1 de maio de 2022

Lula promete fechar clubes de tiro durante conferência do PSOL que oficializou apoio a sua candidatura

 

(FOTO  |Ricardo Stuckert).

O ex-presidente Lula (PT) prometeu acabar com os inúmeros clubes de tiro, criados sob estímulo do governo de Jair Bolsonaro (PL). “Os clubes de tiro vão fechar. Nós queremos clubes de leitura. Vamos espalhar bibliotecas pelo país. Vamos trocar armas por livros”, declarou, durante conferência eleitora do PSOL, na noite deste sábado (30).

O evento formalizou o que já havia sido definido pelo Diretório Nacional do PSOL, que aprovou o apoio à pré-candidatura de Lula para a presidência da República. O partido também definiu seu programa político que será defendido nas eleições.

Lula ressaltou a importância de receber o apoio do PSOL nas eleições deste ano: “Minha relação com o PSOL é de confiança e agradecimento. O PSOL teve um papel extraordinário no impeachment da Dilma e durante minha prisão. Foi muita solidariedade”, destacou.

O ex-presidente disse, ainda, que agradece não só pelo apoio, mas porque o PSOL teve a coragem de criar um partido político.

Ele também ressaltou a importância de se negociar na política, característica que passou a usar ao longo de sua trajetória. “Antes, eu era 100% ou nada. Agora, aprendi a lição. Mas, quando começamos a negociar temos de entender que há um limite até onde podemos ir”.

O ex-presidente relembrou a perseguição que sofreu por parte da mídia tradicional, durante o período que antecedeu sua prisão. “Foram 13 horas em nove meses do Jornal Nacional me chamando de ladrão. A imprensa foi manipulada, principalmente pelo Moro. Mas ele vai pagar aqui na Terra”, apontou.

Ex-presidente disse que, além do ministério, vai criar um Comitê de Cultura

Lula mencionou as inúmeras conquistas dos seus governos, principalmente no aspecto da inclusão social e revelou que, além do ministério, vai criar um Comitê de Cultura, que vai ter um peso grande em seu eventual futuro mandato.

O petista voltou a criticar Bolsonaro. “Ele diz que é cristão, mas é um fariseu e um pecador da pior espécie". Anunciou, também, que vai acabar com "essa excrescência que é o orçamento secreto”. Além disso, o ex-presidente falou que pretende, caso seja eleito, criar uma moeda para a América Latina. “Não podemos mais depender do dólar”.

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Com informações da Revista Fórum.

30 de abril de 2022

Professor Henrique Cunha ministrará palestra em Crato sobre territórios negros e currículos da educação

 

Henrique Cunha. (FOTO/ Danny Abensur).

Por José Nicolau, editor

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NEGRER) da Universidade Regional do Cariri (URCA) divulgou na tarde deste sábado, 30, em suas redes sociais que o professor Henrique Cunha Junior da Universidade Federal do Ceará-UFC estará em Crato para ministrar palestra.

A palestra terá como tema “Territórios negros, bairros negros e os currículos da educação brasileira” e ocorrerá na próxima terça-feira (03) a partir da 19h00 no Geopark Araripe.

Para Henique Cunha, “territórios negros e bairros negros são lugares de pertencimento cultural, social, político e econômico, são lugares de formação das identidades negras. Nesses territórios foram criados se processaram artefatos da cultura negra”. Em que pese ao currículo, ele destaca que um “currículo necessário para as populações negras é um currículo produzido pela reunião dos nossos patrimônios culturais, daqueles que produzem a nossa identidade individual e coletiva e dos marcadores das produções da nossa vulnerabilidade social, dos meios de dominação que são impostos e das formas de redução e combate a ação deles”. (ver aqui).

O evento promovido pelo Negrer tem como parcerias o mestrado profissional em educação-URCA, o mestrado profissional em ensino de história-URCA a partir do edital “Educar para Igualdade Racial na Educação Básica do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades – CEERT.

Henrique Cunha Júnior possui mestrado em Dea de Historia - Université de Nancy- França (1981) e Doutorado Em Engenharia Elétrica pelo Instituto Politécnico de Lorraine (1983) e orienta doutoramentos e mestrados em educação com temas relacionados a história e cultura africana, espaço urbano, bairros negros.

