16 de abril de 2016

“Já vimos este filme em outro momento”, diz Dep. Benedita da Silva sobre o Impeachment


A deputada Federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Benedita da Silva usou a tribuna da casa nesta sexta-feira, 15 de abril, para fazer um discurso que desnudou as ações daqueles que a todo momento querem implantar um golpe a lá direita no Brasil representado por partidos como PMDB, PSDB, DEM e quem tem à frente do processo o réu e presidente da Câmara, o Dep. Eduardo Cunha (PMDB).

Deputada Benedita da Silva (PT) em discurso na Câmara. Imagem capturada do vídeo no youtube.
Benedita começa sua fala com uma indagação – “Crime de Responsabilidade”? e diz em alto e bom som que a tentativa desenfreada de setores elitistas e conservadores de afastar a presidenta se configura “uma irresponsabilidade em deixar milhões e milhões de brasileiros e brasileiras com fome, desempregado” e ironizou o discurso que vira e mexe aparece nos noticiários acerca do desemprego. “Agora dizem que nós temos 10 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que estão sendo desempregados por conta da crise política que esta casa tem criado impedindo com que as empresas possam investir mais. É isto que está acontecendo”, afirmou. “E essas pessoas que estão sendo desempregadas agora elas foram também empregadas do governo de Lula e de Dilma Rousseff”, pontuou.

A Deputada foi taxativa ao arguir que os defensores do impeachment “querem um retrocesso nessa nossa chamada república” e chamou a atenção daqueles que pensam que as coisa vão melhorar.

Confira o posicionamento de Benedita Silva no vídeo abaixo:

                     

Advogado Raimundo Soares Filho participa de “Debate Contencioso” na URCA sobre Impeachment


O blogueiro altaneirense, advogado e consultor jurídico no município de Penaforte Raimundo Soares Filho participou nesta sexta-feira, 15 de abril, a convite da Liga Acadêmica Padre Cícero de um “debate contencioso” acerca do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) previsto para ser votado pelo plenário  da Câmara dos Deputados neste domingo (17).

Liga Acadêmica Padre Cícero promove "debate contencioso" sobre impeachment da presidenta. Foto compartilhada na rede social facebook.
O tema “Impeachment: golpe ou solução?” foi desenvolvido no salão de atos da Universidade Regional do Cariri (URCA) e contou ainda com a participação do Dr. Inaldo Bringel que, segundo informações de Soares “defendeu a legalidade do processo e que o processo de impedimento é um remédio constitucional”.

Ainda segundo Soares o debate foi estruturado em quatro blocos. No primeiro cada debatedor teve dez minutos para apresentar sua tese inicial acompanhadas posteriormente de perguntas livres entre si. Perguntas dos oradores um ao outro sobre temas sorteados sustentou o segundo bloco. No terceiro bloco os oradores responderam a perguntas dos estudantes e da comissão organizadora. Para cada pergunta foi assegurado o tempo de 1 minuto, dois minutos para respostas um minuto e meio para réplica e 1 minuto tréplica. Foram várias perguntas dos estudantes que foram respondidas pelos debatedores de forma alternada. No quarto bloco os debatedores aprestaram suas considerações finais.

O blogueiro altaneirense sustentou a tese “de que não a presidente não cometeu crime de responsabilidade” e que “dessa forma o processo de impedimento não passa de Golpe dos setores de direita do Brasil”. No final, Soares afirma que foi surpreendido por um grupo de estudantes que o aguardavam fora do Salão de Atos onde foi parabenizado pela postura e argumentos apresentados.




