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Bolsonaro veta recursos de pesquisa, saúde e educação do Orçamento de 2022

 

(FOTO/Pixabay).

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, com vetos, o Orçamento de 2022 aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional. A nova lei de diretrizes orçamentárias (14.303/22) foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24). Os cortes, detalhados somente hoje, atingem principalmente as áreas de pesquisa, educação, saúde, sustentabilidade e proteção a povos indígenas e quilombolas.

A Fiocruz, por exemplo, perdeu R$ 11 milhões que iriam para pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde. Já o programa de saneamento básico rural teve corte de R$ 40 milhões. O controle de desmatamento perdeu R$ 8,5 milhões.

Também foram tirados R$ 8,6 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), voltados para formação, capacitação e fixação de recursos humanos para o desenvolvimento científico. Outros R$ 859 mil para o fomento de projetos de pesquisa e desenvolvimento científico que seriam promovidos por meio do órgão foram suprimidos.

Ao todo, foram R$3,18 bilhões embargados pelo Executivo. A Secretaria Geral da Presidência informou que “foi necessário vetar programações orçamentárias com intuito de ajustar despesas obrigatórias relacionadas às despesas de pessoal e encargos sociais. Nesse caso, será necessário, posteriormente, encaminhar projeto de lei de crédito adicional com o aproveitamento do espaço fiscal resultante dos vetos das programações”.

Cortes ministeriais

Os ministérios do Trabalho e Previdência e da Educação foram os mais afetados pelos cortes. Juntos, eles somam mais da metade dos recursos vetados.

A pasta de Onyx Lorenzoni sofreu perdeu cerca de R$1 bilhão, maior parte dele no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso equivale a um terço do que estava reservado para o órgão.

O veto na Educação retirou da pasta R$ 802,6 milhões, dos quais quase R$500 milhões seriam destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Bolsonaro também vetou R$ 458,7 bilhões do Desenvolvimento Regional, R$ 284,3 milhões da Cidadania e R$ 177,8 milhões da Infraestrutura.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a estratégia dos técnicos do governo era centrar os vetos necessários em órgãos que haviam tido incremento de verbas, em uma tentativa de minimizar o desgaste político da tesourada.

Fundo eleitoral

No Orçamento foram mantidos os R$4,9 bilhões para o fundo eleitoral, o chamado 'fundão', repassado aos partidos e usado para financiar campanhas. O fundo especial de financiamento de campanhas é destinado aos partidos políticos para pagarem a corrida eleitoral. Inicialmente, foi aprovado um recurso de R$2,1 bilhões. No entanto, o Congresso subiu o valor para R$4,9 bilhões. A cifra representa mais que o dobro dos aproximados R$2 bilhões destinados às eleições de 2018 e de 2020.

Bolsonaro também deixou intactos os R$16,5 bilhões para emendas de relator – orçamento secreto. O esquema distribuiu recursos a aliados políticos do governo em troca de apoio parlamentar. Paralelamente, o presidente manteve a previsão de R$1,7 bilhão para reajuste de funcionários públicos federais, sem especificar, no entanto, quais categorias seriam beneficiadas.

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Com informações do Alma Preta.

Governador do Ceará, Camilo Santana, afirma que Sergio Moro "representa o mesmo projeto de Bolsonaro"

 

Camilo participa do Jogo Político. (FOTO/ Thais Mesquita)

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), comentou o cenário eleitoral de 2022 demonstrado nas últimas pesquisas eleitorais. Camilo disse que o pré-candidato Sergio Moro “representa o mesmo projeto de Bolsonaro”. Ele falou ainda sobre uma possível chapa entre Lula (PT) e Alckmin (sem partido) e comentou a viabilidade da 3ª via.

Em entrevista ao programa Jogo Político, do O POVO, Santana defendeu a ampliação do número de projetos para o País como forma de fortalecer a democracia no País. Ao ser questionado sobre a candidatura do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o governador disse que ela faz parte do processo democrático, mas que, para ele, “Moro representa o mesmo projeto de Bolsonaro, na mesma linha, e portanto, ruim para o País”.

Com informações do O Povo. Abaixo integra da entrevista.

            

Enem 2021: Governo Bolsonaro recomeça a temporada de sacanear estudantes

 

Jair Bolsonaro e o ministro Milton Ribeiro. (FOTO/ Reprodução/ Facebook/ Jair Bolsonaro)

Fazer Enem é uma longa corrida de obstáculos, ainda mais quando você é pobre. O governo Jair Bolsonaro, ao invés de ajudar a suavizar o caminho dos estudantes, coloca areia movediça, lagos com jacarés, canhões de raio laser e cercas eletrificadas no meio.

Como a nota do Exame Nacional do Ensino Médio é usada para a seleção em universidades dentro e fora do país, a prova é um momento em que o governo federal deveria garantir segurança e tranquilidade aos estudantes. Mas a gestão Jair Bolsonaro, por incompetência ou sadismo, tem transformado o antes, o durante e o depois em um inferno desde 2019.

Nesta segunda (😎, a 13 dias do Enem 2021, 29 servidores do Inep, instituto ligado ao Ministério da Educação, pediram exoneração de seus cargos. Desses, 27 trabalham em áreas ligadas à prova, de acordo com reportagem do UOL. Com essas, são 31 demissões do Inep em uma semana.

No pedido de dispensa, citam a "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep". Danilo Dupas, presidente do órgão, é acusado por servidores de tomar decisões sem critérios técnicos, realizar assédio moral e se omitir de responsabilidades.

O bafafá começa a nova temporada de dores de cabeça imposta pelo governo Bolsonaro aos estudantes. Neste ano, o responsável pela lojinha é o pastor Milton Ribeiro, o ministro da Educação que acredita que crianças com deficiência estudando junto com as demais "atrapalha".

