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Cerimonial da Consciência Negra 2022 da EEMTI Menezes Pimentel de Potengi

 

Cerimonialista da Consciência Negra 2022 da EEMTI Menezes Pimentel. (FOTO/ Nicolau Neto).

Por Nicolau Neto, editor

No último dia 25 de novembro a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Menezes Pimentel, do município de Potengi, no cariri cearense, realizou sua II Mostra da Cultura Africana, Afro-brasileira e dos Povos Originários durante a pandemia do Coronavirus e a I de forma presencial neste contexto pandêmico. O evento deste ano referente ao Dia Nacional de Consciência Negra teve como tema ano “Nossos passos vêm de longe: as lutas do passado devem ser sementes para as batalhas do presente”.

Composto por muitas apresentações, o evento também teve muitas informações que tinham como finalidade trazer para os/as presentes o histórico de resistência e de luta da população negra durante o processo da escravização, do racismo estrutural, mas também o grande número de negros e negras e de povos originários que estão produzindo e escrevendo livros, sendo portanto, referência de intelectualidade. O objetivo era, portanto, demonstrar esses grupos como produtores de conhecimentos e de saberes e que ficou nítido durante o cerimonial apresentado pelas estudantes do segundo ano Luiza Tomaz, Luiziany Fidelis, Júlia Guedes e Luiza Severo.

Confira abaixo o cerimonial na íntegra:


Programação do Projeto “Nossos Passos Vêm de Longe”

Ensino da História e Culturas Afro-brasileiras e Indígenas 

Tema: As lutas do passado devem ser sementes para as batalhas do presente

Apresentação – Luiza Tomaz, Luiziany Fidelis, Júlia Guedes e Luiza Severo

 

A História do Brasil se confunde com a história do processo de escravização da população negra e indígena. Foram séculos de violência física, mental e de extermínio que teve como consequência um racismo estrutural. Governantes brasileiros, de imperadores a presidentes, foram responsáveis pela promoção e perpetuação da desigualdade racial, com leis que dificultavam o acesso de negros, negras e povos nativos (indígenas) a direitos fundamentais como a terra e a educação, além de os criminalizarem também por legislação. A Lei de Terras de 1850, texto que reconhecia como propriedade apenas as terras adquiridas através da compra e a Lei da Vadiagem de 1942, que criminalizava e punia aqueles sem trabalho e impedidos de frequentarem as escolas (leia-se negros), são exemplos disso. (Luiza Tomaz).

Perfeitamente, Luiza. Mas apesar desse extermínio, a população negra existe e resiste. Fora do continente africano, o Brasil é o país mais negro do mundo. Mais da metade da população brasileira é negra (56,10%). No Estado do Ceará, por exemplo, esse número sobe para a casa dos 72,5%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No entanto, mesmo sendo a maioria, negros e negras são minorias nos espaços de poder. O racismo é visto e sentido institucionalmente. O racismo é estrutural como diz o professor e advogado Silvio Almeida. (Luiziany Fidelis)

O Silvio Almeida, Luiziany, citado por ti, também é filósofo, autor de vários livros, presidente do Instituto Luiz Gama e um dos grandes intelectuais negros do Brasil. Mas continuemos com os dados. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), jovens de pele negra possuem quatro vezes mais chances de morrer do que um branco. As mulheres negras ocupando as mesmas funções de brancos e brancas ainda recebem os menores salários. E é esse mesmo IPEA que relata que a chance de um negro ser alfabetizado é cinco vezes menor do que um branco. (Luiza Severo).

Que dados estarrecedores heim Luiza Severo. È por essas e outras que Kabengele Munanga, professor brasileiro-congolês e doutor em antropologia diz que “nosso racismo é um crime perfeito”, pois apesar de ser escancarado é muito difícil eliminá-lo. Tanto que no nível superior a realidade é praticamente a mesma da apresentada por você. Somente uma a cada quatro pessoas formadas é negra. Sem contar os inúmeros casos de discriminação e racismo que crianças e jovens de pele negra sofrem todos os dias nas salas de aulas. Muitos inclusive abandonam as escolas por não serem capazes de superar esse câncer que assola o país desde invasão dos portugueses. Nos livros didáticos, negros, negras e povos nativos não se reconhecem. Não conseguem se perceber nele porque nosso currículo ainda é pautado pelo viés europeu. (Júlio Guedes).

