10 de julho de 2022

“Estou emocionalmente exausta”, diz jornalista chamada de “macaca”

 

Renata Cristiane foi vítima de racismo novamente – (FOTO | Arquivo Pessoal).

Cartazes colados em pontos de ônibus de São Pedro da Aldeia e Cabo Frio, ambos os municípios da Região dos Lagos, litoral do Rio de Janeiro, chamam a jornalista Renata Cristiane de Oliveira de “macaca”. Um dos cartazes estava colado ao lado de outro, que trazia uma mensagem motivacional. “A causa da violência mundial é a falta de Jesus Cristo no coração”.

A profissional atual há mais de 20 anos na região e entidades de classe repudiaram os atos, que foram cometidos na sexta-feira (1). A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicaram notas nos sites e redes sociais.

O Sindicato dos Jornalistas, além de lamentar, denunciar, combater, qualquer ato de violência, assédios, preconceito, homofóbico, racista, solicita as instituições públicas policiais e de Direitos Humanos, assim como a OAB, apoio para coibir tais atitudes abomináveis e punir os responsáveis. A jornalista Renata nossa total solidariedade!”, escreveu a FENAJ.

Em vídeo publicado em seu perfil do Instagram, Renata Cristiane publicou um vídeo mostrando os cartazes colados e lamentou o fato. “É desagradável, constrangedor, angustiante e dá vergonha, não só por essa situação, mas vergonha alheia, vergonha por mim, vergonha pelo Brasil. Estou emocionalmente exausta com tudo isso. É ataque de todo lado”, disse Oliveira.

Já a Abraji ressaltou que mulher negra e lésbica sempre sofreu discriminações sociais e lembra que faz o monitoramento de ataques a jornalistas no ambiente físico e nas redes sociais. O relatório de monitoramento dos ataques a jornalistas com os dados de 2021 integra o Relatório Sombra da rede Voces del Sur, que reúne informações de 14 países da região. No Brasil, no ano passado, foi registrado um crescimento de 23,4% em relação a 2020, chegando-se a 454 registros de janeiro a dezembro de 2021. A Abraji também monitora ataques com viés de gênero.

Ela disse ainda que vai registrar o caso na delegacia após conselho das entidades.

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Com informações do Notícia Preta.

Vídeo: Carlinhos Brown interrompe manifestação da plateia contra Bolsonaro

 

(Crédito: Caio Gallucci/Divulgação).

Carlinhos Brown interrompeu uma manifestação da plateia contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), durante um show, e o vídeo em que o cantor barra o coro viralizou nas redes sociais.

Nas imagens, é possível ver o público gritando “fora Bolsonaro”. Ao ouvir o coro, Brown reagiu: "Desculpa, mas eu sou o Brasil que deu certo. Não me meto nisso. Não quero nem saber”, interrompeu o cantor.

A reação de Carlinhos Brown foi comparada a mesma da colega Elba Ramalho, que, em junho, em um show de São João, na Bahia, também reprimiu a manifestação da plateia diante da insatisfação com o comando do atual presidente brasileiro.

Com a interrupção de Brown, dá para ouvir alguém da plateia gritando: "A gente quer” (Bolsonaro fora). E o cantor segue com seu pensamento de querer fazer uma “construção no país”. “A gente está aqui para mudar, então vamos mudar. Sem política!”, enfatizou.

Elba Ramalho teve a mesma reação de Carlinhos Brown. Na ocasião, a cantora reprimiu gritos pró-Lula, candidato a presidente, e de "Fora, Bolsonaro". "Não, não quero fazer política, desculpa. Isso aqui é um show de São João, não é um comício", disse a cantora.

Assim, Brown se tornou um dos temas mais comentados no Twitter neste sábado (9/7). A assessoria do artista diz que as imagens são antigas.

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Com informações do Correio Braziliense.