Prazo para emitir o título de eleitor termina na próxima quarta-feira (4)

 

O prazo é o mesmo para a transferência de local de votação e atualização de dados pessoais.(FOTO  |Reprodução TSE).

O prazo para emitir ou regularizar o título de eleitor termina na próxima quarta-feira, 4 de maio. Para os jovens que terão entre 16 e 17 anos no dia 2 de outubro, data do primeiro turno, o voto é facultativo. A partir dos 18 anos, torna-se obrigatório.  

Aqueles que tiverem o documento em mãos poderão votar nas eleições deste ano, marcadas para 2 e 30 de outubro – primeiro e eventual segundo turno, respectivamente –, para presidente, governador, senador e deputados federais e estaduais (distritais, no caso do Distrito Federal).  

Como emitir o título de eleitor? 

Para tirar o título de eleitor é simples: o primeiro passo é acessar o sistema Título Net, localizado na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No site, o interessado primeiro deve informar a unidade federativa (UF) em que reside. Feito isso, a página irá direcioná-lo ao preenchimento de alguns dados, como nome dos pais e data de nascimento. Nessa etapa, é necessário escolher a opção “Não tenho” na caixa “Título de eleitor”.  

Depois, o sistema irá pedir mais dados e o envio de documento oficial com foto, comprovante de residência, comprovante de pagamento de débito com a Justiça Eleitoral (se for o caso) e comprovante de quitação do serviço militar para homens com mais de 18 anos. É necessário anexar pelo menos quatro fotos ao requerimento para comprovação da identidade. A primeira é uma selfie segurando um documento oficial de identificação.    

Os dados informados serão analisados pela Justiça Eleitoral. O requerimento poderá ser acompanhado pela guia “Acompanhar Requerimento” ao informar o número do protocolo gerado na solicitação do documento.   

Quem não emitir o documento até 4 de maio poderá solicitar o título somente após as eleições. O prazo é o mesmo para a transferência de local de votação e a atualização de dados pessoais.

Dias de votação 

No dia da votação, serão aceitos os seguintes documentos oficiais com foto para comprovar a identidade: e-Título; carteira de identidade, identidade social, passaporte, certificado de reservista, carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação.  

Outas datas 

Eleitores com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida que queiram mudar o local da votação devem fazer o pedido entre os dias 18 de julho e 18 de agosto no cartório eleitoral. 

Entre os dias 5 de julho e 3 de agosto, os juízes eleitorais irão nomear os eleitores que serão mesários.     

As regras para o voto em trânsito serão publicadas até 3 de agosto. O voto em trânsito é permitido para cidadãos que estejam no território nacional, mas fora do domicílio eleitoral. O eleitor deve solicitar o voto indicando em qual município estará no dia do pleito, com até dois meses de antecedência. Aqueles que estiverem fora do estado poderão votar, no entanto, somente para presidente da República. Já aqueles que se encontram somente fora do município, mas ainda dentro do estado, poderão votar para todos os mandatos.  

Cadastro biométrico   

O cadastro biométrico continua suspenso, devido à pandemia de covid-19. A utilização da identificação biométrica, no entanto, não está descartada para aqueles que já realizaram o cadastro. A decisão dependerá da evolução da pandemia no Brasil ao longo do ano.
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Por Felipe Mendes no Brasil de Fato.

29 de abril de 2022

Revisão do Plano Diretor do Crato: Um momento oportuno para cultura

 

Crato. (FOTO  | Reprodução).


Por Alexandre Lucas, Colunista 

A revisão do Plano Diretor do Crato/CE, fruto de uma exigência legal prevista no Estatuto da Cidades é um momento oportuno de juntar olhares, evidenciar as feridas urbanas, fraturas de acessibilidade social,  perceber o crescimento desigual do capital e o desordenamento urbano, redescobrir  e planejar cidade a partir de quem ocupa o seu solo. É um momento oportuno também para colocar a cultura na centralidade do seu aspecto transversal e como parte inseparável do acesso a uma cidade com redução de impactos ambientais, promotora da saúde preventiva e impulsionadora da antropofagia cultural na sua dimensão plural, diversificada, universal e civilizatória.