15 de abril de 2016

Do Cafezinho: Cristovam Buarque entra para a história como traidor da democracia



Um governo formado por um partido que se elegeu defendendo a ética e se mostrou o mais corrupto da história. Um governo incompetente. Uma presidente que mentiu para se reeleger”, ataca senador

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) confirmou, nesta quinta-feira (14), que apoia o impeachment da presidente Dilma Rousseff e qualificou o governo do PT, seu ex-partido, como “o mais corrupto da história”. “Eu vejo uma manifestação clara contrária a um governo que deixou esgotar o modelo que tínhamos adotado no Brasil. Um governo formado por um partido que se elegeu defendendo a ética e se mostrou o mais corrupto da história. Um governo incompetente. Uma presidente que mentiu para se reeleger e no dia seguinte fez tudo diferente do que havia prometido”, afirmou o senador, por meio de nota divulgada pelo PPS.

Segundo ele, o impeachment não é golpe e resulta de “uma grande insatisfação da nação” com a corrupção mostrada pela Operação Lava Jato e da manifestação do Tribunal de Contas da União (TCU) de que houve crime de responsabilidade por parte da presidente com as chamadas pedaladas fiscais e a abertura de crédito orçamentário sem autorização do Congresso Nacional.

De acordo com o jornal O Globo, 44 senadores já declararam ser favoráveis à continuidade do processo contra Dilma, e apenas 18 se dissera contrários. A votação na Câmara está prevista para este domingo. O senador era considerado indeciso até o momento.

Cristovam também sinalizou apoio à realização de novas eleições. “Não tem golpe. Está previsto na Constituição. Porém, o que pesa nos formadores de opinião da esquerda tradicional, que em grande parte estão nas universidades e nos meios artísticos, é a necessidade de uma nova eleição. Não estou me referindo aqui aos docentes que dependem de cargos do governo ou de petistas que estão cegos e não veem nada de errado. Falo daqueles que de fato estão descontentes com este governo”, sustentou.

Para o senador, há uma desconfiança generalizada da sociedade com os políticos, o que reforça a insegurança em relação a uma possível saída de Dilma da Presidência. A solução, segundo ele, passa pela capacidade do vice-presidente Michel Temer, de retomar a credibilidade. “E aí vai depender de quem ele nomeia como ministro. As medidas que tomará do ponto de vista do ajuste fiscal. As primeiras medidas de longo prazo, porque mesmo sendo apenas dois anos, não se pode de deixar de pensar na educação, saúde e na inovação tecnológica. Se ele não conseguir administrar o caos instalado na área de saúde, por exemplo, já terá fracassado”, afirmou.

Pelo PT, Cristovam foi governador do Distrito Federal e chegou ao Senado. Primeiro ministro da Educação de Lula, Cristovam rompeu com o partido após ser demitido por telefone pelo ex-presidente um ano depois de ter assumido o cargo. Em 2006, disputou a Presidência da República pelo PDT. No começo deste ano, ele se filiou ao PPS, alegando divergências com a decisão do comando pedetista de integrar o governo Dilma.

A petista poderá ser afastada do mandato por até 180 dias caso o parecer da comissão do impeachment seja aprovado por dois terços dos deputados (342 dos 513), no próximo domingo (17), e passe com maioria absoluta no Senado (ou seja, com o apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores) nas semanas seguintes. Nesse caso, Temer assumirá o comando do governo e Dilma será submetida a um julgamento que determinará sua saída definitiva do cargo ou não. Para essa votação final, conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), são exigidos pelo menos 54 votos.

“...Qual teu problema?”, diz aluna Kézia em resposta a comentários machistas durante desfile


O município de Nova Olinda, na região do cariri cearense, promoveu na tarde desta quinta-feira, 14 de abril, ações educativas e culturais visando comemorar os seus 59 (cinquenta e nove) anos de emancipação política.

Na programação a participação das escolas de ensino infantil, fundamental e médio foi atração à parte e, como tal, permitiu a divulgação de projetos desenvolvidos em seus estabelecimentos. Porém, um fato estarrecedor foi exposto pela aluna Kézia Adjane, matriculada no curso técnico de Redes de Computadores (2º ano) na Escola Estadual de Educação Profissional Wellington Belém de Figueiredo.

Dentre os vários projetos que a escola expôs nos desfile estava o “Humanizando” idealizado e sustentado pelos próprios alunos com o apoio de professores que, tem como um dos objetivos denunciar a violência física e psicológica pelo qual passa as mulheres, além de promover o empoderamento destas. 