Triste realidade, Júlia. É dentro desse contexto que necessitamos construir uma educação voltada para a diversidade, para a pluralidade e que esteja direcionada a combater cotidianamente o racismo. (Luiza Tomaz).

Exatamente, Tomaz. A nossa educação precisa ser antirracista e um dos caminhos para isso é o debate, a reflexão e promoção de ações que perceba negros, negras e povos nativos não só como contribuidores na formação do país, mas principalmente como produtores de conhecimentos e de saberes. (Luiziany Fidelis).

Sintam-se todas e todos acolhidos nesse evento referente ao Dia Nacional de Consciência Negra da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Menezes Pimentel que tem como tema este ano “Nossos Passos Vêm de Longe: As lutas do passado devem ser sementes para as batalhas do presente”. (Luiza Severo).

Perfeito, Luiza Severo. E para abrir nosso evento convidamos as representações da direção e coordenação da Escola Menezes Pimentel. (Júlia Guedes).

Ótimo, ótimo. O que fundamenta nossa discussão nesta noite? Para falar um pouquinho sobre isso, convidamos a professora Cecélia. (Luiza Tomaz).

Gente, vamos pausar um pouquinho dados e acompanhemos a mística “A voz da Resistência” protagonizada por estudantes dos primeiros, segundos e terceiros anos. A orientação foi da professora Cecélia e os dados para a realização desta apresentação foram retirados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública do IBGE e Organização Mundial da Saúde. Vamos lá. (Luiziany Fidelis).

Muitas mãos e mentes contribuíram para que eventos como esses tenham vida. Convidamos com entusiasmos as estudantes Keury Lourenço, nossa parceira de apresentação Luiza Severo e o estudante Luiz Gustavo para apresentarem o promunciamento de Abdias do Nascimento em Homenagem a Zumbi dos Palmares durante sessão do senado em 1998. Nascimento foi um dos intelectuais brasileiros referência na luta antirracista. A orientação foi do professor Nicolau Neto. Vamos lá, gente? (Julia Guedes).

Que discurso, heim? Vamos acompanhar mais arte? Chamamos agora os estudantes Pablo e Gabriela com a mística “Stand UP” que foi orientado pelas professoras Adeiane e Dárlin. (Luiza Tomaz)

Que lindo. A escrita é uma das nossas armas de denúncia e os poemas uma das balas que dispomos. Por isso chamamos estudantes da Eletiva “Vivências Poéticas” sob orientação da professora Kinha para apresentarem o coral “Consciência Negra”. (Luiziany Fidelis).

Que profundo não é? Então, continuemos nesse ritmo e vamos acompanhar estudantes dos primeiros anos A e C para a peça sob orientação da professora Edilene intitulada “Negro não Nego”. (Luiza Severo).

A representatividade é muito importante e o autoreconhecimento também. Por isso, recebamos com entusiasmos as estudantes Maria Luiza Rodrigues e Maria Luiza da Silva falando sobre isso. Sobre identidade que teve a orientação de Cecélia. (Júlia Guedes).

Que riqueza de detalhes. Para ampliar essa discussão, o professor Sobrinho argumenta que nada mais importante do que quem está na luta falar. Expor suas vivências. E nesse campo, um dos temas que mais chama a atenção é a intolerância religiosa contra religiões de matriz africana e convidou a estudante Maria Luiza Rodrigues para falar sobre sua realidade. Vamos ouvir? (Luiza Tomaz).

Quanta história, quanta cultura ausente dos livros didáticos, heim? Para enriquecer ainda mais essa noite, chamamos a estudante Júlia Vitória em parceria com estudante do 2 F da noite para apresentarem sob a orientação de Adeiane e Darlin a música “Voz da Resistência”. (Luiziany Fidelis).