O Plano Diretor do Crato é de 2009, conforme ordena o Estatuto da Cidade, os planos diretores devem ser revistos a cada dez anos, ou seja, no Crato a revisão deveria ter acontecido em 2019. Precisamos discutir de forma sincera e distante da publicidade os “caminhos do Crato” para que ele não se assente no asfalto e distante dos movimentos sociais e das demandas de acessibilidade à cidade.

Os Planos de Diretores são espaços de disputa do capital, o setor imobiliário tem interesse na discussão para ampliar a sua rentabilidade, muitas vezes agindo de forma predatória ampliando o desequilíbrio ambiental.

Esse é um bom momento para refletir sobre  o propagado e fakeado  conceito de “capital da cultura” que não se sustenta quando mostramos o conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade, a partir dos equipamentos públicos municipais: Museus, teatros, bibliotecas, escolas e praças, os quais apresentam estruturas inadequadas e concentradas e a ausência de outros espaços  como galerias, salas para exibições de filmes e espaços de memórias. 

Neste sentido, é importante no processo de revisão do Plano Diretor atentar para os dois marcos legais da cultura do Município que são o Sistema Municipal de Cultura, no qual a o atual Governo Municipal não tem dado a devida atenção em suas duas gestões, o que fica evidente quando se observa as condições e o uso dos equipamentos culturais. O outro é a Lei Municipal do Cultura Viva ( Pontos de Cultura), uma política pública revolucionária no campo da cultura de base comunitária que é experienciada em 17 países da América Latina e que tem uma íntima ligação com o Direito à Cidade e a redescoberta da pluralidade e  diversidade estética, artística, literária e cultural da urbe. A aprovação da Lei do Cultura Viva no Crato é um avanço, mas para funcionar precisa de recursos públicos de forma sistematizada. O Município certificou já 31 Pontos de Cultura que somados aos certificados pelo Estado do Ceará, totalizam 37 Pontos, o que é um número bastante significativo.  O Cultura Viva vem avançando no aspecto jurídico e pode ser a principal referência para reconfigurar espacialmente o “Crato das Culturas”.  Apontando novos rumos para integração comunitário e territorial da cidades a partir de aspectos da memória afetiva e do reconhecimento das estruturas urbanas e arquitetônicas que tem significado para o patrimônio material e imaterial e o desenvolvimento social.      

É preciso colocar a cultura na centralidade do Plano Diretor, a partir do seu caráter transversal. Os Pontos de Cultura, as organizações e ações de cultura de base comunitária, talvez sejam um caminho possível e necessário para fazer uma escuta mais apurada e perceber os movimentos e as paisagens culturais e sociais que não aparecem no olhar da excludente “capital da cultura”.

É evidente que existe no Crato, lugares e territórios em que são negados o direito à cidade. O que não é uma particularidade para usarmos a expressão tão nossa: “Só no Crato mesmo”, pelo contrário é uma característica trivial da fabricação das cidades sob a ordem do capital.           

Possivelmente, se pensamos a cidade, também a partir da escuta da cultura de base comunitária e dos Pontos de Cultura teremos uma dimensão de desenvolvimento e planejamento urbano estruturante e transversal, pavimentado pela permeabilidade de uma nova cultura política capaz de reduzir os danos da inacessibilidade da cidade.     

Carnaval deu o recado sobre o protagonismo negro no Brasil, diz Cida Bento

 

Cida Bento. (FOTO/ Reprodução).

Se em algum momento pudemos ter dúvidas sobre o quanto ecoam nas periferias e favelas as vozes de intelectuais e ativistas que lutam por um país que reconheça a força da cultura que emana de sua população, os Carnavais dos últimos anos não deixam dúvidas.

A maioria das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro (oito em 12 escolas) e de São Paulo (sete em 14 escolas) trouxe para a avenida enredos que homenagearam personalidades negras, a cultura afro-brasileira e o protagonismo negro na história do país. E fizeram duras críticas ao racismo e ao assassinato da juventude negra.

O recado foi dado!