Deputados estaduais divulgam carta em apoio à pré-candidatura de Izolda Cela; veja lista

 

Legenda: Izolda Cela recebeu apoio de 28 dos 46 deputados estaduais do Ceará
Foto: Divulgação

O acirramento da disputa de quem será o candidato governista ao Governo do Ceará continua mobilizando lideranças políticas. Na noite deste sábado (9) foi lançada "Carta de Deputados e Deputadas ao Povo Cearense", na qual os parlamentares defendem o nome da governadora Izolda Cela (PDT) como pré-candidata a reeleição. Dos 38 deputados estaduais que integram a base governista no Estado, 28 assinaram o documento.

Parlamentares do PDT, PT, PP, MDB, PCdoB, PV Republicanos e Patriota se posiconaram por meio da carta púbica. O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT) é um dos pré-candidatos do PDT para a sucessão estadual e não assina o documento. Além dele, também concorrem internamente o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), e o deputado federal Mauro Benevides Filho (PDT).

Essa não foi a única manifestação de apoio que ocorreu neste sábado. Durante o dia, aliados de Roberto Cláudio e Izolda fizeram publicações manifestando as preferências, já que o acirramento da disputa interna do PDT tem se concentrado em torno dos dois. Do lado do ex-gestor, vereadores de Fortaleza se manifestaram ressaltando as qualidades do pedetista e ressaltando a preferência por ele para a disputa pelo Palácio da Abolição.

CARTA DOS DEPUTADOS ESTADUAIS

Na carta, os deputados estaduais defendem a pré-candidatura de Izolda e argumentam que a atual governadora poderá "unificar o conjunto de partidos" que integram a aliança e ressaltam que apesar de representar "continuidade", Izolda também será "uma forte renovação no sentido de mais inclusão e direitos".

A posição pública da Governadora Izolda Cela, a primeira mulher a governar o Ceará, ao colocar o seu nome à disposição para unificar o conjunto dos partidos que desenvolvem um projeto de grandes avanços sociais no nosso Estado merece a nossa consideração e pleno apoio", diz o texto da carta.

"A governadora Izolda Cela representa um novo ciclo dentro da continuidade das conquistas democráticas e de vida do povo cearense do último período, mas, também, uma forte renovação no sentido de mais inclusão e direitos. (...) Desta forma, queremos afirmar que a professora Izolda Cela nos representa com a sua história e a sua ação pública para continuarmos avançando o nosso querido Estado do Ceará".

VEJA A LISTA COMPLETA:

Bruno Pedrosa (PDT)

Jeová Mota (PDT)

Osmar Baquit (PDT)

Oriel Nunes(PDT)

Romeu Aldigueri (PDT)

Salmito (PDT)

Tin Gomes (PDT)

Acrísio Sena (PT)

Augusta Brito (PT)

Elmano de Freitas (PT)

Fernando Santana (PT)

Júlio César Filho(PT)

Moisés Braz (PT)

Nizo Costa (PT)

João Jaime (PP)

Leonardo Pinheiro (PP)

Zezinho Albuquerque (PP)

Agenor Neto (MDB)

Audic Mota (MDB)

Daniel Oliveira (MDB)

Davi de Raimundão (MDB)

Leonardo Araújo (MDB)

Nelinho (MDB)

Gordim Araújo (PSDB)

Manoel Duca (REPUBLICANOS)

Silvio Nascimento (PATRIOTA)

Carlos Felipe (PCdoB)

Walter Cavalcante (PV)

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Com informações do Diário do Nordeste.

9 de julho de 2022

O que dizem os aliados de Izolda Cela em defesa da pré-candidatura dela no PDT

 

Legenda: Aliados de Izolda argumentam sobre o direito da governadora à reeleição e reforçam a preferência de aliados pela pré-candidatura da pedetista
Foto: Kid Júnior

Enquanto o PDT não decide quem será o candidato do partido ao Palácio da Abolição, as manifestações públicas de apoio aos pré-candidatos continuam - tanto entre pedetistas como entre aliados. As declarações agravam ainda mais a crise interna do partido diante do acirramento das pré-candidaturas da governadora Izolda Cela (PDT) e do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT).

