Jurista e Blogueiro fala sobre poderes executivo e legislativo, ongs, sindicado e AUNA em Altaneira


O jurista e blogueiro Raimundo Soares Filho utilizou a rede social facebook na manhã desta quinta-feira, 22, para tecer duras críticas aos poderes constituídos no município de Altaneira. 

Em sua nota, aparecem como alvo de críticas a administração municipal, a poder legislativo, as organizações não governamentais (terceiro setor), o Sindicato dos Servidores Municipais de Altaneira (SINSEMA) e a entidade representativa da classe estudantil de nível superior, a Associação Universitária Altaneirense (AUNA).

Jurista e Blogueiro Raimundo Soares Filho
faz duras críticas aos poderes constituídos em
Altaneira. Foto: Arquivo do Blog
Soares afirma que em sua última visita a Fortaleza um leitor assíduo do seu Blog de Altaneira lhe perguntou o porquê dele ser alvo de críticas de alguns membros ligados aos poderes executivo e legislativo e de dirigentes de entidades . “Expliquei que em Altaneira, apesar de ser uma das cidades mais “antenadas” e com efetiva participação nas redes sociais, tem algumas singularidades e os críticos, na sua maioria, não aceitam ser criticados mesmo quando estão errados”, argumentou o jurista/blogueiro que apesar de personalizar e, ou direcionar em alguns momentos, não citou nomes.

Confira integra da nota.

....."Temos um professor, quase doutor, que todo final de semana fala de tudo e de todos, menos de seus amigos, mas não escreve uma linha.

Temos uma rádio comunitária que tem um repórter atuante que entrevistas as pessoas sobre os fatos da cidade, mas não tem ninguém que escreva sobre isto em seu Blog.

Temos um sindicato que prefere investir todos os seus recursos em uma obra, mas não tem um informativo para divulgar aos associados e a categoria das ações desenvolvidas.

Temos várias entidades, denominadas de ONG´s, mas nenhuma delas prestam contas públicas dos recursos arrecadados e das despesas realizadas.

Temos uma Câmara que desrespeita seu próprio Regimento Interno e a Lei Maior do Município e a maioria dos parlamentares considera normal.

Temos um prefeito que esqueceu seus principais compromissos de campanhas e propostas de Governo e preferiu, assim como seus antecessores, investir em prédios e calçamento.

Por fim temos uma categoria de trabalhadores que viram parte do poder aquisitivo de seus vencimentos serem consumidos pela inflação, mas se conformam e se calam, esperando por uma ação do seu sindicato que por sua vez espera a iniciativa da categoria.

As perguntas que não querem calar:

Por que insistir em postar sobre esses temas?

Por que não fazer como o professor que muito fala e nada escreve?

Por que não fazer como os dirigentes da Associação Universitária e se omitir ou concordar com os desrespeitos aos universitários?

Por que não fazer como o Sindicato dos servidores e esperar a iniciativa dos prejudicados?

Por que não fazer como as ONG´s receber recursos de todos os cantos e não dar satisfação a ninguém?

Por que não fazer como a maioria dos parlamentares e baixar a cabeça e aos desmandos na Câmara?

Por que não fazer como a maioria dos altaneirenses que, sob a desculpa de evitar o retorno dos destronados, concordam com os equívocos desse Governo?

Simples assim, pois se concordasse com tudo isto esta pessoa não mais seria EU".

Deputado exercerá o mandato mais breve da história



O gabinete da presidência da Câmara abrigou na manhã de ontem uma esvaziada solenidade de 40 segundos que deu posse ao deputado federal que possivelmente exercerá o mais breve mandato da história. Advogado, engenheiro agrônomo e vereador no quinto mandato em Manaus, Massami Miki (PSL-AM), 52, assume a função de deputado por apenas 11 dias --até 31 de janeiro, quando chega ao fim a atual legislatura.

A solenidade de posse, realizada em meio ao recesso do Congresso, foi acompanhada por um de seus assessores, alguns poucos funcionários da Câmara e o terceiro-secretário da Casa, Maurício Quintella (PR-AL), responsável por dar posse ao novo colega.