A realidade apontou que o principal problema envolvendo o Enem, mais do que ideologia, seria a incompetência aliada à soberba e à falta de transparência.

Com o MEC transformado na Casa da Mãe Joana já sob o ministro Ricardo Vélez Rodríguez, com pessoas que não ficavam no cargo o suficiente para esquentar a cadeira, sem planejamento, comando ou autocrítica e tendo sido loteado com grupos de extrema direita, o ministério tornou-se mais vulnerável a falhas.

O resultado veio a galope. Mais de 170 mil estudantes enviaram reclamações ao MEC por conta de sua nota no Enem 2019.

Alguns registraram representações no Ministério Público Federal, exigindo revisão geral da correção da prova, auditoria transparente nos processos e suspensão da seleção pelo Sisu (o Sistema de Seleção Unificado) enquanto tudo não fosse resolvido. As reclamações pipocaram nas redes sociais logo após o então o ministro Abraham Weintraub ter dito que aquele tinha sido "o melhor Enem de todos os tempos" em 17 de janeiro de 2020.

Quando os problemas do Enem 2019 ainda se faziam sentir, o governo federal veio com outra bomba, mantendo as datas para a realização do Enem 2020, desconsiderando que milhões de alunos do ensino médio de escolas públicas estavam com os conteúdos atrasados devido à pandemia de coronavírus. Foi tomar o caldo de uma segunda onda sem tempo de respirar após a primeira.

O Ministério da Educação chegou ao ponto de veicular uma campanha em que justificava para esses jovens que era legal ser largado à própria sorte. Dizendo que "a vida não pode parar", que "é preciso ir à luta", "se reinventar", "superar", quatro jovens atores pedem para que todos "estudem", "de qualquer lugar", "de diferentes formas", pois "seu futuro já está aí".

Enquanto a vida nas boas escolas particulares seguiu seu curso na pandemia, com plataformas de educação à distância, rico material didático e professores minimamente treinados para aulas pela internet, aulas em realidade virtual, na maioria das escolas públicas, estudantes foram obrigados a entrar em férias. Depois, a se conectar com uma realidade precária de ensino à distância, não por culpa dos docentes e dos gestores educacionais, mas pelas deficiências de parte do sistema público. Muitas casas não tinham acesso à internet, outras nem computador.

Fazer Enem é uma corrida de obstáculos, ainda mais quando você é pobre, como disse acima. Bolsonaro parece querer deixar claro que só os fortes devem sobreviver.

A menos, é claro, que você tenha o sobrenome "certo". Como mostrou a história da admissão da filha de Bolsonaro no concorrido Colégio Militar de Brasília sem passar pelas provas como os outros mortais, nós temos meritocracia sim. Pena que, por aqui, ela é hereditária.

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Por Leonardo Sakamoto, em seu Blog. Lei a íntegra aqui.

Jornalista que cobre o G20 relata a situação deprimente de Bolsonaro no evento

 

(FOTO/ Twitter/ Reprodução).

O jornalista Jamil Chade, do portal UOL, que cobre o encontro do G20, em Roma, na Itália, publicou um relato com as impressões sobre a presença de Jair Bolsonaro no evento que reúne líderes responsáveis por 80% da economia mundial. Para o correspondente, desde o primeiro minuto, o ocupante do Palácio do Planalto parecia desconfortável e totalmente deslocado.

Na antessala destinada a abrigar líderes mundiais, cercada de guarda-costas e veículos militares blindados que fazem a segurança do evento, autoridades como a alemã Angela Merkel, o francês Emmanuel Macron, o português Antônio Guterres, secretário-geral da ONU, e a holandesa Ursula van der Leyen, presidente da Comissão Europeia, tratam de assuntos de Estado, em tom característico, enquanto Jair Bolsonaro se mantém isolado e ignorado num canto.

Tentando se entrosar, pergunta a garçons e organizadores se “são todos italianos ali”. Os empregados, preocupados em manter o foco no emprego, apenas fazem um sinal com a cabeça. As investidas inconvenientes e desconexas seguem e se amplificam. Bolsonaro, agora em tom mais alto, faz piada com a distante final da Copa de 70, entre Brasil e Itália. Ninguém entende e o radical de extrema direita segue em seu isolamento.

Chade relata ainda que, com a aproximação de um guarda-costas da conferência, presumivelmente um agente de segurança do governo italiano, Bolsonaro olha para o homem, trajado de terno e com o semblante sem expressão típico, e diz: “máfia”.

Um vexame. Quem conhece a história e as mazelas italianas das últimas décadas sabe que o crime organizado é uma das chagas do país, onde quadrilhas altamente sofisticadas operam em vários ramos, sobretudo no tráfico de drogas, colocando a nação peninsular na desconfortável posição de uma das principais portas de entrada de entorpecentes da comunidade europeia.

A comitiva brasileira, formada por ministros e diplomatas, resolve agir. Saem com chefe de Estado brasileiro em busca de interlocutores. Um dos abordados, como já noticiado, é Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia. A conversa entre os dois é recheada de mentiras por parte de Bolsonaro, que falou sobre a “forte recuperação econômica brasileira” e a “alta popularidade”, num país em que 58% da população consideram seu governo ruim ou péssimo.

Numa síntese, o jornalista do UOL afirma que nas cimeiras internacionais onde Bolsonaro está presente nos últimos três anos, apenas seus ministros o cercam, enquanto líderes mundiais o ignoram totalmente.

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Com informações da Revista Fórum.

Após salvar o Brasil da Covid, ciência recebe do governo um cuspe na cara

(FOTO/ Reprodução).