Kézia, Vivian e Emanuelly - da esquerda para a direita durante desfile em alusão aos 59 anos de emancipação política do município de Nova Olinda. Foto: Prof. Clodovânio.
Junto com Viviam Matos e Emanuelly Alves, alunas da mesma instituição de ensino, elas ostentavam placas que iam de encontro com os objetivos do projeto. “Denuncie”, “Humanize” e “Não se Omita” expuseram elas. Kézia não escondeu a alegria de ter participado da ação da escola, mas foi taxativa ao demonstrar o desgosto por uma sociedade arraigada em preconceitos e que infelizmente ainda não saiu da idade média revelando comentários machistas e homofóbicos. Segundo ela, sem revelar nomes, os comentários deram-se durante o desfile. A discente descreveu alguns: ‘mulher é pra apanhar mesmo’; ‘sai daí viado’ (retirado do jeito que estava na rede social), ‘vem se omitir aqui em casa’.. Com todo o rigor ideológico e a criticidade que ela tem respondeu à altura – “qual teu problema?”, disse. “... fiz questão de virar essa plaquinha da foto especialmente pra você e dizer o que eu queria...”, complementou.

Com muito zelo e propriedade ela afirmou “O que mais eu poderia sentir por uma pessoa que precisa tentar (só tentar mesmo, porque não conseguiu) humilhar uma mulher para "reforçar sua masculinidade”? Passar bem e muito amor pra ti”.

Confira a íntegra da nota de Kézia Adjane:

Tô cansada, com sono, mas não poderia deixar de postar isso. O desfile de 14 de abril foi incrível, amei representar a violência contra a mulher. Mas não vou mentir que alguns comentários que ouvi durante o desfile me deixaram com nojo; "mulher é pra apanhar mesmo"," sai daí viado", "vem se omitir aqui em casa"...se você que disse algo assim está lendo isso...qual teu problema? Não vou responder aqui pois já disse o que eu tinha para dizer no desfile mesmo, fiz questão de virar essa plaquinha da foto especialmente pra você e dizer o que eu queria. Só espero que esse seu pensamento um dia mude, tenho muito dó de você, mesmo! O que mais eu poderia sentir por uma pessoa que precisa tentar (só tentar mesmo, porque não conseguiu) humilhar uma mulher para "reforçar sua masculinidade”? Passar bem e muito amor pra ti

Vasco iguala recorde de invencibilidade do último ano de glórias



O Vasco atingiu uma marca histórica com a vitória por 1 a 0 sobre o Remo, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. O time de Jorginho chegou aos 20 jogos de invencibilidade e atingiu a marca de 2011, ano em que o clube foi campeão da Copa do Brasil, vice-brasileiro, além de cair nas semifinais da Copa Sul-Americana.

Elenco atual chegou a 20 partidas de invencibilidade e igualou marca do Vasco de 2011.
Naquela temporada a equipe, comandada por Fernando Prass, Felipe, Diego Souza, Alecsandro, entre outros, ficou conhecida como o "Trem Bala da Colina" e proporcionou à torcida o último ano de glórias do Cruzmaltino.

O elenco atual já possui a maior invencibilidade entre os clubes das Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro e pode atingir outra marca histórica: caso não seja derrotado no próximo domingo contra o Fluminense, e na semifinal e final do Campeonato Carioca, ele será campeão estadual invicto, feito que não acontece desde 1992.

Embora venha de uma grande sequência positiva, o time não tem jogado bem, mas o capitão Nenê minimiza o fato.

"É impossível um time jogar todos os jogos bem. O mais importante é o resultado. Os últimos três jogos não fomos tão bem, mas conseguimos resultados positivos. Hoje estávamos menos concentrados que o normal no primeiro tempo, mas melhoramos no segundo e chegamos à vitória", avaliou à Rádio Globo.