Que potente. Chamamos o Pedro Wanderson, nosso parceiro forte, para cantar a música “Ideologia”. (Luiza Severo).

A professora Sandra Arruda tem uma eletiva de Cordel e seus estudantes irão apresentar um sobre Baquaqua. Vamos ouvir. (Júlia Guedes).

Voltemos ao ritmo dançante. Resistência aqui também. Sob a orientação das professoras Dárlin e Adeiane, os estudante do 2 F irão apresentar uma dança. (Luiza Tomaz).

Voltemos a linguagem poética. Chamamos com alegria o estudante José Carlos com a música “Favela vive três”. (Luiziany Fidelis).

Quanta coisa para gente pensar e refletir. Quanto protagonismo de nossos estudantes. Alessandro, do 2C irá recitar o poema “Ao suplico de um povo”. Com você meu querido. (Luiza Severo).

Ainda no campo da poesia vamos chamar os estudante do 1 D com o poema “Não Desiste”. (Júlia Guedes).

Agora a gente vai acompanhar a dança “Sou negão, negro lindo e preto” protagonizada por nossos estudantes Eduardo e Yaskla. (Luiza Tomaz).

Se autoreconhecer negra é um processo profundamente necessário e no Brasil, urgente. Chamamos com entusiasmo as estudantes Maria Luiza Rodrigues e Graziele para falar sobre Vidas Negras. (Luiziany Fidelis).

Pensa que acabou? Não. Calma. E vocês que me perdoem o trocadilho, viu. Pois a próxima atração é um coral do 3º C com o título “Calma”. (Luiza Severo).

Perfeito, perfeito. Continuemos nessa pulsação. Conta pra gente Antônio do 2º F essa história da coreografia do Trabalho Escravo: ecoou um canto forte na senzala... (Júlia Guedes).

E ainda não acabou. Nem os poemas e muito menos a nossa noite. Vamos receber de volta o estudante José Carlos com a música “Eu não sou racista” e logo na sequência o grupo de dança com Raires e Davi. Entenderam, galerinha: (Luiza Tomaz)

Que discussão interessante, gente. Mas vamos continuar. Chega pra cá Kaio Wislei. O Kaio vai interpretar o poema de Lucas Penteado. (Luiziany Fidelis).

Para abrilhantar ainda mais a nossa noite, chamamos Ana Lis, Iasmyn e Ezequiel para apresentarem o poema Nossa Luta. (Luiza Severo).

As meninas Lis e Yasmyn permanecem aqui, pois vão apresentar o poema da grande professora e ativista Beatriz Nascimento com o título “Sonho”. (Júlia Guedes).

Beleza. Vamos para o teatro. Recebamos com alegria Jayssa que irá representar a cena “a solidão tem cor, a solidão é preta”. (Luiza Tomaz).

José Carlos, José Carlos. Volta para cá e recite para nós o poema “desbafo de um jovem negro”. (Luiza Severo).

Estamos quase chegando ao final. Mas agora é hora de ouvirmos Vitor, Vinícius e João Carlos com o poema a luta contra o racismo. (Júlia Guedes).

Vamos voltar o contexto das religiões afro-brasileiras. Chamamos agora Maria Clara Araujo e seu companheiro para uma dança da Umbanda. (Luiza Tomaz).

Vamos falar de cotas raciais? Ao centro chamamos os estudantes do 2º F para mística “cota não é esmola”. (Luiziany Fidelis).

Quantas atividades maravilhosas, heim? Estamos chegando ao fim. Mas ainda tem algumas ações. Chamamos Keury, Joaquim, João Vitor, João Gabriel, Gabriel e Maria Eduarda que nos contarão sobre o livro “o que o sol faz com as flores”. (Luiza Severo).

As nossas últimas apresentações é para relaxarmos e dançarmos ao mesmo tempo. Convidamos com alegria as representações de beleza negra para o desfile: Ana Karen (1ª A) e Júnior Laurindo (2º E); Stefani (2º C) e Micael (1º A); Carla Soraya (1º A) e Jardellysson (1º B). E logo na sequência, para encerrarmos, vamos acompanhar a dança de capoeira/maculelê com estudantes do 1º D e 3º D da noite. (Júlia Guedes).