O corte de R$ 600 milhões nos recursos previstos para o Ministério da Ciência e Tecnologia reforça o equívoco de quem afirma que o governo Bolsonaro acabou. Pelo contrário, ele segue a todo vapor no seu principal objetivo: desconstruir o país para reconstruí-lo à sua imagem e semelhança. E na realidade paralela do bolsonarismo, ciência muitas vezes é um problema, não a solução.

Entidades científicas avisam que a tungada - realizada pelo Congresso Nacional a pedido do ministro da Economia, Paulo "Ilhas Virgens" Guedes - reduzirá o financiamento e, por conseguinte, a produção de conhecimento no Brasil. No ano em que a ciência nos salvou do charlatanismo, do curandeirismo e do negacionismo, ela recebe um cuspe na cara como agradecimento.

O Brasil ficou menor durante a pandemia porque o governo e seus aliados deram as costas para médicos e cientistas, promovendo tratamentos e remédios ineficazes, atacando o isolamento social, afirmando que vacinas transformariam pessoas em jacarés ou matariam adolescentes, fazendo experimentos em cobaias humanas.

O epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, calcula que mais de 400 mil das 600 mil mortes foram desnecessárias.

O bolsonarismo elabora seus planos visando às suas necessidades políticas e econômicas, da reeleição ao lucro fácil. Qualquer entrave colocado no caminho de seus objetivos é atacado violentamente. Nesse contexto, a ciência, que expõe as mentiras de Bolsonaro, tem sido asfixiada - o orçamento do CNPq, que financia a pesquisa nacional, neste ano, é 38% do que era em 2013.

A tragédia é que Bolsonaro está nos condenando a um apagão de conhecimento nas próximas décadas, uma vez que projetos científicos não são ligados e desligados do dia para a noite. A redução no orçamento para pesquisa não apenas atrapalha processos em andamento, mas desestimula os novos cientistas a persistirem na carreira.

O mais desconcertante é que para além de cortes por necessidades orçamentária, a porrada de R$ 600 milhões nos recursos a serem destinados ao ministério e ao CNPq faz parte do projeto de desmonte do governo Bolsonaro. O presidente, que vê os fatos como inimigos, precisa reduzir o país a cinzas para reergue-lo sob novas bases.

"
Nós temos é que desconstruir muita coisa. Desfazer muita coisa. Para depois nós começarmos a fazer. Que eu sirva para que, pelo menos, eu possa ser um ponto de inflexão, já estou muito feliz
."

A declaração dele, dada a lideranças de extrema direita em um jantar nos Estados Unidos em março de 2019, vai ao encontro da desconstrução de um país minimamente iluminado pela razão e por fatos por um baseado em superstições e mentiras, no qual ele próprio possa ser, como diria o Evangelho de João, capítulo 14, versículo 6, o caminho, a verdade e a vida.

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Por Leonardo Sakamoto em seu blog. Leia a íntegra aqui.

Sozinho, Bolsonaro aposta no 7 de setembro

 

Bolsonaro. (FOTO/ Reprodução).

O Bolsonaro está cada dia mais isolado e acuado. Até o “apaziguador” Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, parece que desistiu da paz com Jair Bolsonaro. Mais ágil do que o normal, ele negou a abertura do processo impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, solicitada pelo desesperado fascista do Planalto.

Diante da negativa, o derrotado presidente desabafou em entrevista à rádio Jornal Pernambuco nesta quinta-feira (26) que “nessa briga [contra o STF] eu estou praticamente sozinho… Os poderes são independentes. Eu entrei com a ação para que o processo fosse avante… O [Rodrigo] Pacheco entendeu e acolheu uma decisão da advocacia do Senado”.

O chororô do fascista, porém, não deve iludir ninguém. Apesar da nova derrota, ele vai insistir em jogar “fora das quatro linhas da Constituição”, apostando no caos e na desestabilização política. Como atesta a Folha, “Bolsonaro vem inflamando seus apoiadores no embate contra o STF, que deve ser um dos principais alvos do protestos de 7 de setembro”.

Os sinais são tensos no horizonte. Tanto que “o Supremo Tribunal Federal prepara esquema especial de segurança para proteger o prédio da Corte, em Brasília, no feriado de 7 de setembro, quando os bolsonaristas estão convocando manifestações contra o Judiciário na Esplanada dos Ministérios”, informa o site Metrópoles.

“O esquema está sendo organizado por integrantes do Supremo e da PM do Distrito Federal. Uma das ideias é cercar o prédio da Corte não só com grades de ferro como com PMs, para evitar invasões e depredações. Fontes do STF ressaltam que, além do prédio-sede da Corte, localizado na Praça dos Três Poderes, o órgão já havia reforçado a segurança pessoal de todos os 11 ministros do tribunal há alguns meses, quando bolsonaristas intensificaram ataques aos magistrados.”

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Com informações do O Cafezinho.

Litro da gasolina já passa de R$ 7 em alguns estados, e a culpa não é do ICMS

 

Dolarização dos combustíveis dói no bolso do motorista enquanto engorda as contas de investidores estrangeiros. (FOTO/ Fernando Frazão/ABR).

Motoristas de pelo menos quatro estados já estão pagando mais de R$ 7 pelo litro da gasolina comum. O valor mais alto, de acordo com levantamento da Agênca Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foi registrado em Tocantins (R$ 7,36). Logo atrás aparecem o Rio Grande do Sul (R$ 7,18), Acre (R$ 7,13) e Rio de Janeiro (R$ 7,05). Mas os aumentos são generalizados em todo o país. Só em 2021, o preço da gasolina subiu 51%, em média.

O presidente Jair Bolsonaro tenta terceirizar a culpa pela escalada dos preços. “A gasolina tá barata”, chegou a dizer na última terça-feira (24). “O pessoal tem que entender a composição do preço”, acrescentou. São reiteradas as declarações do ocupante do Palácio do Planalto tentando responsabilizar os impostos estaduais, em especial o ICMS, pela explosão dos preços.