O clássico do fim de semana na Arena Amazônia, em Manaus, valerá o título da Taça Guanabara. O Tricolor joga pelo empate.

Mandado de segurança para anular processo de impeachment é rejeitado por maioria do STF



A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (14) manter em tramitação na Câmara dos Deputados processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A Corte rejeitou pedido liminar da Advocacia-Geral da União (AGU) para anular o processo.

Voto do relator, ministro Edson Fachin, foi seguido por seis
 ministros. José Cruz/Agência Brasil.
O tribunal seguiu voto do relator, ministro Edson Fachin. Votaram com o relator os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Carmen Lúcia e Gilmar Mendes. Faltam votar três ministros.

Para o ministro, não houve irregularidades por parte da comissão sobre cerceamento de direito de defesa, por entender que os deputados deverão votar, no próximo domingo (17), a denúncia original que foi apresentada pelos juristas Janaína Paschoal e Helio Bicudo.

Dessa forma, segundo o ministro, a presidenta teve oportunidade de apresentar defesa após o recebimento da denúncia e o relatório da Comissão Especial do Impeachment serve apenas para orientar a decisão dos deputados.

No entanto, Fachin deixou consignado que o eventual julgamento do processo de crime de responsabilidade pelo Senado deverá avaliar somente os fatos iniciais que estavam na denúncia original que chegou à Câmara, como suposta edição ilegal de decretos de créditos suplementares e empréstimos do Tesouro Nacional a bancos públicos.

Direito de defesa

De com a AGU, a Comissão Especial do Impeachment violou o direito de defesa de Dilma ao permitir que os juristas Janaína Paschoal e Helio Bicudo pudessem se manifestar em uma das sessões, além de inserir na denúncia os termos de delação do senador Delcídio do Amaral (sem-partido-MS), fato que não foi objeto da denúncia original, recebida por Eduardo Cunha.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo sustenta que a defesa da presidenta ficou prejudicada no processo e citou que, na sessão no último dia 6 da Comissão Especial do Impeachment, convocada para a leitura do relatório final de Jovair Arantes, o advogado da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, foi impedido de apresentar questões de ordem.

14 de abril de 2016

Ministro das Comunicações aciona Anatel contra medidas abusivas das operadoras


Do O Povo

O ministro das Comunicações, André Figueiredo, encaminhou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), nesta quinta-feira, 14, um documento solicitando que o órgão inspecione e adote medidas para que as empresas de telecomunicações respeitem o direito dos consumidores a respeito de eventuais práticas abusivas. A iniciativa surge após as empresas de banda larga fixa divulgarem novos planos de Internet limitada.


"Nós sabemos que existe uma previsão regimental da possibilidade de limitar essa franquia, mas contratos não podem ter uma alteração unilateral. A Anatel precisa tomar ações que protejam o usuário", afirmou o ministro. "Seguimos investindo políticas públicas que universalizem o acesso ao pleno conhecimento em todas as regiões".

André Figueiredo disse ainda que o ministério realiza ações para ampliar o acesso da população brasileira à Internet de alta velocidade. O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), por exemplo, será substituído pelo Brasil Inteligente.

Um abaixo-assinado online foi aberto no serviço de petições Avaaz. Até a tarde desta quinta-feira, 14, a campanha contava com mais de 1 milhão de apoiadores.

AGU protocola no STF mandado de segurança para anular processo de impeachment



A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou hoje (14) um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte anule o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que tramita na Câmara dos Deputados. Neste domingo (17), os deputados federais irão votar o parecer a favor da abertura do processo contra a presidenta. A AGU também pede, em caráter liminar, que a votação de domingo não seja realizada até que os vícios do processo sejam eliminados. O relator do recurso no STF é o ministro Edson Fachin.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entrou com recurso com ação no STF para anular processo de impeachment da presidenta Dilma. Antonio Cruz/Agência Brasil.
Segundo o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, a AGU não está pedindo que todo o processo seja anulado, mas parte dele. “Aqui neste caso eu não estou pedindo a anulação do processo desde o início. Não estou atacando o ato inicial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Estou dizendo que a partir de um certo momento houve uma irregularidade da tramitação do processo de impeachment, que afetou a defesa e que transformou o objeto desse processo em uma situação absolutamente indefinida. É isso que estou atacando. Então se for acolhido este pedido, o que acontece é anular-se os procedimentos a partir da junção da delação do Delcídio do Amaral e a partir da realização da audiência em que foram ouvidos os autores da denúncia”.