Quintella chegou atrasado e saiu tão logo a solenidade teve fim. “Cumpro a minha função constitucional, mas realmente essa situação de tomar posse para dez dias de mandato é desproporcional”, afirmou. Miki assume para suceder outro “tampão”: Humberto Michiles (PR-AM), empossado em 2 de janeiro devido à renúncia do titular Henrique Oliveira (SD-AM), eleito vice-governador, e depois nomeado secretário de Educação de Manaus.

Por decreto, repasse do duodécimo da Câmara de Altaneira será superior a R$ 65.000,00 em 2015


Segundo a Constituição Federal, em seu Art. 168, os poderes legislativos, o judiciário, assim como também o Ministério Público, receberá até o dia 20 de cada mês os recursos correspondentes as verbas já previstas em orçamento, compreendidas os créditos suplementares e especiais, o que se convencionou chamar de repasse duodecimal. Nos municípios, os valores são repassados pelas prefeituras as câmaras.

Em 2014 o poder legislativo de Altaneira recebia mensalmente a título do duodécimo R$ 59.306,57 (cinquenta e nove mil, trezentos e seis reais e cinquenta e sete centavos). Para este ano, 2015, de acordo com o decreto nº 001/2015 do Poder Executivo que circulou no Diário Oficial dos Municípios do Ceará nesta terça-feira, 20, a Câmara receberá 6.340,47 (seis mil, trezentos e quarenta reais e quarenta e sete centavos) a mais que no exercício anterior, o que corresponde em termos percentuais a 10,69%. 

Trocando em miúdos o legislativo de Altaneira receberá todo mês para a manutenção das atividades da casa e pagamento dos funcionários do povo (vereadores e demais servidores), o valor de R$ 65.647,04 (sessenta e cinco mil, seiscentos e quarenta e sete reais e quatro centavos).

É digno de registro que além de data-limite para a transferência, o valor do repasse deve ser fielmente observado. Note-se que não pode o gestor repassar a mais nem a menos, sob pena de crime de responsabilidade. Tal preceito está na Constituição Federal, em seu artigo 29-A, in verbis, vejamos: 

§ 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:

I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;

II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; 

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.





Atuais prefeitos podem ficar no cargo até 2018



Grande barulho nos corredores do Congresso Nacional fica por conta da unificação das eleições para 2018. Caso realmente seja aprovada a unificação das eleições, que atualmente ocorrem em períodos diferentes, com dois anos de diferença, os atuais prefeitos ficarão no cargo por seis anos.

Delvamberto Soares e Dedé Pio, atuais gestores do município
de  Altaneira. 
A proposta em discussão na Câmara Federal mantém em quatro anos o tempo de mandato para cargos majoritários, como presidente, governador e prefeito, mas defende o fim da reeleição para cargos do governo. Para cargos do Legislativo a reeleição foi mantida, com quatro anos de mandato.

Ainda em tempo, de acordo com texto em discussão na Câmara prevê que na eleição de 2018 o voto será facultativo, a coincidência das eleições municipais e estaduais, a definição de teto de despesa para a campanha eleitoral e mudanças na forma de eleição dos deputados federais.

Entretanto, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) precisa ser aprovada no plenário da Câmara em dois turnos, com 308 votos favoráveis. Só então, segue para análise do Senado. Informação vinda dos corredores palacianos da Alvorada é de que a posição real do Congresso sobre a proposta de reforma política só deve ocorrer no próximo ano.

Negros e Gays sempre se ofenderam com piadas de Didi, afirma professor



Reportagem de Andrezza Czech, do UOL, em São Paulo, SP, intitulada ‘Para especialistas, gays e negros sempre se ofenderam com piadas de Didi’, entrevista especialistas como o professor doutor Dagoberto José Fonseca, chefe do departamento de Antropologia, Política e Filosofia da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara.

Professor doutor Dagoberto José Fonseca.
 Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam”. A declaração, dada pelo humorista Renato Aragão à revista “Playboy” de janeiro, diz respeito à época de “Os Trapalhões”, programa veiculado entre 1966 e 1995. Para ele, antigamente, as pessoas sabiam que suas brincadeiras não eram feitas para atingir ninguém, mas, hoje, esse tipo de humor é encarado como preconceituoso. Será mesmo que a opinião pública mudou nos últimos 50 anos?