Trata-se de mais um caso de fake news presidencial. As alíquotas do ICMS variam de estado para estado. A média nacional fica em 27,5% sobre o valor cobrado nas distribuidoras. Contudo, não houve aumento desse percentual nos últimos anos que justifique a escalada de preços. Em São Paulo, por exemplo, a alíquota do imposto, de 25%, é a mesma desde 2015.

Composição do preço da gasolina

Além dos 27,5% do ICMS cobrado pelos estados, o preço da gasolina é composto de 11,6% de tributos federais; 16,3% do custo de etanol anidro; 11% de lucro na distribuição e revenda, e 33% da realização da Petrobras, que estabelece o custo da gasolina que sai das refinarias. A grande variação ocorreu neste último. E decorre da política de preços sendo adotada pela Petrobras a partir de outubro de 2016. Ainda durante o governo Temer, o presidente da estatal à época, Pedro Parente, implementou o chamado Preço de Paridade Internacional (PPI). Tais regras seguem valendo desde então.

Na definição do PPI, a principal baliza é o preço do petróleo no mercado internacional, cotado em dólar, portanto. O barril do tipo Brent, utilizado como referência, subiu 37% nesse ano. Soma-se a isso a desvalorização do real frente ao dólar. Na última quinta-feira (26), a moeda americana fechou cotada em 5,25. No mês passado, a alta registrada foi 4,76%. No primeiro semestre, houve leve queda, de – 4,13%. Em 2020, no entanto, o dólar teve alta acumulada de 29,36%. São, portanto, estas as variações associadas que explicam a escalada dos combustíveis, em função da dolarização dos preços.

“Não tivemos aumento dos impostos nos últimos anos. Nem mesmo dos impostos estaduais, nem federais. Na verdade o que temos são os fatores ligados à política de preços implementada por Temer e mantida pelo governo Bolsonaro”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar ao repórter Jô Miyagui, em reportagem para o Seu Jornal, da TVT.

Tá caro, e pode piorar

O propósito principal do PPI é garantir a lucratividade dos investidores da Petrobras. E vem cumprindo à risca a sua função. O lucro líquido registrado pela empresa no segundo trimestre foi de R$ 42,9 bilhões. No início do mês, a estatal anunciou, inclusive, o pagamento antecipado de R$ 31,6 bi em dividendos a seus acionistas, relativo ao exercício deste ano. Deste montante, R$ 12,8 bi ficaram na mão de investidores estrangeiros, que detêm mais de 40% do capital da Petrobras. Os acionistas privados brasileiros ficaram com R$ 7,7 bilhões. O restante (R$ 11,6 bi) foi direcionado ao caixa do governo federal e ao BNDES.

Para a economista-chefe do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), Juliane Furno, o PPI é o principal fator que explica o aumento dos combustíveis. Ela prevê que os preços podem continuar subindo. Isso porque, com a gradual retomada das atividades nos países desenvolvidos, que estão reabrindo a economia após o avanço da vacinação contra a covid-19, a demanda mundial por petróleo deve se elevar. Já em relação ao dólar, ela aposta numa eventual recuo da moeda americana, em função da retomada dos fluxos de investimentos internacionais.

“Trocando em miúdos, mesmo que o dólar ceda, a gente vai continuar pagando muito caro no combustível. A tendência é que o preço do barril de petróleo ainda não tenha atingido o seu clímax, e ainda pode subir com a retomada das atividades econômicas”, aponta Juliane.

Tributação

Por outro lado, além de afastar qualquer relação do ICMS com a escalada do preço da gasolina nas bombas, a economista chama a atenção para a importância do tributo estadual. Com a queda das atividades econômicas, em geral, por conta do descontrole da pandemia, as receitas tributárias oriundas dos combustíveis ganharam ainda maior relevância. Ela destaca que é a arrecadação do ICMS, em grande parte, que garante a manutenção dos serviços públicos estaduais, como saúde, educação e segurança, utilizada inclusive para arcar com os salários de médicos, professores e policiais.

Nesse sentido, ela também afirma que não faz sentido exigir que os governadores sacrifiquem as arrecadações estaduais. A principal diferença, segundo ela, é que os estados têm capacidade de endividamento muito limitada, ao contrário do governo federal. Este, sim, teria condições de arcar com políticas de desoneração fiscal ou, ainda, lançar mão de outros instrumentos (como a emissão de títulos) para eventualmente gastar mais do que arrecada.

Alternativas

Além disso, Juliane também acredita que não só é possível, como também viável abandonar o PPI. Ela lembra que, antes de 2016, a política preços adotada pela Petrobras levava em consideração os valores internacionais, mas, mais do que isso, era baseada na internalização (e não internacionalização) dos custos de produção do petróleo e seus derivados.

“Mais significativos eram os custos de internalização, os custos de produção e de refino, que são dados em reais. Portanto, não precisaria acompanhar a precificação internacional, nem converter isso pela taxa de câmbio. É possível, sim, uma nova política de preços, mesmo mantendo a Petrobras com controle acionário privado”, disse.

Ela diz que as ações da Petrobras deveriam “precificar” os riscos inerentes a uma estatal. As funções da empresa, segundo ela, vão muito além do que apenas garantir vultosos lucros aos seus acionistas. A estatal deve orientar sua atuação no sentido de garantir a soberania energética, oferecendo combustíveis a preços justos, o que é fundamental para o desenvolvimento do país. Mas, para isso, será necessário enfrentar os interesses dos investidores, que teriam suas margens de lucro reduzidas no curto prazo.

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Com informações da RBA.

