte do processo de transformação social, apesar de que a educação não revoluciona a realidade social se a estrutura de poder político e econômico não for alterada.       

A escola já tem partido enquanto ideologia estrutural. Se “As ideias dominantes de uma época sempre foram as ideias da classe dominante”, como aponta o Manifesto Comunista, a educação institucionalizada em nenhuma hipótese pode ser patenteada como imparcial, independente, neutra ou sem partido! A escola é parcial, tem lado, posição, partido, isso independente dos nossos desejos.    

A escola pública precisa ser defendida enquanto espaço de democratização do conhecimento produzido historicamente pela humanidade, interligada à prática social, formação integral e contextualizada.  A escola pública precisa temperar os filhos e as filhas da classe trabalhadora para dirigir as engrenagens políticas e econômicas da sociedade. Os defensores da escola sem partido defendem a manutenção de uma educação para formar dirigidos e subalternos, essa é a escola com partido que não interessa a classe trabalhadora.