Entre os que defendem o nome da atual governadora, dois argumentos são centrais: o "direito" dela à reeleição - já que assumiu o Governo de forma efetiva em abril - e o fato de ser um nome que agrega a preferência de partidos aliados.

Um dos que está na linha de frente dessa defesa é o ex-governador, Camilo Santana (PT). O petista, que já chamou Izolda de "mãe do Ceará", fez defesa contundente da candidatura da governadora nesta sexta-feira (8). "Defender que seja dado à governadora Izolda Cela, do PDT, o direito a buscar a reeleição, por sua seriedade e competência, é questão de justiça", disse o governador.



A declaração vem no encalço de vários apoiamentos à governadora Izolda Cela, principalmente desde a última quarta-feira (6), quando o presidenciável Ciro Gomes (PDT) se reuniu com os quatro pré-candidatos do PDT no Ceará. Além de Izolda Cela e Roberto Cláudio, concorrem o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), e o deputado federal Mauro Benevides Filho (PFT).

PREFERÊNCIA DOS ALIADOS

Manifesto lançado por PT, PV, PCdoB, PP e MDB pressionou por mais diálogo entre o PDT e os partidos aliados e reforçou o apoio à governadora Izolda Cela.

"A manifestação pública da governadora Izolda Cela colocando seu nome para continuar governando o Estado, firmando-se na responsabilidade e compromisso com o povo do Ceará e em nome da união a ser construída através do diálogo de todas as forças políticas, é fato de grande relevância a exigir nossa consideração", diz a nota.

A tese do nome que melhor agrega aliados tem sido carro-chefe em quem apoia que Izolda seja o nome escolhido pelo PDT para a disputa pelo Palácio da Abolição. A própria governadora voltou a reforçar a pré-candidatura e disse que "coloco meu nome para unir".



Essa não foi a primeira vez que aliados demonstraram a preferência por Izolda. Ainda em abril, o vice-presidente nacional do PT, José Guimarães defendeu, pela primeira vez, a candidatura da governadora - posição que vem sendo reiterada não apenas pelo deputado federal como por outros parlamentares petistas.

"Não estamos impondo nada, mas nossa preferência é por Izolda Cela", disse Guimarães, à época. Em outra ocasião, reforçou que o PT tem "um plano A e um plano B". Nesta quinta, em entrevista ao colunista Wagner Mendes, ele reforçou: "quem está com a caneta, o bastão político é a Izolda".

Deputados do PDT também ressaltam o poder agregador de Izolda Cela. Em publicação no Instagram, Salmito Filho (PDT) argumentou que Izolda, além de ser "governadora titular com direito à reeleição", é também quem "unifica os partidos aliados". O mesmo argumento foi levantado pelo deputado federal, Idilvan Alencar (PDT).

Chegou a vez de Izolda Cela. (...) Tem experiência de gestão, na política, resultados para mostrar e é a maior garantia de união das forças políticas que têm transformado o Ceará.

IDILVAN ALENCAR

Deputado federal

Líder da bancada do PT na Câmara Municipal de Fortaleza, Larissa Gaspar destacou o "amplo apoio dos partidos da base aliada" ao nome de Izolda Cela. A vereadora disse ainda que" impedir o desejo natural da governadora Izolda de ser candidata na sua sucessão é uma violência política de gênero".

"DIREITO À REELEIÇÃO"

Principal liderança do PP no Ceará, o deputado estadual Zezinho Albuquerque "puxou trem de pouso" da própria pré-candidatura caso a escolha seja pela governadora.

"Nesse momento, ela é a mais preparada. Ela está no lugar certo, na hora certa para dar continuidade a esse projeto que transformou o estado do Ceará", disse o parlamentar em maio, após discurso na tribuna da Assembleia em defesa da governadora.

