3 de abril de 2018

Jesus não morreu pelos “nossos pecados” e sim por enfrentar o sistema


Cruz (detalhe), Arcabas (Jean-Marie Pitot), Igreja do Espírito Santo e de S. Alessandro Mártir, Arquidiocese de Portoviejo, Equador. (Foto: Reprodução/ Outras Palavras.


Nesta Sexta-Feira da Paixão, Caminho Pra Casa publica artigo exclusivo de um dos maiores biblistas vivos, o frade italiano Alberto Maggi. A tradução é do biblista brasileiro padre Francisco Cornélio. No texto, Maggi demole duas ideias que estão na base do cristianismo falsificado que os integristas sustentam há séculos:  1) Jesus teria sido morto “pelos nossos pecados”;  2) essa seria “a  vontade de Deus”. A versão é insustentável com um exame realista e honesto dos textos bíblicos.  Os Evangelhos são claríssimos: Jesus morreu porque confrontou o Templo, um sistema de dominação e exploração dos pobres de Israel. Jesus não inaugurou o tempo da culpa, mas o da misericórdia e o da vida plena para os pobres. A íntegra do artigo a seguir.

Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados. Essa é a resposta que normalmente se dá para aqueles que perguntam por que o Filho de Deus terminou seus dias na forma mais infame para um judeu, o patíbulo da cruz, a morte dos amaldiçoados por Deus (Gl 3,13).

Jesus morreu pelos nossos pecados. Não só pelos nossos, mas também por aqueles homens e mulheres que viveram antes dele e, portanto, não o conheceram e, enfim, por toda a humanidade vindoura. Sendo assim, é inevitável que olhando para o crucifixo, com aquele corpo que foi torturado, ferido, riscado de correntes e coágulos de sangue expostos, aqueles pregos que perfuram a carne, aqueles espinhos presos na cabeça de Jesus, qualquer um se sinta culpado … o Filho de Deus acabou no patíbulo pelos nossos pecados! Corre-se o risco de sentimentos de culpa infiltrarem-se como um tóxico nas profundezas da psiquê humana, tornando-se irreversíveis, a ponto de condicionar permanentemente a existência do indivíduo, como bem sabem psicólogos e psiquiatras, que não param de atender pessoas religiosas devastadas por medos e distúrbios.

No entanto, basta ler os Evangelhos para ver que as coisas são diferentes. Jesus foi assassinado pelos interesses da casta sacerdotal no poder, aterrorizada pelo medo de perder o domínio sobre o povo e, sobretudo, de ver desaparecer a riqueza acumulada às custas da fé das pessoas.

A morte de Jesus não se deve apenas a um problema teológico, mas econômico. O Cristo não era um perigo para a teologia (no judaísmo havia muitas correntes espirituais que competiam entre si, mas que eram toleradas pelas autoridades), mas para a economia. O crime pelo qual Jesus foi eliminado foi ter apresentado um Deus completamente diferente daquele imposto pelos líderes religiosos, um Pai que nunca pede a seus filhos, mas que sempre dá.

A próspera economia do templo de Jerusalém, que o tornava o banco mais forte em todo o Oriente Médio, era sustentada pelos impostos, ofertas e, acima de tudo, pelos rituais para obter, mediante pagamento, o perdão de Deus. Era todo um comércio de animais, de peles, de ofertas em dinheiro, frutos, grãos, tudo para a “honra de Deus” e os bolsos dos sacerdotes, nunca saturados: “cães vorazes: desconhecem a saciedade; são pastores sem entendimento; todos seguem seu próprio caminho, cada um procura vantagem própria  (Is 56, 11).

Quando os escribas, a mais alta autoridade teológica no país, considerando o ensinamento infalível da Lei, vêem Jesus perdoar os pecados a um paralítico, imediatamente sentenciam: “Este homem está blasfemando!” (Mt 9,3). E os blasfemos devem ser mortos imediatamente (Lv 24,11-14). A indignação dos escribas pode parecer uma defesa da ortodoxia, mas na verdade, visa salvaguardar a economia. Para receber o perdão dos pecados, de fato, o pecador tinha que ir ao templo e oferecer aquilo que o tarifário das culpas prescrevia, de acordo com a categoria do pecado, listando detalhadamente quantas cabras, galinhas, pombos ou outras coisas se deveria oferecer em reparação pela ofensa ao Senhor. E Jesus, pelo contrário, perdoa gratuitamente, sem convidar o perdoado a subir ao templo para levar a sua oferta.