Que lindeza. Agradecemos a todos. A gente lembra que esse evento é uma realização da Escola Menezes Pimentel. Boa noite a todos e todas.

“Cultivem em si a ousadia de transformar a realidade”, diz diretora da Menezes Pimentel no dia do estudante

 

Diretora Graciela Rodrigues durante roda de diálogo com estudantes da Escola Menezes Pientel. (FOTO/ Professor Nicolau Neto).

Por Nicolau Neto, editor

Há 95 anos o Brasil celebra o Dia do (a) estudante. A data é em referência a criação das duas primeiras faculdades do país ainda durante o primeiro império, a saber: a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo e a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco. As ações ocorreram 4 anos antes da abdicação de D. Pedro I.

A data, no entanto, só foi oficializada um século depois, em 1927 e ratificada posteriormente com a criação da União Nacional dos Estudantes (UNE). Internacionalmente, a classe estudantil também é referenciada. O mês e o dia escolhidos é 17 novembro em alusão a memória de estudantes da Tchecoslováquia que lutaram contra a invasão nazista, em 1937.

No Brasil como em todos os países, a data deve ser vista como de reforço da importância do papel que cada estudante tem na construção de uma realidade melhor. Devem ser vistos como patrimônios, uma vez que são responsáveis ainda na educação básica por interpretar a História e construir caminhos para a transformação da sociedade.

Estudantes do 3º Ano "A" da Escola Menezes Pientel durante produção em aula de História sobre Nazi-fascismo. (FOTO/ Professor Nicolau Neto).

Graciela Rodrigues, diretora da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Menezes Pimentel, no município de Potengi, na região do cariri cearense, foi taxativa. “Estudantes, cultivem em si a ousadia de transformar a realidade que os cerca através da educação”, escreveu.

Para ela, o mais importante é focar no caminhar, no progresso, no agir e nunca no esperar.

Acreditem na força potente do levantar e ir atrás.

Desejem o sucesso, mas foquem no processo.

Lembrem-se que as travessias nem sempre são fáceis. É preciso coragem, determinação, perseverança, vencer medos e inseguranças para se alcançar sonhos.

Será sempre sobre agir, jamais sobre esperar”, asseverou antes de desejar feliz Dia do Estudante a todos e todas que estudam na Menezes Pimentel.

O professor de Geografia, José Sobrinho, também aproveitou o ensejo para parabenizar a todos e todas. “Querid@s estudantes do Menezes Pimentel, Feliz dia do estudante”, frisou. Sobrinho ofereceu a música “Coração de Estudante”, de Milton Nascimento. A música é símbolo de uma geração que lutou por liberdade nos anos da ditadura. A letra menciona o poder da juventude, a fé no jovem.

Escola Menezes Pimentel, em Potengi, ofertará ensino em tempo integral

 

Escola Menezes Pimentel, em Potengi, ofertará ensino em tempo integral. Imagem por ocasião do anúncio das novas escolas em tempo integral. (FOTO/ Reprodução/ Redes Sociais).

Por Nicolau Neto, editor

Na última sexta-feira, 11/02, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), fez o anúncio da ampliação da rede pública de ensino em regime de tempo integral. Ao todo, 68 escolas do ensino médio passarão a ofertar a partir deste ano uma jornada mais prolongada. 60 destas são Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTIs) e 08 são Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs).

Segundo Camilo, a nova realidade permite que o Ceará ultrapasse a meta de 50% que era para ser atingida em 2020. Agora, o Estado já conta com 60% de sua rede de ensino em tempo integral.

Dentro desse contexto, está a Escola Menezes Pimentel, no município de Potengi, que passa a ser Escola de Ensino Médio em Tempo Integral. Uma semana antes do anúncio oficial, a escola reuniu pais e mães de estudantes para apresentar a proposta que contará com um currículo expandido com formação geral básica e os itinerários formativos (eletivas e projetos de vida) para alunos e alunas que estão chegando no ensino médio.