Esse processo não começa agora e não ocorre por acaso, mas atinge um pico neste período de nossa história, no qual, não por coincidência, alcançamos um nível de violência racial que é o maior dos últimos 30 anos, em cidades como o Rio de Janeiro, segundo demonstra o Mapa da Violência no Brasil.

Personalidades negras queridas e respeitadas pela população brasileira que haviam sido atacadas nos últimos seis anos por órgãos do governo federal numa tentativa de desonrá-las foram exaltadas, homenageadas nas ruas, por milhares de sambistas. Num dos maiores e mais lindos espetáculos a que temos o privilégio de assistir.

E é assim que constatamos que o que acontece de negativo no Legislativo, no Executivo e no Judiciário, muitas vezes na calada da noite, vem sendo acompanhado por olhares atentos e críticos das periferias e favelas.

As escolas de samba são um território complexo onde muitas vezes não temos na liderança pessoas negras, como, aliás, acontece na maioria das organizações brasileiras e onde a luta pelo poder pode repetir a mesma lógica violenta e excludente que observamos em outras instituições brasileiras.

Mas é também um espaço de aquilombamento, de compartilhamento das raízes culturais pela música, pela dança e pelo teatro. E, nesse sentido, é território fértil para a ampliação da crítica social e da democracia, já que múltiplas vozes, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, pessoas negras e indígenas buscam se manifestar.

E um diferencial marcante nesse contexto de Carnaval vem sendo a maneira crescente com que aparece a valorização das religiões afro-brasileiras.

Num país que é laico, segundo a Constituição de 1988, não poderiam ocorrer relações de dependência com nenhum culto e, principalmente, não poderia haver perseguição ou impedimento do funcionamento de cultos de qualquer natureza.

Mas isso vem acontecendo!

A despeito de nossa Constituição ter consagrado o princípio de liberdade de crença, de culto, de liturgias e de organização religiosa, crescem as denúncias de violações de direitos no campo do credo religioso contra judeus, muçulmanos, dentre outros grupos. E as religiões afro-brasileiras vêm sendo duramente atingidas por diferentes formas de violência, como agressões físicas e verbais a religiosos, ameaças, pichações em templos e lugares públicos e propagandas de ódio veiculadas na internet.

São frequentes, ainda, as denúncias de invasão dos templos, praticadas por maus policiais, sem mandado judicial e a qualquer hora do dia ou da noite.

Assim é que foi muito animador ver as escolas de samba, em 2022, trazerem para a rua os orixás: narrarem a história de Oxóssi, cantarem Exu ou Oxalá, divindades das religiões de matriz africana.

Isso nos lembrou que a laicidade do estado brasileiro não é um elemento de restrição do pertencimento e expressão religiosos, pelo contrário, é uma riqueza que marca nossa sociedade tão diversa.

?Assim, que possamos contribuir para que essa crítica de parcela expressiva da nossa população à violência social, em particular a religiosa que se manifestou na avenida, se manifeste também nas eleições. Com a certeza de que podemos e vamos fazer a diferença.

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Texto publicado originalmente em sua Coluna na Folha de S. Paulo e reproduzido no CEERT.

28 de abril de 2022

Ação do Poste Poesia será realizada neste sábado

 

(FOTO | Reprodução |WhatsApp).

Por Naju Sampaio*

A ação Poste Poesia será realizada neste sábado, dia 30, às 15:30. A atividade tem como ponto de encontro a sede do Coletivo Camaradas e depois percorrerá o Território Criativo do Gesso para as colagens. Desenvolvida desde 2013, pelo Coletivo Camaradas, a ação tem caráter comunitário e possui como objetivo contribuir com a construção de uma cultura leitora e com o acesso à literatura.

As poesias são selecionadas de acordo com um formulário virtual que é disponibilizado nacionalmente e ficam armazenadas em um banco de dados. Para utilização na atividade é selecionado um trecho, juntamente com o nome do autor ou autora. A intervenção já foi feita em mais de 50 cidades através do fornecimento desse banco para diversas organizações.

Segundo Tayná Batista, coordenadora do Poste Poesia, a intervenção auxilia na divulgação das poesias, e facilita o acesso das pessoas à escrita e à literatura, principalmente por conta da dificuldade de publicação de livros e partilha das escritas. Em todo último sábado do mês é reunido um grupo de pessoas que desejam contribuir com a ação e são feitas as colagens nos postes do Território Criativo do Gesso.