Perdoai e sereis perdoados” (Lc 6,37) é, de fato, o chocante anúncio de Jesus: apenas duas palavras que, no entanto, ameaçaram desestabilizar toda a economia de Jerusalém. Para obter o perdão de Deus, não havia mais necessidade de ir ao templo levando ofertas, nem de submeter-se a ritos de purificação, nada disso. Não, bastava perdoar para ser imediatamente perdoado…

O alarme cresceu, os sumos sacerdotes e escribas, os fariseus e saduceus ficaram todos inquietos, sentiram o chão afundar sob seus pés, até que, em uma reunião dramática do Sinédrio, o mais alto órgão jurídico do país, o sumo sacerdote Caifás tomou a decisão. “Jesus deve ser morto”, e não apenas ele, mas também todos os discípulos porque não era perigoso apenas o Nazareno, mas a sua doutrina, e enquanto houvesse apenas um seguidor capaz de propagá-la, as autoridades não dormiriram tranquilas (“Se deixarmos ele continuar, todos acreditarão nele … “, Jo 11,48). Para convencer o Sinédrio da urgência de eliminar Jesus, Caifás não se referiu a temas teológicos, espirituais; não, o sumo sacerdote conhecia bem os seus, então brutalmente pôs em jogo o que mais estava em seu coração, o interesse: “Não compreendeis que é de vosso interesse que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação toda?” (Jo 11,50).

Jesus não morreu pelos nossos pecados, e muito menos por ser essa a vontade de Deus, mas pela ganância da instituição religiosa, capaz de eliminar qualquer um que interfira em seus interesses, até mesmo o Filho de Deus: “Este é o herdeiro: vamos! Matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança” (Mt 21,38). O verdadeiro inimigo de Deus não é o pecado, que o Senhor em sua misericórdia sempre consegue apagar, mas o interesse, a conveniência e a cobiça que tornam os homens completamente refratários à ação divina. (Por Alberto Maggi   | Tradução: Francisco Cornélio, no Outras Palavras).


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Alberto Maggi, biblista italiano, frade da Ordem dos Servos de Maria, estudou nas Pontíficias Faculdades Teológicas Marianum e Gregoriana de Roma e na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É autor de diversos livros, como A loucura de Deus: o Cristo de João, Nossa Senhora dos heréticos

Francisco Cornélio, sacerdote e biblista brasileiro, é professor no curso de Teologia da Faculdade Diocesana de Mossoró (RN). Fez seu bacharelado no Ateneo Pontificio Regina Apostolorum, em Roma. Atualmente, está em Roma novamente, para o doutorado no Angelicum (Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino), onde fez seu mestrado

2 de abril de 2018

Prefeitura de Aurora-Ce divulga edital de concurso público com mais de 130 vagas



O município de Aurora divulgou no seu sítio eletrônico edital de concurso público para provimento de cargos efetivos do quadro de pessoal do poder executivo.

O concurso tem por objetivo o provimento de 133 (cento e trinta e três) vagas distribuídos nos mais variados graus de escolaridade e será executado pela Universidade Regional do Cariri (URCA), por meio da Comissão Executiva do Vestibular (CEV).

O certame será realizado em três etapas – prova escrita objetiva, provas de títulos e prova prática, sendo que esta última estará direcionada para aqueles e aquelas que almejam concorrer para o magistério, magarefe e auxiliar de magarefe.

O prazo de validade será de dois anos, prorrogável, uma única vez, por até igual período, mediante ato motivado da autoridade competente, condição necessária à prorrogação.

O período de inscrição está compreendido entre os dias 07 a 22 de abril através do site URCA no endereço cev.urca.br. Os salários variam entre R$ 936,00 a R$ 8.000,00.


Prefeitura de Aurora-CE. (Foto: Divulgação).


Altaneirense Ravi Timóteo é terceiro lugar na 5ª Edição da Corrida Santa Cecília em Missão Velha



A quinta edição da Corrida Santa Cecília, uma das maiores do interior do Ceará foi realizada na manhã deste domingo, 1º de abril, em Missão Velha. Dividida em várias modalidade, a prova contou este ano com a presença dos atletas quenianos Elijah Chebonei e Caroline Jepkemei.