Presidente estadual do MDB, o ex-senador Eunício Oliveira afirmou que soa mais "natural" que seja a governadora a liderar a chapa governista. "É mais que natural para quem está no comando (disputar como cabeça de chapa)", disse.

Não é apenas entre dirigentes partidários que este direito à reeleição é levantado como ponto favorável para uma eventual candidatura de Izolda. Prefeitos de diversos municípios cearenses têm demonstrado apoio à governadora.

O prefeito de Caucaia, Vitor Valim (Sem Partido), disse que "estranha" a possibilidade de ser "tirado dela (Izolda) o direito à reeleição".

"Me estranha, realmente, uma governadora, professora, que já mostrou o seu trabalho como secretária municipal, secretária estadual e vice-governadora, ser tirado dela o direito à reeleição", declarou. Ele disse ainda que tem "dado todo o apoio e todo o meu empenho" para que a governadora possa "ficar à frente" da gestão estadual.

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Com informações do Diário do Nordeste.

Pesquisas da semana: Lula segue na liderança e alta rejeição mostra limites de Bolsonaro

 

Na disputa com Lula, Bolsonaro oscila dentro ou próximo à margem de erro em simulações de segundo turno - Ricardo Stuckert e Agência Brasil.

As duas pesquisas nacionais sobre a corrida presidencial divulgadas nesta semana mostram uma diminuição, dentro da margem de erro, da distância entre o líder dos levantamentos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Mesmo assim, ambas trazem a possibilidade de vitória do petista em primeiro turno.

Na Quaest/Genial, publicada na quinta-feira (7), Lula tem 45% contra 31% de Bolsonaro. Em seguida aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6%, André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB), com 2% cada um, e Pablo Marçal (Pros), com 1%. Vera Lúcia (PSTU), Eymael (Democracia Cristã), Felipe d'Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Luciano Bivar (União Brasil) e Leonardo Péricles (UP) não pontuaram, enquanto brancos e nulos somaram 6%, e indecisos outros 6%.

Lula tem 45% contra 42% de seus adversários somados. Na pesquisa anterior do instituto, o petista tinha 46%, enquanto Bolsonaro aparecia com 31%. Quando se observa a rejeição, o atual presidente tem o maior índice, com 59% dos eleitores afirmando que não votariam no capitão reformado. Ciro Gomes tem 55% e Lula, 41%.

As pesquisas e a rejeição a Bolsonaro

A elevada rejeição evidencia os limites do crescimento do candidato à reeleição. Em um eventual cenário de segundo turno, o petista tem 53% contra 34% do atual presidente, com 9% afirmando que votariam em branco, nulo ou que não votariam, e 4% se dizendo indecisos.

Ou seja, em relação ao percentual que apresenta no cenário de primeiro turno, Bolsonaro cresce três pontos, apenas um acima da margem de erro da pesquisa, sugerindo que não consegue agregar votos de forma significativa no turno decisivo, enquanto Lula cresce oito pontos percentuais.

O mesmo acontece na pesquisa PoderData, feita por telefone e divulgada também na quinta. Os dados mostram o petista com 44%, seguido pelo candidato do PL, com 36%, com uma oscilação positiva de 2%, dentro da margem de erro, em relação ao levantamento anterior. Nesta sondagem, os adversários somados de Lula têm 47%, configurando empate técnico com o ex-presidente e colocando a possibilidade de a eleição ser resolvida no primeiro turno.

Em cenário semelhante ao da pesquisa Quaest, na PoderData Bolsonaro apenas oscila na margem de erro na simulação de segundo turno, passando de 36% para 38%. Já Lula consegue adicionar seis pontos percentuais, passando de 44% para 50%. Segundo o instituto, o atual presidente é rejeitado por 52% dos brasileiros, índice que é de 38% para Lula.

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Com informações do Brasil de Fato.

8 de julho de 2022

Livro produzido pela UFRN integra lista das 225 obras mais importantes sobre racismo

 

IV edição do Conselho Internacional de Literaturas e Culturas Africanas (Griots), em 2018, na UFRN. À esquerda, professora Tânia Lima.