Para a AGU, o direito de defesa da presidenta Dilma Rousseff foi violado durante o processo. A advocacia argumenta que o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) levou em consideração acusações que não estão presentes na denúncia aceita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre as acusações incluídas no processo, Cardozo apontou assuntos relacionados ao mandato anterior da presidenta Dilma e a delação premiada do senador Delcídio do Amaral, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal.

De acordo com Cardozo, a denúncia, aceita por Cunha, tratava inicialmente de seis decretos sobre créditos suplementres e o atraso no repasse de recursos do Tesouro Nacional para os bancos públicos poderem pagar benefícios sociais em 2015, as chamadas pedaladas fiscais. Cardozo disse ainda que em uma audiência, durante a tramitação do processo, foram ouvidos os autores da denúncia, que acrescentaram fatos, segundo Cardozo. Neste caso, a defesa não foi intimada para ser ouvida.

Segundo o advogado-geral da União, o relator Jovair Arantes chegou a afirmar que fatos além da denúncia não seriam levados em consideração. “Porém, no próprio relatório, o relator, embora dizendo que ia formar sua convicção só sobre os dois fatos que tinham sido recebidos pelo presidente Eduardo Cunha, faz menções a outras situações. E mais do que menções: aponta outros fatos como justificadores da necessidade de se aprovar o impeachment”.

Cardozo argumenta que a defesa da presidenta ficou prejudicada no processo e citou que, na sessão no dia 6 da Comissão Especial do Impeachment, convocada para a leitura do relatório final de Jovair Arantes, o advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, foi impedido de apresentar questões de ordem. Na ocasião, Rogério Rosso (PSD-DF), presidente da comissão, disse que o Regimento Interno na Câmara autoriza somente deputados da comissão a apresentar questão de ordem e orientou que os defensores procurassem parlamentares para apresentarem suas questões de ordem.

Além da extrapolação indevida do objeto, além do tratamento de fatos decorrentes da delação do Delcídio do Amaral e de outras situações que foram trazidas para o processo e avaliadas pelo relator, segundo o próprio confessa, além da dicotomia entre o que ele fala no relatório e faz, temos o prejuízo da defesa por não ter sido permitido ao advogado levantar questão de ordem e por não termos sido intimados para que pudéssemos comparecer a uma importante audiência que não estava presente no rito do presidente Fernando Collor de Melo [que sofreu impeachment em 1992] e que foi esclarecida a denúncia. Ou seja, a defesa não pôde fazer perguntas sobre o esclarecimento da denúncia após aberto o processo. Tudo isso a nosso ver levam vícios formais do processo e a razão pela qual estamos fazendo diversos pedidos”, disse Cardozo.

Segundo Cardozo, entre os pedidos feitos na ação do STF, a AGU pede que seja declarada a nulidade do parecer de Jovair Arantes, que seja refeita toda a instrução por meio de um novo parecer a ser apreciado pela Comissão Especial com a identificação clara do objeto da denúncia e a anulação da audiência com os autores da denúncia -- que são os advogados Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr.

Na entrevista à imprensa, o ministro negou que a ação no Supremo seja uma medida para ganhar tempo. “Estou lutando por um direito que acho justo”.  E completou: “Só pude fazer a defesa de dois fatos, que são os fatos que estavam no processo”.

Cardozo disse ainda que é possível que novas ações sejam levadas ao STF sobre o processo. “Haverá outras ações?  É possível que sim, cada uma a seu tempo. Esse é um primeiro pedido que a presidenta da República faz”.