O atleta de Altaneira Ravi Timóteo participou da competição na categoria de 14 a 24 anos e percorreu 10 km vindo a figurar em terceiro lugar. Ao Blog Negro Nicolau (BNN), o treinador Tiago Alves afirmou a prova foi muito difícil e que o resultado é muito positivo e representa um crescimento e amadurecimento de Ravi em competições, principalmente nesta que se deu em nível internacional.

Para elucidar seu argumento, Tiago mencionou o grande nível que teve a corrida com o pódio na categoria geral sendo formado, segundo ele, “por um dos melhores atletas do Brasil, Márcio Leão e Marcos Antônio, ambos da equipe do Cruzeiro, primeiro e terceiro lugar, respectivamente”. A medalha de prata ficou com o queniano Elijah Chebonei.

Pelo regulamento, além da medalha e troféu, Ravi trouxe para a Altaneira como prêmio um celular.

Ravi Timóteo conquista terceiro lugar na V Edição da Corrida Santa Cecília, em Missão Velha. (Foto: Tiago Alves).


Chuva enche pontes no Distrito São Romão, em Altaneira, e aulas são suspensas


Chuva enche ponte e aulas são
suspensas no Distrito São Romão.
(Foto: Reprodução/Facebook).

Pancadas de chuvas que caem em Altaneira desde às 1h50min desta segunda-feira, 02/04, causou impacto nas estruturas das estradas carroçais que dão acesso à Escola de Ensino em Tempo Integral Joaquim de Morais, no Distrito São Romão, em Altaneira.

Segundo anúncio divulgado na conta da própria escola no facebook, as aulas estão suspensas por hoje por que “as pontes estão cheias e a chuva continua”. Elas são as principais vias de acesso de estudantes, professores e demais servidores.

Até o fechamento desta matéria, no site da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) o município de Altaneira figura entre os dez primeiros em índices pluviométricos. Entre às 07h00 do dia primeiro de abril e às 07h00 desta segunda foram computados 65 mm. O tempo permanece fechado e a chuva ainda continua a banhar os altaneirense.

As águas que caíram (e ainda cai) hoje já foram o suficiente para superar as que vieram durante todo o mês de março. Este rendeu apenas 10 mm. 


1 de abril de 2018

“Há uma escalada protofascista no Brasil”, diz Ciro Gomes



No Senado francês, em Paris, o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, comentou a situação política brasileira e os disparos contra a caravana do ex-presidente Lula.

Há uma escalada protofascista no Brasil, animada fundamentalmente na Internet”, avalia. “Ela é estimulada por alguns quadros da política brasileira. Uma parte relevante da direita brasileira começa a fazê-lo, mesmo sem uma vontade explícita de que isso aconteça”.

O pré-candidato à presidência participou de vários eventos na Europa. Na passagem pela França, Ciro Gomes concedeu uma entrevista à RFI.

Parte [da direita] é protofascista mesmo, e outra parte permite isso, veja o exemplo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que, ao invés de pura e simplesmente condenar [o ataque à caravana de Lula], que é o que se impõe a qualquer democrata, afirmou como primeira reação que o PT está colhendo o que plantou”, acrescentou. “Nada justifica isso, por mais antagonismo que haja. Eu, por exemplo, tenho muitos antagonismos recentes com parte da burocracia do PT e com parte de seu comportamento estratégico, mas não é razoável aceitar que a bala, a pedra e a violência substituam o argumento no debate político”.

Ciro Gomes afirma que não é possível ainda dizer se [o ataque] foi ou não um crime político. “É preciso que nós não nos antecipemos. O que devemos fazer é pedir pressa e eficácia na apuração. Imediatamente uma fração da direita fala em armação. Não podemos deixar que um fato dessa gravidade, com motivações tão potencialmente graves, tenha sua investigação atrapalhada”, avalia. “Se foi de fato um atentado com intenção ainda que sem sucesso de matar o ex-presidente, temos aí uma coisa absolutamente grave, num país que tem 64.700 homicídios nos últimos doze meses e onde a escalada do crime organizado produz uma impunidade de quase 92%”.

Na medida em que o banditismo começa a puxar o enfrentamento com o poder político, isso significa um conjunto de ideias e valores. (...) É o crime organizado se sentindo mais empoderado. É preciso exigir que as autoridades apontem e punam os culpados”, sinaliza.

Ciro Gomes não acredita, porém, que a escalada de violência no Brasil possa adiar o processo eleitoral em 2018. “Evidentemente que a nossa baixíssima tradição democrática e o momento em que estamos, do nosso ponto de vista, sob um golpe de Estado, permitem especulações de toda natureza porque as instituições centrais já foram golpeadas e há uma certa incapacidade das autoridades judiciais do país de impor esta ordem do Estado de direito democrático”, afirma.