Rodrigo Pacheco sinaliza arquivamento de pedido de impeachment de Moraes

 

Rodrigo Pacheco. (FOTO/ Reprodução

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sinalizou na noite desta sexta-feira, 20, que deve colocar na gaveta o pedido de impeachment contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, protocolado pelo Palácio do Planalto.

O congressista foi claro ao dizer que não iria se render a “nenhum tipo de investida que seja para desunir o Brasil”.

“Não vamos nos render a nenhum tipo de investida para desunir o país. Gostaria que a energia que está sendo gasta para criar polêmica fosse usada para resolver problemas”, afirmou Pacheco.

Na avaliação do presidente do Congresso, o impeachment de um ministro da Suprema Corte “é algo grave, excepcional, de exceção, que não pode ser banalizado”.

“Acaba sendo uma ruptura, algo de exceção. Mais do que o movimento político, há um critério jurídico. Há uma lei de 1950 que tem um rol muito taxativo de situações em que pode haver impeachment de ministro. A avaliação é política, mas também é jurídica, é técnica”.

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Com informações de O Cafezinho.

Indígenas denunciam Bolsonaro por genocídio e ecocídio no Tribunal de Haia

 

(FOTO/ Reprodução/ Abip).

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) apresenta nesta segunda-feira (9) nova denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. A organização acusa o governo brasileiro de “genocídio” por conta da morte 1.162 indígenas de 163 povos ao longo da pandemia. A informação é do jornal O Globo. Além disso, os indígenas também querem que Bolsonaro seja enquadrado no crime de “ecocídio”. Trata-se de uma nova tipificação de crime contra a humanidade, que inclui danos irreversíveis ao meio ambiente.

O documento, de 184 páginas, aponta que as políticas adotadas pelo governo federal, além dos discursos de Bolsonaro, têm estimulado invasões de terras indígenas para o garimpo ilegal, desmatamento e incêndios nos biomas. Dentre inúmeros exemplos, citam o desmantelamento da Funai e o congelamento dos processos de demarcação de terras.

“São fatos e depoimentos que comprovam o planejamento e a execução de uma política anti-indígena explícita, sistemática e intencional encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro, desde 1º de janeiro de 2019, primeiro dia de seu mandato presidencial”, diz a denúncia.

O relatório destaca seis etnias mais diretamente afetadas pelas práticas genocidas: os Munduruku, os Yanomami, os Tikuna, os Guarani-Mbya, os Kaingang e os Guarani Kaiowá. A Apib também relata mortes, perseguições e assassinatos de indígenas, somada à postura negligente dos órgãos de investigação.

“Bolsonaro tem reiterado discursos e atos violentos e discriminatórios contra os povos indígenas brasileiros, bem como tem obstado, através de uma série de atos administrativos e legais, a integridade das terras demarcadas e a continuidade dos processos de demarcação de terras”, assinala a Apib, na representação.

Ameaça global

De acordo com a coordenadora-executiva da Apib, Sônia Guajajara, Bolsonaro representa uma ameaça global. Ela diz que os danos causados até o momento representam um retrocesso de 50 anos. “Tenho medo que isso seja irreversível. Toda essa destruição ambiental que está sendo legalizada é muito perigosa não só para o Brasil como para todo o planeta.” Além disso, ela afirmou que os indígenas não suportam mais “tanta dor” causada durante a pandemia.

O coordenador jurídico da Apib, Luiz Eloy Terena, um dos autores da denúncia, as ações tomadas pelo governo Bolsonaro têm deixado os povos indígenas sem a proteção garantida por lei. Além da recusa nas demarcações, ele cita projetos de lei, decretos e portarias “que tentavam legalizar as atividades ilícitas em território indígena”.

Para a advogada Eloísa Machado, do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu), que revisou a ação apresentada pela Apib, há argumentos suficientes para defender o argumento de prática de crime de genocídio. Ela citou que o Estatuto de Roma, que rege o funcionamento do TPI, prevê punição para “atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico”. Caso o Tribunal considere que os elementos são suficientes para abrir um inquérito e, posteriormente, determine que Bolsonaro seja condenado, ele poderia sofrer desde de sofrer medidas cautelares e até prisão preventiva.

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Com informações da RBA.


‘Live’ de Bolsonaro repercute mal e pode ter enterrado as chances do voto impresso

 

Presidente voltou a atacar instituições e não apresentou provas de supostas 'fraudes'. (FOTO/ Marcelo Camargo/Agência Brasil).

Depois do tumulto da última sessão antes do recesso, a comissão especial da Câmara que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135, do voto impresso, voltará a se reunir na próxima quinta-feira (5), às 14h. Embora os governistas tenham conseguido tempo, a avaliação é de que as chances de emplacar o projeto diminuíram consideravelmente depois da live de Jair Bolsonaro de ontem (29) à noite, que começou com aproximadamente 100 mil expectadores no Facebook e terminou com menos de 50 mil.

Como vem falando desde 2019, o presidente anunciou que apresentaria provas de fraudes eleitorais, para justificar sua defesa do voto impresso. Requentou acusações e admitiu não ter provas. O tom agressivo irritou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em outras ocasiões, o presidente da República já havia ofendido o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, além de colocar em dúvida a própria realização das eleições.

Duas semanas atrás, a PEC 135 esteve prestes a ser derrubada na comissão especial. Mas o presidente do colegiado, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), encerrou subitamente a sessão, sem que a matéria fosse votada, sob protestos da oposição.

Desmoralização

Em rede social, ainda ontem, o deputado Fábio Trad (PSD-MS) ironizou a performance presidencial diante das câmeras. “Como membro titular da Comissão Especial da PEC do voto impresso, devo admitir – por uma questão de lealdade a vocês – que, antes da live de hoje do Presidente Bolsonaro, eu estava convencido a votar não à PEC, mas depois da live fiquei mais convencido ainda”, escreveu. (…) A estratégia é simples: desmoralizar a urna eletrônica para que não vejam a desmoralização do próprio governo. E tem gente que insiste em não ver.”