A reunião foi a primeira de forma presencial desde o início da pandemia e obedeceu todos os cuidados sanitários contra o contágio do vírus e foi mediada pela diretora em exercício Aila Simão e pelo coordenador pedagógico Roberto Cláudio e contou com a participação de professores e professoras da escola.

No encontro realizado no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, e que oficializou essa ampliação, a Menezes Pimentel foi representada por dois estudantes do 1º ano (José Carlos e Iasmin Nunes) e por Aila Simão, diretora em exercício. O prefeito Edson Veriato (PT) também se fez presente conforme imagem acima que ilustra esse texto.

A Menezes contará com três turmas de primeiro ano que já irão vivenciar essa nova realidade.

Já a 18ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede 18) passará a contar agora com mais 4 escolas em tempo integral. Além da Menezes, terá o Santa Tereza (Altaneira), a Antônio Mota (Antonina do Norte) e o Teodorico Teles (Crato). Em todo o Ceará, já são 392 escolas com ensino expandido.

Veja também: Escola Santa Tereza, em Altaneira, funcionará em tempo integral

Escola Menezes Pimentel tem projeto vencedor no Ceará Científico 2021

 

Kayke e Elizabeth durante a fase de produção de armadilhas. (Foto cedida ao Blog).

Por Nicolau Neto, editor

A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) divulgou na tarde desta segunda-feira, 13, o resultado dos trabalhos das escolas da rede estadual que foram vencedores da edição 2021 do Ceará Científico Digital.

A ação, segundo a Seduc, faz parte da política de popularização das ciências, cultura e tecnologia do Governo Estadual e tem como finalidade estimular a produção e a dinamização do conhecimento, no contexto da sala de aula, da comunidade e da sociedade, proporcionando a vivência do protagonismo estudantil.

Promovido pela Secretaria Estadual da Educação em parceria com a Seara da Ciência - órgão que está vinculada à Universidade Federal do Ceará (UFC) - o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), esta edição contou com mais de 140 trabalhos distribuídos em nove categorias.

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel, em Potengi, vinculado a 18ª Coordenadoria Regional de Educação (Crede 18) conseguiu o 1º lugar na categoria “Ciências e Engenharia” com o projeto “Armel: Armadilha Elétrica Contra Mosquitos”. O referido projeto teve como orientador o professor de Física, Rosemberg, e como orientandos/as os/as estudantes Francisco Kayki (2º Ano A) e Elizabeth Nunes (3º Ano A).

A pesquisa visou produzir armadilhas para atrair e matar mosquitos. Um dos artifícios utilizados foi o circuito metálico da raquete. Clique aqui e saiba mais detalhes sobre o projeto.

Indagado pelo Blog Negro Nicolau sobre como se sentiu ao receber o resultado, o estudante Kayki afirmou que foi um “misto de emoções. Mas acima de tudo muitíssimo feliz e grato.” O Blog também perguntou se o resultado já era esperado. “Sim”, disse ele. “Principalmente ao vermos a repercussão que o nosso projeto ganhou após as nossas primeiras apresentações”, complementou.

Contribuiu de diversas formas, principalmente incentivando-me a adentrar nesse universo de pesquisa, nesse mundo científico”, pontuou Kayki ao responder o Blog sobre as contribuições que o projeto trouxe para sua trajetória educacional.

Kayke que acompanhou a transmissão do resultado na tarde de sexta-feira (10) na escola junto ao professor Rosemberg, sua parceira de pesquisa Elizabeth e a coordenadora Aila Simão, é um dos 30 estudantes selecionados para receber uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Abaixo outras fotos:




Às vésperas do Dia da Consciência Negra, Escola Menezes Pimentel homenageia Tia Simoa e Oliveira Silveira

 

Menezes Pimentel homenageia Tia Simoa e Oliveira Silveira. (FOTO/ Prof. João Lucian).