Um livro de coletânea, organizado por professores da UFRN, passou a integrar uma biblioteca virtual dos 225 livros mais importantes sobre temática racial no Brasil e no mundo. O livro se chama “Griots - culturas africanas - linguagem, memória, imaginário”. E a sigla vem do Conselho Internacional de Literaturas e Culturas Africanas (Griots), iniciativa da universidade que promove encontros de reflexão sobre estudos transculturais, anticolonialismo, ancestralidades, sexualidade, questões diaspóricas e a temática racial.

Os professores Tânia Lima, Izabel Nascimento e Andrey Oliveira são responsáveis pela coletânea, que agora é reconhecido “como uma espécie de patrimônio público no combate ao racismo mundo afora. É um reconhecimento internacional que advém justamente dos primeiros congressos que nós organizamos aqui, em 2009”, afirma Tânia, que também é coordenadora do Griots.

O reconhecimento é partilhado com o apoio significativo da UFRN, como explica a professora. “A UFRN desponta no Nordeste como uma universidade que faz uma travessia, um percurso, por toda essa internacionalização dos estudos, que não ficam apenas aqui no Rio Grande do Norte, mas também na África e no contexto europeu”.

Griots

A primeira edição do conselho aconteceu em maio de 2009. Desde então, o evento proporciona conferências, oficinas, mesas-redondas, simpósios temáticos, performances poéticas musicais, e partilha conhecimento sobre a escrita literária no Brasil e no continente africano.

A professora Tânia Lima explica que o trabalho coletivo do congresso age na desconstrução do racismo estrutural por meio da educação. “Produzimos durante esse tempo mais de 10 livros, então é um reconhecimento de um trabalho coletivo, de todos nossos irmãos quilombolas, indígenas, na desconstrução de todo esse racismo que aí está. A única possibilidade de incluirmos todas essas minorias que sofrem ao longo da história, desde a escravidão até os dias de hoje, é pela inclusão educacional. Nós só podemos trabalhar o racismo dentro de uma perspectiva educacional. Então a educação é a única porta de entrada para que as comunidades, que foram ao longo da história excluídas, sejam reconhecidas. E se temos uma dívida, ela é imensa” comenta a coordenadora.

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Com informações da Tribuna do Norte.

Insegurança alimentar grave afeta 15,4 milhões de brasileiros

 

(FOTO/ Getty Images).

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou, nesta quarta-feira (6), relatório sobre a fome que mostra que a prevalência da insegurança alimentar grave atingiu 15,4 milhões de brasileiros (7,3% da população) entre os anos de 2019 e 2021.

Os dados mostram um crescimento nos números em comparação com o período antes da pandemia de coronavírus. De 2014 a 2016, a quantidade de brasileiros afetados pela insegurança alimentar grave foi de 3,9 milhões, ou 1,9%.

A FAO classifica de insegurança alimentar severa quando as pessoas provavelmente ficaram sem comida, passaram fome e, no mais extremo, ficaram dias sem comer, colocando sua saúde e bem-estar em grave risco, com base na Escala de Experiência de Insegurança Alimentar (FIES).

O relatório também aponta que 61,3 milhões de brasileiros sofreram entre 2019 e 2021 com insegurança alimentar moderada ou grave, ou 28,9% da população. Em comparação, o período de 2014 e 2016 apontou 37,5 milhões de pessoas (18,3%).

A insegurança alimentar moderada refere-se ao nível de gravidade em que as pessoas enfrentam incertezas sobre sua capacidade de obter alimentos e são forçadas a reduzir, em alguns momentos do ano, a qualidade e/ou quantidade dos alimentos que consomem por falta de dinheiro ou outros recursos.