Para o professor doutor Dagoberto José Fonseca, chefe do departamento de Antropologia, Política e Filosofia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), as pessoas sempre reconheceram e lutaram por seus direitos, mas em condições mais difíceis do que as que encontramos hoje.

Antes, a maioria da população era de analfabetos, não se tinha tanta ligação com a escrita, com a mídia. Além disso, com a Constituição de 1988, passamos a ter uma lei que trata de racismo como crime inafiançável, o que nos permite lutar com instrumentos legais”, afirma Fonseca, que já foi coordenador do CLADIN (Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra) da Unesp e do Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão.

Na entrevista à “Playboy”, Renato Aragão afirmou, também, que as piadas que fazia com seu colega Mussum eram apenas brincadeiras, como se fossem duas crianças, e que a intenção não era a de ofender ninguém.

No Facebook, uma jovem negra moradora de Muriaé (a 320 km de Belo Horizonte) foi vítima de ofensas racistas ao postar a foto abraçada ao namorado. Em um dos comentários, um internauta escreve: ”Onde comprou essa escrava?”, para em seguida pedir: ”Me vende ela”. Ela denunciou o caso à polícia, que deve indiciar os autores por crime de injúria racial, que pena de até três anos de prisão e multa. ”Não pode ficar impune. Eu quero que seja descoberto quem foi e que paguem pelo que fizeram comigo”, disse ao UOL.

Autor de “Você Conhece Aquela? – A Piada, o Riso e o Racismo à Brasileira” (Editora Selo Negro), livro que explica como as piadas sobre negros contribuem para propagar o racismo, Dagoberto José Fonseca acredita que este tipo de humor não tem nada de inocente, pois difunde diversas formas de preconceito.

A piada não é ingênua. Ela tem como objetivo a ridicularizarão do outro e provoca um processo de maior discriminação na sociedade”, afirma Fonseca. “É um mecanismo violento e sofisticado que parte de pessoas cultas, que têm consciência do que dizem, e que visa uma correção: é o correto fazendo uma observação sobre o ‘anormal’. É uma tentativa de corrigir aquilo que é considerado antinatural ou que está fora de seu lugar: o gay, o negro, o gordo…”.

Como consequência, segundo Fonseca, este tipo de humor propaga o preconceito. Além disso, ele generaliza e estereotipa povos, raças e classes e impede que as pessoas possam ser livres como são. “O gay quando está no armário não é motivo de piada. Mas as pessoas fazem piada quando ele se assume, porque buscam fazer com que ele volte à invisibilidade. Este é o mesmo objetivo das piadas racistas, sexistas, classistas e religiosas”, diz.

Para Fonseca, se queremos fazer parte de uma sociedade que luta por igualdade e na qual as pessoas possam se expressar livremente, precisamos repensar este tipo de humor. “Devemos olhar para esta questão com responsabilidade. O objetivo não é acabar com o humor, é não incentivar o humor que humilha, que é uma violência contra o outro”, afirma.



134 anos de aquecimento da terra é divulgada pela Nasa em 30 segundos


O ano de 2014 foi o mais quente já registrado desde 1880, de acordo com uma análise feita por cientistas da NASA e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.

Em média, a temperatura do planeta como um todo aumentou 0,8 graus Celsius desde que começaram os registros oficiais, há 134 anos.


Para quem procura um resumo visual dos números, a agência espacial americana fez um vídeo que mostra a elevação das temperaturas da Terra com base em séries de cinco anos mapeadas entre 1880 e 2014.

A maior parte desse aquecimento ocorreu nas últimas três décadas. Não por acaso, os 10 anos mais quentes já registrados, com exceção de 1998, ocorreram desde 2000.

Como indicam as sólidas pesquisas na área, esta tendência de aquecimento está em grande parte relacionada ao aumento crescente das emissões de dióxido de carbono na atmosfera e de outros gases de efeito estufa liberados, preponderantemente, por atividades humanas.

A análise incorpora medições de temperatura de mais de 6.300 estações meteorológicas em todo o mundo, além de dados de temperaturas coletados a partir de medições nos oceanos e de estações de pesquisas da Antártida.

          

Situação dos transportes dos universitários altaneirenses continua indefinida


O auditório da fundação e associação ARCA foi palco na noite deste sábado, 17, de um encontro envolvendo a classe universitária do município de Altaneira visando apresentar, discutir e propor soluções para a situação problemática que os mesmos vêm enfrentando no que concerne aos transportes.