Também integrante da comissão, Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que “a loucura” do presidente tem como objetivo “insuflar atos radicais conra as eleições e a democracia”. “Quer coagir o Congresso, mas vai perder”, emendou.

A comissão pode votar parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), bolsonarista-raiz, assim como a autora da PEC, Bia Kicis (PSL-DF). Foram apresentados quatro votos em separado, de Arlindo Chinaglia (PT-SP), Fernanda Melchionna (Psol-RS), Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Paulo Ganime (Novo-RJ).

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Com informações da RBA.

Bolsonaro admite não ter prova de fraudes em eleições. TSE rebate mentiras em tempo real

 

Depois de anos levantando suspeitas, Bolsonaro confessa que vem mentindo há tempos sobre fraude eleitoral: “não temos prova”. (FOTO/ Reprodução).


Após quase três anos afirmando que fraudes impediram sua vitória ainda no primeiro turno das eleições de 2018, Jair Bolsonaro realizou nova live nas redes sociais nesta quinta-feira (29) com o anúncio de que apresentaria as provas das suas denúncias. No entanto, ele apenas repetiu teorias que circulam há anos na internet e que já foram desmentidas anteriormente para justificar sua defesa da mudança do atual sistema eleitoral brasileiro para o voto impresso, com uma proposta de emenda em discussão na Câmara.

Além disso, Bolsonaro mudou o discurso e finalmente admitiu que não pode comprovar se as eleições foram ou não fraudadas. “Não temos prova”, disse o presidente. O voto impresso virou a principal bandeira do atual governo, principalmente desde a libertação e o restabelecimento dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possivelmente seu adversário nas eleições do ano que vem.

Na transmissão de hoje, Bolsonaro exibiu apenas o que chamou de “indícios” de que teriam sido cometidas fraudes contra o sistema eleitoral brasileiro seria fraudulento. “Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas. São indícios. Crime se desvenda com vários indícios”, defendeu. Porém, enquanto expunha mais uma vez suas suposições e mentiras, o conteúdo apresentado foi rebatido simultaneamente pelo Tribunal Superior Eleitoral, também nas redes sociais.

Desmentido em público

Inicialmente, Bolsonaro disse que a apuração do TSE é feita de forma secreta e deveria ser pública. A Corte Eleitoral desmentiu, explicando que a própria urna eletrônica faz a apuração automática, em processo público e auditável. E que os dados, criptografados, são transmitidos ao TSE para checagem de autenticidade.

O TSE também rebateu o presidente de que somente Brasil, Bangladesh e Butão realizam eleições apenas com urnas eletrônicas, sem a impressão posterior do voto. O tribunal informou que, na verdade, 46 países usam urnas eletrônicas em suas eleições e, desses, 16 adotam máquinas de votação eletrônica de gravação direta, sem qualquer interação com cédulas de papel.

Em seguida, Bolsonaro apresentou um vídeo em que um homem, apresentado como programador, afirma que é possível fraudar a contagem da urna eletrônica com facilidade. Para isso, bastaria inserir padrões de registro de voto no código-fonte a cada intervalo determinado de votos. Esse homem disse que é possível, por exemplo, que o voto em um candidato seja contado para outro ou contabilizado como nulo. Também alega que é possível programar a urna para exibir a foto de um candidato que se deseje favorecer com a digitação de apenas um número.

O TSE respondeu que não reconhece o simulador utilizado no vídeo e informa que as acusações já foram desmentidas. Segundo o tribunal, a urna não tem possibilidade de “autocompletar” o voto, nem creditar a um o voto que iria para outro.

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Com informações da RBA. Leia o texto completo aqui.

Lula venceria Bolsonaro por 51% a 32% se eleição fosse hoje, mostra pesquisa divulgada nesta 4ª

 

Lula venceria também Ciro Gomes (PDT) em eventual segundo turno com o ex-governador do Ceará. (FOTO/  Miguel Schincariol/AFP).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria Jair Bolsonaro (sem partido) no segundo turno se as eleições de 2022 fossem hoje. É o que aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira (28), realizada pela Futura Inteligência em parceria com a Modalmais. O levantamento colheu as intenções de voto de 2.006 pessoas das cinco regiões do país entre os dias 23 e 26 de julho.

De acordo com a pesquisa, Lula teria 51,3% dos votos no segundo turno para as eleições à presidência, enquanto o atual presidente teria 32,9%.

Já se o segundo turno fosse entre Lula e Ciro Gomes (PDT), o petista teria 45,5% de preferência, contra 25,4% do ex-governador do Ceará. A pesquisa simulou ainda um terceiro cenário, entre Ciro e Bolsonaro, com vantagem para o primeiro, de 46,6% a 33,1%.

O levantamento divulgado nesta quarta segue na linha de todos os que foram realizados ao longo dos últimos três meses. A última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, por exemplo, há 20 dias, Lula aparecia com 58% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra Bolsonaro. O atual presidente teria 31%.

Já em pesquisa CNT/TDMA divulgada no início deste mês, em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente teria 52,6%, ante 33,3% do atual ocupante do Palácio do Planalto. Neste cenário, 11,5% votariam branco ou nulo.

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Com informações do Brasil de Fato.

Bolsonaro veta projeto que facilitaria acesso a remédios orais contra câncer

Bolsonaro veta projeto que facilitaria acesso a remédios orais contra câncer. (FOTO/ Reprodução).

O presidente Jair Bolsonaro vetou um projeto que facilitaria o acesso a remédios orais contra câncer por meio dos planos de saúde. A informação foi confirmada pela Secretaria-Geral da Presidência, nesta segunda-feira (26).

