Estudantes de história da Ufal lançam calendário em homenagem a personalidades negras de Alagoas

 

Calendário criado por estudantes de história da Ufal homenageia personalidades negras/(FOTO/ Reprodução: G1).

Alunos do curso de licenciatura em História da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), do Campus do Sertão, criaram um calendário 2022 para homenagear personalidades negras alagoanas que dedicaram a vida à luta antirracista.

O projeto foi desenvolvido na disciplina Atividade Curricular de Extensão. Os estudantes também fazem parte do Grupo de Cultura Negra do Sertão Abí Axé Egbé, um equipamento cultural da UFAL em Delmiro Gouveia, que promove estudos, pesquisas, debates, produtos científicos e pedagógicos, eventos, oficinas e apresentações artísticas com foco nas relações raciais e na cultura afro-brasileira.

De acordo com o diretor do grupo, professor Gustavo Gomes, a elaboração do calendário surgiu com a proposta de ir além da utilidade para organizar as atividades diárias e que deve ser visto como um importante instrumento pedagógico, ao trazer um pouco da memória cultural negra do estado.

“É uma forma de propor para as pessoas uma reflexão afrocentrada durante o ano todo, não apenas no mês da Consciência Negra. Propor que aprendam sobre outros marcos temporais, que não são aqueles eurocentrados, marcando o tempo em perspectiva negra, a partir de memórias culturais negras. O resultado ficou lindo, sensível e robusto. É um índice de que o processo de curricularização da extensão acadêmica tem dado certo”, comemora Gomes.

Entre os homenageados estão Mãe Neide, Zezito Araújo, Dona Irinéia e Mestre Tião do Samba. Segundo o grupo Abí Axé Egbé, o projeto buscou personalidades de áreas como política, movimentos sociais, artes, religião, saúde, educação e LGBTQIA+, de diferentes regiões alagoanas.

“São pessoas com vida dedicada à luta antirracista e que deixaram um legado para posteridade. É uma forma de dar visibilidade a negros e negras de Alagoas como heróis e heroínas para além de Zumbi dos Palmares. Elas precisam ter suas memórias reconhecidas, valorizadas, divulgadas, salvaguardadas e internalizadas afetivamente. As pessoas precisam reconhecer e valorizar essas pessoas negras. Ter afeto por essas personalidades”, defende o professor.

O material pode ser baixado gratuitamente no site da Ufal.
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 Com informações do G1.

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