Universitários reunidos no auditório da ARCA visando
encontrar soluções para a problemática dos transportes.
Foto: João Alves.
Durante todo o ano de 2014 a classe universitária teve dificuldades em se direcionar até as sedes das faculdades/universidades/institutos federais de educação tendo como polos os municípios de Crato e Juazeiro do Norte, na região metropolitana do cariri. O principal problema adivinha de ordem mecânica, o que se agravava em face desses mesmos veículos serem os que transportam os alunos da zona rural desta municipalidade que cursam o ensino fundamental.

Note-se que em virtude da emenda nº 011/2011, de 23 de março, o Art. 189 da Lei Orgânica Municipal – LOM ganhou nova redação. Por esta o município fica obrigado a se comprometer com gratuidade dos transportes para os alunos do ensino superior, que assim apregoa “fica o município obrigado a assegurar ou custear transporte gratuito aos estudantes regularmente matriculados em instituições de nível superior localizadas na Região metropolitana do Cariri”. Deste então o município vem cumprindo, ressalvadas algumas restrições, com a lei municipal que não entra em contradição com as Constituições Estadual e Federal que não discorre sobre essa possibilidade da esfera municipal ser responsável direto pelo ensino superior, mas também não veda.

Robson, Fernando e Geniara durante reunião dos universitários
no auditório da ARCA. 
O presidente recém-eleito da Associação Universitária de Altaneira – AUNA, Fernando Teles, apresentou um balanço do encontro que teve com a administração. Segundo ele, o prefeito Delvamberto Soares arguiu que os transportes não mais estarão a serviço da classe e que em contrapartida tinha o desejo de retomar o programa “Bolsa Universitária” no valor equivalente a R$ 200,00. “O problema”, disse o Fernando, “é que esse programa não atinge a todos. Apenas alguns. Aqueles de baixa renda”. O presidente informou que diante do cenário seria interessante lançar uma contraposta que esteja mais condizente com as condições financeiras dos mesmos. Depois de um levantamento dos prováveis gastos com 04 (quatro) veículos, um pela manhã e três à noite, o que chegaria a um teto de aproximado de R$ 14.600,00 (quatorze mil e seiscentos reais) feito por Geniara Sales, Fernando disse que iria levar a proposta para que a administração repasse para a AUNA um valor de R$ 9.000.00 (nove mil reais) e o restante seria dividido mensalmente entre os estudantes.

Para o vice-presidente Claudio Gonçalves, a medida adotada infringe o que diz o Art. 189 da Lei Orgânica e sugeriu que fosse colocada em votação além da proposta supracitada mais duas. Uma que agregue tanto a Bolsa Universitária que já está em orçamento e o repasse. A outra seria que o executivo custei de forma integral.

Também foi sugerido que a direção leve com proposta um valor a ser repassado pela a administração superior aos R$ 9.000,00, uma vez que levando em consideração o número de estudantes, algo entorno de 103 (cento e três), o valor individual a ser pago mensalmente fica próximo de R$ 142,00 (cento e quarenta e dois reais). O que é totalmente conflitante em relação a situação financeira destes.

Segundo Fernando, haverá um novo encontro com a administração e irá repassar o que foi decidido em assembleia. A reunião não contou com a presença do executivo municipal, nem tão pouco foi registro vereadores e vereadoras no local.






“Depois da chuva” (Filme Baiano) destaca papel da juventude anarquista nas Diretas Já




O ano de 1984 marcou a história política e social em todo o mundo. Foi quando o vírus da Aids começou a se propagar, a Guerra Fria assombrava com a ameaça de guerra nuclear e um dos momentos em que a recessão econômica atingiu muitos países, principalmente na América Latina, onde o período ganhou a alcunha de “década perdida”. No Brasil, vivia-se intensamente a campanha pelas Diretas Já, que pedia o restabelecimento das eleições diretas para a Presidência da República.

