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Entrega dos materiais envolve complexa logística de distribuição em 5.570 cidades de todo o país Marcello Casal Jr/Agencia Brasil |
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Entrega dos materiais envolve complexa logística de distribuição em 5.570 cidades de todo o país Marcello Casal Jr/Agencia Brasil |
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MIlhões foram as ruas em todo o país em 2019 em defesa da educação atacada por Bolsonaro. O mesmo deve se repetir em 18 de outubro - Paulo Pinto/PT. |
(FOTO/Pixabay). |
O
presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, com vetos, o Orçamento de 2022
aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional. A nova lei de diretrizes
orçamentárias (14.303/22) foi publicada no Diário Oficial da União desta
segunda-feira (24). Os cortes, detalhados somente hoje, atingem principalmente
as áreas de pesquisa, educação, saúde, sustentabilidade e proteção a povos
indígenas e quilombolas.
A
Fiocruz, por exemplo, perdeu R$ 11 milhões que iriam para pesquisa e
desenvolvimento tecnológico em saúde. Já o programa de saneamento básico rural
teve corte de R$ 40 milhões. O controle de desmatamento perdeu R$ 8,5 milhões.
Também
foram tirados R$ 8,6 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq), voltados para formação, capacitação e fixação de recursos
humanos para o desenvolvimento científico. Outros R$ 859 mil para o fomento de
projetos de pesquisa e desenvolvimento científico que seriam promovidos por meio
do órgão foram suprimidos.
Ao
todo, foram R$3,18 bilhões embargados pelo Executivo. A Secretaria Geral da
Presidência informou que “foi necessário vetar programações orçamentárias com
intuito de ajustar despesas obrigatórias relacionadas às despesas de pessoal e
encargos sociais. Nesse caso, será necessário, posteriormente, encaminhar
projeto de lei de crédito adicional com o aproveitamento do espaço fiscal
resultante dos vetos das programações”.
Cortes ministeriais
Os
ministérios do Trabalho e Previdência e da Educação foram os mais afetados
pelos cortes. Juntos, eles somam mais da metade dos recursos vetados.
A
pasta de Onyx Lorenzoni sofreu perdeu cerca de R$1 bilhão, maior parte dele no
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso equivale a um terço do que estava
reservado para o órgão.
O
veto na Educação retirou da pasta R$ 802,6 milhões, dos quais quase R$500
milhões seriam destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE). Bolsonaro também vetou R$ 458,7 bilhões do Desenvolvimento Regional, R$
284,3 milhões da Cidadania e R$ 177,8 milhões da Infraestrutura.
De
acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a estratégia dos técnicos do governo era
centrar os vetos necessários em órgãos que haviam tido incremento de verbas, em
uma tentativa de minimizar o desgaste político da tesourada.
Fundo eleitoral
No
Orçamento foram mantidos os R$4,9 bilhões para o fundo eleitoral, o chamado
'fundão', repassado aos partidos e usado para financiar campanhas. O fundo
especial de financiamento de campanhas é destinado aos partidos políticos para
pagarem a corrida eleitoral. Inicialmente, foi aprovado um recurso de R$2,1
bilhões. No entanto, o Congresso subiu o valor para R$4,9 bilhões. A cifra
representa mais que o dobro dos aproximados R$2 bilhões destinados às eleições
de 2018 e de 2020.
Bolsonaro
também deixou intactos os R$16,5 bilhões para emendas de relator – orçamento
secreto. O esquema distribuiu recursos a aliados políticos do governo em troca
de apoio parlamentar. Paralelamente, o presidente manteve a previsão de R$1,7
bilhão para reajuste de funcionários públicos federais, sem especificar, no
entanto, quais categorias seriam beneficiadas.
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Com informações do Alma Preta.
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CCBNB. (FOTO/Reprodução). |