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* Naju Sampaio é estudante de jornalismo e bolsista/integrante do Coletivo Camaradas.

27 de abril de 2022

11 anos do Blog Negro Nicolau

 

11 anos do Blog Negro Nicola. (FOTO/ Referente aos 10 anos celebrado com encontro virtual com equipes de colunistas pelo Google Meet).

Por José Nicolau, editor

27 de abril é dia de celebrar. O Blog Negro Nicolau (BNN) está completando uma década de lutas e de construção de outras narrativas. São 10 anos de atuação em defesa da promoção de uma sociedade menos desigual e menos intolerante, com equidade racial e de gênero.

Fundado em 27 de abril de 2011 inicialmente alcunhado de “Altaneira Infoco” e posteriormente “Informações em Foco”, o Blog Negro Nicolau vem com esta denominação deste de 2017.

O Blog é uma mídia negra livre. Foi construída com a missão de ser um espaço de comunicação de denúncia de todos os casos de segregação racial e de propor uma narrativa distinta da veiculada pelos polos de comunicações tradicionais, esteriotipada e que não questiona as estruturas racistas. Busca oferecer uma narrativa que destaca de forma afirmativa o povo negro deste país. É uma mídia de denúncia - inclusive diante desta pandemia que acentuou o racismo estrutural - de combate e de enfrentamento ao sistema, mas também de empoderamento, de identificação e de afirmação. 

Esse espaço conta com seis colunistas e tem como parceiros o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NEGRER) da URCA; a Associação Cristã de Base (ACB), A Academia de Letras do Brasil/ Seccional Araripe (ALB/Araripe); a Rádio Comunitária Altaneira FM, o Projeto ARCA e os sites Identidade 85 e Intelectual Orgânico.

26 de abril de 2022

Enredo sobre “as sete chaves de Exu” dá à Grande Rio título de 2022 das escolas de samba

 

Escola de Caxias teve seu primeiro campeonato no carnaval carioca com o enredo "Fala, Majeté! Sete chaves de Exu" - Gabriel Monteiro/Riotur.

A Acadêmicos do Grande Rio venceu nesta terça-feira (26) o Carnaval de 2022 das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A agremiação de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desfilou na madrugada do último sábado (23), na Marquês de Sapucaí, com o enredo "Fala, Majeté! Sete chaves de Exu", que desmistificou a imagem ruim de um dos orixás mais importantes de religiões de matrizes africanas.

A Vermelho, Verde e Branco de Caxias é a escola mais jovem a desfilar no Grupo Especial e foi fundada em 1988. Apesar da pouca idade, a Grande Rio colecionou algumas quase vitórias até a esperada vitória. Ela foi vice-campeã em 2006, 2007, 2010 e 2020.

O gosto dos jurados coincidiu com o "barulho" que a escola conseguiu criar nas redes sociais logo após seu desfile. Por isso, a Grande Rio vinha sendo apontada como a favorita ao título.

Nos primeiros quesitos lidos nesta tarde, a Grande Rio disputava a liderança com a Beija-Flor de Nilópolis, mas a Azul e Branco acabou perdendo pontos em categorias como "Comissão de Frente" e "Alegorias e adereços" e ficando com o vice-campeonato. Os outros quesitos julgados foram "Fantasias", "Harmonia", "Samba-enredo", "Bateria", "Enredo", "Mestre-sala e porta-bandeira" e "Evolução".

A Viradouro, que fez um desfile sobre aquele que ficou conhecido como "o maior carnaval de todos os tempos" por ser o primeiro depois da Gripe Espanhola de 1918, ficou como a terceira colocada. Já a Vila Isabel, que fez um desfile em homenagem ao cantor e compositor Martinho da Vila, ficou em quarto lugar.

A São Clemente, que desfilou no sambódromo carioca com um enredo sobre o humorista Paulo Gustavo, que morreu em maio do ano passado em decorrência de complicações da covid-19, foi rebaixada e desfilará na Série Ouro em 2022.

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Com informações do Brasil de Fato.