Campanha pelas eleições diretas é colocada em xeque graças
ao radicalismo de Caio e seus amigos anarquistas.
É neste ambiente que se desenrola o primeiro longa-metragem da dupla baiana Cláudio Marques e Marília Hughes, Depois da Chuva, que teve estreia nacional nesta quinta-feira (15). O filme acompanha Caio (Pedro Maia), um jovem anarquista que desperta para a política e para o amor ao mesmo tempo que a população brasileira vive a euforia do fim da ditadura e vai às ruas para gritar com a voz que ficou por tanto tempo calada.

O filme começa com uma reunião de estudantes em um colégio de classe média. Os alunos debatem a importância de fazerem, pela primeira vez, uma eleição direta para escolher seus representantes estudantis. Uns ponderam que é preciso paciência, afinal, a sociedade reconquistava naquele momento a liberdade tirada pelo regime militar; outros bradam a importância de se tomar o poder de uma vez, sem meio-termo. Caio demonstra desde as primeiras cenas sua postura questionadora e incrédula. “Tive uma ideia: votem nulo. Não me matem de tédio”, diz irritado o garoto, ao deixar a reunião.

Mesmo a ensolarada capital baiana ganha tons cinzas e pesados no longa. A campanha pelas eleições diretas, quase sempre retratada a partir da beleza do povo na rua, é colocada em xeque graças ao radicalismo de Caio e de seus amigos anarquistas, responsáveis pela rádio pirata e pelo fanzine Inimigos do Rei. Desiludido pelo contexto político, o amigo de Caio, Talis (Talis de Castro) afirma: “Não aguento mais essas pessoas. Elas fazem acreditar que podem mudar alguma coisa, dão asas para depois cortar. Essa é a queda mais perigosa”.

A frase, dita no último encontro entre Caio e Talis, demonstra bem a vibração negativa e descrente do filme, reforçada pela trilha sonora composta de punk e hardcore e regada a muita maconha. Mas a obra não é apenas política, é também um retrato da juventude, cheio de rebeldia, de questionamentos e de descobertas. Caio desperta politicamente ao mesmo tempo que conhece o amor com a colega de classe Fernanda (Sophia Corral) e vê nascer as questões e as dúvidas ligadas à transição para a vida adulta. Este é o trunfo do filme já que traz a leveza necessária para equilibrar o amargor e o pessimismo político.

O filme ganhou os prêmios de Melhor Roteiro, Trilha Sonora e Melhor Ator no Festival de Brasília. A interpretação de Pedro Maia lhe rendeu o título de mais jovem vencedor deste festival.

           

Depois da Chuva
Direção: Cláudio Marques e Marília Hughes
Roteiro: Cláudio Marques
Produção: Coisa de Cinema
Elenco: Pedro Maia, Sophia Corral, Talis Castro, Aícha Marques, Ricardo Pisani, Victor Corujeira
Distribuição: Espaço Filmes
Ano: 2013
País: Brasil
Gênero: ficção
Duração: 90 minutos


Moradores da zona rural de Altaneira tecem críticas à saúde


Foi reproduzida na tarde desta quinta-feira,15, no informativo Notícias em Destaque, da Rádio Comunitária Altaneira FM, entrevista colhida pelo repórter João Alves junto a duas moradoras da Zona Rural do município de Altaneira durante palestra na comunidade do sítio Taboleiro sobre o setor da saúde.

A moradora Elza Moreira mencionou a pouca presença dos médicos na localidade, destacando, entretanto que só há esse profissional uma vez por semana. Segundo ela a comunidade ficou desasistida por um período de um mês. O setor de transporte na área também foi criticado, necessitando, para Elza, de um melhoramento. “Aqui, aculá, não é toda vez... Agente encontra alguma ‘dificulidade’(assim mesmo)”. 

Moradores das comunidades dos sítios Taboleiro e Córrego
durante Palestra sobre a Saúde. Foto: João Alves.
Já Francisca Paulino Arruda, foi mais enfática nas críticas e questionou o grau de importância dado pela administração na infraestrutura municipal, como por exemplo, a pavimentação em pedra tosca em alguns logradouros e na zona rural. Para ela, o mais importante é investir em saúde. “Nós “tamu” (assim mesmo) precisando é de saúde. Nós ‘num tamu’ precisando de rodagem. A rodagem nós ‘dexa’pra outro tempo. Tem que tratar bem a saúde pra depois ter a rodagem”, argumentou Francisca. Um erro em um diagnóstico pelo médico Alecsandro também mereceu destaque na fala de dona Francisca. Ela cita que o procurou e ele afirmou que ela tinha apenas uma virose. Porém, ao procurar outra profissional foi constatado que ela (Francisca) estava com tuberculose. “Eu fiquei revoltada”, complementa.