Mas para que isso acontecesse [adiamento das eleições], deveria existir um poder, que não parece existir na nossa realidade contemporânea, capaz de subjugar as regras da Constituição. No passado foi uma interrupção militar, e hoje, diga-se, a bem da verdade, os militares têm se comportado com grande profissionalismo”.

Pouco importa o que eu defenda [em relação à candidatura de Lula], o ideal para o País é que todos nós pudéssemos nos apresentar, independentemente de nossa linha partidária, e que o grande juiz fosse o povo, depois de um generoso e fraterno debate que nos permitisse ajuizar o grave e complexo problema socioeconômico do país e as formulações de estratégia”, considera.

Entretanto há uma lei em vigor no Brasil, a lei da Ficha Limpa. E ela é de uma transparência absoluta, que não permite dubiedade na interpretação. A lei diz pura e simplesmente que o cidadão ou a cidadã, condenados em segundo grau de jurisdição, fica sem o direito de ser candidato(a). Portanto, é flagrante que o Lula não será candidato”, afirma. (Com informações de CartaCapital).


Ciro Gomes: a internet emula o fascismo. (Foto: Wikimedia).

Por trás do verdadeiro mecanismo de corrupção do Brasil



Cartografia das redes de corrupção estabelecidas no Brasil entre 1987 e 2014 a partir dos escândalos divulgados na imprensa Luis Alves, Pós Doutorando na USP.


Anões do Orçamento, Dossiê Cayman, Pasta Rosa, Máfia dos fiscais, compra de votos para a reeleição. À parte a CPI do Banestado, que voltou a ganhar destaque ao ser mencionada de forma caricata na série O Mecanismo, da Netflix, os muitos escândalos de corrupção que assolaram o Brasil após a redemocratização parecem estar fadados ao esquecimento. A sucessão de eventos, crimes, personagens, investigações, bem como as parcas condenações fazem com que a realidade brasileira de combate à corrupção seja difícil, para não dizer quase impossível, de acompanhar. Um projeto de pesquisa da USP, no entanto, aposta na ciência da computação para tirar esses casos do ostracismo, revelar o verdadeiro mecanismo de funcionamento das redes de corrupção no país e, no futuro, até prever como são formadas essas redes.

Na trama do Brasil real não há um personagem principal que lidera um grande esquema de desvio de dinheiro público, como por vezes ronda a imaginação popular. Mas, sim, uma rede bem engendrada de relacionamentos da qual foram mapeados 404 nomes – entre políticos, empresários, funcionários públicos, doleiros e laranjas –, de pessoas envolvidas em 65 escândalos de corrupção entre 1987 e 2014. “Essas redes criminosas operam de forma similar ao tráfico de drogas e às redes terroristas”, explica Luiz Alves, pós-doutorando no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, em São Carlos, e um dos cinco pesquisadores do projeto.

A investigação foi feita com base em escândalos de corrupção divulgados na grande imprensa a partir de 1987. “Antes disso, não temos documentação sobre corrupção. O que não significa que não existia, mas sim, que não havia uma imprensa livre para expor os casos”, explica Alves. O resultado da pesquisa foi publicado em janeiro no artigo The dynamical structure of political corruption networks (A estrutura dinâmica das redes de corrupção política), no Journal of Complex Networks. E chamou atenção do prestigioso MIT Technology Review, que colocou o artigo na lista das publicações mais provocantes do período. (Por Regiane Oliveira, do El País).



31 de março de 2018

Cientistas descobrem 81 aldeias 'perdidas' que podem recontar a história da Amazônia



O desmatamento é uma ameaça à Amazônia, mas desta vez foi peça chave para uma descoberta arqueológica que pode recontar a história da maior floresta do mundo.

Graças a imagens aéreas de áreas desmatadas no Mato Grosso, um grupo de arqueólogos da Universidade de Exeter, no Reino Unido, descobriu 81 aldeias que, segundo seus cálculos, foram habitadas por entre 500 mil e 1 milhão de pessoas entre os anos de 1200 e 1450.

Um aspecto interessante da descoberta é que os assentamentos ficam distantes dos principais rios, o que contraria a tese de que as maiores populações anteriores à chegada dos europeus na América se concentravam em torno de grandes fontes de água.