A proposta, que chegou a ser aprovada pelo Congresso Nacional, tinha por objetivo reduzir as exigências para que os planos de saúde fossem obrigados a custear tratamentos orais contra o câncer.

Vetos presidenciais a projetos ou a trechos de projetos aprovados pelo Poder Legislativo precisam ser analisados pelos parlamentares, que podem mantê-los ou derrubá-los.

Em julho, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto por 388 votos a 10. No Senado, a proposta do senador Reguffe (Podemos-DF) foi aprovada em 2020 de forma unânime pelos 74 senadores presentes à sessão.

Segundo o governo, o texto do projeto poderia comprometer o mercado dos planos de saúde por não observar aspectos como “previsibilidade”, “transparência” e “segurança jurídica”.

A regra atualmente em vigor prevê que, para o tratamento domiciliar, o medicamento só deve ser pago pelo plano de saúde se for aprovado:

pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regula todas as medicações em uso no país;

pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos e seguros médicos.

A ANS, porém, demora mais de um ano para rever a lista dos remédios que os planos são obrigados a pagar – o que, segundo defensores do projeto, é um tempo muito longo.

Se Bolsonaro sancionasse o texto, ficaria retirada a exigência da inclusão do medicamento nos protocolos da ANS, e o plano de saúde teria que fornecer o tratamento a partir do registro da Anvisa.

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Com informações do Notícia Preta.

Encontro de Bolsonaro com neta de ministro nazista mostra ‘compromisso com o fracasso’, diz professor

Foto do encontro de Bolsonaro e Beatrix von Storch foi compartilhada pela alemã nas redes sociais. (FOTO/ Arquivo Pessoal/ Reprodução).

A aparição do presidente Jair Bolsonaro com a deputada alemã Beatrix von Storch, vice-líder do partido AfD (Alternativa para Alemanha), de extrema direita, causou indignação. “Esse encontro é muito simbólico, mas também mostra o compromisso de Bolsonaro com o fracasso”, diz Thomas Heye, professor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF). A realidade tem mostrado que líderes ultradireitistas não têm conseguido dar sequência a seus projetos de continuidade, mas o “líder” brasileiro parece acreditar na companhia desses personagens em queda.  A parlamentar alemã é neta de Johann Ludwig Schwerin von Krosigk, que foi ministro das Finanças de Adolf Hitler no regime nazista.

Da mesma maneira que Donald Trump perdeu, Viktor Orbán vai perder na Hungria, a Polônia cada vez mais esvaziada, Marine Le Pen em queda na França…”, continua Heye. Além disso, Bolsonaro mais uma vez manifesta sua preferência político-partidária, e ideológica, em uma eleição importante no mundo. No ano passado, contra o bom senso e a diplomacia, ele apoiou o republicano Donald Trump à reeleição, derrotado pelo democrata Joe Biden. O presidente brasileiro foi o último chefe de Estado da América Latina a reconhecer a vitória de Biden. A poderosa Angela Merkel não disputará a eleição, mas certamente a continuidade de sua política não passa pela extrema direita que Bolsonaro abraça.

No final do mês passado, o partido da líder da extrema direita da França, Marine Le Pen, era considerado como tendo boas chances nas eleições regionais, mas fracassou. O húngaro Orbán está sendo muito pressionado pela União Europeia depois de anunciar referendo sobre uma lei contra a comunidade LGBT, que a Comissão Europeia considera contrária aos direitos humanos.

Atrocidades

Já Bolsonaro provocou protestos de entidades no Brasil ao posar com Beatrix. “A Conib lamenta a recepção dada à representante do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) em Brasília. Trata-se de partido extremista, xenófobo, cujos líderes minimizam as atrocidades nazistas e o Holocausto”, diz nota da Confederação Israelita do Brasil (Conib), uma das que se manifestaram. “O Brasil é um país diverso, pluralista, que tem tradição de acolhimento a imigrantes”, acrescenta a Conib, para a qual tolerância, a diversidade e a pluralidade são “valores estranhos” ao AfD de Beatrix von Storch.

“Recepção amistosa“        

Em post publicado em redes sociais, a deputada extremista agradeceu a Bolsonaro “pela amistosa recepção” e disse que o brasileiro tem “clara compreensão dos problemas da Europa e dos desafios políticos do nosso tempo” (sic). A ultradireitista alemã Beatrix também se encontrou com os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).

O Alternativa para Alemanha, nome do partido fascista deles de agora, é um movimento à extrema-direita que essa deputada representa, e ressuscita fantasmas do passado que a sociedade alemã como um todo queria apagar”, diz Thomas Heye.

Na semana passada, o Museu do Holocausto, em Curitiba, declarou que a AfD é “um partido de extrema-direita com tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e com um forte discurso anti-imigração”.

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Com informações da RBA.

Em nota, TSE rebate tese de Bolsonaro sobre fraude na eleição

(FOTO/ Tribunal Superior Eleitoral).

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nota, na noite desta quinta-feira (22), para rebater mais uma fala do presidente Jair Bolsonaro sobre suposta “fraude” nas eleições.

Em sua live semanal, o titular do Planalto lançou teoria conspiratória dizendo que a apuração dos votos seria feita por “meia dúzia de servidores”, de forma secreta.

Se o Lula tem 49% no Datafolha, o voto auditável, impresso e com contagem pública, ele vai ganhar as eleições. O que demonstra para gente o que ta acontecendo é o seguinte. Tiraram o Lula da cadeira, tornaram elegível para ser presidente. De que forma? Pega o instituto de pesquisa Datafolha, que ninguém confia mais mas está o tempo todo dizendo que o Lula é o cara. A desconfiança é que esse percentual vai ser acertado entre meia dúzia de servidores do TSE”, afirmo Bolsonaro.