O fato foi noticiado em primeira mão no blog da Rádio Comunitária Altaneira FM e na manhã desta sexta-feira, 16, também mereceu destaque no Blog de Altaneira. Em ambos, não há menção dos nomes das duas moradoras, nem tampoco do médico supracitado pela Dona Francisca Paulino.


Inscrições para o curso EAD sobre patrimônio imaterial estão abertas


Até o próximo dia 30 de janeiro estão abertas as inscrições para o curso EAD Formação para a Gestão do Patrimônio Cultural Imaterial no âmbito da COOP SUL, uma realização do Centro Lucio Costa (CLC), em parceria com o Centro Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (Crespial), com apoio da UNESCO e coordenação técnica da Inspire | Gestão Cultural. São 50 vagas para o curso que acontecerá entre os dias 19 de fevereiro e 04 de maio, com aulas ministradas pela internet. O curso tem a coordenação de conteúdo de Lucas dos Santos Roque e o corpo docente é formado por especialistas do Brasil e da América Latina. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.inspirebr.com.br/ead. A seleção dos participantes ocorrerá no dia 10 de fevereiro.

Estruturado em oito disciplinas, o curso tem como objetivo fortalecer as capacidades locais para estruturação e execução de políticas de patrimônio imaterial, nos estados e municípios brasileiros, por meio da capacitação de gestores culturais para atuarem na salvaguarda do patrimônio cultural imaterial – legislação, identificação, reconhecimento, apoio e fomento à sustentabilidade. Também permitirá analisar e discutir os principais conceitos relacionados ao patrimônio cultural brasileiro em suas diferentes dimensões e interações com aspectos de identidade, território e meio ambiente, incentivando o espírito crítico dos participantes e qualificando-os para desempenhar ações mais efetivas e conscientes nesta área específica. O curso é voltado para gestores públicos na área do Patrimonio Cultural Imaterial, responsáveis pela gestão de políticas de salvaguarda deste tipo de patrimônio.

Nos primeiros dias do curso, será ministrada a disciplina Ambientação em EAD, que tem como objetivo quebrar uma possível resistência dos alunos em relação à aprendizagem virtual, otimizar a utilização dos recursos da plataforma do curso e explicitar a metodologia adotada.

Também serão oferecidas as disciplinas:
- Ambientação em espaços virtuais e introdução ao funcionamento do curso;
- A constituição do campo do patrimônio imaterial e seus conceitos estruturantes;
- A Convenção para a salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (Convenção de 2003) e as suas Diretrizes Operativas;
- A Gestão Pública do PCI;
- A participação da comunidade na Gestão do PCI;
- Diferentes possibilidades e metodologias de apoio, fomento, divulgação e promoção do PCI;
- Diferentes possibilidades e metodologias de reconhecimento, identificação, investigação e documentação do PCI;
- Transversalidade e interfaces do Patrimônio Imaterial.

Outras informações podem ser obtidas no site www.inspire.com.br ou pelo telefone (31) 3274.4953. Os e-mails para contato são suporte@inspirebr.com.br e michelleantunes@inspirebr.com.br. 

Blogueiras dos barões da mídia destilam preconceito aos “pobres”


Nessa semana, dois textos de colaboradoras do jornal carioca O Globo chamaram bastante a atenção dos leitores, não exatamente pela qualidade do conteúdo em si, mas pelo grau de preconceito destilado em suas palavras.

Em um deles, a colunista Hildegard Angel defendeu a segregação como medida para conter os arrastões em praias do Rio de Janeiro. Entre as sugestões destinadas ao governo, surgiram ideias brilhantes como “diminuir drasticamente a circulação das linhas de ônibus e de metrô no fluxo Zona Norte-Zona Sul” e até mesmo “cobrar entrada nas praias de Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon”.