Até pouco tempo atrás se estimava que, antes da colonização, viviam 8 milhões de pessoas nos 5,5 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia.

Mas a recém-descoberta área de tribos sugere que só em 2 mil quilômetros quadrados viviam cerca de 750 mil pessoas.

"Esta é só mais uma peça no quebra-cabeças da Amazônia", disse à BBC o arqueólogo brasileiro Jonas Gregorio de Souza, coautor do estudo, publicado nesta semana na revista Nature Communications.

"Há regiões da Amazônia sobre as quais não se sabia absolutamente nada. Essas áreas desmatadas nos ajudam a entender melhor as populações que viviam aqui e como se relacionavam com a paisagem." 
Conforme o pesquisador, possivelmente esses povos combinavam agricultura em pequena escala com o manejo de árvores frutíferas, como castanheiras.

Círculos, quadrados e hexágonos

Do céu, o que chamou a atenção dos pesquisadores foram os geoglifos, que são valas cavadas na terra em formatos geométricos, como círculos, quadrados e hexágonos.

Acredita-se que estas valas eram utilizadas para demarcar as vilas fortificadas. No solo, os pesquisadores encontraram o que é conhecido como terra preta, um tipo de solo muito fértil que se forma em locais onde humanos tenham se assentado durante muito tempo.

Ao escavar, encontraram restos de cerâmica e objetos como machados fabricados com pedra talhada.

Antes, já haviam sido encontrados assentamentos similares centenas de quilômetros ao oeste destas aldeias. Alguns relatos históricos também mencionam que esta área era povoada, o que sugere que não eram povoados isolados, mas sim um corredor habitado de maneira contínua por várias culturas.

Para Souza, estes assentamentos abrem caminho para novas investigações e descobertas. "Continuar a investigar essas culturas nos permitirá aprender qual a melhor forma de garantir a convivência sustentável de grandes populações com o meio ambiente."

Souza só espera que as novas descobertas não ocorram graças ao desmatamento de amplas zonas de floresta. (Com informações da BBC Brasil).


Arqueólogos do Brasil e do Reino Unido que quase 1 milhão de pessoas habitaram áreas da Amazônia entre os anos 1200 a 1450, em áreas distantes de rios. (Foto: University of Exerter).

Cobras Moto Clube de Altaneira completam 15 anos de estrada



Fundado em 30 de março de 2003, os motociclistas altaneirenses comemoram nesta sexta-feira (30/03) o décimo quinto aniversário do Cobras Moto Clube de Altaneira. Inspirado nos extintos “Carcarás do Cariri” (de Juazeiro do Norte) e “Cabras da Peste” (de Crato) profissionais liberais, comerciantes, professores, agricultores e um policial militar decidiram se organizar e assumiram o compromisso de realizar pelo menos uma viagem por ano.

Os integrantes dos motos clubes de Crato e Juazeiro em visita a nossa cidade a convite deste blogueiro, ministraram uma palestra na Câmara Municipal sobre a história do motociclismo no Cariri, pilotagem com segurança e compartilharam suas experiências nas estradas brasileiras.

A primeira viagem dos “Cobras de Altaneira” foi nos dias 29 e 30 de março para o Açude de Orós, na cidade do mesmo nome. Participaram da primeira viagem, Ariovaldo Soares, Eudes Pio, Daice Caldas, Deca Aureliano, Deza Soares, Raimundo Rufino, Raimundo Soares, Sarafim Teles e Louro Duarte ao retornarem no Bar de Delfina decidiram fundar o Moto Clube Cobras de Altaneira.

Além dos fundadores participaram da primeira viagem os empresários João Matias, Delvamberto Soares e Palito MegaSom, o comerciante Armando Caldas, o mecânico João Dácio e o Policial Erlon Ferreira.

Ás 14h de ontem parte do grupo se reuniu na Chácara de Ariovaldo para planejar o trajeto do Circuito das Águas, passeio local que percorre quase todas as comunidades da Zona Rural de Altaneira. Dentre os pontos visitado nas edições anteriores estão a Lagoa Santa Tereza, a Lagoa do Sapo, o Açude Tabocas, o Açude Pajeú, a Nascente do São Romão, os riachos da Samambaia e o Sítio Poças.

Ainda não definido a data do Circuito das Águas, pois os motociclistas aguardam a sangria do Açude Pajeú para definição da data. (Com informações do Blog de Altaneira).

Fundadores do Cobras MC no Bar de Delfina em 2003. (Foto: João Eudes).