Por Nicolau Neto, editor

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel, do município de Potengi, na região do cariri, realizou na noite desta sexta-feira (19), via Google Meet e as véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, um conjunto de atividades oriundas do projeto “Nossos Passos Vêm de Longe - Ensino da História e Culturas Afro-brasileiras e Indígenas.”

Com o tema “A Importância da Aplicabilidade das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 nas Escolas”, estudantes se revezaram com poemas, documentários, vídeos, rodas de conversas e debates, além de apresentarem dados estatísticos das populações negras e dos povos nativos (indígenas) na região do cariri, trazendo para o embate a grande distância que há entre os números populacionais, visto que o Brasil é o país mais negro do mundo fora do continente africano, e a representatividade nos espaços de poder.

O evento foi apresentado pelas alunas Vivianne Cruz, do 2º Ano A, e Luiziany Fideles, do 1º Ano C. Segundo elas, “foram séculos de violência física, mental e de extermínio que teve como consequência um racismo estrutural.” Elas trouxeram dados que corroboram com a assertiva. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) a chance de um negro ser alfabetizado é cinco vezes menor do que um branco. No nível superior a realidade é praticamente a mesma. Somente uma a cada quatro pessoas formadas é negra. Sem contar os inúmeros casos de discriminação e racismo que crianças e jovens de pele negra sofrem todos os dias nas salas de aulas. Muitos inclusive abandonam as escolas por não serem capazes de superar esse câncer que assola o país desde invasão dos portugueses, apontaram as estudantes.

Nos livros didáticos, negros, negras e povos nativos não se reconhecem. Não conseguem se perceber nele porque nosso currículo ainda é pautado pelo viés europeu”, disseram.

Para o professor de História, Nicolau Neto, “é dentro desse contexto que necessitamos construir uma educação voltada para a diversidade, para a pluralidade e que esteja direcionada a combater cotidianamente o racismo. A nossa educação precisa ser antirracista e um dos caminhos para isso é o debate, a reflexão e promoção de ações que perceba negros, negras e povos nativos não só como contribuidores na formação do país, mas principalmente como produtores de conhecimentos e de saberes, como grandes intelectuais e lideranças da sua própria história. Isso precisa está na mente e nos livros didáticos.”

Personalidades Negras Homenageadas

Tia Simoa e Oliveira Silveira. (FOTO/ Divulgação/ Monstagem/ Blog Negro Nicolau).

Duas personalidades foram homenageadas no evento. Tia Simoa, mulher negra e símbolo de luta contra a escravidão no Ceará. “A Preta Tia Simoa foi uma negra liberta que, ao lado de seu marido (José Luís Napoleão) liderou os acontecimentos de 27, 30 e 31 de janeiro de 1881 em Fortaleza – Ce , episódio que ficou conhecido como a ‘Greve dos Jangadeiros’, onde se decretou o fim do embarque de escravizados naquele porto, definindo os rumos para a abolição da escravidão na então Província do Ceará, que se efetivaria três anos mais tarde”, conforme destaca a historiadora e ativista Karla Alves. A biografia de Simoa foi lida pela estudante Keury, do 1º Ano A. Oliveira Silveira foi outro homenageado. Ele é o idealizador do estabelecimento do dia 20 de Novembro – data da morte de Zumbi dos Palmares em 1695 – como o “Dia Nacional da Consciência Negra”. Sua biografia foi destacada pelo prof. Nicolau Neto.

Por isso”, complementou, “precisamos fazer das palavras da escritora Conceição Evaristo, uma das maiores intelectuais e referência negra do pais, um hino: ‘o que os livros escondem, as palavras ditas libertam.’ “Creio que é por ai que devemos continuar a nos movimentar”, asseverou.

O que nos move?

Contribuir para o cumprimento das leis 10.639/2003 e 11.645/2008 e para a descolonização e europeização do currículo, visando trazer para o cerne da discussão a história contada pelo viés do povo que foi escravizado por mais de 300 anos, é que os estudantes se movimentaram a partir de várias intelectuais negras e intelectuais negros do passado e do presente por meio de diversas linguagens. Além de apresentarem obras de literatura afro-brasileiras que podem ser incluídas nas aulas e desmistificaram a famigerada ideia do racismo reverso.

