Do
MEC
O
prazo final é o mês de julho. É com essa data que estados e municípios devem
trabalhar para aprovar leis que criam planos estaduais de educação (PEE) e
municipais (PME), com diretrizes e metas a serem alcançadas até 2024. A
determinação está na Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que criou o Plano
Nacional de Educação (PNE) com vigência de 2014 a 2024.
É
preciso acelerar o trabalho, diz Binho Marques, titular da Secretaria de
Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do MEC, que coordena essa ação em
âmbito nacional. O motivo é que, de julho em diante, as relações de estados e
municípios com o Ministério da Educação terão como instrumento os planos de
cada unidade. “Os planos de educação são fundamentais para ter acesso ao PAR
(Plano de Ações Articulado)”, lembra o secretário.
Binho
Marques explica como os planos são determinantes para estados e municípios: se,
por exemplo, o ministério vai definir a expansão de uma universidade ou
instituto federal, ele precisa saber quais são as demandas de ensino superior
ou técnico dos municípios de uma determinada região. É nisso que o planejamento
vai ajudar, tem que estar previsto, escrito.
Estados
O
mapa dos estados em 31 de janeiro, elaborado pela Sase, mostra o andamento dos
planos: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Maranhão são as unidades da
Federação com planos constituídos por lei; o Distrito Federal e o Rio Grande do
Sul já enviaram projetos de lei para apreciação dos legislativos; Rondônia e
Roraima concluíram os projetos; Acre, Rio de Janeiro e Santa Catarina fecharam
o documento-base, que é uma leitura da realidade e constitui o estágio anterior
à consulta pública; São Paulo e Tocantins fizeram o diagnóstico.
Os
outros 15 estados estão ainda no processo preliminar, apenas constituíram
comissões de coordenação com atividades em diferentes etapas. Para acelerar o
desenvolvimento e atender a data estipulada no PNE, a Sase elaborou um
calendário, já em execução, que compreende uma reunião mensal com os
coordenadores estaduais para tirar dúvidas e auxiliar no processo, abriu uma
agenda de visitas aos secretários que estão em maior dificuldade de cumprir o
prazo, usa o telefone para falar diretamente com eles, e nos dias 10 e 11 deste
mês, Binho Marques vai ao encontro dos secretários na reunião do Conselho
Nacional de Secretários de Educação (Consed), que acontece em Brasília.
Além
desse tipo de atendimento, o Ministério da Educação tem uma equipe de 297
técnicos, supervisores e coordenadores que atendem todas as secretarias de
educação dos estados e municípios. Cada técnico é responsável por 25
municípios, em média; cada supervisor, por 100 municípios; e um coordenador
olha o estado todo e suas cidades. Governadores e prefeitos têm, ainda, um
roteiro completo, da construção à aprovação dos planos, no Portal do PNE na
internet.
Municípios
Entre
os 5.570 municípios, a secretaria identificou oito tipos de situação quanto à
evolução dos planos: 37 municípios cumpriram todas as fases e as leis foram
sancionadas; 35 já aprovaram leis; 37 enviaram o projeto de lei à câmara de
vereadores; 37 elaboraram o projeto de lei; 95 realizaram consultas públicas;
247 fizeram o documento-base; 689 concluíram o diagnóstico; e 2.843
constituíram comissão coordenadora. Um grupo de 1.441 cidades ainda não iniciou
o trabalho de adequação ou elaboração do PME e 109 municípios não prestaram
informações ao Portal do PNE.