Comenda João Zuba: O que é e quem pode ser agraciado com ela?

 

João Zuba. (FOTO/ Heloisa Bitu).

Por Valéria Rodrigues, Colunista

A Câmara de Altaneira aprovou no dia 30 de outubro de 2019 em sessão ordinária, o Projeto de Lei nº 003/2019 de autoria das vereadoras Zuleide Oliveira (PSDB), Silvânia Andrade (PT) e Alice Gonçalves (PRP), criando a Comenda João Zuba.

Embora a autoria seja atribuída às três parlamentares, o projeto foi apresentado em 16 de outubro daquele ano pela vereadora Zuleide (hoje Secretária Municipal da Educação) e foi idealizado pelo professor Nicolau Neto, autor de um artigo científico sobre João Zuba e fundador deste Blog. A comenda visa condecorar pessoas físicas que tenham prestado ou prestem importantes serviços em prol do desenvolvimento da cultura popular do município.

De acordo com o texto da lei, a comenda deve vir amparada de justificativa e documentos comprobatórios do mérito do ou da possível agraciado/a, para fins de sua submissão à aprovação em plenário da casa legislativa e está de acordo com os “princípios e diretrizes dos Sistemas Estadual e Nacional da Cultura”. Os agraciados e as agraciadas deverão “diferenciar-se por sua atuação no âmbito da cultura popular” e, ou, “ser autor ou autora de trabalho de reconhecimento municipal ou regional no âmbito da cultura popular que a divulgue/preserve”.

A entrega da medalha deve ser feita pelo Poder Legislativo, em evento aberto ao público, a ser realizado, preferencialmente, no dia 05 de junho de cada ano (data de nascimento de João Zuba), após divulgação no sítio eletrônico da casa e nos demais veículos de comunicação, conforme preceitua o Art. 5º do PL.

Já foram agraciados/as com a Comenda a mestre da cultura popular Dona Angelita; Luiz Manoel, um dos idealizadores da Banda Cabaçal; a integrante da Academia de Letras do Brasil/Seccional Araripe, Socorro Lino e o ex-secretário municipal de Cultura, Ivanildo Cidrão. A solenidade ocorreu em 2020 em sessão solene híbrida em face da pandemia da Covid-19.

Em 2021 em virtudes do aumento desenfreado de casos da pandemia, o evento não foi realizado, devendo ser retomado este ano. 

João Zuba foi um homem simples; foi ao mesmo tempo um colaborador no fortalecimento do vínculo dos mais jovens com suas raízes culturais indígenas e negras através da música,  destacou Nicolau Neto a esta Coluna.

Quem foi João Zuba

João Sabino Dantas foi um homem simples. Agricultor por profissão, mestre da cultura por paixão. Foi um exímio exemplo de esposo e pai. Passou boa parte de sua vida construindo cacimbas, quando as águas do açude pajéu ainda não eram realidade nas residências dos munícipes.

Mas ninguém conhecia João Sabino Dantas pelo nome de batismo. Todos o conheciam e ele passou para a história do município como “João Zuba”. Poucos o conheciam pela sua arte em fazer cacimba. Embora esta tenha sido um dos prazeres em sua vida. Seu João Zuba figurou no imaginário popular como o tocador de pífano, um instrumento tradicional da região nordeste do país. Mas ele não só tocava. Era ele quem confeccionava seu próprio instrumento. Foi do pífano que se originou uma das Bandas Cabaçais no município sob a sua liderança.

Clique aqui e saiba mais sobre João Zuba.

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