Abaixo as principais atividades desenvolvidas:

Poema “Encontrei Minhas Origens”, de Oliveira Silveira, recitado pela estudante Vivianne (2º A);

Poema “Negro forro”, de Adão Ventura, recitado pelo estudante Yarllei (1º A);

Frases de personalidades negras que nos dão uma dimensão do quão são necessárias a resistência e a luta para construir uma sociedade com equidade, falada pela estudante Alice (1º C);

Biografia de Abidias Nascimento lida pela estudante Maria Alice (2º C);

Dados da população nativa (indígena) no Ceará, apresentado pelo estudante Luiz Kauã (2º A);

Exibição do vídeo “Tem nome de índio o meu Ceará”, do integrante do Movimento de Arte e Cultura do Sopé e Serra do Araripe, Manoel Leandro, pelo prof. Nicolau Neto;

Biografia da filósofa Djamila Ribeiro, pela estudante Vivianne (2º A);

Poema “Sou Negra Sim”, recitado pela estudante Maria Luiza;

Dança a partir da música “Waka Waka”, pelas estudantes Hesedy, Nicole, Kariny, do 2º Ano A;

Poema “Negro”, de Jorge Posada, recitado pelo estudante Luiz Kauã (2º A);

Desmitificação do Racismo Reverso, pelas estudantes Ana Letícia e Rayssa Mayra (ambas do 2º A);

Exibição do vídeo “Mapeamento das Comunidades Rurais Negras e Quilombolas do Cariri”, construção do Grunec e da Cáritas Diocesana, pelo prof. Nicolau Neto;

Biografia da ativista Rosa Parks, apresentada pela estudante Maria Eduarda (2º C);

Poema “poeta”, de Carolina Maria de Jesus, recitado pela estudante Jhennifer (2º D);

15 obras sobre literatura afro-brasileira e africana que podem ser incluídas nas nossas aulas de literatura, apresentado pelos estudantes Kayky e Naiala (ambos do 2º A);

Poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo, recitado pelo estudante Luiz Gustavo (1º A);

Vídeo contando a histórias de várias mulheres negras, a exemplo de Tereza de Benguela, produzido pelas estudantes Ana Flávia, Maria Eduarda, Eduarda Custódio, Sarah, Mikael, Emilly e Iure (todos do 3º A).

Projeto de estudantes da Escola Menezes Pimentel (Potengi) vira destaque na imprensa regional e estadual

 

Projeto de estudantes da Escola Menezes Pimentel (Potengi) vira destaque na imprensa regional e estadual. Aedes aegypti também é responsável pelas doenças: zika e chikungunya. (FOTO/ Divulgação)

Por Nicolau Neto, editor

Um projeto desenvolvido por dois estudantes da Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel, do município de Potengi, na região do cariri, virou destaque nas imprensas regional e estadual. O Projeto intitulado “Armel” tem como finalidade atrair e matar mosquitos transmissores da dengue usando suor humano e teve a orientação do professor de Física, Rosemberg de Sousa.

O projeto “Armel” usa armadilha visando atrair e matar os mosquitos e de acordo com Francisco Caíque (2º Ano A), em entrevista a Rádio CBN Cariri, o combate aos mosquitos ocorre tendo como base os comportamentos físicos e bioquímicos das espécies sugadoras de sangue pertencentes à família Culicidae, a exemplo do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

A "Armel" aproveita também o circuito metálico da raquete que mata mosquitos e outros materiais que atraem os insetos. Essa foi a explicação dada também a Rádio CBN Cariri, desta feita pela aluna Elizabeth Nunes (2ª Ano A). Segundo ela, é aqui que o suor humano pode contribuir. “A gente utilizou o ácido lático contido no suor humano, que foi retirado de voluntários e destilado. Também utilizamos comprimidos efervescentes com água na temperatura de 12ºC. Nosso projeto tem ainda a coloração preta que acaba atraindo esses mosquitos”, relatou Elizabeth.

