Eleito
para o cargo de diretor da Escola Estadual de Ensino Médio Santa Tereza com
93,9% dos aptos a votar no processo eleitoral ocorrido durante todo o dia
desta segunda-feira, 26, o professor Paulo Robson falou ao Blog Negro Nicolau
(BNN) como pretende desenvolver seu trabalho durante os quatro anos de gestão
(2018-2021).
Estavam
aptos a votar 396, entre alunos, professores, servidores, pais, mães ou
responsáveis pelos estudantes matriculados na respectiva instituição de ensino.
Destes, compareceram 328 e depositaram a confiança no professor 308. Brancos e
nulos somaram 6%, o que equivale a 20 votantes.
Não
houve informações de qualquer anormalidade durante o transcorrer da votação e o
professor que era candidato único acompanhou todo o processo que teve início às
09h00 e findou às 21h00.
Ao
ser indagado acerca dos motivos que o levaram a se lançar ao cargo de diretor
da Escola Santa Tereza, ele afirmou que fica “lisonjeado em hoje estar podendo comemorar essa vitória por que a
escola representa muito para mim”. Realçou que deve muito a instituição e
que dos 12 anos da educação básica, 08 foram lá.
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Paulo Robson é eleito diretor da Escola Santa Tereza. (Foto: Reprodução/Facebook). |
“Minha primeira experiência profissional na
docência, minha primeira efetivação de concurso, meu trabalho realizado do
mestrado, foram as aulas de lá e as experiências que ganhei lá que me ajudaram
a passar no concurso da URCA, enfim, devo demais aquela escola. Acredito que
quando você se sente capaz de desempenhar um trabalho que possa ajudar a
melhorar a comunidade e que possa contribuir de fato com a educação, é nosso
dever encarar, ir lá e mostrar serviço, pontuou.
Paulo
também afirmou que já vem se programando para o cargo e que o desejo de se
tornar um já vem há pelo menos cinco anos, “mas efetivamente que venho me
preparando, trabalhando, estudando para na semana que vem assumir esse
compromisso já são três anos”, afirmou. E contou que a experiência como
coordenador de estágio na Escola de Estadual Educação Profissional Wellington
Belém de Figueiredo tem lhe ajudado muito e o transformado como profissional.
Destaca que hoje se sente “preparado para
encarar esse desafio junto a uma equipe de professores, de servidores, pais de
alunos” e que pretende “dar uma nova
cara a escola, torna-la um ambiente onde os alunos sintam prazer e vontade de
ir não apenas para assistir aula, mas para participar de eventos fora de sala”.
A
redação do BNN também quis saber sobre o resultado. Segundo ele, “de certa forma me surpreendeu por que fiquei
até um pouco receoso quanto à participação e presença de vários alunos que
estavam matriculados, por tanto eleitores que não estavam indo para a aula, mas
no momento de votar, de exercer sua cidadania eles estiveram lá” e
aproveitou o ensejo para externar sua gratidão aos pais. “Foram mais de cento e dez pais que foram votar. Esperava o comparecimento
numa margem de setenta. Foi algo incrível”, frisou.
Ao
falar sobre seu plano como diretor, Paulo mencionou que pretende trabalhar
sempre em equipe. “Quero dividir responsabilidades.
Não fugir das minhas, mas compartilhá-las com todos aqueles que lá já estão”.
Destacou, porém, que não vai poder fazer alterações no quadro e que tem que
contar com os que já estão lá. E agradeceu a eles, pois percebeu que existe uma
preocupação com a educação.
“O nosso trabalho”, disse, “será voltado para dar mais vida a escola.
Abrir os portões para a comunidade e levar a escola também à comunidade.
Acredito que junto com a equipe a gente vai desenvolver uma gestão pautada nos
princípios da administração pública e que toda a legislação educacional vamos
tentar seguir à risca e que daremos o nosso melhor com transparência e
honestidade”.
A
redação ainda perguntou qual sua visão no que tange as leis 10.639/03 e
11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira
e história e cultura indígena, respectivamente, bem como também com relação a
temas como racismo, homofobia, machismo e aborto.
Paulo
foi elucidativo. “Acredito que a melhor
forma de tratar é com diálogo e conversar com alunos e com especialistas”.
O
professor mencionou a atuação deste signatário.
“Você é uma pessoa que tem contribuído demais
com a educação. Com a informação e formação de pessoas nas palestras que tem
dado nas escolas, nas participações que tem feito, na luta sempre em defesa da
humanidade. Espero muito contar com você como parceiro. Agradeço e fica a
escola e a minha pessoa a sua disposição”, finalizou o professor e agora
diretor Paulo Robson.