Jornalistas Danuza Leão [baixo] e Silvia Pilz ganharam notoriedade com textos que revelam incômodo e deboche em relação aos mais pobres.
É isso mesmo. Para a colunista, impedir o acesso da população pobre às áreas mais prestigiadas da cidade é uma maneira eficiente de “reprimir as hordas e hordas de jovens assaltantes e arruaceiros”. “As medidas são antipáticas e discriminatórias, concordo. Mas ou é isso ou será o caos”, finalizou. Aparentemente arrependida de suas declarações, Hildegard retirou o texto do ar após uma saraivada de críticas.

Seguindo a mesma linha, os leitores d’O Globo foram brindados com uma publicação pretensamente irreverente, mas nem por isso menos cruel. Em seu blog, a jornalista Silvia Pilz descreve o comportamento dos mais pobres em consultórios médicos.

Em tom de deboche, ela afirma que essas pessoas costumam inventar doenças e fazem drama para faltar ao trabalho. “Acho que não conheço nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [leia-se nervo ciático inflamado]. Ah! Eles também têm colesterol [leia-se colesterol alto] e alegam ‘estar com o sistema nervoso’ quando o médico se atreve a dizer que o problema pode ser emocional”, escreveu.

Silvia ridiculariza ainda a procura por mais informações na área da saúde, dizendo que, ao assistir a um programa da Rede Globo sobre o assunto, “o caso normalmente é a dúvida de algum pobre”. “Coisas do tipo ‘tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar’. Porque a grande preocupação do pobre é procriar”, complementa.

A jornalista enfatiza que, com a democratização dos planos de saúde, fazer exames se tornou um programa divertido para os pobres, que se arrumam especialmente para a ocasião, chegam cedo e, admirados com o ar-condicionado e o piso de porcelanato dos laboratórios, aguardam ansiosamente pelo lanche oferecido após os exames.

Não sabemos exatamente em que país vive a blogueira em questão, mas, no Brasil, a relação entre os pobres e o acesso à saúde está longe de ser engraçada. Embora algumas conquistas sejam evidentes, os planos particulares não funcionam às mil maravilhas e ainda são, sim, um privilégio de poucos. A realidade da população de baixa renda ainda é, em boa parte, a fila do hospital público, a superlotação, a falta de médicos e a dificuldade na marcação de consultas.

O país, de fato, está mudando. Mas o que parece não mudar nunca é a ideia de um ‘apartheid’ social que enche os olhos da classe média alta brasileira, incomodada em dividir o mesmo ar que segmentos antes marginalizados.

Danuza Leão

Impossível não lembrar da afirmação de outra polêmica colunista, a socialite Danuza Leão, que há alguns anos escreveu na Folha de S. Paulo que ir à Nova Iorque não tinha mais graça, já que eram grandes as chances de encontrar o seu porteiro por lá.

Esses são exemplos clássicos de que o que incomoda a elite não é a perda de direitos, mas de privilégios. Em um mundo onde ser ‘VIP’ e obter exclusividades são o ápice do prazer aristocrático, a popularização do acesso a educação, saúde, viagens e bens de consumo deve ser mesmo um horror.

Imagine que absurdo o filho do motorista estudar na mesma faculdade que o seu, ou encontrar a manicure fazendo compras naquela que era a sua loja preferida. Ainda mais ultrajante deve ser ver a empregada jantando filé mignon e dizendo a você que, de uma vez por todas, a escravidão acabou. Haja Lexotan para acalmar os ânimos dessa gente, tão afeita a mandar e desmandar sozinha em seus feudos imaginários. Quanto a isso, só resta uma coisa a ser dita: acostumem-se… A tendência é piorar.

Ex-vereador de Altaneira é nomeado Assessor Técnico


Portarias de nomeação do Ex-vereador Antonio Henrique
Lopes para exercer a função de Assessor Técnico.
Circulou no Diário Oficial dos Municípios do Ceará nesta segunda-feira, 12 de janeiro, a portaria de nº 011/2015 nomeando o ex-vereador e suplente pela coligação “Melhor Para Todos”, Antonio Henrique Lopes para exercer o cargo de Assistente Técnico junto a Secretaria de Governo do município de Altaneira.


Toda via, nesta quarta-feira, 14, circulou no Diário Oficial a retificação da portaria. Por esta, o ex-parlamentar não irá mais desempenhar a função de Assistente Técnico, mas sim de Assessor Técnico junto à mesma Secretaria.

