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Cleber Lourenço. (FOTO/ Reprodução/ Revista Fórum). |
Quando
o Brasil escolheu como ocupantes do Palácio do Planalto uma família
notoriamente conhecida por defender e apoiar todo tipo de barbaridade e que
passou os últimos dezesseis anos fazendo todo o tipo de defesa descabida para
milícias e milicianos, já era sabido que não haveria como acabar bem.
Hoje
o país escreve mais um lamentável capítulo sobre a escalada criminosa da
mentalidade miliciana que avança sobre o país, uma mentalidade que trabalha
para corroer o tecido da civilidade e promove a barbaridade.
Durante
uma greve de policiais militares em Sobral, no estado do Ceará, o senador
licenciado Cid Gomes tentou combater criminosos e delinquentes com a única
forma cabível: em um enfrentamento direto.
Foi
quando o senador foi alvejado com dois tiros no peito (o senador passa bem).
É
claro que não demorou muito para Eduardo Bolsonaro (que esteve na Bahia no
mesmo final de semana em que Adriano da Nóbrega foi assassinado e que cancelou
sua agenda na região) decidisse proferir impropérios sobre o ocorrido e saísse
na defesa dos criminosos encapuzados que espalham terror nas ruas da cidade.
Durante
todo o dia, Sobral viveu momentos de tensão e terror com homens encapuzados
invadindo batalhões, esvaziando pneus de viaturas, impondo toques de recolher e
com grupos armados nas ruas. Isso tem nome: MILÍCIA!
São
pessoas amotinados e armadas, soltas ao esmo impondo o terror!
Fiz
uma série de questionamentos no meu Twitter, deixo um deles aqui:
As
pessoas da foto acima são bandidos ou policiais?
Foi
essa gente que Cid Gomes resolveu enfrentar. Você acha que tem diálogo?
Negociação? Não!
O
problema é que o bolsonarismo decidiu convencionar que não se pode importar
firmemente o emprego da lei contra esse tipo de delinquente fardado.
Vide
como o presidente Jair Bolsonaro decidiu tratar a questão envolvendo o criminoso
Adriano da Nóbrega.
Primeiro,
note que ele foi chamado pela patente, Capitão, depois se justificou dizendo
que o ex-militar miliciano foi um herói.
Isso
não se faz! Isso é algo que um presidente jamais deveria ter feito! Pelo visto
o presidente ficou com pena! Ora! Por qual motivo ele não levou o criminoso
para sua casa?
Não
é o que seria dito em outras circunstâncias?
Bolsonaro
passou pano para aquele que era chefe de uma das mais perigosas milícias do Rio
de Janeiro e quem sabe até do Brasil.
Não
é a primeira vez que policiais entram em greve no país.
Mas
é a primeira vez que assistimos o comportamento de milícia em ação em uma greve
dessa categoria.
O
que mostra que a milícia após a eleição de Jair Bolsonaro avançou por todo o
país.
Estamos
assistindo diariamente um movimento de linchamento dos fundamentos da
democracia e da institucionalidade. Movimento este que tem como principais
promotores Jair Messias Bolsonaro e Sérgio Moro.
Ninguém
neste país atenta tanto contra a institucionalidade e a normalidade democrática
quanto esta dupla e agora começamos a ver os reflexos disso.
Não
é segredo e tampouco me proponho a reinventar a roda aqui, mas é notório que
desde o dia primeiro de janeiro de 2019 as forças de segurança desse país se sentiram
mais empoderadas, um precedente perigoso.
Em
maio do ano passado eu já tinha alertado: o que Bolsonaro quer é agitar as
baixas patentes militares do país, policiais, membros das forças armadas. O que
eles chamam de “libertar patriótico”.
E
tudo isso terá como único resultado a sublevação das patentes mais baixas
contra a cúpula militar. Ou melhor, as milícias.
O
que é a milícia se não um grupo de militares que se desligaram da parte de cima
dos militares?
Até
onde a baderna na caserna irá? Até onde vamos permitir que o avanço das
milícias seja chancelado por autoridades do estado?
______________________________
Com informações da Revista Fórum.
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