O projeto, conforme pontuaram Caique e Nunes, foi idealizado a partir de informações circuladas nos veículos de comunicação. O Jornal O Povo, por exemplo, chegou a informar que somente este ano houve um amento de 50% dos casos de dengue.

Além da Rádio CBN Cariri, a "Armel" da Menezes Pimentel, foi veiculada nos sites Miséria, Gazeta do Cariri e no O Povo.

Em contado com a redação deste Blog, o professor orientador desta ação asseverou que já está pensando nos próximos projetos.

A "Armel" será apresentada este mês durante o Ceará Científico, um evento da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc – CE).

V Amostra Anglo-Hispânica da Escola Estadual Menezes Pimentel de Potengi ocorrerá nesta terça-feira (31)

 

(FOTO/ Reprodução/ Rosemberg/ EEFM Menezes Piemtel).

Por Nicolau Neto, editor

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel, do município de Potengi, na região do cariri, promoverá nesta terça-feira, 31, a quinta edição da Amostra Anglo-Hispânica e pelo segundo ano consecutivo se dará no formato remoto em face da pandemia no novo coronavirus.

Segundo Edilene, professora de língua espanhola, o evento “geralmente acontece no segundo semestre letivo e tem como principal finalidade “provocar um intercâmbio cultural entre as culturas inglesa e espanhola.”

Para ela, além do conhecimento histórico e sociocultural dos países que que falam as duas línguas, há ainda um troca de experiências e de cultura com a brasileira, visto “que os protagonistas são os alunos, onde eles desenvolvem” todas as ações “a partir de temas como a gastronomia, as curiosidades, a política, o sistema monetário, a literatura e outros.”

A amostra é uma iniciativa da Escola, mas tem como principais articuladoras/es e coordenadoras/es as/os professoras/es Edilene e Jailton. Ambos destacaram a importância e o protagonismo da classe estudantil a partir de ações artísticas culturais.

O evento tem como público alvo estudantes e a comunidade em geral e este ano apresenta como temática a “diversidade cultural e a construção de saberes.” As ações estão programadas para começarem às 19h00 pelo Google Meet.

Escola Estadual Menezes Pimentel, em Potengi, divulga lista de aprovadas em vestibulares

 

Lista de aprovados e aprovadas do Menezes Pimentel. Designer Gráfico (Rosemberg). Montagem (Nicolau Neto).

Por Nicolau Neto, editor

A Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel, do município de Potengi, na região do cariri, divulgou na tarde desta segunda-feira, 16, lista dos alunos e alunas que lograram êxito nos principais vestibulares da região no processo seletivo 2021.1 e por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

11 estudantes aparecem na lista apresentada e estão distribuídos pela Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Federal do Cariri (UFCA), Centro Universitário Unileão, Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN) e Universidade Paulista (UNIP). Estas duas últimas por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do ENEM, respectivamente.

Abaixo os nomes dos aprovados e aprovadas por curso e universidade:

José Vitor (Engenharia de Produção, URCA);

Bruna Teixeira (Educação Física, URCA);

Antônio Luís (Letras, URCA);

Bianca Guedes (Ciências Sociais, URCA);

Maria Carolina (Biblioteconomia, UFCA);

Isabela Rodrigues (Pedagogia, UNIP);

Isabela Mendes (Medicina Veterinária, UNILEÂO);

Iarla Terto (Ciências Biológicas, URCA);

Angela Terto (Matemática, URCA);

Débora Sérgio (Ciências Biológicas, URCA);

Arineia Dias (Medicina Veterinária, FJN).

Os resultados foram comemorados pela direção, coordenação, professoras e professores da instituição que destacaram o esforço dos/as estudantes, principalmente em tempos de pandemia.

Aos que tentaram, mas não conseguiram a escola também direcionou calorosos parabéns, ao passo que afirmou que o sucesso se conquista com persistência, dedicação e muito estudo. “Continuem tentando, sua hora chegará”, destacou a direção.