Antonio Henrique Lopes exerceu entre 2008 e 2012 a função de parlamentar pelo Partido Verde (PV), época em que fazia parte do grupo situacionista e pelo mesmo grupo concorreu à reeleição em outubro de 2012, mas já sem o aparato governista, visto que seu grupo político se encontrara na oposição. Aqui, Antonio não logrou êxito nas eleições, ficando na primeira suplência. 


Ex-vereador e suplente Antonio Henrique é nomeado
Assistente Técnico. 
Em 2014 o ex-vereador deixou a oposição à administração municipal para fazer parte da base governista e participou ativamente na campanha de outubro passado para eleger deputados estaduais, federais, senador, governador e presidente apoiados por sua nova morada.

A nomeação de Antonio Henrique não foi mencionada no sítio oficial do município. Nem mereceu grande destaque nos demais portais de comunicação a nível local, tão pouco mereceu divulgação no único veículo de comunicação radiofônico do município (Rádio Comunitária Altaneira FM), exceto no blog do vereador professor Adeilton que noticiou o fato em primeira mão (mas o caso lhe interessa diretamente). 

Em comentário a postagem mencionada a vereadora Alice Gonçalves (PSB) no grupo “A Política de Altaneira” taxou a nomeação do conterrâneo de “bagatelas do Executivo”.  “Depois insinuam haver acordos só na casa legislativa e esquecem das bagatelas do Executivo. Mas aguardamos que "a moeda de troca" do ato administrativo em questão, seja a capacidade e o nível técnico do colega contratado”, afirmou a parlamentar socialista. Nenhum dos demais vereadores quis comentar a nomeação.

Com chamada única, Ceará ofertará 10.749 vagas pelo SISU distribuidas em 25 municípios



Com a divulgação das notas individuais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 consultadas nesta terça-feira, 13, e divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC), os candidatos devem ficar atentos aos prazos para inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo cronograma, as inscrições têm início na próxima segunda-feira, 19, e encerramento na quinta, 22. Ao todo, são ofertadas 10.749 vagas no Ceará, distribuídas em 25 municípios.

Alunos da EEM Santa Tereza em Altaneira.
Foto: Heloisa Bitu
O processo para preenchimento das vagas remanescentes vai variar em cada instituição. Este ano, a oferta no Interior é significativa e soma 4.573 vagas. No topo, Juazeiro do Norte, com 825 vagas. Em seguida vêm Sobral (689) e Quixadá (463). Os municípios só perdem para a Capital, que contabiliza, sozinha, 6.006 vagas. As demais vagas (170) estão em Maracanaú.

Com a divulgação do resultado, os candidatos devem garantir suas inscrições no Sisu. A pontuação de cada um será automaticamente avaliada e servirá de base para a classificação final, a ser divulgada em procedimento de chamada única - novidade nesta edição.

Para o coordenador do Sisu na Universidade Federal do Ceará (UFC), Miguel Franklin, a chamada única deve acelerar o processo de preenchimento das vagas. “A segunda chamada sempre teve eficiência muito baixa, era gasto de tempo”, afirma.

Se, após a chamada única, ainda restarem vagas, será elaborada uma lista de espera. O prazo para inscrição na lista tem início no próximo dia 26 - data em que será divulgada a chamada única - e término no dia 6 de fevereiro. As instituições têm até o dia 11 de fevereiro para convocar os selecionados na lista de espera. Depois, caso ainda sobrem vagas, cada instituição deve decidir, por si só, de que maneira preenchê-las.

Uece

A Universidade Estadual do Ceará (Uece), por exemplo, tem seleção diferenciada das porque, além do Enem, também adota o vestibular. “Vamos fazer a matrícula da primeira chamada e da lista de espera. Após o prazo de matrícula da lista de espera, caso haja vaga remanescente, vamos colocá-la para os (candidatos) classificáveis do vestibular”, assegura a pró-reitora de Graduação da Uece, Marcília Chagas Barreto.

As outras instituições cearenses vinculadas ao Sisu, como UFC, Instituto Federal do Ceará (IFCE), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Cariri (UFCA) terão soluções semelhantes e também consideram a possibilidade de trabalhar com sistemas de lista de espera.