O TSE, sem citar o presidente, então, esclareceu que a informação é falsa. “Em verdade, a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação. Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco. Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos”, diz o tribunal.

Na longa nota, o TSE destrincha como funciona a apuração dos votos da urna eletrônica e informa que há auditoria “antes, durante e depois da votação”. “Há, durante todo o processo, diversos mecanismos de auditoria e verificação dos resultados que podem ser acompanhados pelos partidos políticos, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil e por mais de uma dezena de entidades fiscalizadoras, além do próprio eleitor”, escreve.

A nova declaração de Bolsonaro colocando em xeque a segurança das urnas foi feita no mesmo dia em que foi revelada ameaça feita pelo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre as eleições de 2022. O militar teria afirmado que, sem voto impresso, não haveria o próximo pleito eleitoral.

A proposta de contagem de votos impressos manualmente pelos próprios mesários, em substituição à apuração automática pela urna eletrônica, não criaria um mecanismo de auditoria adicional, mas representaria a volta ao antigo modelo de voto em papel, marcado por diversas fraudes na história brasileira”, diz o TSE na nota.

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Com informações da Revista Fórum. Clique aqui e confira a íntegra do texto do tribunal.

Movimento Negro Unificado abrirá denúncia no STF contra Bolsonaro por racismo

 

(FOTO/ Reprodução).

O Movimento Negro Unificado (MNU) irá ingressar com queixa-crime contra o presidente Jair Bolsonaro após comentários racistas feitos ao final de live transmitida na última quinta-feira (8). Na saída do Planalto, acompanhado de um apoiador negro que usa o cabelo no estilo black power, diante de apoiadores e microfones de câmeras de TV e rádio, Bolsonaro pronunciou frases associando o corpo negro a barata, piolho e imundície.

Em uma das frases dirigidas ao apoiador negro, Bolsonaro afirmou rindo: “Olha o criador de baratas aqui. Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos”. Em seguida disse: “Tu lavas (sic) esse cabelo quantas vezes por mês?”, que o rapaz respondeu “Por mês não, por semana”

Essa não é a primeira vez que o presidente faz comentários de cunho racista. Em 2017, numa palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, Bolsonaro referiu-se aos quilombolas como vagabundos, inúteis, incapazes sequer de procriar e cujo peso deve ser medido em arrobas, unidade de peso utilizada para animais.

Na época, a maioria da 1ª Turma do STF entendeu que não houve crime de racismo. 

Os advogados do Movimento Negro Unificado, Hédio Silva Jr, Wanderson Pinheiro e Silvia Souza, afirmaram que uma mensagem com este conteúdo, veiculada pelo Youtube e por meios de comunicação, propaga um conteúdo criminoso à medida em que induz e incita os receptores a associarem o corpo negro à insetos e falta de higiene.

A Lei Caó (7.716/89) prevê que configura como crime de racismo induzir ou incitar preconceito ou discriminação de raça. Os advogados estão confiantes que, desta vez, o STF irá determinar abertura de inquérito por crime de racismo.

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Com informações da Alma Preta.


"Está vendo sua base de apoio desmanchar", diz Deputado Renato Roseno sobre Bolsonaro


Sessão na Assembleia Legislativa do Ceará. Dep. Renato Roseno. (FOTO/ Thais Mesquita).

O deputado estadual Renato Roseno (Psol) afirmou, nesta sexta-feira, 9, que o presidente Jair Bolsonaro  adotou nos últimos dias em "tom explícito de ameaça à realização das eleições e à democracia". A fala acontece no mesmo dia em que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, realizou pronunciamento para rebater uma nota recente do comando das Forças Armadas de críticas à CPI da Covid.  

"Bolsonaro está vendo sua base de apoio desmanchar. Ao mesmo tempo em que vê as manifestações de rua do campo democrático e a luta a favor do impeachment ganharem fôlego", disse o parlamentar. Segundo o psolista, o mandatário encontra-se "enredado nas denúncias de corrupção na compra das vacinas, de envolvimento direto no chamado esquema das rachadinhas e nas ilegalidades do “bolsolão”, o orçamento paralelo com o qual comprou apoio político no Congresso com emendas superfaturadas". 

Roseno disse ainda que o presidente "adota a velha estratégia de teorias conspiratórias sem qualquer fundamento" quando coloca em dúvida o atual processo eleitoral. "Apela [Bolsonar] para a narrativa da “fraude” nas urnas eletrônicas e diz que não haverá eleições no ano que vem caso a justiça eleitoral não retome o sistema com votos impressos. Essa ameaça direta ao processo eleitoral é injustificável em quaisquer situações", disse o deputado. 

Sobre nota recente de crítica ao senador Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid, elaborada pelo comando das Forças Armadas, Roseno critica que Bolsonaro "não disse uma palavra sobre as tantas e tão graves denúncias de corrupção, preferindo atacar o Senado". O deputado disse que o número de militares no governo supero o da ditadura militar. 

Na manhã desta sexta, ao jornal O Globo, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos Almeida Baptista Junior, retomou tom ameaçador. Roseno avalia que as falas reafirmam a intimidação ao poder Legislativo. "O alto comando das Forças Armadas, ao invés de apurar e punir a conduta ilegal dos seus, preferiu afundar abraçado a Bolsonaro", disse.

O deputado pediu pela mobilização para "apuração dos ilícitos cometidos e pela responsabilização dos culpados" das possíveis ações e omissões durante a Covid-19 no Brasil e reforçou a cobrança por investimentos para a ampliação da vacinação e da renda emergencial. "Mais do que nunca, é hora de defender a democracia contra Bolsonaro, de reafirmar o compromisso com o estado democrático de direito contra as aventuras golpistas e totalitárias", completou o deputado.
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Com informações do O Povo.