Taxa de prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave por ano no Brasil

2014-2016: 18,3% (37,5 milhões)

2015-2017: 21,5% (44,4 milhões)

2016-2018: 21,8% (45,4 milhões)

2017-2019: 20,6% (43,1 milhões)

2018-2020: 23,5% (49,6 milhões)

2019-2021: 28,9% (61,3 milhões)

Taxa de prevalência de insegurança alimentar grave por ano no Brasil

2014-2016: 1,9% (3,9 milhões)

2015-2017: 1,8% (3,6 milhões)

2016-2018: 1,7% (3,6 milhões)

2017-2019: 1,6% (3,4 milhões)

2018-2020: 3,5% (7,5 milhões)

2019-2020: 7,3% (15,4 milhões)

Fonte: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)

América Latina e Caribe

De acordo com o estudo, cerca de 56,5 milhões de pessoas foram atingidas pela fome na América Latina e no Caribe em 2021, totalizando 8,6% da população regional, aumento de 4 milhões em relação ao ano anterior.

Em apenas dois anos, 13 milhões de pessoas foram empurradas para a fome e 4 em cada dez 10 pessoas vivem com insegurança alimentar, enquanto o mundo se prepara para os impactos da maior crise alimentar, incluindo a guerra na Ucrânia.

Em 2021, 40,6% da população – 268 milhões de pessoas – enfrentava insegurança alimentar moderada ou grave. Já a insegurança alimentar grave afetou 93,5 milhões de pessoas em 2021 –14,2% – um aumento de quase 10 milhões de pessoas a mais em um ano e quase 30 milhões a mais em comparação com 2019.

Em 2021, 31,9% das mulheres no mundo tinham insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 27,6% dos homens. A diferença crescente é mais evidente na América Latina e no Caribe, onde a diferença entre homens e mulheres foi de 11,3 pontos percentuais em 2021 em comparação com 9,4 pontos percentuais em 2020.

No mundo

Ainda segundo relatório da FAO, entre 702 e 828 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2021. O número cresceu cerca de 150 milhões desde o início da pandemia de Covid-19. Foram 103 milhões de pessoas entre 2019 e 2020 e mais 46 milhões em 2021.

Projeções da FAO indicam que até 2030, a fome ainda deve afetar 670 milhões de pessoas no mundo, ou 8% da população mundial.

A insegurança alimentar moderada ou grave afetava 2,3 bilhões de pessoas em 2021, ou 29% da população global.

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Com informações do Geledés.


Lula reúne 50 mil na Cinelândia, no Rio de Janeiro

 

Ato com Lula na Cineilândia (RJ). (FOTO | Ricardo Stuckert).

O ex-presidente Lula (PT) reuniu uma multidão no ato realizado nesta quinta-feira (7) no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de seu pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), de Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato ao governo do Rio apoiado por Lula, de André Ceciliano (PT), pré-candidato ao Senado, e outras lideranças do campo progressista do estado e do Brasil.

Segundo projeções feita pro dirigentes do PT ouvidos pela Fórum, o ato reuniu cerca de 50 mil pessoas - acima da expectativa inicial, de 30 mil.

Logo que chegou ao palco, Lula saudou o público de mãos dadas a Freixo, Ceciliano e Alckmin. O gesto de Lula reforça a posição do PT em exigir que Ceciliano integre a chapa majoritária como candidato ao Senado. O deputado federal Alessandro Molon (PSB), presidente do PSB do Rio, tem defendido sua candidatura, mas tem sido desestimulado até mesmo por Freixo, seu correligionário, em prol da manutenção da aliança com o PT.

Nas redes sociais, Lula divulgou o ato como "Lula, Freixo e André no ato Vamos Juntos Pelo Brasil".

O ato foi marcado por um esquema de segurança próprio para garantir a integridade do ex-presidente sem abrir mão de um ato público. Grades foram instaladas na Cinelândia e um detector de metal foi utilizado para controlar a entrada do público no espaço. Não foi permitida entrada com alimentos, garrafas, embalagens plásticas e de alumínio, objetos perfurantes e vidro. Somente bandeiras com cabo de PVC foram liberadas.

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Com informações da Revista Fórum.